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Oficial - R$ 1 bilhão a projeto nuclear da Marinha/BR
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- BrasileiroBR
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- Luís Henrique
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- Dieneces
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Já respondeste a tua própria pergunta , Luís Henrique , salvo melhor juízo...Luís Henrique escreveu::lol:![]()
![]()
O Scorpene vem ai??
Walter, Marino e demais colegas...
Saberiam dizer se há alguma mudança na escolha do submarino convencional após esta decisão???
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
- Luiz Bastos
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Pô JL. Nós somos brasileiros e não desistimos nunca. Existem muitos céticos no fórum dizendo que mesmo assim (com a promessa do presidente) nada pode acontecer e tal. O que vejo hoje é que ele (o presidente) poderia fazer o que fez com a Fab e lembrar mais uma vez do Fome Zero. Mas o que ele prometeu foi concluir o projeto nuclear, que como o Marino falou é interligado com o SNA e ainda estudar a redução do repasse em 2 anos. Logicamente tudo pode mudar como aconteceu com os helicópteros russos que o ministro das relações exteriores deu entrevista dando como certa a compra e até agora nada. Vamos aguardar e ter fé que a MB sabe o que faz.
Com relação à nacionalização do projeto, nenhum fabricante faz essencialmente todas as pecas que formam seus produtos. Sempre há alguma coisa feita por outrem, que não necessariamente tem que ser do mesmo pais. Aviões americanos usam radares europeus, instrumentos orientais etc. No caso do submarino o país tem condições técnicas para produzir 90%, entretanto o custo de produção seria proibitivo, assim, importa-se que sai mais em conta. Acho que é isso. Um belo gol do presidente Lula, e a vitória é da MB e por conseguinte do Brasil. Fui
Com relação à nacionalização do projeto, nenhum fabricante faz essencialmente todas as pecas que formam seus produtos. Sempre há alguma coisa feita por outrem, que não necessariamente tem que ser do mesmo pais. Aviões americanos usam radares europeus, instrumentos orientais etc. No caso do submarino o país tem condições técnicas para produzir 90%, entretanto o custo de produção seria proibitivo, assim, importa-se que sai mais em conta. Acho que é isso. Um belo gol do presidente Lula, e a vitória é da MB e por conseguinte do Brasil. Fui

- Luiz Bastos
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Pô JL. Nós somos brasileiros e não desistimos nunca. Existem muitos céticos no fórum dizendo que mesmo assim (com a promessa do presidente) nada pode acontecer e tal. O que vejo hoje é que ele (o presidente) poderia fazer o que fez com a Fab e lembrar mais uma vez do Fome Zero. Mas o que ele prometeu foi concluir o projeto nuclear, que como o Marino falou é interligado com o SNA e ainda estudar a redução do repasse em 2 anos. Logicamente tudo pode mudar como aconteceu com os helicópteros russos que o ministro das relações exteriores deu entrevista dando como certa a compra e até agora nada. Vamos aguardar e ter fé que a MB sabe o que faz.
Com relação à nacionalização do projeto, nenhum fabricante faz essencialmente todas as pecas que formam seus produtos. Sempre há alguma coisa feita por outrem, que não necessariamente tem que ser do mesmo pais. Aviões americanos usam radares europeus, instrumentos orientais etc. No caso do submarino o país tem condições técnicas para produzir 90%, entretanto o custo de produção seria proibitivo, assim, importa-se que sai mais em conta. Acho que é isso. Um belo gol do presidente Lula, e a vitória é da MB e por conseguinte do Brasil. Fui
Com relação à nacionalização do projeto, nenhum fabricante faz essencialmente todas as pecas que formam seus produtos. Sempre há alguma coisa feita por outrem, que não necessariamente tem que ser do mesmo pais. Aviões americanos usam radares europeus, instrumentos orientais etc. No caso do submarino o país tem condições técnicas para produzir 90%, entretanto o custo de produção seria proibitivo, assim, importa-se que sai mais em conta. Acho que é isso. Um belo gol do presidente Lula, e a vitória é da MB e por conseguinte do Brasil. Fui

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Bom dia a todos,
Pessoal, excelente notícia. Na minha opinião, outros governos tiveram muito mais má vontade com as FAs, do que o governo Lula. O simples fato do Fernando Henrique Cardoso ter deixado a bomba do FX para o Lula é um bom exemplo. Não estamos no ponto ideal, porém, o caminho é esse.
Abraços, Ricardo.
Pessoal, excelente notícia. Na minha opinião, outros governos tiveram muito mais má vontade com as FAs, do que o governo Lula. O simples fato do Fernando Henrique Cardoso ter deixado a bomba do FX para o Lula é um bom exemplo. Não estamos no ponto ideal, porém, o caminho é esse.
Abraços, Ricardo.
- Vinicius Pimenta
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A notícia é excelente. Se as verbas vão vir ou não, a gente pode esperar. Mas a mudança que mais deveria chamar a atenção é a mudança do tipo de programa.
Antes era um programa da MARINHA. Levado a duras penas, sem verbas e com um esforço muito grande da Força. Agora ele passa a ser um programa de GOVERNO, de ESTADO, da NAÇÃO brasileira. Essa é a diferença. Trechos da entrevista com o presidente, via D@N:
Acessem o link: http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_nuc_3.htm
Muitas águas vão rolar. Mas, como diz o presidente, "nunca na história deste país" assistimos a algo parecido em relação ao Programa Nuclear.
Antes era um programa da MARINHA. Levado a duras penas, sem verbas e com um esforço muito grande da Força. Agora ele passa a ser um programa de GOVERNO, de ESTADO, da NAÇÃO brasileira. Essa é a diferença. Trechos da entrevista com o presidente, via D@N:
Presidente: Olha, eu acredito que esse projeto pode ser embrião para tudo que nós precisarmos do ponto de vista de energia nuclear e do ponto de vista de produção de energia. (...) desde a primeira conversa que eu tive com o ministro Waldir Pires, eu assumi o compromisso de que nós vamos colocar os recursos necessários para que a gente possa concluir esse projeto. É um projeto que necessita de 130 milhões de reais durante oito anos, quem sabe, se pudermos colocar um pouco mais, poderemos antecipar.
Eu acho que agora nós temos condições de concluir esse projeto e o Brasil pode se dar ao luxo de ser um dos poucos países do mundo a dominar toda a tecnologia do ciclo de enriquecimento de urânio e, a partir daí, eu penso que nós seremos muito mais valorizados enquanto nação, enquanto a potência que queremos ser.
Veja, o que existe aqui é um passo extraordinário do avanço tecnológico do conhecimento do nosso pessoal. O que nós precisamos é garantir que, do que temos hoje, nós só temos que colocar dinheiro para dar os avanços necessários. Nós temos profissionais, nós temos gente competente, nós temos conhecimento. Agora, se estava faltando o dinheiro, não vai faltar mais porque nós vamos colocar o dinheiro necessário. Por que não sonhar grande e dizer que nós queremos chegar até a possibilidade de ter um submarino nuclear?
A nossa determinação é brasileira, com a determinação do Estado brasileiro, da Marinha brasileira, de que vamos utilizar todo o nosso conhecimento para fazer aquilo que nós soubermos fazer, pensando no Brasil. Eu estou convencido de que um país precisa ter capacidade de investimento em ciência e tecnologia. Depois de visitar uma instalação como esta, você sai daqui convencido de que muitas vezes nós temos que perguntar a nós mesmos: será que quando você vai discutir um investimento de 130 milhões para terminar as nossas experiências, você poderia utilizar a palavra gasto? Será que não seria importante discutir quanto nós vamos gastar por não termos investido no tempo certo, na hora certa, para termos as coisas prontas no momento certo?
Então, eu acredito que o Brasil tem tudo para se transformar definitivamente num Estado soberano, seja no reparo que nós temos que fazer nas nossas Forças Armadas, tornar a equipar as nossas Forças Armadas, preparar o Brasil para ter todo conhecimento do ciclo do urânio, porque isso é levado em conta.
Acessem o link: http://www.defesanet.com.br/zz/mb_sub_nuc_3.htm
Muitas águas vão rolar. Mas, como diz o presidente, "nunca na história deste país" assistimos a algo parecido em relação ao Programa Nuclear.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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A principio, parabéns para o governo, tomou as rédeas de um problema que a muitos anos pareceria um pouco “sem dono”.
Vai acontecer este investimento? Olha, pelo retrospecto brasileiro, temos que esperar para ver.
Vou relembra-lo de alguns fatos.
Quando o VLS pegou fogo matando 21 pessoas, em 2003, foi prometido em 2006 um novo lançamento.
Este novo lançamento não sai antes de 2009, fala-se em 2011!
Um defensor das políticas espaciais brasileiras pode listar uma série de coisas que foram feitas, por exemplo.
• Lançamento do Marcos Pontes
• Acordo de cooperação com a Rússia para desenvolvimento de tecnologia de propulsão com combustível liquido.
• Construção de uma nova plataforma em Alcântara
• Acordo espacial cientifico com a Índia
• Desenvolvimento de um upper stage para o VLS.
Eu não vou julgar se todos estes itens acima são bons ou ruins, mas vou me limitar a dizer o seguinte.
O VLS em 2003 era um projeto pronto que precisava de ajustes para poder voar novamente.
O VLS em 2007 (hoje) é um projeto que foi desvirtuado do que era em 2003.
Para mim é mais lógico você terminar um projeto que esta quase pronto do que querer fazer um upp grade em um foguete que até então tem 100% de falhas ou então querer criar mais 3 ou 4 novos projetos e não terminar nenhum porque o retrospecto de investimento não mudou.
Voltamos ao programa nuclear.
Hoje o atual governo libera R$ 1bi para o programa nuclear. Ótimo, parabéns.
Daqui a alguns meses este dinheiro então é modificado quando ao seu foco original, então não estamos mais correndo atrás de homologar uma planta propulsora nacional e sim em digamos:
“Desenvolver uma usina em cooperação com França, Canadá, Russia ou sei lá quem”
“Aumentar a quantidade de combustível a ser produzida para Angra III”
Ou qualquer outra prioridade que possamos inventar.
Isto que estou dizendo, vai realmente acontecer?
Hoje nada indica que não, mas sejamos cautelosos, no Brasil a falta de foco e o desvio dos recursos para outras finalidades, acontecem quando a noticia já não é mais o foco da mídia, sem memória como somos, daqui a pouco ninguém mais lembra das declarações de Lula visitando o centro de pesquisa da MB nem do que foi prometido lá.
Tal qual os 21 mortos de Alcântara não ganharam mais do que meia pagina da revista VEJA da semana seguinte a tragédia.
Elizabeth
Vai acontecer este investimento? Olha, pelo retrospecto brasileiro, temos que esperar para ver.
Vou relembra-lo de alguns fatos.
Quando o VLS pegou fogo matando 21 pessoas, em 2003, foi prometido em 2006 um novo lançamento.
Este novo lançamento não sai antes de 2009, fala-se em 2011!
Um defensor das políticas espaciais brasileiras pode listar uma série de coisas que foram feitas, por exemplo.
• Lançamento do Marcos Pontes
• Acordo de cooperação com a Rússia para desenvolvimento de tecnologia de propulsão com combustível liquido.
• Construção de uma nova plataforma em Alcântara
• Acordo espacial cientifico com a Índia
• Desenvolvimento de um upper stage para o VLS.
Eu não vou julgar se todos estes itens acima são bons ou ruins, mas vou me limitar a dizer o seguinte.
O VLS em 2003 era um projeto pronto que precisava de ajustes para poder voar novamente.
O VLS em 2007 (hoje) é um projeto que foi desvirtuado do que era em 2003.
Para mim é mais lógico você terminar um projeto que esta quase pronto do que querer fazer um upp grade em um foguete que até então tem 100% de falhas ou então querer criar mais 3 ou 4 novos projetos e não terminar nenhum porque o retrospecto de investimento não mudou.
Voltamos ao programa nuclear.
Hoje o atual governo libera R$ 1bi para o programa nuclear. Ótimo, parabéns.
Daqui a alguns meses este dinheiro então é modificado quando ao seu foco original, então não estamos mais correndo atrás de homologar uma planta propulsora nacional e sim em digamos:
“Desenvolver uma usina em cooperação com França, Canadá, Russia ou sei lá quem”
“Aumentar a quantidade de combustível a ser produzida para Angra III”
Ou qualquer outra prioridade que possamos inventar.
Isto que estou dizendo, vai realmente acontecer?
Hoje nada indica que não, mas sejamos cautelosos, no Brasil a falta de foco e o desvio dos recursos para outras finalidades, acontecem quando a noticia já não é mais o foco da mídia, sem memória como somos, daqui a pouco ninguém mais lembra das declarações de Lula visitando o centro de pesquisa da MB nem do que foi prometido lá.
Tal qual os 21 mortos de Alcântara não ganharam mais do que meia pagina da revista VEJA da semana seguinte a tragédia.
Elizabeth
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Olá,
Compartilho do ceticismo do JL, do Bat e da Koslova. Sinceramente, depois de tudo o que aconteceu em projetos militares brasileiros, depois de tudo o que vi nesses pouco mais de 7 anos... sou hoje extremamente cético a qualquer declaração desse tipo.
Também começo a questionar não só o futuro do SNB, como também a sua necessidade. Parece que perdemos o bonde da história. Era para termos esse submarino pronto no máximo no início da década de 90. O projeto se arrasta há décadas e, por mais merecidos que sejam os elogios aos nossos engenheiros e cientistas pelas ultra-centrífugas, sejamos realistas: Não estamos nem perto de construir um submarino nuclear.
Faltam no mínimo 6 anos para se testar e ter total confiabilidade do reator. Só do reator! É pra isso que se destina toda essa verba. E a construção de um submarino, quanto tempo leva? Ao que eu saiba, no mínimo uns 5 anos. Em se tratando de Brasil, leva bem mais. Quantos anos levou para o Tikuna ser terminado? 9? O SNB só começaria a ser construído depois que o reator estivesse pronto e a MB tivesse aval do governo(difícilimode ocorrer) para a sua construção. Coloquem no mínimo 10 anos a partir de hoje para ser finalizado.
Terminando na melhor das hipóteses por volta de 2017 um projeto que começou há mais de 20 anos! Quanto tempo daria no total? Acho que deve estar por volta de uns 40 anos. Sendo esse o primeiro submarino nuclear nosso, será normal que tenha defeitos, falhas, ou seja bastante inferior a outros que existem hoje pelo mundo. Ou seja, em 10 anos teremos um sub com características técnicas de um sub nuclear americano lá da década de 90(talvez antes!) ou início dessa década.
Não vejo muito sentido em construir um submarino caríssimo que já nascerá obsoleto. Veremos uma repetição em escala astronômica do projeto Piranha, só que inúmeras e inúmeras vezes mais caro, que provavelmente será inferior a um Los Angeles de hoje em dia.
Também sou cético com essa notícia, pois os governos brasileiros têm uma mania bastante nociva, que é a de querer começar tudo do zero em seus respectivos governos, esquecendo de conquistas de governos anteriores(com exceções). O governo Lula liberou essa verba, e duvido muito que um sucessor tenha vontade política de mantê-la. Poderá mantê-la para a questão do enriquecimento de urânio e o reator, mas acho praticamente impossível que queira um sub. nuclear. E, mesmo que quisesse, o sucessor do sucessor também poderia barrá-lo, ou mantê-lo em banho maria, como fizemos até hoje.
O Brasil é um país engraçado. Desenvolvemos programas importantíssimos, estratégicos, programas de Estado em qualquer país sério. Mas, após os passos iniciais, mantemos esses programas em um estado vegetativo, quase morto, numa espécie de UTI, com um ou outro progresso a duras penas. É como se mantivéssemos esses programas mortos-vivos só pra podermos estufar o peito e falar pros nossos vizinhos, "Aha! Olha só, temos um programa espacial! Temos um programa nuclear! Construimos submarinos! Navios! Vamos construir um nuclear e enviar um lançador de satélites ao espaço".
Mas isso só fica nas palavras. Na prática, levamos décadas para produzir um simples míssil IR; sabe-se lá quantos anos para construir uma pequena corveta chamada Barroso; quase uma década para desenvolver um projeto conhecido de um sub diesel elétrico; um programa espacial que, com os recursos que recebeu até então, só conseguiu em 30 anos lançar com sucesso foguetes de sondagem e microgravidade. E hoje, mal conseguindo lançar um VLS por absoluta falta de apoio e âmparo do governo, se lança num projeto quase megalomaníaco de 5 lançadores, o programa Cruzeiro do Sul...
Em suma, faço os mais profundos elogios aos nossos cientistas, engenheiros e militares. São extremamente capacitados, quase heróis trabalhando com verbas risíveis. Mas sou cético com qualquer um desses programas estratégicos, pois não é do interesse político do governo, nem do interesse da Nação, desenvolvê-los em sua plenitude.
Abraços
César
Compartilho do ceticismo do JL, do Bat e da Koslova. Sinceramente, depois de tudo o que aconteceu em projetos militares brasileiros, depois de tudo o que vi nesses pouco mais de 7 anos... sou hoje extremamente cético a qualquer declaração desse tipo.
Também começo a questionar não só o futuro do SNB, como também a sua necessidade. Parece que perdemos o bonde da história. Era para termos esse submarino pronto no máximo no início da década de 90. O projeto se arrasta há décadas e, por mais merecidos que sejam os elogios aos nossos engenheiros e cientistas pelas ultra-centrífugas, sejamos realistas: Não estamos nem perto de construir um submarino nuclear.
Faltam no mínimo 6 anos para se testar e ter total confiabilidade do reator. Só do reator! É pra isso que se destina toda essa verba. E a construção de um submarino, quanto tempo leva? Ao que eu saiba, no mínimo uns 5 anos. Em se tratando de Brasil, leva bem mais. Quantos anos levou para o Tikuna ser terminado? 9? O SNB só começaria a ser construído depois que o reator estivesse pronto e a MB tivesse aval do governo(difícilimode ocorrer) para a sua construção. Coloquem no mínimo 10 anos a partir de hoje para ser finalizado.
Terminando na melhor das hipóteses por volta de 2017 um projeto que começou há mais de 20 anos! Quanto tempo daria no total? Acho que deve estar por volta de uns 40 anos. Sendo esse o primeiro submarino nuclear nosso, será normal que tenha defeitos, falhas, ou seja bastante inferior a outros que existem hoje pelo mundo. Ou seja, em 10 anos teremos um sub com características técnicas de um sub nuclear americano lá da década de 90(talvez antes!) ou início dessa década.
Não vejo muito sentido em construir um submarino caríssimo que já nascerá obsoleto. Veremos uma repetição em escala astronômica do projeto Piranha, só que inúmeras e inúmeras vezes mais caro, que provavelmente será inferior a um Los Angeles de hoje em dia.
Também sou cético com essa notícia, pois os governos brasileiros têm uma mania bastante nociva, que é a de querer começar tudo do zero em seus respectivos governos, esquecendo de conquistas de governos anteriores(com exceções). O governo Lula liberou essa verba, e duvido muito que um sucessor tenha vontade política de mantê-la. Poderá mantê-la para a questão do enriquecimento de urânio e o reator, mas acho praticamente impossível que queira um sub. nuclear. E, mesmo que quisesse, o sucessor do sucessor também poderia barrá-lo, ou mantê-lo em banho maria, como fizemos até hoje.
O Brasil é um país engraçado. Desenvolvemos programas importantíssimos, estratégicos, programas de Estado em qualquer país sério. Mas, após os passos iniciais, mantemos esses programas em um estado vegetativo, quase morto, numa espécie de UTI, com um ou outro progresso a duras penas. É como se mantivéssemos esses programas mortos-vivos só pra podermos estufar o peito e falar pros nossos vizinhos, "Aha! Olha só, temos um programa espacial! Temos um programa nuclear! Construimos submarinos! Navios! Vamos construir um nuclear e enviar um lançador de satélites ao espaço".
Mas isso só fica nas palavras. Na prática, levamos décadas para produzir um simples míssil IR; sabe-se lá quantos anos para construir uma pequena corveta chamada Barroso; quase uma década para desenvolver um projeto conhecido de um sub diesel elétrico; um programa espacial que, com os recursos que recebeu até então, só conseguiu em 30 anos lançar com sucesso foguetes de sondagem e microgravidade. E hoje, mal conseguindo lançar um VLS por absoluta falta de apoio e âmparo do governo, se lança num projeto quase megalomaníaco de 5 lançadores, o programa Cruzeiro do Sul...
Em suma, faço os mais profundos elogios aos nossos cientistas, engenheiros e militares. São extremamente capacitados, quase heróis trabalhando com verbas risíveis. Mas sou cético com qualquer um desses programas estratégicos, pois não é do interesse político do governo, nem do interesse da Nação, desenvolvê-los em sua plenitude.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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