REESTRUTURAÇÃO NO EB
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- Clermont
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Fico contente de poder contribuir com um fórum tão interessante, onde a gente aprende tantas coisas fascinantes sobre assuntos militares nacionais e estrangeiros.
Vinicius, esses assuntos são corriqueiros. Não tem nada de classificado nessas informações. Infelizmente, como os estudiosos de assuntos militares civis ainda são uma minoria, tais informações não circulam muito. Veja o exemplo das Forças Armadas americanas, qualquer cidadão de lá tem acesso até aos manuais de campanha de todas as forças armadas. Ao menos, aqueles que não se refiram a assuntos sensíveis.
Quanto a usar esse pequeno texto, sinta-se livre para fazer o que quiser com ele. Apenas gostaria de sugerir que, primeiro, solicitasse a revisão das informações pelos profissionais presentes, como Miliko, Guerra e Walker.
Até mais.
Vinicius, esses assuntos são corriqueiros. Não tem nada de classificado nessas informações. Infelizmente, como os estudiosos de assuntos militares civis ainda são uma minoria, tais informações não circulam muito. Veja o exemplo das Forças Armadas americanas, qualquer cidadão de lá tem acesso até aos manuais de campanha de todas as forças armadas. Ao menos, aqueles que não se refiram a assuntos sensíveis.
Quanto a usar esse pequeno texto, sinta-se livre para fazer o que quiser com ele. Apenas gostaria de sugerir que, primeiro, solicitasse a revisão das informações pelos profissionais presentes, como Miliko, Guerra e Walker.
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- Vinicius Pimenta
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Re: Para o Victor
Clermont escreveu:
A Cia Fzo é comandada por um capitão, auxiliado por um 2o Tenente.
As Cia Ap equivalem aos pelotões de apoio. Mas, além das metralhadoras MAG em tripé, contém lança-mísseis antitanque e antiaéreos. E também morteiros, ou de 81mm ou pesados de 120 mm.
a brigada de pára-quedistas (apta a ser jogada de dentro de um avião, sem que seus soldados sejam reduzidos à extrato de tomate, quando atingirem o chão);
[/i]
Que tipo de auxiliar é esse que você mencionou, o auxiliar do Capitão é um 1º SGT? Mrt 81 só nas cia, você não se confundiu com o 4.2?
Essa da pára-quedista foi boa!!!
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Clermont
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Salve, Sgt Guerra.
Eu escrevi "auxiliar" mas o termo correto devia ser "subcomandante". As companhias brasileiras não tem um 1o Tenente (errei no 2o Tenente) como subcomandante?
Sobre os morteiros, eu pensei que os batalhões da Infantaria Leve ou de Selva usassem morteiros 81 mm, nas Cia Ap. Usar um morteiro de 4.2 pol ou de 120 mm, não dá trabalho quando se vai descer de um helicóptero? Ou abrir caminho pela selva?
Eu escrevi "auxiliar" mas o termo correto devia ser "subcomandante". As companhias brasileiras não tem um 1o Tenente (errei no 2o Tenente) como subcomandante?
Sobre os morteiros, eu pensei que os batalhões da Infantaria Leve ou de Selva usassem morteiros 81 mm, nas Cia Ap. Usar um morteiro de 4.2 pol ou de 120 mm, não dá trabalho quando se vai descer de um helicóptero? Ou abrir caminho pela selva?
- Clermont
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Sgt Guerra escreveu: Notou a padronização do material? Era vc que defendia sempre esta padronização?
Deve ter sido outra pessoa, não lembro de ter discutido essa questão específica sobre os tanques brasileiros. Agora, quem quer tenha sido, eu o apóio, totalmente.
Não sei dos detalhes, mas parece (eu disse, parece) que houve ingerência política (melhor dizendo, politiqueira) na compra dos tanques M-60, logo após o contrato de aquisição dos Leopard belgas.
Sem entrar no mérito da eficiência dos M-60, me parece um grave equívoco, um país de modesta força blindada usar, ao mesmo tempo, dois modelos de tanques pesados. Seria bem melhor que o Exército tivesse se concentrado, apenas, nos Leopards (nem que isso significasse a manutenção temporária dos velhos M-41, com um ou outro RCC) e em um modelo leve, como o Kürrassier dos Fuzileiros Navais. Este último poderia ser alocado para o apoio às brigadas de infantaria motorizada (nem que fosse, apenas, de uma ou duas, consideradas mais importantes), na forma de um pequeno regimento blindado (com um esquadrão de Kürrassier e uma companhia de M-113).
Para um país como o Brasil, que conta cada centava dispendido com a Defesa Nacional, multiplicidade de equipamentos, com a mesma função, sai muito caro. E devia ser evitada, custe o que custasse. Não importa se estamos tratando de helicópteros, tanques, ou fuzis de infantaria.
- Guerra
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Clermont escreveu:Salve, Sgt Guerra.
Eu escrevi "auxiliar" mas o termo correto devia ser "subcomandante". As companhias brasileiras não tem um 1o Tenente (errei no 2o Tenente) como subcomandante?
Sobre os morteiros, eu pensei que os batalhões da Infantaria Leve ou de Selva usassem morteiros 81 mm, nas Cia Ap. Usar um morteiro de 4.2 pol ou de 120 mm, não dá trabalho quando se vai descer de um helicóptero? Ou abrir caminho pela selva?
Existe o cargo de subcomandante, mas só é ocupado em caso de guerra. Quantos aos mrt mesmo nos BIS eles estão nas cia de fzo.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Muito bom!!!
Clermont escreveu:Cada Arma combatente tem sua própria organização herdada pelas tradições. No caso brasileiro, principalmente francesas.
As outras armas (engenharia, comunicações), pelo que eu sei, usam o modelito da infantaria.
Muito Bom vc só esqueçeu a organização da AvEx que difere de tudo mais que existe no EB...Mas com certeza vc vai se informar e logo teremos o enriquecimento do post com referencia a AvEx...
"Nunca discuta com idiota"
ST Barros
"Estáva-mos em missão real, só faltava o inimigo"
Gen Nery
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- Clermont
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Balena escreveu: Para um país de Terceiro Mundo como o nosso eu acredito que deveremos primar pela letalidade do soldado de infantaria treinando-o e enquipando-o para a utilização de táticas de guerrilha, de preferência as mais sujas e covardes possíveis.
Sem entrar no mérito do armamento a ser adotado, vejo um pelotão de infantaria como um "sistema de armas" capaz de oferecer uma resistência anti-aérea aproximada; realizar ataques anti-carro e anti-blindado, e; eliminar combatentes inimigos de forma pontual ou agressiva.
Para tal sugiro equipamentos como:
1) Fuzis de Assalto com granadas de bocal (1 p/ cada homem)
2) Granadas de Mão (2 por soldado)
3) Metralhadora de Apoio (1 por pelotão p/ o elemento que não portar fuzil)
4) Morteiro 60 mm (este gasta 3 combatentes para carregar reparo, placa base + tubo) - é pesadinho mas vale a pena; depois é só distribuir 10-15 granadas de morteiro entre a tropa para dividir o peso.
5) MANPAD (tipo Igla ou um de fabricação nacional do porvir???)
6) 3 duplas de caçadores em cada pelotão (ao invés da
preconizada "uma")
7) Submetralhadoras ou fuzis mais leves para os elementos que irão carregar maior volume de equipamento.
Acho que não esquecí nada,
Esquecí sim:
Canhão ou lança rojão anti-carro - sugiro o tal do Carl Gustaf e/ou 2-3 AT-4 distribuídos entre a tropa.
Isso tudo pesa muito, inclusive em dinheiro, basta pensar que o M964 (FAL 7,62) pesa quase 5 Kg. O ideal seria projetar um fuzil mais leve de 3 Kg com coronha rebatível (PARA).
Muitos falam que isso tudo é pesado e tal, mas acredito ser possível prover a tropa com este equipamento.
Encerrando: Um pelotão de infantaria equipado nestes moldes seria um excelente vetor de letalidade no campo de batalha, apto operar de forma autônoma, escolhendo seus próprios objetivos, independentemente de uma estrutura de C2. Infelizmente o que eu ví no EB são pelotões equipados apenas com um armamento básico chamado M964 (o velho e confiável FAL), faltam outros meios bélicos associados.
Caro Balena,
Sua mensagem me permite expor certas dúvidas sobre o equipamento bélico da infantaria.
Sobre a idéia do morteiro 60 mm nos pelotões, devido à experiência da FEB, o pelotão de fuzileiros era dotado de uma peça, pelo menos nos anos 70 e 80. Isso deixou de ser norma, na infantaria de hoje em dia?
De qualquer forma, em vez de um morteiro convencional por quê não usar um morteiro do tipo "comando" (na verdade, um lança-granadas 60 mm)? Assim, três serventes poderiam carregar uma razoável quantidade de granadas.
Outra dúvida é sobre as granadas de bocal. Afinal, por quê elas terão saído de moda nos exércitos ocidentais? Essa combinação de fuzil e lança-granadas (M-203) é assim tão superior?
Eu já li que uma companhia belga havia desenvolvido um tipo de granada de bocal que dispensava munição especial para lançamento. Ou seja, se podia disparar o petardo com a munição de bala comum. Não manjo de tecnicalidades, mas o princípio era de permitir que a bala atravessasse o corpo da granada. Assim que a bala saía do cano, uma membrana obstruía a parte posterior, próxima ao cano. Assim, o gás produzido pelo disparo impulsionava a granada.
Como o recuo era menor, a granada não exigia que o fuzil fosse disparado com a soleira no chão, como na Segunda Guerra (para não deslocar o ombro do atirador). Portanto isso permitiria o disparo direto, do ombro. O que se perdesse em impulsão, se ganharia em precisão.
Realmente, se esse produto fosse mesmo funcional eu perguntaria: o que seria melhor para um grupo de combate? Ter dois homens equipados com fuzil/lança-granadas M-203, ou ter todos os nove integrantes equipados com duas ou três granadas de bocal?
Outra coisa: existiam variantes das granadas de bocal: anti-tanque; incendiária. Assim, tais variações poderiam ser distribuídas de acordo com a missão.
E, se fosse mesmo interessante usar um lança-granadas de infantaria, por quê não atribuir ao GC, uma só peça de um modelo como esse de vários tiros, exibido no site do Exército?
Os guerrilheiros das FARC gostam muito de usar um modelo parecido, de fabricação sul-africana.
Prezado Clermont,
Tive um pouco de trabalho, pois ressuscitei alguns entulhos que estavam empoeirando no meu armário, mas acredito que as informações oriundas dos mesmos irão te ajudar.
Pra falar a verdade, o que eu sugiro é a adoção de um Morteiro 60 mm modelo “Comandos” tipo o que vi no sítio do EB (a fonte mais confiável de informação). Até algumas horas atrás eu não sabia da existência deste morteiro.
Eu não acho estas coisas aqui de baixo:
Melhores do que isto:
A foto ficou meio longe, mas dá pra perceber que uma granada de bocal é bem maior, daí conclui-se que comporta mais carga explosiva.
Confesso que sou um entusiasta das granadas de bocal e por isso minha opinião é contaminada, mas tentarei defender a adoção e uso das mesmas pelo EB.
Vantagens da granada de bocal (minha modesta opinião):
1- Não aumentam permanentemente a silhueta do fuzil
2- Aumenta o poder de fogo do indivíduo sozinho enquanto combatente unitário independentemente do apoio de outros elementos - Existem situações em que o pelotão é forçado a operar em frações menores (os GCs) que ficam isoladas, sendo que cada fração deve se comportar como um vetor de letalidade.
3- Permite cobrir distâncias maiores que as cobertas por granadas convencionais (de mão).
4- Acredito serem também mais letais e/ou potentes
Tive um pouco de trabalho, pois ressuscitei alguns entulhos que estavam empoeirando no meu armário, mas acredito que as informações oriundas dos mesmos irão te ajudar.
Clermont escreveu:De qualquer forma, em vez de um morteiro convencional por quê não usar um morteiro do tipo "comando" (na verdade, um lança-granadas 60 mm)? Assim, três serventes poderiam carregar uma razoável quantidade de granadas.
Pra falar a verdade, o que eu sugiro é a adoção de um Morteiro 60 mm modelo “Comandos” tipo o que vi no sítio do EB (a fonte mais confiável de informação). Até algumas horas atrás eu não sabia da existência deste morteiro.
Eu não acho estas coisas aqui de baixo:
Melhores do que isto:
A foto ficou meio longe, mas dá pra perceber que uma granada de bocal é bem maior, daí conclui-se que comporta mais carga explosiva.
Confesso que sou um entusiasta das granadas de bocal e por isso minha opinião é contaminada, mas tentarei defender a adoção e uso das mesmas pelo EB.
Vantagens da granada de bocal (minha modesta opinião):
1- Não aumentam permanentemente a silhueta do fuzil
2- Aumenta o poder de fogo do indivíduo sozinho enquanto combatente unitário independentemente do apoio de outros elementos - Existem situações em que o pelotão é forçado a operar em frações menores (os GCs) que ficam isoladas, sendo que cada fração deve se comportar como um vetor de letalidade.
3- Permite cobrir distâncias maiores que as cobertas por granadas convencionais (de mão).
4- Acredito serem também mais letais e/ou potentes
Editado pela última vez por Balena em Ter Nov 15, 2005 6:58 pm, em um total de 1 vez.
- Clermont
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Excelentes informações, Balena. Obrigado pela atenção e pelos esclarecimentos.
Sobre a projetada granada de bocal belga (da firma MECAR), realmente, usando cartucho comum teria alcance menor. Ou talvez não, pois numa foto de revista ela é menor que as tradicionais granadas de bocal. E o interessante é que o tubo de empenagem é retrátil. Assim, ela ocupa pouco espaço nas bolsas dos soldados. No momento do disparo, o homem só estendia o tubo e o adaptava no cano. E como não precisava mais de cartucho de lançamento, e nem de regulagem no fuzil, o processo era quase tão rápido quanto arremessar uma granada-de-mão. Aliás existiam planos de dotá-la de uma espoleta de forma a poder usá-la como granada-de-mão convencional.
Não seria um barato? Uma granada de duplo emprego?
Pena que o projeto parece não ter ido à frente. E como no Brasil não temos uma pujante indústria de defesa interessada em coisas assim...
Quanto ao lança-granadas M-203, uma das vantagens é que ele é inerentemente mais preciso do que uma granada de bocal. Por outro lado, se o atirador que o maneja cai, talvez outro soldado não consiga alcançar a arma em tempo. Durante a invasão do Panamá, um destacamento de marinheiros SEAL estava incumbido de destruir um avião. Eles encontraram resistência, um dos marinheiros que usava M-203 foi abatido, e outros homens foram vitimados ao tentarem destruir a aeronave à distância. Se cada um deles dispusesse de granadas de bocal poderiam ter destruído o alvo, sem baixas.
Então, por hipótese, talvez fosse interessante um GC em que todos os integrantes fossem dotados de algum tipo moderno de granada de bocal. Mas para não perder a capacidade de tiro preciso, por quê não se colocar um décimo homem em cada GC? E dotá-lo de um lança-granadas 40 mm múltiplo, como esse GL 6 (aliás, não consegui nenhuma informação detalhada sobre ele) ou então o modelo fabricado na África do Sul, o "Striker" de 6 tiros?
Eu me lembro que Miliko havia dito que os GC dos fuzileiros de Cavalaria estavam acrescentando um décimo soldado na sua constituição.
Sobre a projetada granada de bocal belga (da firma MECAR), realmente, usando cartucho comum teria alcance menor. Ou talvez não, pois numa foto de revista ela é menor que as tradicionais granadas de bocal. E o interessante é que o tubo de empenagem é retrátil. Assim, ela ocupa pouco espaço nas bolsas dos soldados. No momento do disparo, o homem só estendia o tubo e o adaptava no cano. E como não precisava mais de cartucho de lançamento, e nem de regulagem no fuzil, o processo era quase tão rápido quanto arremessar uma granada-de-mão. Aliás existiam planos de dotá-la de uma espoleta de forma a poder usá-la como granada-de-mão convencional.
Não seria um barato? Uma granada de duplo emprego?
Pena que o projeto parece não ter ido à frente. E como no Brasil não temos uma pujante indústria de defesa interessada em coisas assim...
Quanto ao lança-granadas M-203, uma das vantagens é que ele é inerentemente mais preciso do que uma granada de bocal. Por outro lado, se o atirador que o maneja cai, talvez outro soldado não consiga alcançar a arma em tempo. Durante a invasão do Panamá, um destacamento de marinheiros SEAL estava incumbido de destruir um avião. Eles encontraram resistência, um dos marinheiros que usava M-203 foi abatido, e outros homens foram vitimados ao tentarem destruir a aeronave à distância. Se cada um deles dispusesse de granadas de bocal poderiam ter destruído o alvo, sem baixas.
Então, por hipótese, talvez fosse interessante um GC em que todos os integrantes fossem dotados de algum tipo moderno de granada de bocal. Mas para não perder a capacidade de tiro preciso, por quê não se colocar um décimo homem em cada GC? E dotá-lo de um lança-granadas 40 mm múltiplo, como esse GL 6 (aliás, não consegui nenhuma informação detalhada sobre ele) ou então o modelo fabricado na África do Sul, o "Striker" de 6 tiros?
Eu me lembro que Miliko havia dito que os GC dos fuzileiros de Cavalaria estavam acrescentando um décimo soldado na sua constituição.
Clermont escreveu:Sobre a projetada granada de bocal belga (da firma MECAR), realmente, usando cartucho comum teria alcance menor. Ou talvez não, pois numa foto de revista ela é menor que as tradicionais granadas de bocal. E o interessante é que o tubo de empenagem é retrátil. Assim, ela ocupa pouco espaço nas bolsas dos soldados. No momento do disparo, o homem só estendia o tubo e o adaptava no cano.
Clermont escreveu:Aliás existiam planos de dotá-la de uma espoleta de forma a poder usá-la como granada-de-mão convencional.
Realmente isso é muito interessante.
Clermont escreveu:Não seria um barato? Uma granada de duplo emprego?
Pra falar a verdade eu não tinha pensado nisto, mas já que você pensou eu considero pertinente. O importante que devemos considerar aqui é a necessidade de tornar a infantaria versátil, leve e móvel sem que para isso tenhamos de perder em poder de fogo. Nestas horas devemos por em prática a criatividade humana para redesenhar a infantaria e seus meios bélicos e não bélicos.
Clermont escreveu:Pena que o projeto parece não ter ido à frente. E como no Brasil não temos uma pujante indústria de defesa interessada em coisas assim...
Infelizmente, mas digo que o problema não é com as indústrias, é sim com os políticos.
Clermont escreveu:Quanto ao lança-granadas M-203, uma das vantagens é que ele é inerentemente mais preciso do que uma granada de bocal.
Pode ser, mas uma coisa que eu não mencionei é que a granada de bocal possui sua própria alça de mira encaixada na empenagem (aletas). Tal alça permite que o atirador faça pontaria no tiro direto e não influi na trajetória balística, uma vez que é ejetada no momento do disparo. Mas de fato a presença ou não de um aparelho de pontaria não é o único fator determinante da precisão balística.
Clermont escreveu:Por outro lado, se o atirador que o maneja cai, talvez outro soldado não consiga alcançar a arma em tempo. Durante a invasão do Panamá, um destacamento de marinheiros SEAL estava incumbido de destruir um avião. Eles encontraram resistência, um dos marinheiros que usava M-203 foi abatido, e outros homens foram vitimados ao tentarem destruir a aeronave à distância. Se cada um deles dispusesse de granadas de bocal poderiam ter destruído o alvo, sem baixas.
Certamente eles teriam destruído o alvo mais rapidamente como poderiam até evitar mais baixas destruindo o inimigo primeiro.
Clermont escreveu:Então, por hipótese, talvez fosse interessante um GC em que todos os integrantes fossem dotados de algum tipo moderno de granada de bocal. Mas para não perder a capacidade de tiro preciso, por quê não se colocar um décimo homem em cada GC? E dotá-lo de um lança-granadas 40 mm múltiplo, como esse GL 6 (aliás, não consegui nenhuma informação detalhada sobre ele) ou então o modelo fabricado na África do Sul, o "Striker" de 6 tiros?
Também acho que esta solução é interessante, mas novamente esbarra em problemas orçamentários, uma vez que acrescentar um GL 6 em cada GC deve custar "caro" para os nossos políticos. Sobre o GL 6 eu não posso falar nada, apenas vi uma foto dele no sítio do EB e achei interessante.
Clermont escreveu:Eu me lembro que Miliko havia dito que os GC dos fuzileiros de Cavalaria estavam acrescentando um décimo soldado na sua constituição.
O Miliko poderia explicar pra gente como se deu este processo, assim como mostrar as razões. Acredito que ele esteja infinitamente mais por dentro do assunto do que eu.