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Enviado: Dom Dez 02, 2007 12:38 am
por WalterGaudério
JL escreveu:Visitei o Rio de Janeiro, o Matoso Maia e o navio tanque. Tirei algumas fotos, o problema é que sou meio lento com estas maravilhas modernas e não sei como postar fotos no forum.
Mas algumas impressões: o navio tanque Gastão Mota esta em perfeitas condições, é o navio mais bem conservado de todos.
Pude ver o local onde o heli SH 3 foi danificado durante o último exercício naval, quando devido ao mar pesado, um dos cabos que prendia uma das pás se rompeu e danificou a fuselagem. Sobre o mar agitado, ouvi relatos que a coisa foi feia, que o Matoso Maia chegou a adernar quase a 45 graus, que o comandante colocou a tripulação em alerta. No Rio de Janeiro, teve tripulantes caindo do beliche e se machucando. O Ary Parreiras teve problemas mecânicos e precisou ser rebocado e pareçe que passou mal bocados. O Gastão Mota foi lavado pelas ondas. O pessoal falou de mar 7 - 8 ? Bem se o SH 3 já esta sofrido depois do banho de agua salgada que tomou!
Mar 7/8 é um "bom" mar..., mas é coisa para o pessoal de superfície se divertir mesmo. Bom é na
Bogatun (...)
Enviado: Dom Dez 02, 2007 9:47 am
por Corsário01
45 graus é coisa pra doido nenhum botar defeito.
Infelizmente, face ao desenho de seus cascos, tanto o G28 quanto os G30/31 sofre muito com mar grosso.
Eu quando fui para Salvador no G30 pude sentir como é essa sensação, apesar do mar estar mais calmo.
Agora, uma coisa é para se dizer: São coisas que acontecem com força operativa! Certo?
Enviado: Dom Dez 02, 2007 4:44 pm
por talharim
No geral todos os navios pareciam em boas condições de conservação.
Destaque para a Defensora e o Gastão Mota.Absolutamente impecáveis.
Amanhã vou postar as fotos.São umas 160.
Destaque também para a grande quantidade de pessoas que visitaram os navios.Nunca vi tantas pessoas assim bateu recorde grande quantidade de familias com crianças pequenas.
Visitar os navios da MB dá uma renovação em nosso patriotismo.Nos enche de orgulho.
Enviado: Dom Dez 02, 2007 6:24 pm
por Morcego
Almirante Morcego não pode comparecer por motivos de força maior (fiquei vendo o corinthians ir pra segundona)
Enviado: Dom Dez 02, 2007 9:32 pm
por JL
Algumas coisas que esqueci de falar:
O Rio de Janeiro apresentava um segundo mastro, treliçado, semelhante ao segundo mastro das corvetas classe Inhauma, com uma antena de radar, que pela semelhança creio tratar-se do Plessey AWS -4, vários equipamentos, aparentemente de origem civil, de ar-condicionado, principalmente na região do passadiço. Um radomo, para comunicação via satélite, segundo informes uma espécie de banda larga.
Agora gostaria de ouvir a opinão de vocês, não seria útil para a MB ter um navio de construção nacional, tipo um porta-helicópteros básico.
Uma belonave, com um convoo grande, para operar dois helicóptero de porte SH 3, hangar para pelo menos 4 helis., paiol de armas para helis, oficina para helis.
Propulsão diesel com grande autonomia. Defesa básica, com dois CIWS. Acomodações para o estado maior com centro de comando amplo com sistemas para a guerra em redes.
Porque, desta belonave, a fim de substituir o São Paulo em certas operações como a que foi realizada no Sul. Onde o único heli SH 3 operou do Rio de Janeiro, que não tem hangar. Ficando a aeronave e o pessoal que o mantem, exposto a toda a força das intempéries no meio da tempestade.
O navio não tem paiol, oficina etc. As armas ficam em caixas (containers) no convés, sendo que a aeronave as vezes é mantida sobre um convés gradeado. Um sargento uma vez me contou que deixou cair uma pequena peça da região da turbina e ela passou pela grade e caiu na doca e foi um pepino localiza-la.
A situação hoje, é que quando o São Paulo não opera somente restam estes navios para o operar os helis pesados.
Aliás parece que a condição dos SH 3 está dificil, também.
Por fim, será que não daria para projetar, construir este navio aqui no Brasil, com um projeto otimizando a economia. Para nós termos uma plataforma de comando e porta-helis pesado alternativo. Opiniões.
Enviado: Dom Dez 02, 2007 11:03 pm
por Heer.Skuda
Talharim.... queremos muito estas fotos
Enviado: Dom Dez 02, 2007 11:19 pm
por alex
JL, já abordei essa questão em um tópico mais antigo.
Propus uma navio baseado em normas mercantes , sugeri tipo San Giorgio mas hoje já existem plataformas mais modernas.
Acho que o que dificulta esse processo é a falta de helicopteros ASW. Eles não existem nem no São Paulo como justificar um navio entre 8.000 a 12.000 toneladas para carregar nada?
Se houvesse 08 helicopteros como Sea hawk ou Merlin para a função ASW, dependendo da operação, o comando da Marinha poderia escolher qual plataforma usar e levar os helicopteros para essa plataforma.
Seria uma questão financeira a ser levada em conta.
Enviado: Seg Dez 03, 2007 9:42 am
por talharim
Enviado: Seg Dez 03, 2007 10:21 am
por Carlos Vulcano
Também estive lá, viajei 300 km, para conhecer uma parte da nossa esquadra, Defensora, Matoso Maia e Rio de Janeiro em boas condições, o que me assustou um pouco foi as condições das classe Greenhalgh.
Estou meio sem tempo agora, depois descrevo algo mais.
Preciso saber como colocar as fotos (350)
Enviado: Seg Dez 03, 2007 10:25 am
por talharim
Carlos posta no Yourfilehost é bem fácil :
http://www.yourfilehost.com/
Enviado: Seg Dez 03, 2007 11:13 am
por Carlos Vulcano
Como disse anteriormente gostei muito do que vi, em especial nos navios mais antigos, como, Mattoso Maia, Rio de Janeiro, Defensora, os dois primeiros, apesar da idade, um destaque para o Rio de Janeiro, apesar de ser um navio obsoleto tecnologicamente falando, sua estrutura aparentemente me parece muito bem conservada, o mesmo para o Mattoso, e para a Defensora, apesar de este ultimo, ter notado o casco com muitos remendos, mais no geral, esta em bom estado. Mais o que me deixou um pouco decepcionado, foi o estado das greenhalg, principalmente a da Bosisio, parte de convés com alguns buracos muitos pontos de ferrugem, achei elas muito judiadas.
Defensora – Carregando somente um Exocet, na verdade somente o silo, me informou um marinheiro, nenhum aspide no silos do sistema albatroz, segundo o capitão que estava recepcionando o publico, espetaculares os canhões trinity bofors 40mm, o canhão de 114,5mm em ótimo estado de conservação, sistemas de radares e alças de mira.
Greenhalg – Notei a instalação de canhões de 40mm, não sei dizer qual modelo, me pareceu antigos, canhões de 20mm orlikon, notei tb a falta dos mísseis exocet, que segundo o pessoal do navio, estão em manutenção na Inglaterra, ponto negativo as condições externas do Helicóptero Esquilo.
Bosisio – Estruturalmente o navio em piores condições, só perdendo para o Ari, claro! Com dois lançadores de exocet, e um super linx, com a pintura bastante deteriorada, claro que tudo isso em virtude dos últimos exercícios, maresia etc...
Mattoso Maia – Maravilhoso navio, em boas condições, um sargento me disse, para se ter noção de quanto a uma embarcação desta sofre no mar, ele contou que uma das viagens do Mattoso ao Haiti, saiu do Rio de Janeiro pintado, parecendo novo, mais quando voltou do caribe, parecia um ferro velho.
Rio de Janeiro – Apesar da idade, fiquei impressionado, com sua condições, claro que muitos equipamento não funcionam mais, tais como, binóculos, um dos canhões de 76mm esta com problemas elétricos, e sofre com a falta de peças de reposição, por terem sido descontinuadas a produção, um marujo me disse que no retorno ao Rio, será executado um exercício, chamado Torpedex, no qual o Sea King que esta a bordo no navio irá disparar um torpedo.
No geral achei muito legal tudo o que vi, e pude conversar com o pessoal da marinha, alias um pessoal muito animado e bem educado, fiquei impressionado com tratamento ao publico, pena não ter conseguido entrar na parte interna de los buques.
Até mais..................
Enviado: Seg Dez 03, 2007 11:26 am
por talharim
Enviado: Seg Dez 03, 2007 11:42 am
por P44
Pessoal que não saiba colocar fotos, vejam se isto ajuda:
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3273
Enviado: Seg Dez 03, 2007 11:44 am
por LeandroGCard
JL escreveu:Algumas coisas que esqueci de falar:
O Rio de Janeiro apresentava um segundo mastro, treliçado, semelhante ao segundo mastro das corvetas classe Inhauma, com uma antena de radar, que pela semelhança creio tratar-se do Plessey AWS -4, vários equipamentos, aparentemente de origem civil, de ar-condicionado, principalmente na região do passadiço. Um radomo, para comunicação via satélite, segundo informes uma espécie de banda larga.
Agora gostaria de ouvir a opinão de vocês, não seria útil para a MB ter um navio de construção nacional, tipo um porta-helicópteros básico.
Uma belonave, com um convoo grande, para operar dois helicóptero de porte SH 3, hangar para pelo menos 4 helis., paiol de armas para helis, oficina para helis.
Propulsão diesel com grande autonomia. Defesa básica, com dois CIWS. Acomodações para o estado maior com centro de comando amplo com sistemas para a guerra em redes.
Porque, desta belonave, a fim de substituir o São Paulo em certas operações como a que foi realizada no Sul. Onde o único heli SH 3 operou do Rio de Janeiro, que não tem hangar. Ficando a aeronave e o pessoal que o mantem, exposto a toda a força das intempéries no meio da tempestade.
O navio não tem paiol, oficina etc. As armas ficam em caixas (containers) no convés, sendo que a aeronave as vezes é mantida sobre um convés gradeado. Um sargento uma vez me contou que deixou cair uma pequena peça da região da turbina e ela passou pela grade e caiu na doca e foi um pepino localiza-la.
A situação hoje, é que quando o São Paulo não opera somente restam estes navios para o operar os helis pesados.
Aliás parece que a condição dos SH 3 está dificil, também.
Por fim, será que não daria para projetar, construir este navio aqui no Brasil, com um projeto otimizando a economia. Para nós termos uma plataforma de comando e porta-helis pesado alternativo. Opiniões.
Olá JL,
Há algum tempo eu mesmo sugeri a construção de um ou dois navios assim para a MB. Minha idéia era uma espécie de escolta, porém maior e mais especializada em guerra AS do que as anunciadas fragatas de 6.X00 tons (com digamos umas 8.000 tons), cada uma com capacidade para 4 ou 6 helis AS pesados. E em caso de necessidade estes barcos também poderiam desembarcar seus helis AS e operar helis pesados de transporte, em apoio aos fuzileiros navais.
Para vizualizar como seriam estes barcos procure dar uma olhada no cruzador Vittorio Veneto Italiano (já descomissionado), ou imagine um destroier classe Haruna japonês aumentado. É claro que eu também eliminaria a maior parte do armamento (fora os helis) e substituiria por sistemas de detecção sub-aquática (sonar de casco e VDS), além de armamento defensivo como canhões (automáticos de 30 ou 40mm) e mísseis tipo sea wolf.
Uma outra questão interessante é se não seria mais adequado instalar torpedos pesados de 533mm para guerra AS nestas (e em outras) escoltas, em lugar dos típicos torpedos leves de 324mm.
Cruzador Vittorio Veneto
Destroier Haruna
Com o crescente interesse pelos sub`s que se vê ocorrendo ao redor do mundo, acho importantíssimo a MB pensar em algo assim para o futuro próximo. Acho que pensar no A-12 como a plataforma da MB para helis AS não é uma boa idéia, pois a relação custo-benefício operacional não compensa. Navios porta-helicópteros como os que você sugeriu seriam isto sim excelentes núcleos da escolta AS para o próprio São Paulo.
Abraços
Leandro G. Card
Enviado: Seg Dez 03, 2007 12:25 pm
por luis F. Silva
LeandroGCard escreveu:
Há algum tempo eu mesmo sugeri a construção de um ou dois navios assim para a MB. Minha idéia era uma espécie de escolta, porém maior e mais especializada em guerra AS do que as anunciadas fragatas de 6.X00 tons (com digamos umas 8.000 tons), cada uma com capacidade para 4 ou 6 helis AS pesados. E em caso de necessidade estes barcos também poderiam desembarcar seus helis AS e operar helis pesados de transporte, em apoio aos fuzileiros navais.
Um projecto interessante continua a ser o Sea Control Ship americano, que foi comprado por Espanha, e do qual nasceram o Principe de Astúrias e o Chakri Naruebet.
Não utilizando aviões, apenas helicópteros e com um bom sonar, serão boas plataformas ASW ou até o fulcro de uma força tarefa ASW.
Não defendo a compra do Invincible, porque já é uma plataforma antiga e com maior necessidade de reparações frequentes.