Lançamentos espaciais

Área para discussão de tudo que envolve a aviação civil e atividades aeroespaciais em geral como aeronaves, empresas aéreas, fabricantes, foguetes entre outros.

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Brasileiro
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#16 Mensagem por Brasileiro » Sáb Jun 16, 2007 7:30 pm

LeandroGCard escreveu:
Brasileiro escreveu:
Sempre quis saber o que é esse "vaporzinho" que aparece do lado de foguetes quando são lançados...

abraços]


Os foguetes que utilizam combustível ou oxidante criogênico (LOx+RP, LOx+LH2, etc...) sempre soltam este "vaporzinho". Ele vem do líquido criogênico evaporado, principalmente o oxigênio líquido, pois os tanques não podem ser totalmente estanques caso contrário pressão interna subiria demais e explodiria o foguete "à frio". O hidrogênio também tende a escapar, mas seu vapor é bem menos visível e o escape é melhor controlado para evitar o risco de incêndio. Provavelmente seu vapor é canalizado para longe da torre de lançamento.

Na maior parte dos casos o isolamento térmico do tanque de oxigênio é bem pouco ou nenhum para economizar peso, já que ele é barato e não produz nenhum tipo de problema se escapar durante a fase de pré-lançamento. Assim, o tanque é simplesmente cheio logo antes de se lançar o foguete e fica evaporando, soltando aquele "vaporzinho", sendo as perdas completadas continuamente até que a contagem chegue a zero. Mesmo após o lançamento ainda evapora um pouco de oxigênio, cujo vapor pode ser bem visto no lançamento do Atlas e em menor escala no do Longa-Marcha 3. O primeiro estágio do Delta II também gera este vapor, mas na primeira foto provavelmente os tanques ainda não estão carregados e na seguinte o vapor está encoberto pela fumaça.

Já o segundo estágio Delta II e o foguete Dnepr utilizam combustíveis não criogênicos, e portanto não geram liberam nenhum "vaporzinho", até porque ele seria corrosivo ou extremamente tóxico.

Um grande abraço,

Leandro G. Cardoso


Valeu cara!

Interessante saber disso. Eu consigo ver nisso uma relação com o acidente da Chalenger.
Segundo o sr. Feynman, ele foi lançado a temperatura fria demais (0ºC) e com isso as estruturas de reforço do tanque (tiras iguais a elásticos) perderam sua elasticidade e se romperam lançando o combustível e explodindo o foguete.
Existe essa relação ou eu viajei?


abraços]




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#17 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Jun 16, 2007 8:36 pm

Brasileiro escreveu:
Valeu cara!

Interessante saber disso. Eu consigo ver nisso uma relação com o acidente da Chalenger.
Segundo o sr. Feynman, ele foi lançado a temperatura fria demais (0ºC) e com isso as estruturas de reforço do tanque (tiras iguais a elásticos) perderam sua elasticidade e se romperam lançando o combustível e explodindo o foguete.
Existe essa relação ou eu viajei?


abraços]



Foi quase isto.

No caso dos ônibus espaciais os foguetes laterais utilizados no lançamento (boosters ou reforçadores), chamados SRB's, utilizam combustível sólido, um conceito diferente. Neste caso o foguete praticamente inteiro é a câmara de combustão do motor (com o combustível já lá dentro), e isto faz com que o corpo do foguete seja submetido à pressões extremamente elevadas durante o vôo, o que o leva a se dilatar.

Na maioria dos foguetes deste tipo (no VLS por exemplo) são utilizados tubos sem emendas, justamente para evitar pontos frágeis que possam levar a falhas. Ao invés disto os SRB's, por serem muito grandes, são montados com uma série de segmentos bem mais curtos, encaixados e travados com pinos de fixação. Entre estes segmentos existem anéis de vedação para evitar que os gases quentes de dentro do motor escapem pelas fendas entre os anéis produzidas pela dilatação. Foram estes anéis que não conseguiram vedar corretamente os motores, por estarem frios demais e portanto mais rígidos do que o especificado no projeto. Daí a fuga dos gases quentes de dentro do SRB, gerando uma chama que perfurou o enorme tanque de combustível líquido que o shuttle leva na barriga, levando à perda de pressão interna (que é o que sustenta a estrutura levíssima deste tanque) e consequentemente à falha catastrófica que destruiu a nave.

Grande abraço,

Leandro G. Card




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#18 Mensagem por Bolovo » Dom Jun 17, 2007 6:40 pm

Não é bem um lançamento aeuiaeoia


Foguete explode sobre a Austrália e produz chuva de fragmentos

Um foguete russo, que teve problemas de funcionamento logo após entrar em órbita, se incendiou na última segunda-feira sobre a Austrália, produzindo uma chuva de centenas de fragmentos incandescentes.

Por mais de 24 horas os observadores ficaram sem saber o que seria aquela chuva de meteoros, até que alguns especialistas em órbitas de satélites acharam a resposta: tratava de um foguete do tipo Briz-M, último estágio de um foguete Proton que deveria colocar em órbita o satélite de comunicações Arabsat-4A.

Lançado em 28 de fevereiro de 2006, o satélite atingiu a órbita de transferência alguns minutos depois do lançamento, mas não alcançou corretamente sua posição devido a uma falha no propulsor Briz-M, que ficou girando ao redor da Terra parcialmente cheio de combustível. Foi esse pequeno tanque de propelente que se rompeu sobre a Austrália, causando a chuva de meteoros.

O espetáculo foi visto e fotografado por milhares de pessoas, entre eles Rob McNaught, descobridor do cometa McNaught, que no início de fevereiro pode ser visto a olho nú em quase todo o planeta. "Estava observando o céu quando de repente um bólido cruzou o campo de visão do observatório. Imediatamente comecei a fotografar", disse McNaught.


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#19 Mensagem por Bolovo » Sex Jun 22, 2007 7:03 pm

Voltaram

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#20 Mensagem por Pedro Gilberto » Dom Jun 24, 2007 12:52 am

Foi notícia de Le Bourget mas vou postar aqui

Arianespace encomenda 35 foguetes Ariane 5 à EADS Astrium

LE BOURGET, França, 23 jun (AFP) - A Arianespace assinou neste sábado uma encomenda de 35 foguetes Ariane 5 ECA, o modelo mais potente da linha, à EADS Astrium no Salão Aeroespacial de Le Bourget, nos arredores de Paris, por um valor não informado.

Jean-Yves Le Gall e François Auque, presidentes respectivamente da Arianespace e da Astrium, filial do consórcio europeu de aeronáutica e defesa EADS, participaram da cerimônia de assinatura, na qual também esteve presente o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

A encomenda é feita três anos depois de uma primeira apresentada pela Arianespace de 30 lançadores no valor de 3 bilhões de euros


http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/afp/2007/06/23/ult35u53910.jhtm

[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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#21 Mensagem por thelmo rodrigues » Seg Jun 25, 2007 9:33 am

Alcântara volta a lançar foguetes a partir de julho

Ernesto Batista, SÃO LUÍS



As primeiras equipes da Agência Espacial Alemã, da Agência Espacial Brasileira, do Instituto de Aeronáutica e Espaço e de várias unidades da Força Aérea Brasileira começam a chegar ao Centro de Lançamento de Alcântara (MA) hoje para a primeira operação de lançamento de foguetes em um cosmódromo brasileiro desde novembro de 2004.

Pelas próximas duas semanas, cerca de 300 cientistas e militares brasileiros e alemães vão trabalhar na Operação Cumã II.

A idéia é lançar um foguete de sondagem VSB-30 com experimentos de sete universidades brasileiras e uma alemã para fazer experiências com uma plataforma suborbital e testes científicos na área de engenharia, biologia e medicina em ambiente de baixa gravidade.

O conhecimento obtido poderá ser utilizado em áreas como pesquisa do córtex cerebral e equipamentos para satélites.

O lançamento do foguete está programado para a primeira quinzena de julho.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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#22 Mensagem por Petrovski » Seg Jun 25, 2007 1:00 pm

Eu acho estranho nas fotos do espaço, a ausência de estrelas no fundo:

Imagem


Percebem como no fundo tudo é negro?




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#23 Mensagem por Marino » Qua Jun 27, 2007 11:25 am

Brasil fornecerá foguetes espaciais à Europa

Gazeta Mercantil

O Brasil se tornará o principal fornecedor de foguetes espaciais de sondagem, usados em projetos científicos, para os países europeus, particularmente aos integrantes da Agência Espacial Européia (ESA). Essa é a previsão do diretor da Agência Espacial Brasileira (AEB) e coordenador geral do programa de experimentos em microgravidade, Raimundo Mussi.

Ele projeta para este ano a transferência desta tecnologia à indústria privada nacional. "Creio que dentro de 18 meses já estaremos com empresas capacitadas a produzir esse tipo de foguete para o mercado mundial", salientou Mussi.

O foguete VSB-30 desenvolvido aqui é capaz de atingir uma altitude por volta de 300 km e o seu vôo total terá 20 minutos. O tempo de permanência em estado de microgravidade por mais de 6 minutos nasceu de uma parceria entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e a Agência Espacial Alemã (DLR-Moraba). Essa missão denominada Operação Cumã 2 será realizada na base de lançamentos de Alcântara (MA), num setor que permaneceu intacto aos danos provocados pelo acidente ocorrido em meados de 2003.

A Europa será o destino natural da produção dos VSB-30. Outros três vôos já foram realizados com este modelo, que deve ser o primeiro de uma família de foguetes de sondagem das camadas mais altas da atmosfera terrestre. A função destes lançadores é carregar experimentos científicos tanto da academia quanto da indústria, que necessitam de locais com uma força gravitacional muito inferior à existente na superfície da Terra.

Os países europeus utilizam de três a quatro foguetes deste porte por ano em seus programas espaciais. Como o Brasil é bem conceituado neste setor e detém mais de 40 anos de estudos sobre pequenos foguetes, o País foi escolhido para receber tanto a transferência de tecnologia européia como para ser o principal fornecedor do produto aos seus centros de pesquisa. "Creio que cada unidade ficará com um preço em torno de R$ 500 mil a R$ 700 mil", informou o dirigente da AEB.

Embarcaram ontem para Alcântara (MA) 71 técnicos e engenheiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão pertencente ao Comando-Geral da Tecnologia Aeroespacial (CTA), ambos sediados em São José dos Campos e subordinados ao Comando da Aeronáutica. O VSB-30 tem 12,6 metros e traz em seu corpo inovações tecnológicas, entre as quais um motor adicional.

Como a ESA certificou o equipamento, garantindo assim a possibilidade de ele ser comercializado na União Européia, o Instituto de Fomento Industrial (IFI), do CTA, fará o mesmo processo de aferição do equipamento nesta operação. Com isso, ficará licenciado para ser usado comercialmente também no Brasil e em países da América Latina.




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#24 Mensagem por Brigadeiro » Qua Jun 27, 2007 6:39 pm

Petrovski escreveu:Eu acho estranho nas fotos do espaço, a ausência de estrelas no fundo:

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Percebem como no fundo tudo é negro?


Boa pergunta... :shock:

Até mais!




Thiago
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#25 Mensagem por soultrain » Qua Jun 27, 2007 7:00 pm

Boas,

Julgo ser o mesmo fenómeno que nas cidades ou quando está lua cheia. Como sabem em cidades muito iluminadas só se veêm as estrelas mais brilhantes e a ISS ;).

Alí há muita luz reflectida da terra e do próprio sol, portanto as cameras não captam uma luz tão ténue, porque pela quantidade de luz a exposição tem de ser muito rápida, não dando tempo aos poucos fotões emitidos pelas estrelas e que chegam lá, de deixar marca.

[[]]'s




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#26 Mensagem por Bolovo » Sex Set 28, 2007 4:57 pm

Imagem
A Delta II booster blasts off from Space Launch Complex 17-B at Cape Canaveral Air Force Station carrying NASA's Dawn probe into space. (NASA Photo)




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#27 Mensagem por ademir » Seg Out 08, 2007 9:25 pm

Soyuz se apronta para mais uma viagem


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Cosmódromo de Baikonur, Segunda-feira: Preparativos para o lançamento de uma tripulação de três homens para a Estação Espacial Internacional, incluíndo o primeiro cosmonauta da Malásia

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O foguete Soyuz-FG com o navio Soyuz TMA-11 será lançado na quarta-feira à noite com o malásio Sheikh Muszaphar Shukor, o russo Yuri Malenchenko e a norte-americana Peggy Whitson, que será a primeira mulher comandante da EEI.

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A missão de 12 dias de Shukor vai estudar os efeitos da micro-gravidade e da radiação espacial sobre células e micróbios, bem como experiências com proteinas para uma vacina contra VIH

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#28 Mensagem por Tigershark » Qua Nov 14, 2007 9:50 pm

14/11/2007 - 21h00 - Atualizado em 14/11/2007 - 21h05

Satélite brasileiro Star One C1 é colocado em órbita
Da EFE



Paris, 14 nov (EFE).- Um foguete europeu Ariane 5 foi lançado esta noite da base espacial de Kuru (Guiana Francesa) levando ao espaço o satélite de telecomunicações brasileiro Star One C1 de uso civil e outro britânico de uso militar, após dois adiamentos por problemas técnicos.



O lançamento do foguete, com capacidade para transportar ao espaço 10 toneladas de carga útil, aconteceu às 20h06 de Brasília, informou o consórcio europeu Arianespace.



Cerca de 27 minutos depois da decolagem o foguete soltou ao espaço o satélite britânico, e cinco minutos depois, o brasileiro.



Trata-se da sétima colocação em órbita de um satélite que o Brasil encomenda ao operador europeu e, desta vez, com um modelo construído pela Thales Alenia Space com uma massa no momento de decolagem de 4.100 quilos.



O objetivo é situá-lo em uma órbita geoestacionária, de modo que ofereça serviço de telefonia, televisão, transmissão de dados e internet de banda larga na América do Sul.



Com uma envergadura em órbita de 22,4 metros, o Star One C1 tem uma vida estimada de 15 anos.



O outro satélite que será colocado em órbita é o Skynet 5B, construído pela Astrium para o Ministério de Defesa britânico.



Com 4.635 quilos e vida de 15 anos, o Skynet 5B terá como missão as comunicações militares seguras. EFE




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#29 Mensagem por Bolovo » Sáb Dez 08, 2007 1:48 am

Imagem
The launch of NASA's space shuttle Atlantis will take place no earlier than Saturday, Dec. 8, at 3:43 p.m. EST. Thursday's scheduled liftoff from NASA's Kennedy Space Center, Fla., was postponed because of a problem with a fuel cutoff sensor system inside the shuttle's external fuel tank.




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#30 Mensagem por Centurião » Ter Dez 11, 2007 5:05 pm

Ainda não foi comentado por aqui? :|

Barreira do Inferno lança amanhã novo foguete
Tribuna do Norte


O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, na cidade de Parnamirim, será
palco de mais um lançamento de foguete. Em convênio dos Governos brasileiro e
argentino, a Operação Angicos colocará no espaço um foguete VS 30 para realizar
estudos de unidade de medidas de gerenciamento de vôos.

No total, o lançamento desse foguete custará cerca de R$ 2,5 milhões. Desses, R$
1,5 milhão foi investimento do governo brasileiro, com a construção do foguete.
Os outros R$ 1 milhão foram gastos pelo governo argentino, que ficou
responsável pela carga útil do foguete.

O lançamento do foguete está previsto para ocorrer amanhã. No entanto, o coronel
aviador Luiz Fernando de Azevedo, coordenador do projeto, observa que o
lançamento só ocorrerá com as condições específicas para isso: velocidade do
vento a 10 metros por segundo. Além disso, outra restrição é que o foguete só
pode ser lançado no horário entre 6h e 6h40. "Esse horário ocorre porque um dos
experimentos da carga útil faz correlação entre o horizonte e a posição do sol",
explica coronel Luiz.

Embora o lançamento ocorra apenas amanhã, desde a 1h de hoje começou uma
contagem regressiva simulada. Para essa quarta-feira será realizada uma
contagem regressiva semelhante. "A contagem começa a 1 hora e vamos até o
horário de lançamento", destacou coordenador do projeto.

No projeto do VS 30 estão envolvidas 99 pessoas, além dos militares do Centro de
Lançamento da Barreira do Inferno. O VS 30 pesa 1,5 tonelada, mede 8 metros. A
carga útil do foguete pesa 242 quilos. O foguete deverá atingir a altura de 142
quilômetros. Coronel Luiz Fernando explica que o tempo de vôo total do foguete
ficará entre 7 e 8 minutos, sendo que 3 minutos será de "micro-gravidade"
(quando ele atinge o ápice).

Esse é o sétimo VS 30 produzido no Brasil que irá ao espaço. Fabricado em São
José dos Campos, o foguete é o primeiro da Operação Angicos, iniciada em 1998.
O equipamento levará como carga útil um experimento de pesquisadores argentinos
para analisar o gerenciamento de sistema de vôo, semelhante a um GPS. No foguete
também irá um experimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "O
experimento será um receptor de GPS, que fornecerá a posição e velocidade do
foguete. Caso seja validado, o equipamento poderá ser usado em satélites e em
qualquer outro veículo de alta velocidade", destacou Francisco Motta, professor
de Engenharia da Computação e Automação. Ele ressaltou que os foguetes
brasileiros usavam tecnologia alemã. Com a validação dessa experiência o país
ganha autonomia para esse tipo de equipamento.


http://www.cta.br/Op_Angicos/Opnamidia.html

Se alguém souber os benefícios desse lançamento para nós, visto que os argentinos estão levando experimentos na carga útil que os ajudarão a desenvolver o Tronador II. Se for o que está na reportagem, na minha humilde opinião, não acho vantajoso. :?




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