Se não me falha memória Carvalho, mencionava algo sobre tropas profissionais.
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Qua Out 30, 2019 12:09 am
por gabriel219
No mínimo, 80% das nossas Forças Armadas deveriam ser profissionais, com efetivo de 300 mil Militares profissionais. SMO deveria ser extinto em quase todos os Comandos Regionais, exceto pelo Comando Militar da Amazônia.
Não faz mais nenhum sentido manter SMO, até pelo custo, já que todo ano temos que treinar 60% do efetivo em condições básicas, considerando que é somente um ano de serviço por SMO.
Com a profissionalização, os custos não devem diminuir, mas ao menos teríamos uma estabilidade no quadro de praças, servindo por anos e sendo aperfeiçoados.
Não adianta nada do que estamos discutindo aqui, se for dar tudo isso pra um Conscrito, que no ano seguinte dará o equipamento pra outro, depois pra outro, depois pra outro...
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Qua Out 30, 2019 12:50 am
por Ckrauslo
Mas o exercito tem essa mentalidade, por que em caso de conflito, tem aí um milhão de pessoas que na cabeça deles, não precisam mais ser treinados, por que possivelmente foram treinados dentro dos últimos 15 anos.
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Qua Out 30, 2019 11:14 am
por FCarvalho
Ckrauslo escreveu: ↑Ter Out 29, 2019 9:15 pm
Se não me falha memória Carvalho, mencionava algo sobre tropas profissionais.
Nas minhas contas de padaria, o efetivo profissional no EB é de pouco mais da metade da tropa. Se considerarmos que algumas OM, geralmente de fronteira e das FAR-E tem uma abertura maior para o engajamento de soldados por um tempo determinado, fora os cursos para cabos, e via de regra eles recebem menos conscritos por ano, daria para fazer um trabalho progressivo de implantação do COBRA a partir destas OM, e devagar e sempre, ir equipando o pessoal e treinando eles durante o seu tempo de serviço.
Não vejo necessidade de colocar tudo de uma vez, mas essa inconstância/indefinição no que se refere os materiais do projeto é realmente brochante.
Se já tem um ROB para armamentos, faz-se obrigatório indicar - ao menos a título de informação pública - valores os quais se pretende disponibilizar a implantação do mesmo no ano seguinte via LDO, até para que as empresas daqui e de fora tenham uma visão do que o exército pode/irá realmente comprar, e o que elas devem oferecer e/ou adaptar suas ofertas as condições apresentadas.
Assim, me parece no mínimo desonesto esta coisa de "não goza e nem sai de cima" em relação a este programa por parte do exército.
Enfim, com certeza o ROB apresentado, pelo que já li e pude compreender, lista apenas sistemas já conhecidos aqui e até em uso, como disse antes. Então, não tem surpresa e nem novidade. O que falta mesmo é decisão e ordenar o orçamento para a sua implantação, mesmo que a conta gotas e parcialmente.
Não temos tanta gente profissional no EB, de soldados e cabos engajados até praças e oficiais, que impeçam na prática a implantação ou a simples aquisição paulatina dos equipamentos requeridos.
Eu que sou leigo e burro no assunto sei disso, que se dirá os profissionais da área.
abs
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Sex Dez 06, 2019 4:28 pm
por jambockrs
Meus prezados Paraquedistas se preparam para o “Culminating”, Exercício Combinado com o Exército dos Estados Unidos
O Exercício Combinado “Culminating”, a ser realizado entre o Exército Brasileiro e o Exército dos Estados Unidos, em fevereiro de 2021, é a conclusão de um ciclo de cinco anos de intercâmbio entre os dois exércitos, conduzido por meio das conferências bilaterais de Estado-Maior.
A Operação, inédita entre os dois países, é baseada no emprego de uma subunidade de fuzileiros paraquedista (SU Fuz Pqdt), enquadrada em um batalhão de uma brigada da 82ª Airborne Division, durante um exercício de avaliação de adestramento, realizado no Joint Readiness Training Center (JRTC), em Fort Polk, no estado americano da Louisiana.
Além da SU Fuz Pqdt, participarão da operação uma equipe de ligação junto ao batalhão americano e uma equipe de observadores, controladores e adestradores (Eqp OCA) do Centro de Adestramento Leste, bem como elementos da Companhia de Precursores Pára-quedistas, 20º Batalhão Logístico Pára-quedista, 8º Grupo de Artilharia de Campanha Pára-quedista e a 20ª Companhia de Comunicações Pára-quedista.
No total, serão aproximadamente 220 militares brasileiros empregados na missão. Durante a rotação, período em que as tropas permanecem dentro do centro de treinamento (JRTC), serão realizadas ações ofensivas e defensivas, empregando a simulação viva, amparada por dispositivos de simulação e engajamento tático (DSET). As missões ocorrerão dentro de um contexto de combate convencional, com as ações das forças participantes, realizadas em dupla ação.
No ano de 2019, a SU Culminating realizou diversas atividades de preparação e adestramento, visando ao exercício combinado, incluindo a seleção de pessoal, instruções de nivelamento e quatro operações, sendo duas de adestramento nível pelotão (Op Arroio I e II) e duas de adestramento nível subunidade (Op Arroio III e IV). Esta última foi realizada no Campo de Instrução da AMAN, em Resende-RJ.
Para o ano de 2020, a companhia irá participar de mais três operações de adestramento nível subunidade e do Home Station Training, último exercício antes da partida para os EUA, com a participação de militares americanos do JRTC. Fonte: 25º BI Pqdt via Luiz Padilha site Defesa Aérea & Naval 6 dez 2019
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Sex Dez 06, 2019 6:56 pm
por FCarvalho
Eu fico cá a pensar o quanto do COBRA 1.0 esse pessoal vai conseguir levar para este exercício. Até onde me lembro, os pqdt só tem o IA-2 5,56, talvez os sistemas de comunicação da Imbel, capacetes, coletes, joelheiras/cotoveleiras... o fardamento acho que não mudou nada, é o mesmo, coturnos os mesmos, e por aí vai. As mochilas não faço ideia se o que eles tem faz parte do programa ou é só o tradicional.
Mas uma coisa é certa. Mais do que toda essa parafernalha de equipamentos, passar dois anos treinando pessoal para apenas um único exercício deve estar sendo uma baita preocupação para o EB.
Talvez os equipamentos não sejam exatamente o nosso maior problema afinal.
abs
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Sáb Dez 07, 2019 12:39 pm
por Ckrauslo
Se eu pudesse escolher e fazer mudanças, essas seriam as que faria, tirando agora, de cabeça.
Uniformes e equipamentos:
• Acabaria com os quatro coturnos em uso, adotaria apenas uma padronagem de cor, abriria o RUE para permitir outros modelos mais modernos e acabaria de vez com os modelos da era do Vietnã.
• Acessórios e coletes, passariam a ser na cor Ranger Green, é uma cor mais opaca e sem vida, se adaptando muito bem a vários ambientes e iluminações, provendo boa camuflagem, coletes e acessórios em cores sólidas são mais baratos de produzir, e assim acaba com o que o exercito faz, de produzir coletes em rip-stop, podendo se priorizar o uso de Cordura 500D.
• Seria utilizado um modelo de Armor carrier (Colete que faz uso de placas contra fuzil e calibres de pistola, respectivamente III ou IV e IIIa) e um plate carrier, ficando a cargo do militar escolher o que usar para seu conforto em suas atividades.
• Abriria a produção de placas balísticas em mais de um tamanho, até onde vi da última vez, produzíamos apenas em 10x12, seguindo a lógica de que o tamanho serve a maioria, pelo menos criaria o 8x10 já que a maioria dos brasileiros não tem estatura superior a 1,75.
• Dotação de coldres em polímero (Saque mais rápido, mais rígido ele não fica balançando ao correr)
• Dotação de cintos modulares (Por serem um pouco mais confortáveis, reduzem a incidência de problemas lombares nos militares)
• Dotação de mochilas modulares modernas, que distribuam melhor o peso e sejam mais confortáveis (Também visando reduzir os problemas na coluna)
• Dotação de headset similares ao TCI patrol II
• Troca do sistema ALICE usado pelas tropas de selva, por Chest rig’s
• Distribuição de óculos de proteção para os militares
Armas e acessórios:
• Mudanças ergonômicas no modelo A2 da Imbel; Coronha, guarda mão (Tentativa de implementação de modelos que fazem uso do M-lok, permite acoplagem de trilhos 1913 picatiny onde necessário ou a acoplagem direta de acessórios que sejam compatíveis ou por meio de adaptadores, normalmente esses guarda mão são mais leves por serem esqueletonizados), empunhadura.
• Adoção de uma única plataforma de pistola, elas não veem um uso muito grande fora das FE, não há a necessidade do exército ter 4 modelos a disposição dos militares, é apenas mais gasto na manutenção, e falta de intercambio entre peças das mesmas. Mudança seria feita nos moldes do programa das novas pistolas americanas uma full e uma compacta, porém da mesma família, permitindo o uso de muitas peças entre as mesmas
• Adoção de fuzis A2 em 7,62 na função DMR dentro dos GC
Veículos e sistemas:
• Blackhawk seria o helicóptero de utilidade média padrão.
• Priorizaria um edital para escolha de defesa aérea de médio e longo alcance.
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Qua Dez 25, 2019 9:22 pm
por FCarvalho
Boletim do Exército nº 51/2019 - Revisão/Atualização da Politica Militar Terrestre e o Plano Estratégico do Exército - PEEx 2020-2023. 1.1.2.1 Equipar a Força Terrestre com módulo (s) subunidade do Sistema Combatente Brasileiro - COBRA. (2020-2023)
A despeito do acima disposto, o que se sabe de concreto sobre que partes e/ou equipamentos serão disponibilizados efetivamente do COBRA para a tropa?
Por sub-unidade entendo que sejam pelotões ou GC, que são as menores organizações militares de combate efetivas que se pode dispor dentro do quadro organizacional do EB atualmente.
Já se passou muito tempo desde o lançamento do projeto e até hoje não sabemos claramente o que foi ou está sendo feito para encaminhar a equipagem da infantaria a partir dos requisitos indicados neste.
A Imbel tem participação no COBRA oferecendo o IA-2 e sistemas C3. Destes, apenas o fuzil da empresa sei que está sendo distribuído à tropa. A parte de C3 é uma incógnita.
Quanto a equipamentos de proteção, como novos capacetes e coletes balísticos, sabe que pqdt e pessoal da 12a Amv receberam alguns modelos mais modernos, ainda assim, de forma descontinuada e alheia a qualquer planejamento de longo prazo.
O ROB que operacionalizou a parte de armamento do COBRA deixou muita coisa mais clara no que tange este aspecto, mas pelo que se pode observar, praticamente nenhuma brigada possui qualquer dos itens listados em quantidade e qualidade como exposto. Eles serão contemplados agora?
Enfim, que OM serão contempladas na perspectiva do ponto cito acima? Inf Pqdt? Amv? Mth ou Slv? Quantas subunidades serão contempladas? Quantas seriam necessárias para se obter parâmetros confiáveis para avaliar concretamente os resultados do uso dos materiais já disponíveis e dos ainda a serem adquiridos?
Enfim, falta definir claramente novos requisitos para camuflagem, uniformes, coturnos e equipamentos individuais que até agora não tiveram qualquer definição óbvia ao longo destes últimos anos.
O que realmente o EB pretende avaliar com este item descrito? Será uma avaliação parcial, ou na íntegra de tudo o que se prevê no COBRA 1.0? O que realmente temos deste sistema que ainda falta testar de verdade ou ainda precisa ser avaliado para eventual aquisição e padronização?
Muitas perguntas para poucas informações, e respostas.
abs
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Sáb Jan 25, 2020 11:40 pm
por gabriel219
Exército e suas tradicionalisses:
Ver um Oficial dizendo que a demora na definição dos equipamentos do COBRA é por causa da Lei 8666 e depois ver a Bda Aerm utilizar coturno TAN "porque sim" é de f#der!!!
Vão adotar uniformes ACU Gen1, quando já existe Gen3 e até coisa melhor, necas de novo padrão e ainda utilizar um coturno totalmente fora de padrão - que ao menos fosse Coyote, mas ai não pode, porque os PQD usa e somente eles podem usar, em nome da tradição - Ranger Green ou TAN 614, mas...
O alívio é que pelo menos começaram a receber ACH 2.0 com cor verde oliva:
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Dom Jan 26, 2020 9:11 am
por RobsonBCruz
O que mais me surpreendeu negativamente na entrevista do Cel Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, gerente do programa COBRA, na live de ontem promovida pela canal Arte da Guerra, foi o fato que o teste piloto do conjunto de itens, a ser realizado por seis subunidades (menos de 900 militares para serem equipados), levará quatro anos apenas para a distribuição dos equipamentos. Ou seja, se a ultima subunidade receber os equipamentos em 2023, o resultado dos testes somente serão conhecidos em final de 2024 ou em 2025. Aquilo que é tido como tecnologia de ponta hoje e estará em experimentação, já poderá estar defasada.
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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Dom Jan 26, 2020 11:58 am
por FCarvalho
Com alguma sorte, o orçamento de 2021 a 2022 também sejam protegidos de contingenciamentos, como este ano.
Claro, nunca receberão o que pedem nas LDO anuais, mas já vai ser um grande alívio saber que o pouco que receber não será cortado.
Neste ritmo, todos os programas do EB vão estar prontos depois de 2050.
Fazer o que...
abs
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Dom Jan 26, 2020 2:42 pm
por gabriel219
O pior é que o "uniforme piloto" é um corte de modelo ACU que já existe há uma década e quando finalmente os iluminados do COBRA descobrir que serve, a Crye já estará lançando o Gen4.
O mais incrível é que o mesmo corte já é usado por anos pelos FE's, OE's, Prec e até Oficiais Regulares, inclusive já vi Gen3. Será que ninguém que participa do Programa foi lá perguntar a eles se é bom?
Isso nada tem a ver com orçamento, já que nem cor de coturno conseguem definir e agora arranjaram "boot bege" pra Aeromóvel só pra ter "identidade". Agora tem a "Operação Boot Bege" pra formar os combatentes da OM. Jeniau!
Estavam indo muito bem escolhendo o ACH 2.0, com trilhos, esse colete da Inbrafiltro é interessante também, um CIRAS em Laser Cut, mas quando chegam nos uniformes e no coturno...
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Seg Jan 27, 2020 1:41 pm
por FCarvalho
Infelizmente Gabriel, quem decide alguma coisa no EB de verdade está há anos atrás de uma mesa, muito longe da realidade prática das tropas operacionais. E via de regra estão muito mais interessados em tradição e identidade do que operacionalidade.
Não tem muito o que fazer. A prioridade sempre foi outra. Para um exército que não tem e nem sofre as pressões de uma guerra, vai levar muito tempo para conseguir chegar em um patamar de qualificação de acordo com o mundo real.
abs
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Seg Jan 27, 2020 1:47 pm
por gusmano
Prioridade é desfile e mordomia, unica explicação. Não conseguir colocar nem um lote PILOTO para jogo é demais kkkk
abs
Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro
Enviado: Seg Jan 27, 2020 8:34 pm
por Ckrauslo
Me deem um Batalhão e 1 milhão e eu equipo a tropa inteira do batalhão com o que há de mais moderno, sei até onde conseguir mais barato...