Fórum Defesa Brasil

vplemes escreveu: ↑Qui Abr 29, 2021 12:19 am Estamos pagando mais caro por esses veículos só pela desculpa de que serão "montados" no Brasil utilizando componentes nacionais. Que componentes nacionais? Só se for tapete de borracha, limpadores de para-brisa e insul film. Na pratica, tudo o que faz diferença nesse veículo vem de fora. Certo esta o CFN. Comprou um puta veículo via FMS! O resto é firula.

Neste momento, de componentes nacionais nos LMV só a Remax e o sistema C2. O resto vem de fora. Na prática o veículo inteiro.
Supõe-se que nos próximos lotes haverá um aumento gradual de nacionalização de partes, peças e componentes até chegar a um índice próximo daquilo que é feito nos Guarani. Algo em torno de 60% do bldo.
Não adianta muito reclamar pois com as quantidades aventadas para compra (186) não é possível pedir mais nacionalização por tão pouco. E os custos sempre serão mais caros.
Diz-se que o EB tem demandas para +1500 veículos como estes. Mas eu sinceramente não sei onde caberiam tantos LMV no exército.
Se chegarmos a metade disso aí já seria um puta ganho industrial e operacional.
E cá para nós, se a demanda é realmente esta, baita sacanagem não abrir espaço para os projetos nacionais em algum momento.
Depois reclamam que a BID vive à míngua.

FCarvalho escreveu: ↑Qui Abr 29, 2021 11:33 am

vplemes escreveu: ↑Qui Abr 29, 2021 12:19 am Estamos pagando mais caro por esses veículos só pela desculpa de que serão "montados" no Brasil utilizando componentes nacionais. Que componentes nacionais? Só se for tapete de borracha, limpadores de para-brisa e insul film. Na pratica, tudo o que faz diferença nesse veículo vem de fora. Certo esta o CFN. Comprou um puta veículo via FMS! O resto é firula.

Neste momento, de componentes nacionais nos LMV só a Remax e o sistema C2. O resto vem de fora. Na prática o veículo inteiro.
Supõe-se que nos próximos lotes haverá um aumento gradual de nacionalização de partes, peças e componentes até chegar a um índice próximo daquilo que é feito nos Guarani. Algo em torno de 60% do bldo.
Não adianta muito reclamar pois com as quantidades aventadas para compra (186) não é possível pedir mais nacionalização por tão pouco. E os custos sempre serão mais caros.
Diz-se que o EB tem demandas para +1500 veículos como estes. Mas eu sinceramente não sei onde caberiam tantos LMV no exército.
Se chegarmos a metade disso aí já seria um puta ganho industrial e operacional.
E cá para nós, se a demanda é realmente esta, baita sacanagem não abrir espaço para os projetos nacionais em algum momento.
Depois reclamam que a BID vive à míngua.

60% de itens nacionais? Conta interessante essa. Motor importado, transmissão importada, aço balístico importado. O que sobra de nacional são apenas acessórios e partes não criticas do veículo. Com esse LMV nem isso devemos conseguir a mesma coisa. Só doido e gente mal intencionada (propina) pra acreditar que vale a pena nacionalizar algo para 186 veículos.

vplemes escreveu: ↑Sáb Mai 01, 2021 11:05 pm

FCarvalho escreveu: ↑Qui Abr 29, 2021 11:33 am Neste momento, de componentes nacionais nos LMV só a Remax e o sistema C2. O resto vem de fora. Na prática o veículo inteiro.
Supõe-se que nos próximos lotes haverá um aumento gradual de nacionalização de partes, peças e componentes até chegar a um índice próximo daquilo que é feito nos Guarani. Algo em torno de 60% do bldo.
Não adianta muito reclamar pois com as quantidades aventadas para compra (186) não é possível pedir mais nacionalização por tão pouco. E os custos sempre serão mais caros.
Diz-se que o EB tem demandas para +1500 veículos como estes. Mas eu sinceramente não sei onde caberiam tantos LMV no exército.
Se chegarmos a metade disso aí já seria um puta ganho industrial e operacional.
E cá para nós, se a demanda é realmente esta, baita sacanagem não abrir espaço para os projetos nacionais em algum momento.
Depois reclamam que a BID vive à míngua.

60% de itens nacionais? Conta interessante essa. Motor importado, transmissão importada, aço balístico importado. O que sobra de nacional são apenas acessórios e partes não criticas do veículo. Com esse LMV nem isso devemos conseguir a mesma coisa. Só doido e gente mal intencionada (propina) pra acreditar que vale a pena nacionalizar algo para 186 veículos.

Eu duvido que cheguemos a qualquer índice de nacionalização expressivo real se as quantidades compradas continuarem sendo as apontadas inicialmente. E mesmo que mais unidades do LMV sejam compradas, ainda que a conta gotas como no caso dos Guarani, o que de fato a BID e/ou indústria nacional podem apor neles que os italianos já não tenham por aqui eles mesmos ou importem de suas fábricas na Argentina?
Enfim, se queremos privilegiar de algum modo a indústria nacional neste tipo de veículos é bom começar a pensar onde e como encaixar Gladiador II e Guará 4WS, porque no que depender dos LMV isso não vai acontecer do jeito se quer. E mesmo no caso daqueles projetos nacionais, o que nos garante que sistemas, partes e peças deles sejam efetivamente nacionais, já que essa classe de veículos sequer existe no Brasil para se dispor de linha de produção fornecedora de insumos?
Uma conta difícil de fechar há mais de 15 anos.

Dessas 186 viaturas , bem que poderiam incluir alguns para o Comandos ,versões especiais ....

Lembrando que a FPT de Sete Lagoas já fabrica a família de motores F1 (a fábrica faz o F1A e F1C, e o LMV utiliza o F1D), assim como as suas respectivas transmissões. Não sei quais modificações teriam que ser feitas para que no final da linha, saiam motores F1D e suas transmissões. Mas do jeito que as peças são comunalizadas hoje em dia, não duvido que sejam apenas pequenas modificações.

Tudo depende de escala, claro.

gogogas escreveu: ↑Dom Mai 02, 2021 9:34 am Dessas 186 viaturas , bem que poderiam incluir alguns para o Comandos ,versões especiais ....

Ainda temos o Chinvunk para dar conta.

Glauber Prestes escreveu: ↑Dom Mai 02, 2021 2:02 pm Lembrando que a FPT de Sete Lagoas já fabrica a família de motores F1 (a fábrica faz o F1A e F1C, e o LMV utiliza o F1D), assim como as suas respectivas transmissões. Não sei quais modificações teriam que ser feitas para que no final da linha, saiam motores F1D e suas transmissões. Mas do jeito que as peças são comunalizadas hoje em dia, não duvido que sejam apenas pequenas modificações.
Tudo depende de escala, claro.

Não entendo muito de mecânica automóvel, mas, a priori, qualquer veículo é divido em termos construtivos assim:

1. Chassi
2. Carroceria
3. Motor e Transmissão
4. Pneus, Suspensão e Freios
5. Câmbio
6. Elétrica
7. Hidráulica

O que disso aí nós fabricamos no Brasil que poderia ser disposto aos LMV, fora das linhas de produção da própria Iveco?

vplemes escreveu: ↑Sáb Mai 01, 2021 11:05 pm
60% de itens nacionais? Conta interessante essa. Motor importado, transmissão importada, aço balístico importado. O que sobra de nacional são apenas acessórios e partes não criticas do veículo. Com esse LMV nem isso devemos conseguir a mesma coisa. Só doido e gente mal intencionada (propina) pra acreditar que vale a pena nacionalizar algo para 186 veículos.

Não, não serão 186 Iveco LMV que o EB irá comprar. A Iveco está montando uma linha de produção aqui para 50 veículos LMV/ano versão "BR" com componentes nacionais.

O total planejado é a aquisição de 1.480 veículos. O Exército está recebendo 32 com alguns componentes da versão 'BR' . Mas os restantes serão a versão "BR" com nacionalização e posteriormente os 48 poderão ser convertidos na "BR". Aí falam: "ah, mas 1.480 veículos é muito". Serão entregues Guaranis 6x6 até 2040. Provavelmente com versões mais modernas ao longo do caminho. Ambos são projetos de longo prazo.

O diretor da Iveco Brasil, Humberto Spinetti, esclareceu alguns pontos do projeto:

vplemes escreveu: ↑Sáb Mai 01, 2021 11:05 pm
60% de itens nacionais? Conta interessante essa. Motor importado, transmissão importada, aço balístico importado. O que sobra de nacional são apenas acessórios e partes não criticas do veículo. Com esse LMV nem isso devemos conseguir a mesma coisa. Só doido e gente mal intencionada (propina) pra acreditar que vale a pena nacionalizar algo para 186 veículos.

Sim, 60% de nacionalização do Guarani. Isso consta nos relatórios de prestação de contas anuais do Ministério da Defesa para o TCU. O EB não vai ganhar absolutamente NADA de bom mentindo para o Tribunal de Contas da União sobre isso. Só iria ganhar processo instaurado pelo Tribunal e encheção da imprensa.

As 16 recebidas , será pintadas ?

As 16 já foram recebidas em 2018. Estão no 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado, RJ. E pintadas como essa do vídeo.

A linha de produção do LMV no Brasil será estabelecida na medida em que o EB tiver capacidade de comprar outras unidades para além deste lote inicial de 32 viaturas. Por enquanto é apenas este número que está assegurado. Os outros dois lotes de 77 veículos virão na medida em que houver verba. Neste contexto, como os LMV estão agora sob a capa do Programa Guarani, e este por sua vez está "protegido" dos cortes de verba do orçamento, é possível que haja a possibilidade de que após o recebimento das 186 previstas, a linha possa começar realmente a funcionar, de forma que as 50 unidades previstas pela Iveco sejam recebidas de acordo com as encomendas do EB.

Mas é preciso lembrar que a capacidade de produção das VBTP 6X6 instalada em MG está na casa de 200 veículos por ano, e o EB está comprando apenas 60 veículos, conforme o planejamento atual, dadas as restrições orçamentárias de sempre.

Cada RCM possui, em tese, espaço para 45 LMV nos seus 3 EsqCavMec. A partir da capacidade apontada da linha de produção da Iveco, seria possível completar a dotação de todos as 4 bdas cav mec em 10 anos. Se considerarmos as OM de inf mec e demais OM de cav mec das bgda bldas e independentes que existem por aí, vamos levar mais outra década para aferir todo o montante necessário para equipar tudo o que temos hoje.

Considerando que pode haver, e haverá, VBE do veículo italiano, é mister esperar que este projeto leve bem mais do que 20 anos para chegar a termo. E quando, e se, chegarmos lá, com certeza os italianos já terão outras soluções bem melhores do que o veículo que estão nos vendendo por agora.

https://www.defesaaereanaval.com.br/def ... or-fpt-f1c

Lembrando que:

Referência em sua categoria, o Novo IVECO Daily conta com os atributos da família F1 da FPT Industrial. Produzidos na fábrica da marca da CNH Industrial em Sete Lagoas (MG), os motores FPT F1A, de 130 cv, e FPT F1C, de 150 cv e 170 cv
https://www.caminhoes-e-carretas.com/20 ... s-fpt.html

Eu só espero que todas essas iniciativas para nacionalizar os LMV sejam suficientes para demover o CFN da compra dos bldos americanos - quase nenhuma chance - e que também a FAB se anime a dotar a sua infantaria com eles.
Mas para isso teríamos que ter um MD com o culhão que não tem.

Tarefa difícil , pouca coisa são compartilhadas entre as 3 forças ....