Missão de Paz no Haiti

[Marechal-do-ar]

No Haiti há uma força de PAZ.

Nossas forças vão ficar do lado do Haiti. Elas estão lá para garantir a Lei e a Ordem, garantir a segurança até as eleições gerais.

Não foi mais ou menos isso que os americanos falaram em relação ao Iraque?

[fredom]

pow marechal acho que se ta confundindo, o iraque e totalmente diferente do haiti.
o presidente do haiti foi retirado do poder pelos revolucionarios e agora eles mesmo sao afavor de uma tropa que ajude o pais ate as proximas eleicoes, pq a situacao la critica, a energia fica faltando o tempo todo, os saques e assaltos sao constantes o pessoal ta passando fome. e por isso a tropa de paz tem que estabilizar o pais e tentar recompor a forca policial e recompor a ordem no pais.

[Balena]

Folha de São Paulo


AMÉRICA LATINA

Defesa anuncia que reduzirá o pagamento a soldados do Brasil no exterior para viabilizar operação de paz

Brasil usa soldo para pagar missão no Haiti



EDUARDO SCOLESE

ANDRÉ SOLIANI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA




O ministro brasileiro da Defesa, José Viegas, anunciou ontem que irá reduzir o pagamento a soldados brasileiros que atuam em missões no exterior para viabilizar o envio de tropas para a missão de paz da ONU no Haiti.

"Haverá redução de soldo militar, o gasto cairá em 46%, para viabilizar a participação do Brasil, que ficaria comprometida por ônus excessivos", disse o ministro, após participar de audiência pública no Senado.

A operação militar custará cerca de R$ 100 milhões ao Brasil, que vai liderá-la. Como a missão é da ONU, o governo deverá ser reembolsado, pela instituição, num prazo máximo de seis meses, em cerca de R$ 60 milhões (US$ 20 milhões), segundo o chanceler Celso Amorim.

A redução dos salários das tropas brasileiras no exterior será feita por meio de uma medida provisória, que era ontem finalizada na Defesa. A expectativa é que o texto fosse enviado ainda ontem para a Casa Civil.

De acordo com Viegas, "a redução da remuneração colocará os soldos em linha com os valores que ONU paga". O ministro afirma que conta com o apoio das Forças Armadas para a medida, pois há o desejo dos militares de viabilizar a missão.

A ONU paga às Forças Armadas de países que participam de suas missões de paz entre US$ 1.040 e US$ 1.200 mensais por soldado enviado. Além disso, reembolsam o país pelo desgaste dos equipamentos usados na operação. As tropas precisam chegar ao Haiti até o dia 31.

O Haiti está em crise desde o começo do ano, depois que rebeldes avançaram contra Porto Príncipe (a capital) e exigiram a renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide. Em 28 de fevereiro, Aristide deixou o país e, hoje, está exilado na Jamaica. Ele diz que foi derrubado pelos EUA e pela França.



Problemas no Congresso

Antes de o governo despachar as tropas, o Congresso terá de aprovar a participação brasileira na operação. A oposição já afirmou que votará contra, segundo lideranças do PSDB e do PFL na Câmara. Existe também resistência entre os governistas.

A mensagem do Planalto que trata do envio das tropas deve ser votada hoje ou na semana que vem. Ontem à noite, deputados da base aliada aprovaram a urgência para o requerimento, rejeitada no início da tarde por falta de quórum. Por um lapso, o presidente da Casa, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), encerrou a sessão antes que houvesse a presença necessária em plenário. O mérito precisa ser aprovado na Câmara e depois no Senado.

A decisão do presidente Luiz Inácio de Lula da Silva de enviar 1.470 soldados para o Haiti foi anunciada no dia 4 de março e causou uma série de protestos, inclusive do PT. "Não vou esconder aos senhores que há críticas sobre a forma como Aristide saiu. Há uma área cinzenta. Mas temos de olhar para frente", disse Amorim, durante reunião das comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado.

A oposição centrou suas críticas no uso de recursos escassos para ajudar na manutenção da ordem num país estrangeiro, quando o próprio Brasil enfrenta problemas de segurança pública.

Outro ponto levantado foi a possibilidade de o Brasil ser usado numa missão que defenderia os interesses dos EUA e da França, no Haiti. A possibilidade foi rechaçada pelos ministros.

Os congressistas também não gostaram do fato de o governo já ter pintado as cores da ONU nos equipamentos da missão, antes de o Congresso aprovar a medida. Amorim e Viegas disseram que apenas estavam se adiantando.

[Balena]

O que vocês acham disso???

Brincadeira, não é???

[Marechal-do-ar]

pow marechal acho que se ta confundindo, o iraque e totalmente diferente do haiti.
o presidente do haiti foi retirado do poder pelos revolucionarios e agora eles mesmo sao afavor de uma tropa que ajude o pais ate as proximas eleicoes, pq a situacao la critica, a energia fica faltando o tempo todo, os saques e assaltos sao constantes o pessoal ta passando fome. e por isso a tropa de paz tem que estabilizar o pais e tentar recompor a forca policial e recompor a ordem no pais.

Não to confundindo não, no Haiti foram os rebeldes que depuseram o presidente, foram os americanos (pra variar) numa dessas "missões de PAZ", eles tiraram o cara do poder mas não deixaram os rebeldes colocar o lider deles como presidente (sabe como é primeiro precisa votar para depois o presidente eleito obedecer os EUA), quem causou todo o caos que existe la foram os EUA, e se formos mandar alguma tropa pra la deveria ser para expulsar os EUA, de resto eles se acertam.

[César]

Olha Marechal, opinião minha, mas acho que você está enganado cara...

Não to confundindo não, no Haiti foram os rebeldes que depuseram o presidente, foram os americanos (pra variar) numa dessas "missões de PAZ", eles tiraram o cara do poder mas não deixaram os rebeldes colocar o lider deles como presidente

Errado, os rebeldes não tinham um líder eleito entre eles para tomar o poder. Não existia uma única facção contra o governo, mas sim várias. Sem Aristide, essas facções iriam disputar o poder entre si devido ao chamado "vácuo de poder". Ou seja, essa situação = Guerra civil.

quem causou todo o caos que existe la foram os EUA, e se formos mandar alguma tropa pra la deveria ser para expulsar os EUA, de resto eles se acertam.

Os EUA causaram aquele fusuê todo?! Acho que eles não tinham nada a ver com a situação. Tanto que eles só mandaram tropas para lá após a queda do Aristide(quando ele renunciou e tal). Antes disso ele mandou uma força humilde de 100 marines para proteger a Embaixada.
Então quer dizer que, por esse seu raciocínio, quando o Brasil mandou a força de 25 fuzileiros para lá estavamos invadindo o Haiti?

Se a missão do Brasil seria unicamente tirar os EUA de lá, o que dizer de Timor então? Não deveríamos então, atacar a Indonésia por ter atacado aquele território? Por que lá o Timor foi invadido mesmo, diferente do Haiti.
Missões de paz acontecem no mundo todo, exatamente para evitar uma Guerra civil(um mal maior). O Brasil, diferentemente dos EUA no Iraque, tem apoio não só da ONU, mas sim do próprio Haiti(não acho que o Iraque tenha pedido para os EUA para ser invadido)que não tem governo legítimo para sufocar uma insurgência rebelde.

Abraço a todos

César

[Marechal-do-ar]

César, se você lesse os jornais saberia que o Arístide não foi deposto pelos rebeldes, ele foi forçado a renunciar por soldados norte-americanos que colocaram um fuzil na cabeça dele e mandaram ele assinar a carta de renúncia, isso é uma invasão, não? Quanto ao Haiti se você ler meus posts vera que eu sou a favor de mandar soldados para la, porque como você mesmo disse aquilo la foi uma invasão.

[César]

Essa história é um puro boato.

De qualquer forma, vamos admitir ela como verdadeira. Aristide estava enclausurado na capital sem poder no resto do país. Ele não tinha a mínima condição de se manter no poder, e uma hora ou outra ele seria derrubado. O ataque à capital seria sangrento e muita gente inocente morreria, com um resultado previsível.

Se os EUA e França mandaram forças especiais e obrigaram-no a depor, melhor. pelo menos não houve uma batalha perdida com perdas inúteis, seguida de uma guerra civil entre facções.
Ninguém interviu no Afeganistão após a retirada da URSS e você viu a Guerra que deu por lá. E se uma força de paz fosse mandada, será que aquela carnificina teria sido evitada? Talvez sim, não dá para dizer, mas era ao menos uma chance.

Você está sendo a favor de mandar soldados para o Haiti para mandar os EUA embora, é isso? Não é meio insensato?
E se os EUA são "invasores" e o Brasil expulsa os "invasores". O Brasil não se torna também um "invasor"?

EUA e Brasil estão do mesmo lado nessa história. Apesar de não concordar com a política estaduiense para com o Iraque, acho essa intervenção no Haiti mais que acertada.

Abraço a todos

César

[Marechal-do-ar]

César, no Afeganistão teve uma guerra civil, o taleban venceu e criou-se um governo estaval por la, se tivessem intervido com uma força de paz teria havido eleições da forma como os integrantes da "força de paz" querem, algum candidato teria ganho e os demias insatisfeitos teriam feito uma guerra civil ainda mais sangrenta, o mesmo vai acontecer com o Haiti, se foram boatos ou não o próprio Arístedes disse que foi isso que aconteceu, mas quem sabe ele tenha mentido né?
E mais uma coisa, existe uma diferença entre você entra em um terrítório pacífico e matar os donos dele e você entra em um território que foi dominado por um terceiro, expulsar o terceiro e devolver o território aos verdadeiros donos.

[Fox]

Rumo ao Haiti





Mais informação sobre os veículos enviados ao Haiti:

http://www.defesanet.com.br/haiti/veiculos/haiti.pdf

http://www.defesanet.com.br

[Vinicius Pimenta]

Essa teoria da conspiração no caso da renúncia do presidente do Haiti é infundada. Ou foram os EUA que criaram a guerrilha? Ah deve ter sido eles também que armaram os rebeldes de Ak-47. Quem sabe não foram os Marines que mataram todos aqueles civis?

O Brasil é um invasor, mandou 16 fuzileiros antes mesmo de uma resolução da ONU. Pera ae, né?

Como eu disse, erros passados não justificam novos erros. Não conheço profundamente a tomada do poder do Taleban no Afeganistão. Mas se a ONU não enviou uma força para lá, isso não quer dizer que não deva fazer no caso do Haiti.

O Aristide disse que foi forçado a renunciar pelos EUA, mas ele não tinha outra opção. Se foram os Marines mesmo que tiraram ele de lá, pelo menos os EUA fizeram uma coisa boa que foi evitar mais derramamento de sangue.

O Brasil não vai invadir território nenhum. Vai apenas ajudar o Haiti a se reerguer.

[Vinicius Pimenta]

Para não abrir um outro tópico sobre o mesmo assunto, vou aproveitar para colocar aqui mesmo os navios da Marinha que irão para o Haiti. São eles:

Fragata F49 Rademaker
Navio de Desembarque de Carros de Combate G28 Mattosos Maia
Navio de Desembarque-Doca G30 Ceará
Navio Tanque G23 Almirante Gastão Motta

[César]

F-49!!!?? Pô, que legal!

mas, pra quê? O comboio corre o risco de ser afundado? hehe

Mas é legal. Já imaginaram a gente mandando o A-12 pra lá, só pra aparecer? Todo garboso e tudo mais, hauhauah, legal pacas!
Ainda mandavam os A-4 sobrevoarem a cidade pra dar Haitianos um pequeno show aéreo.
Mandava também o EDA pra alegrar a galera de lá. Aí sim que iriam gostar de brasileiro

Enfim, tô viajando legal

Abraço a todos

César

[Vinicius Pimenta]

Se o A12 não tivesse atracado por falta de verbas até daria...

[Slip Junior]

Haiti é treino para ação no Rio, diz Exército

ANDRÉ SOLIANI
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O envio de militares brasileiros para a missão de paz da ONU no Haiti servirá como um treinamento das Forças Armadas para, eventualmente, enfrentar situações de repressão à criminalidade no país, como no Rio de Janeiro, segundo o Ministério da Defesa.

A ação em território haitiano, que deve ser autorizada nesta semana pelo Senado, seria, de acordo com a pasta, uma experiência na manutenção da ordem em situações que envolvem civis e grupos armados que atuam fora do controle do Estado.

A expectativa também é admitida pelo Exército. "Quanto a dizer que isso [o envio das tropas ao Haiti] trará [experiência] para a garantia da lei e da ordem internamente, é um objetivo que eu diria que pode ser alcançado", disse o general Américo Salvador, 56, que aguarda autorização do Congresso para assumir o comando das tropas brasileiras no Haiti.

O Ministério da Defesa afirma que, dos 1.200 militares que irão ao Haiti, a maior parte (cerca de 750) teve de ser deslocada do Rio Grande do Sul, para que os quartéis do Rio de Janeiro não fossem desfalcados.

Neste mês, duas unidades das Forças Armadas foram atacadas por bandidos no Rio.

O governo fluminense recentemente negociou com o Palácio do Planalto a participação do Exército no combate ao crime organizado na capital. Não houve acordo, pois, apesar da oferta de Brasília, as autoridades do Rio não quiseram assinar documento (obrigatório em situações do tipo) no qual admitiriam "o esgotamento" de sua "capacidade de ação".

No Haiti, as tropas devem fazer operações semelhantes às que realizaria no Rio, como patrulhamento, cerco a pontos importantes e controle do vaivém de pessoas e veículos. Para o caso do Rio, a proposta da Defesa era usar as tropas de forma ostensiva, com tanques nas ruas e vias expressas, além de ocupar favelas --onde está o foco do crime organizado, mas vivem milhares de cidadãos alheios ao tráfico de drogas.

Estratégia no Haiti

Uma das preocupações da Defesa é conquistar o apoio dos haitianos, para que a tropa da ONU não seja vista como uma força de repressão inimiga. Para cativar a população, os militares prometem uma ação "cívico-social" no Haiti, como distribuição de remédios e melhora da infra-estrutura.

O Haiti está em crise desde o começo do ano, quando rebeldes avançaram contra a capital do país (Porto Príncipe) e exigiram a renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide. Ele diz que foi forçado ao exílio pelos EUA e pela França.

A missão ao Haiti servirá também para os objetivos de política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das principais bandeiras externas do Itamaraty é reformar o Conselho de Segurança da ONU, para conquistar uma cadeira definitiva na instituição. Atualmente, apenas EUA, Reino Unido, França, Rússia e China são membros permanentes do CS.

Para ascender a membro permanente do CS, de acordo com diplomatas de diversos países, o Brasil precisa chamar para si uma maior responsabilidade nas ações da ONU. As Forças Armadas consideram que a missão no Haiti possa ser um passo decisivo para isso. Será a primeira vez que o país vai liderar uma força da ONU.

A responsabilidade maior, porém, não se refere apenas a mais engajamento e participação nas missões da organização; implica maiores gastos.

A operação custará, no total, pouco mais de R$ 150 milhões. Quase um terço do valor, R$ 45 milhões, será usado na aquisição de uma quantidade mínima de equipamentos necessários, como coletes à prova de bala, óculos de visão noturna, geradores e aparelhos de purificação de água.

"É o mínimo, pois, pela própria quantia disponível, não daria para comprar muita coisa. Além disso, não podemos retirar daqui [do Brasil] equipamentos que fariam falta", disse o general Salvador.

A ONU paga às Forças Armadas de países que atuam em missões de paz entre US$ 1.040 e US$ 1.200 mensais por soldado. E reembolsa o país pelo desgaste dos equipamentos usados na operação. Dos R$ 150 milhões estimados, o Brasil deve receber de volta entre R$ 60 milhões e R$ 90 milhões.

Fonte: Folha Online

Abraços