Enviado: Qui Ago 02, 2007 12:18 pm
Antes do lançamento podíamos fazer uma aposta: quem é que acredita que o filme não será sensacionalista, mostrando cruéis policiais de preto matando favelados inocentes?
rodrigo escreveu:Antes do lançamento podíamos fazer uma aposta: quem é que acredita que o filme não será sensacionalista, mostrando cruéis policiais de preto matando favelados inocentes?
Cabral escreveu:rodrigo escreveu:Antes do lançamento podíamos fazer uma aposta: quem é que acredita que o filme não será sensacionalista, mostrando cruéis policiais de preto matando favelados inocentes?
1 Caixa de Bohemia?
Tô dentro!
Cabral escreveu:Não seria o Tropa de Elite?
Tenho em casa mas só li a metade.
rodrigo escreveu:São dois livros:
o 1º do Cap Pimentel, que foi expulso da PM, e participou da elaboração do roteiro do filme do ônibus 174, e desse novo elite da tropa:
http://images.americanas.com.br/produtos/item/344/1/344145g.gif
e o 2º, do ex comandante do BOPE-PMERJ,TCel Mario Sérgio:
http://images.americanas.com.br/produtos/item/462/5/462572g.gif
http://www.americanas.com.br/prod/462572/BookStore?i=1
E então, a lógica é virada de cabeça para baixo, inverte-se. Agora, a situação da segurança pública nas grandes metrópoles do país é narrada do ponto-de-vista do policial, esse “ser humano adestrado para se transformar em cão selvagem”. Esse lado desconhecido do combate diário nas grandes cidades é contado de forma ficcional por Luiz Eduardo Soares, André Batista e Rodrigo Pimentel em Elite da tropa, recém-chegado às prateleiras das livrarias. O mesmo ocorrerá em Tropa de elite, filme que, apesar da semelhança lingüística e de um de seus roteiristas ser o próprio Pimentel, não é inspirado no livro. O longa-metragem, dirigido por José Padilha (Ônibus 174), almeja ser lançado no Festival de Cannes do ano que vem.
É Pimentel o principal responsável pelo tom de realidade do livro e, principalmente, do filme. Ex-policial militar, ele atuou de 1995 a 2000 no Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM carioca, grupo de elite da corporação. Ali, constatou que a segurança pública brasileira está desse jeito não por conta dos policiais, que arriscam suas vidas subindo morros e trocando tiros com bandidos, mas, sim, porque as políticas para o setor são formuladas e colocadas em prática por quem não sabe o que faz. “A polícia não foi criada para prender e nem para matar. Ela foi criada para dar segurança. Quando essa lógica se inverte, todo mundo sai perdendo”, acredita o ex-capitão.
Ator policial
O longa-metragem contará a história de dois policiais militares do Rio de Janeiro que dividem o tempo entre as operações nos morros cariocas e as aulas em uma faculdade particular. Ambos estão expostos a realidades diferentes, mas cujo pano de fundo é o mesmo: o uso de drogas e, em última instância, o tráfico de drogas, seja na periferia seja na alta sociedade. Para interpretar um dos protagonistas, o ator Wagner Moura (Cidade Baixa e Deus é brasileiro) já foi selecionado. A idéia de Padilha e Pimentel é utilizar um policial militar de verdade para interpretar o outro. “Estamos fazendo testes com vários PMs”, garante o diretor. A escolha do elenco está por conta de Fátima Toledo, a mesma que ajudou a descobrir talentos em Cidade de Deus.
Tropa de elite tratará o policial como ser humano, com todos os seus medos, anseios, temores, crenças. “Quando você analisa a violência sob a ótica do bandido, a tendência é enxergar o policial como o vilão da história”, avalia Padilha. “A política, ela sim, está à frente dos problemas econômicos e sociais. É a partir dela que se determina como as coisas serão feitas, como uma ação policial deverá ser feita.” O filme está orçado em R$ 6 milhões e receberá um investimento de Hollywood de R$ 3,9 milhões mesmo estando apenas com o roteiro pronto. O início das filmagens ocorrerá em 14 de setembro. As locações serão ruas e favelas do Rio de Janeiro.
É a política de segurança pública adotada no Brasil a principal interseção entre a película e a obra literária. Pinceladas sobre o assunto estão nas linhas e entrelinhas do livro e serão dadas no longa-metragem também. A idéia é tão sedutora que José Padilha não descarta produzir documentário sobre as instituições políticas. “Se as regras de seleção de policiais estão erradas, deve haver algo de errado com a seleção de políticos também”, ironiza, referindo-se à corrupção policial.
Pimentel não esconde de ninguém: o livro Elite da tropa é pró-Bope mesmo. “Aqueles policiais são incorruptíveis”, garante. A obra mostra PMs atuando com “força máxima e devastadora”, como está escrito na contracapa. Apesar de semelhanças sórdidas com fatos propagados pela imprensa brasileira há não muito tempo, Pimentel diz tratar-se de uma obra ficcional. “Qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência”, alerta. E completa: “Mas isso não quer dizer que as pessoas não possam buscar no cotidiano do Rio de Janeiro ou de qualquer outra cidade brasileira eventos parecidos.”
Gustavo Tourinho
Do Correio Braziliense
Bandidos levam armas usadas em filme sobre o Bope
Publicada em 02/11/2006 às 15h12m
O Globo Online e CBNNatalia von Korsch - EXTRACristiane de Cássia - O Globo
RIO - Uma van usada pela equipe do filme "Tropa de elite", com pelo menos 90 armas - 31 eram verdadeiras, adaptadas para bala de festim, e as demais eram réplicas - foi roubada, na manhã desta quinta-feira, na Ladeira Ary Barroso, subida do Morro Chapéu Mangueira, no Leme, e abandonada vazia pelos assaltantes no Santo Cristo, ainda de manhã. A van e as armas seriam usadas na filmagem do "Tropa de elite", filme baseado no livro "Elite da tropa", de autoria do ex-capitão da PM Rodrigo Pimentel, do capitão da PM André Batista, e do antropólogo Luis Eduardo Soares, que narra os bastidores do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).