Fórum Defesa Brasil

alcmartin escreveu:É...o cara era abusado...

Se a guerra fria tivesse ficado quente, certamente teria conseguido passar por baixo da cobertura dos russos e entregue um "pacotinho"...

Mas faltou dar uma pensada nos colegas que estavam com ele...

Se eu fosse um dos outros tripulantes, teria dado uma pancada na cabeça desse maluco para deixá-lo desacordado, quando ele começasse a fazer suas maluquices.

Quer morrer? Vai pilotar sozinho um F-104 e não arrisque a vida dos colegas.

Se eu fosse um dos outros tripulantes, teria dado uma pancada na cabeça desse maluco para deixá-lo desacordado, quando ele começasse a fazer suas maluquices.

Quer morrer? Vai pilotar sozinho um F-104 e não arrisque a vida dos colegas.

Mas eu acho que os tripulantes iam por vontade própria. Acho pouco provável terem ido "à força".
A propósito, alguém sabe dizer quantos morreram na queda?

morreram 4 tripulantes.

Guilherme escreveu:

alcmartin escreveu:É...o cara era abusado...

Se a guerra fria tivesse ficado quente, certamente teria conseguido passar por baixo da cobertura dos russos e entregue um "pacotinho"...

Mas faltou dar uma pensada nos colegas que estavam com ele...

Se eu fosse um dos outros tripulantes, teria dado uma pancada na cabeça desse maluco para deixá-lo desacordado, quando ele começasse a fazer suas maluquices.

Quer morrer? Vai pilotar sozinho um F-104 e não arrisque a vida dos colegas.

É, Guilherme...a coisa é feia!
E poucas pessoas sabem, mas esse tipo de problema citado por voce ainda é um tabu na aviação:até aonde a tripulaçao deve confiar em seu cmte. antes de uma intervenção? Permita-me tecer uns comentários, para os que não conhecem:
Tanto a aviação militar quanto a civil usam de hierarquia funcional como
método de organização de trabalho a bordo. O cmte da aeronave é o elemento mais experiente e de maior conhecimento a bordo, além de preposto da organizaçao. Ou seja, quem nao obedece ao cmte, sofre sançoes.

Aí é que podem aparecer(poucos, felizmente) os abusos de autoridade...

Nao obstante o exposto anteriormente, existem padronizaçoes da operação que todos devem obedecer. Até os cmtes. Ou a aviação de todas organizações, militares ou civis, seriam uma zona...Cada um operando de um jeito...
Então, quando determinados padroes fossem violados, seria não só desejavel, mas tambem uma obrigação que os demais tripulantes intervissem.

A história nos exemplifica com alguns exemplos de acidentes do "ramo": a colisão em solo dos 747 em Teneriffe, a queda do 737 da Varig na selva, há pouco mais de dez anos e outros mais. Foram acidentes em que a atuação ou a propria figura do cmte. tiveram O papel primordial no acidente.
Por outro lado, um acidente com um DC10 nos USA, em que o resultado só não foi pior justamente porque o cmte. foi humilde em pedir o auxilio de um colega a bordo, foi um marco na criação de uma doutrina nova.
Para minimizar estas ocorrencias criou-se e aperfeiçoou-se a doutrina do CRM (cockpit resource management) em formas de cursos e palestras, em todo o mundo e felizmente, muita coisa mudou.

Nestes cursos, só a titulo de ilustração, um dos exemplos de uma tripulação em ambiente de CRM é o capitão Kirk e a tripulação da "Enterprise", da Star Trek: em situação de crise, ele reunia a todos, colhia sugestoes e entao, decidia.
Note que não se trata de uma democracia: colhe-se opinioes, mas a palavra final será sempre a do cmte. Radicalizando, se fosse uma democracia, os passageiros poderiam tomar a decisão de mudar o destino da viagem, ou ainda pousar sem trem de pouso,he,he!!

Desculpem o off topic!

Abs!

Tenho uma prima por tabela que era comissária da Varig, hoje está na TAM. Ela sempre dizia que existe uma variação muito grande na maneira dos comandantes conduzirem a aeronave, por exemplo, dia do Comandante Y, a tripulação já falava "hi, hoje vai ser com emoção".

história nos exemplifica com alguns exemplos de acidentes do "ramo": a colisão em solo dos 747 em Teneriffe, a queda do 737 da Varig na selva, há pouco mais de dez anos e outros mais. Foram acidentes em que a atuação ou a propria figura do cmte. tiveram O papel primordial no acidente.

Naquele 727 que bateu em um morro perto de Fortaleza também. A gravação da caixa preta mostra o co-piloto falando que tinha um morro lá na frente, e o piloto diz: morro de merd@. Só que não era de merd@!

VICTOR escreveu:Tenho uma prima por tabela que era comissária da Varig, hoje está na TAM. Ela sempre dizia que existe uma variação muito grande na maneira dos comandantes conduzirem a aeronave, por exemplo, dia do Comandante Y, a tripulação já falava "hi, hoje vai ser com emoção".

É justamente essa diferença que as FA's e cias. aereas tentam acabar, Victor. E quanto maior a entidade, maior a padronização. Pelo menos, em tese...

Abs!

rodrigo escreveu:

história nos exemplifica com alguns exemplos de acidentes do "ramo": a colisão em solo dos 747 em Teneriffe, a queda do 737 da Varig na selva, há pouco mais de dez anos e outros mais. Foram acidentes em que a atuação ou a propria figura do cmte. tiveram O papel primordial no acidente.

Naquele 727 que bateu em um morro perto de Fortaleza também. A gravação da caixa preta mostra o co-piloto falando que tinha um morro lá na frente, e o piloto diz: morro de merd@. Só que não era de merd@!

Rodrigo, esse acidente até hoje dá o que falar...o então chefe de operações da VASP naquela ocasião, dá instrução em simulador hoje em uma cia. É bem "barra pesada"...

Segundo ele, o cmte já tinha cometido ato de indisciplina anterior e esteve a ponto de ser rebaixado. Mas, na ultima hora, ele "deixou p/lá" e deu uma chance...15 dias depois veio o acidente...
Essa é a explicação dele por ser tão severo hoje. Se tivesse sido naquela época, talvez a historia tivesse sido diferente. Essa é sua visão...

Bom, vai saber, não é? A historia é cheia de SE...

Abs!

Colegas, quis dizer que a manobra que provocou o desastre não foi um fato isolado. O comandante já fazia tais manobras para demonstração pública e com o consentimento da USAF. Portanto, os tripulantes tinham consciência dos riscos. Sendo assim, num país livre como os EUA, ninguém é obrigado a fazer o que não quer, mesmo no meio militar.

Mais ou menos, não é Poti? Porque voce pode até não ir, mas terá que se justificar e aí fica aquele clima...

Mas cá entre nós, tem que ser maluco pra pilotar um avião!! Uma máquina daquele tamanho, pesada, e voando? Os aviões desafiam as leis naturais...Então, pra ser piloto, tem-se que ser meio demiolado mesmo...Agora: responsabilidade é outra conversa!!Este louco do B-52 foi um irresponsável, egocêntrico e exibicionista...Levou mais 4 ou 3 com ele nesta brincadeira idiota...

Bárbara Leite escreveu:Mas cá entre nós, tem que ser maluco pra pilotar um avião!! Uma máquina daquele tamanho, pesada, e voando? Os aviões desafiam as leis naturais...Então, pra ser piloto, tem-se que ser meio demiolado mesmo...

Concordo plenamente,he,he!!! Pelo que ganha...

Bj!

hehehehehhe