RÚSSIA
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
E que tal falarem das vidas humanas que foram chacinadas. Era um bom começo, não?!
- rodrigo
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Mas assim você está agindo igual o fã clube russo, quando se mostram os benefícios trazidos pelos EUA e aliados ao Afeganistão e ao Iraque.E que tal falarem das vidas humanas que foram chacinadas. Era um bom começo, não?!
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Eu não vejo grandes beneficios trazidos ao Afeganistão e ao Iraque. Vejo que eles tinham uma desculpa para meterem-se no Afeganistão (11 de Setembro) e nenhuma no Iraque (não havia ADM e muito menos o regime apoiava a Al Qaeda).
Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Que benefícios?rodrigo escreveu:Mas assim você está agindo igual o fã clube russo, quando se mostram os benefícios trazidos pelos EUA e aliados ao Afeganistão e ao Iraque.E que tal falarem das vidas humanas que foram chacinadas. Era um bom começo, não?!
O Iraque ganhou mais de 100.000 mortos, perdeu de fato a soberania sobre o norte do país e foi obrigado a engolir contratos de cessão às petrolíferas ocidentais muito favorável a estas. O regime atual é pouco menos repressor que o anterior.
Grande diferença...
Do Afeganistão, bastam as imagens de "antes e depois" da aldeia arrasada pela OTAN.
Grande benefícios, sem dúvida alguma...
Editado pela última vez por P. K. Liulba em Qui Set 29, 2011 8:47 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
O Afeganistão já está arrasado muito antes de a OTAN entrar, se vocÊ que entender o Afeganistão veja o filme "Jogos do Poder".Do Afeganistão, basta as imagens de antes e depois da aldeia arrasada pela OTAN.
Um grande benefício, sem dúvida...
- Boss
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Afeganistão teve sorte também hein, invadido pela URSS e depois pelos EUA.
Mas os americanos tinham um motivo mais aceitável que os soviéticos.
Mas os americanos tinham um motivo mais aceitável que os soviéticos.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Para investidores, volta de Putin à presidência russa é um fator positivo para os negócios
Está emergindo entre banqueiros, economistas e companhias que avaliam riscos de mercado o consenso de que o retorno de Vladimir Putin à presidência da Rússia terá um efeito positivo para os investidores estrangeiros – independentemente de estes apoiarem ou não os aspectos políticos desse fato.
Essas conclusões, manifestadas em artigos de jornal e relatórios de pesquisa publicados recentemente, parecem reforçar um axioma que é popular aqui, segundo o qual raramente têm sucesso aqueles que apostam contra Putin no mercado russo.
Desde que Putin, o atual primeiro-ministro do país, anunciou que poderá disputar um terceiro mandato presidencial, analistas que estudam a Rússia sob a ótica dos lucros e dos riscos têm escrito que a única alternativa plausível – Putin permanecer como primeiro-ministro, com um assessor ou aliado mais fraco no cargo de presidente, que é constitucionalmente mais importante –, criaria instabilidade política, o que seria ruim para os negócios.
Segundo essa análise, a reunificação do poder na pessoa do presidente russo, tanto em título quanto na prática –, mesmo sem se tratando de uma pessoa que, como Putin, tem um histórico de não honrar contratos –, cria uma perspectiva de longo prazo mais previsível para companhias como a Exxon Mobil, que acaba de fechar um grande acordo para exploração de petróleo no Ártico russo.
Esse argumento relativo aos investimentos favorável a uma política mais estável e menos pluralista na Rússia parece refletir também a realidade de que o rápido desenvolvimento econômico foi obtido em vários países pós-comunistas que jamais fizeram uma transição para a democracia, como a China.
“Politicamente, a decisão de Putin de retornar implica na volta de um líder com poder para implementar decisões e acabar com uma diarquia cada vez menos funcional – ainda que isso implique no endurecimento da imagem de um “autoritarismo russo suave”, observa Cliff Kupchan, analista da Fundação Eurásia.
“Muitos observadores têm enfatizado que o papel de Putin como governante poderá se estender por um período maior que o de Brezhnev e quase tão longo quanto o de Stalin”, escreveu ele em um relatório de pesquisa, referindo-se a Leonid I. Brezhnev, que governou a União Soviética durante 18 anos, até a sua morte, em 1982, e Joseph Stalin, que governou durante 25 anos, até 1953.
“Pelo menos no curto prazo, a previsibilidade tranquilizará os investidores e melhorará o clima do mercado”, disse Kupchan no seu documento.
O Micex, o principal índice do mercado de ações da Rússia, subiu 2,5% na terça-feira, no segundo dia de alta após o anúncio feito por Putin.
“Com menos incerteza política, as autoridades poderão esperar que a fuga de capital diminua e que alguns investidores voltem a trazer dinheiro para o país nos próximos meses, a fim de se beneficiarem de ativos mais baratos”, disse em um relatório Charles Robertson, economista do Renaissance.
Kingsmill Bond, um estrategista de investimentos do Citigroup em Moscou, publicou o relatório de pesquisa “Return of the Master” (“O Retorno do Chefe”), no último fim de semana, sugerindo que os investidores “ficarão satisfeitos com o fato de a incerteza política terminar”, embora ele tenha observado que “existem poucas indicações de que Putin adotará as políticas de mudanças radicais que algumas pessoas esperam”. Ele disse que, no curto prazo, a crise da dívida da Europa e os preços do petróleo guiarão o mercado mais do que as políticas domésticas russas.
Nem todos economistas concordam com essa ideia de que quanto menos mudança, melhor. Laza Kekic, ex-especialista em União Soviética da Unidade de Inteligência do Economist, afirma que a decisão de Putin de disputar novamente a presidência é “uma medida retrógrada e uma farsa, sendo incompatível com o progresso econômico e político na Rússia” e que, após essa decisão, o país está seguindo a trajetória para transformar-se em uma “petrocleptocracia terceiromundista”.
Ensombrecendo um pouco o quadro de um governo autoritário capaz de impor a sua vontade econômica, Aleksei L. Kudrin, ministro das Finanças da Rússia que estava no cargo havia muito tempo, renunciou na última segunda-feira após o anúncio feito por Putin. Kudrin tornou-se o símbolo da responsabilidade fiscal da Rússia.
Mikhail D. Prokhorov, um bilionário que neste mês foi deposto do cargo de presidente de um partido de extrema direita, escreveu em um blog que outros indivíduos de ideologia econômica liberal poderão seguir o exemplo de Kudrin e renunciar.
“Eu creio que nós estamos prestes a presenciar mudanças muito importantes, e talvez de uma magnitude gigantesca, na consciência das elites, incluindo as elites do poder”, escreveu Prokhorov.
Outros analistas observam que a partir de agora companhias e investidores serão capazes de dispor de dados relativos a riscos políticos cujos contornos não deverão sofrer muita modificação, já que Putin deverá permanecer no poder até 2024.
“As empresas ocidentais funcionam maravilhosamente com ditadores”, diz Mikhail G. Delyagin, economista e diretor do Instituto de Problemas da Globalização. “Para essas companhias, isso não é uma questão de princípios”.
http://codinomeinformante.blogspot.com/
Está emergindo entre banqueiros, economistas e companhias que avaliam riscos de mercado o consenso de que o retorno de Vladimir Putin à presidência da Rússia terá um efeito positivo para os investidores estrangeiros – independentemente de estes apoiarem ou não os aspectos políticos desse fato.
Essas conclusões, manifestadas em artigos de jornal e relatórios de pesquisa publicados recentemente, parecem reforçar um axioma que é popular aqui, segundo o qual raramente têm sucesso aqueles que apostam contra Putin no mercado russo.
Desde que Putin, o atual primeiro-ministro do país, anunciou que poderá disputar um terceiro mandato presidencial, analistas que estudam a Rússia sob a ótica dos lucros e dos riscos têm escrito que a única alternativa plausível – Putin permanecer como primeiro-ministro, com um assessor ou aliado mais fraco no cargo de presidente, que é constitucionalmente mais importante –, criaria instabilidade política, o que seria ruim para os negócios.
Segundo essa análise, a reunificação do poder na pessoa do presidente russo, tanto em título quanto na prática –, mesmo sem se tratando de uma pessoa que, como Putin, tem um histórico de não honrar contratos –, cria uma perspectiva de longo prazo mais previsível para companhias como a Exxon Mobil, que acaba de fechar um grande acordo para exploração de petróleo no Ártico russo.
Esse argumento relativo aos investimentos favorável a uma política mais estável e menos pluralista na Rússia parece refletir também a realidade de que o rápido desenvolvimento econômico foi obtido em vários países pós-comunistas que jamais fizeram uma transição para a democracia, como a China.
“Politicamente, a decisão de Putin de retornar implica na volta de um líder com poder para implementar decisões e acabar com uma diarquia cada vez menos funcional – ainda que isso implique no endurecimento da imagem de um “autoritarismo russo suave”, observa Cliff Kupchan, analista da Fundação Eurásia.
“Muitos observadores têm enfatizado que o papel de Putin como governante poderá se estender por um período maior que o de Brezhnev e quase tão longo quanto o de Stalin”, escreveu ele em um relatório de pesquisa, referindo-se a Leonid I. Brezhnev, que governou a União Soviética durante 18 anos, até a sua morte, em 1982, e Joseph Stalin, que governou durante 25 anos, até 1953.
“Pelo menos no curto prazo, a previsibilidade tranquilizará os investidores e melhorará o clima do mercado”, disse Kupchan no seu documento.
O Micex, o principal índice do mercado de ações da Rússia, subiu 2,5% na terça-feira, no segundo dia de alta após o anúncio feito por Putin.
“Com menos incerteza política, as autoridades poderão esperar que a fuga de capital diminua e que alguns investidores voltem a trazer dinheiro para o país nos próximos meses, a fim de se beneficiarem de ativos mais baratos”, disse em um relatório Charles Robertson, economista do Renaissance.
Kingsmill Bond, um estrategista de investimentos do Citigroup em Moscou, publicou o relatório de pesquisa “Return of the Master” (“O Retorno do Chefe”), no último fim de semana, sugerindo que os investidores “ficarão satisfeitos com o fato de a incerteza política terminar”, embora ele tenha observado que “existem poucas indicações de que Putin adotará as políticas de mudanças radicais que algumas pessoas esperam”. Ele disse que, no curto prazo, a crise da dívida da Europa e os preços do petróleo guiarão o mercado mais do que as políticas domésticas russas.
Nem todos economistas concordam com essa ideia de que quanto menos mudança, melhor. Laza Kekic, ex-especialista em União Soviética da Unidade de Inteligência do Economist, afirma que a decisão de Putin de disputar novamente a presidência é “uma medida retrógrada e uma farsa, sendo incompatível com o progresso econômico e político na Rússia” e que, após essa decisão, o país está seguindo a trajetória para transformar-se em uma “petrocleptocracia terceiromundista”.
Ensombrecendo um pouco o quadro de um governo autoritário capaz de impor a sua vontade econômica, Aleksei L. Kudrin, ministro das Finanças da Rússia que estava no cargo havia muito tempo, renunciou na última segunda-feira após o anúncio feito por Putin. Kudrin tornou-se o símbolo da responsabilidade fiscal da Rússia.
Mikhail D. Prokhorov, um bilionário que neste mês foi deposto do cargo de presidente de um partido de extrema direita, escreveu em um blog que outros indivíduos de ideologia econômica liberal poderão seguir o exemplo de Kudrin e renunciar.
“Eu creio que nós estamos prestes a presenciar mudanças muito importantes, e talvez de uma magnitude gigantesca, na consciência das elites, incluindo as elites do poder”, escreveu Prokhorov.
Outros analistas observam que a partir de agora companhias e investidores serão capazes de dispor de dados relativos a riscos políticos cujos contornos não deverão sofrer muita modificação, já que Putin deverá permanecer no poder até 2024.
“As empresas ocidentais funcionam maravilhosamente com ditadores”, diz Mikhail G. Delyagin, economista e diretor do Instituto de Problemas da Globalização. “Para essas companhias, isso não é uma questão de princípios”.
http://codinomeinformante.blogspot.com/
Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
30/09/2011 - 00h01
Rússia substitui o mítico fuzil AK-47 por armas mais leves, mas esconde notícia do criador
Gonzalo Aragonés
La Vanguardia
O general Mikhail Kalashnikov está muito idoso, com 91 anos, e sua saúde pode piorar se receber más notícias. Por isso ontem toda a Rússia compartilhava um segredo que ninguém quis lhe contar ainda: que o exército russo decidiu deixar de comprar o famoso fuzil de assalto que o militar inventou há 64 anos. O Ministério da Defesa deixou de assinar novas encomendas do AK-74 série 100, o último modelo de fuzis Kalashnikov, que começaram com o primeiro desenho, o mítico AK-47.
As guerras não são mais o que eram, e chegou o momento de o fuzil de assalto mais famoso do mundo ser modernizado. O chefe do Estado-Maior russo, general Nikolai Makarov, disse à imprensa que as forças armadas já têm armas demais desse tipo em seus arsenais, em um tempo em que essa geração de fuzis deixou de responder às exigências atuais de combate. Um parente de Kalashnikov, cujo nome não foi divulgado, disse ao jornal "Izvestia" que não se atreveram a lhe dar a má notícia. "Não quisemos ter sobre nós essa responsabilidade. Ouvir isso poderia matá-lo."
Makarov explicou que o exército russo precisa de armas mais modernas. Os novos desenhos já estão nas mesas de trabalho da fábrica de Izhevsk, a cidade onde são fabricados os Kalashnikov e onde o veterano inventor e general passou grande parte de sua vida. A fábrica de Izhevsk já anunciou que está preparada para apresentar um fuzil de quinta geração.
A direção da fábrica disse que no final de 2011 estará pronta uma nova arma com as exigências e as características pedidas pelo Ministério da Defesa. Segundo a agência de notícias Interfax, depois dessa modernização a fábrica estará outra vez disposta a dar ao exército russo seus inseparáveis AK. No entanto, a substituição dos fuzis existentes será feita aos poucos, já que, segundo os especialistas, estarão em boas condições por mais 15 ou 20 anos. Makarov descartou novas encomendas antes de 2014.
Entre as deficiências do atual modelo AK, os especialistas citam sua precisão insuficiente em grandes distâncias, a ausência de abertura no carregador, uma empunhadura não ergonômica, a dificuldade para colocar peças complementares e seu peso elevado. O fuzil de assalto Kalashnikov é uma arma para guerras de grande escala, com mobilização das forças de reserva. No entanto, as necessidades dos exércitos atuais mudaram substancialmente.
Hoje as forças armadas se orientam para operações militares reduzidas em conflitos regionais em tempos de paz. Por isso, de um ponto de vista teórico, a Rússia precisa de outra arma, explica Viktor Murajovski, coronel aposentado que trabalhou no alto comando do exército. Como prometem na fábrica de Izhevsk, capital da República da Udmúrtia, a 1.225 quilômetros a leste de Moscou, o novo Kalashnikov terá características táticas e técnicas melhores que o modelo anterior, e também será mais ergonômico. Como todos os modelos AK, não perderá sua principal característica, a confiabilidade.
Os novos fuzis não só serão destinados ao exército russo, como também à exportação. De fato, a série 100 do AK-74 continua sendo fabricada para venda fora do país. Mas dentro da Rússia continuam sendo enviados às tropas do Ministério do Interior e às forças especiais.
O AK-74 começou sua carreira em 1974. Depois sofreu duas modificações: em 1991 foi criada a série AK-74M. E em 2001 foi incorporada uma placa que permite fixar equipamentos auxiliares, como indicadores a laser. Esse é o AK-74 série 100 fabricado hoje.
Mikhail Kalashnikov, um ex-recruta do Exército Vermelho, conheceu as deficiências das velhas carabinas soviéticas durante o combate contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Terminada a disputa, inventou um fuzil do qual foram vendidos mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo. Sua confiabilidade (é muito difícil de emperrar) e sua adaptação a todos os climas o transformaram no preferido de guerrilhas e exércitos durante a segunda metade do século 20.
http://m.noticias.uol.com.br/midiagloba ... riador.htm
Rússia substitui o mítico fuzil AK-47 por armas mais leves, mas esconde notícia do criador
Gonzalo Aragonés
La Vanguardia
O general Mikhail Kalashnikov está muito idoso, com 91 anos, e sua saúde pode piorar se receber más notícias. Por isso ontem toda a Rússia compartilhava um segredo que ninguém quis lhe contar ainda: que o exército russo decidiu deixar de comprar o famoso fuzil de assalto que o militar inventou há 64 anos. O Ministério da Defesa deixou de assinar novas encomendas do AK-74 série 100, o último modelo de fuzis Kalashnikov, que começaram com o primeiro desenho, o mítico AK-47.
As guerras não são mais o que eram, e chegou o momento de o fuzil de assalto mais famoso do mundo ser modernizado. O chefe do Estado-Maior russo, general Nikolai Makarov, disse à imprensa que as forças armadas já têm armas demais desse tipo em seus arsenais, em um tempo em que essa geração de fuzis deixou de responder às exigências atuais de combate. Um parente de Kalashnikov, cujo nome não foi divulgado, disse ao jornal "Izvestia" que não se atreveram a lhe dar a má notícia. "Não quisemos ter sobre nós essa responsabilidade. Ouvir isso poderia matá-lo."
Makarov explicou que o exército russo precisa de armas mais modernas. Os novos desenhos já estão nas mesas de trabalho da fábrica de Izhevsk, a cidade onde são fabricados os Kalashnikov e onde o veterano inventor e general passou grande parte de sua vida. A fábrica de Izhevsk já anunciou que está preparada para apresentar um fuzil de quinta geração.
A direção da fábrica disse que no final de 2011 estará pronta uma nova arma com as exigências e as características pedidas pelo Ministério da Defesa. Segundo a agência de notícias Interfax, depois dessa modernização a fábrica estará outra vez disposta a dar ao exército russo seus inseparáveis AK. No entanto, a substituição dos fuzis existentes será feita aos poucos, já que, segundo os especialistas, estarão em boas condições por mais 15 ou 20 anos. Makarov descartou novas encomendas antes de 2014.
Entre as deficiências do atual modelo AK, os especialistas citam sua precisão insuficiente em grandes distâncias, a ausência de abertura no carregador, uma empunhadura não ergonômica, a dificuldade para colocar peças complementares e seu peso elevado. O fuzil de assalto Kalashnikov é uma arma para guerras de grande escala, com mobilização das forças de reserva. No entanto, as necessidades dos exércitos atuais mudaram substancialmente.
Hoje as forças armadas se orientam para operações militares reduzidas em conflitos regionais em tempos de paz. Por isso, de um ponto de vista teórico, a Rússia precisa de outra arma, explica Viktor Murajovski, coronel aposentado que trabalhou no alto comando do exército. Como prometem na fábrica de Izhevsk, capital da República da Udmúrtia, a 1.225 quilômetros a leste de Moscou, o novo Kalashnikov terá características táticas e técnicas melhores que o modelo anterior, e também será mais ergonômico. Como todos os modelos AK, não perderá sua principal característica, a confiabilidade.
Os novos fuzis não só serão destinados ao exército russo, como também à exportação. De fato, a série 100 do AK-74 continua sendo fabricada para venda fora do país. Mas dentro da Rússia continuam sendo enviados às tropas do Ministério do Interior e às forças especiais.
O AK-74 começou sua carreira em 1974. Depois sofreu duas modificações: em 1991 foi criada a série AK-74M. E em 2001 foi incorporada uma placa que permite fixar equipamentos auxiliares, como indicadores a laser. Esse é o AK-74 série 100 fabricado hoje.
Mikhail Kalashnikov, um ex-recruta do Exército Vermelho, conheceu as deficiências das velhas carabinas soviéticas durante o combate contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Terminada a disputa, inventou um fuzil do qual foram vendidos mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo. Sua confiabilidade (é muito difícil de emperrar) e sua adaptação a todos os climas o transformaram no preferido de guerrilhas e exércitos durante a segunda metade do século 20.
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- rodrigo
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Deve ser o Imbel IA2. Não querem matar o velho Kalashinikov de decepção.Rússia substitui o mítico fuzil AK-47 por armas mais leves, mas esconde notícia do criador
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Rússia já tem estoques gigantescos dessa arma, não tem porque comprar mais, além do que é óbvio que um dia ele seria substituido. Isso não tira méritos do seu criador.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Bom, direitos humanos...hum... alguém poderia então comentar como legislação do país para mulheres...parece que a chechenia é bem diferente da Rússia.cabeça de martelo escreveu:E que tal falarem das vidas humanas que foram chacinadas. Era um bom começo, não?!
http://www.nytimes.com/2010/09/28/world ... f=chechnya
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Chechenia, assim como a Criméia na Ucrania, é uma republica autonoma, tem leis próprias e parlamento relativamente independente. Também tem que se lembrar que o país é de maioria mulçumana, e as leis são feitas com essa orientação religiosa.Bom, direitos humanos...hum... alguém poderia então comentar como legislação do país para mulheres...parece que a chechenia é bem diferente da Rússia.
Deixem esses terroristas da Alqaeda (que correram tudo para Inguschetia) tomar conta de lá e implantarem um sistema semelhante ao do Afeganistão (antes da invasão da OTAN), aí sim essas mulheres vão ter do que reclamar!
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Ah, mas se isso acontecesse surgiriam logo imensos patriotas americanos louvando os "FF" lá do sitio por se terem livrado do terrivel regime opressor dos mafiosos e pérfidos russos!!!!!hades767676 escreveu:
Deixem esses terroristas da Alqaeda (que correram tudo para Inguschetia) tomar conta de lá e implantarem um sistema semelhante ao do Afeganistão (antes da invasão da OTAN), aí sim essas mulheres vão ter do que reclamar!
*Turn on the news and eat their lies*
- marcelo l.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Não acredito que Moscou sinta-se confortável quando veem que o governo lá aliena os setores liberais e até socialistas da sociedade através do programa político-legal do Califado checheno pelo ex-rebelde agora presidente da província.hades767676 escreveu:Chechenia, assim como a Criméia na Ucrania, é uma republica autonoma, tem leis próprias e parlamento relativamente independente. Também tem que se lembrar que o país é de maioria mulçumana, e as leis são feitas com essa orientação religiosa.Bom, direitos humanos...hum... alguém poderia então comentar como legislação do país para mulheres...parece que a chechenia é bem diferente da Rússia.
Deixem esses terroristas da Alqaeda (que correram tudo para Inguschetia) tomar conta de lá e implantarem um sistema semelhante ao do Afeganistão (antes da invasão da OTAN), aí sim essas mulheres vão ter do que reclamar!
A solução não é simples como apontar você está melhor agora, enquanto o governo que apoio age como aqueles a quem combato. Dentro do campo cultural de quem não pretende sair daquela região não me parece que é a política a longo prazo correta até por que o custo é alto.
A estratégia do Kremlin não é repressão permanente por que essa só aumenta o fosso, eles precisam mostrar a "superioridade" de seu "projeto", a reclamação das mulheres é um alerta que algo no plano está errado, afinal elas só querem ser iguais as russas, tiranos são necessários a uma potência até se tornar um incomodo, quando são chutados pelo seu dono, para tristeza dos parvos, não tenho dúvidas que Putin se livra dele no primeiro momento que acreditar que o mesmo não estabiliza o país e é mais um foco de problemas.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
x2tiranos são necessários a uma potência até se tornar um incomodo, quando são chutados pelo seu dono, para tristeza dos parvos, não tenho dúvidas que Putin se livra dele no primeiro momento que acreditar que o mesmo não estabiliza o país e é mais um foco de problemas.