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Irã pode pedir saída do Tratado de Não-Proliferação
28 de novembro de 2009 • 18h37 • atualizado às 20h13


Reduzir Normal Aumentar Imprimir O Parlamento iraniano poderá pedir a retirada do Irã do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, disse neste sábado o deputado conservador Mohamad Karamirad. Em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias Irna, o parlamentar afirmou que a Câmara poderia impedir as inspeções dos analistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Ao ser uma resolução ilegal e politicamente motivada, o Parlamento pode considerar a retirada do Tratado de Não-Proliferação", afirmou. A advertência ocorre pouco menos de 24 horas depois da agência da ONU aprovar, pela primeira nos últimos três anos, uma resolução condenatória ao Irã por sua falta de cooperação e transparência em torno de seu controvertido programa nuclear.

A decisão da AIEA será discutida neste domingo pelo Parlamento iraniano, afirmou neste sábado Hussein Ebrahimi, membro da Comissão parlamentar de Segurança Nacional e Relações Exteriores. "Nós respeitamos todos os acordos com a AIEA e o Tratado de Não-Proliferação, portanto a adoção dessa resolução é injusta. O motivo é político", afirmou Ebrahimi.

O deputado responsabilizou a AIEA pela nova polêmica e acusou os "Estados Unidos e certos países europeus" de quererem manter a todo custo uma posição antiiraniana. "O Irã não tem medo desse tipo de resolução. Nosso dever é salvaguardar a postura do passado, resistir, perseverar e prosseguir com o desenvolvimento e o progresso nacional em todos os terrenos", disse Ebrahimi, também citado pela agência Irna.

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou na sexta-feira que a nova resolução da AIEA não é mais que "uma tentativa inútil de aumentar a pressão sobre o Irã". O citado documento, impulsionado pelos Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha, contou com o voto favorável de 25 países, enquanto três - Venezuela, Cuba e Malásia - votaram contra e seis - Turquia, Paquistão, Afeganistão, Brasil, África do Sul e Egito - se abstiveram.

Em resposta, o regime dos aiatolás anunciou que reduzirá seu nível de cooperação com a agência das Nações Unidas e deu a entender que buscará urânio enriquecido que diz necessitar por outras vias. Grande parte da comunidade internacional, com os Estados Unidos e Israel, acusam o regime iraniano de ocultar, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e aplicação militar cujo objetivo seria adquirir armas atômicas, alegação que Teerã nega.

Enlil escreveu:O Irã está cercado de inimigos, seria a segurança de vida q eles jamais seriam atacados e invadidos novamente, mas isso todo mundo esquece.... Como também quem a incentivou... É um dos poucos países do Oriente Médio que NUNCA atacou ninguém. Mas, o statu quo e a mídia...

Enlil escreveu:A capacidade de Israel sozinha acabar com o programa nuclear do Irã é limitada. Eles não tem meios suficiente para fazer isso. Os alvos são múltiplos e estão a grandes distâncias uns dos outros (exatamente por esse motivo eles farão dez pequenas usinas ao invés de uma grande). Aliás, como eu já havia salientado, não entro nesse supertrunfo tão recorrente nos fóruns... Tem muita gente q acha q um ataque ao Irã seria um "passeio no parque"...

E só ver um mapa da região; sem a conivência de outro país do Oriente Médio (q faça fronteira com o Irã) não dá para atacar efetivamente o país. Se isso vier a acontecer as consequências serão imprevisíveis... É possível q o conflito envolva vários países do Oriente Médio... Com consequências catastróficas para um economia mundial dependente de combustíveis fósseis... Se uma mera moratória de Dubai (a nova moda e o grande circo dos ricos no Oriente Médio) já deu um solovanco em tempos de crise, imagine uma guerra de grandes proporções...

marcelo l. escreveu:Se o Irã fizer um programa nuclear grande como diz Washington, faz as contas, é puro desperdício de dinheiro, eles vão precisar de gente que não tem. É diferente de Israel que tinha muita gente formada nos USA e Alemanha em física nuclear, apoio da França...e espiões eficientes

joaozinho escreveu:

marcelo l. escreveu:Se o Irã fizer um programa nuclear grande como diz Washington, faz as contas, é puro desperdício de dinheiro, eles vão precisar de gente que não tem. É diferente de Israel que tinha muita gente formada nos USA e Alemanha em física nuclear, apoio da França...e espiões eficientes

Equanto Israel possuir um arsenal a salvo de qq fiscalização e com anuência dos EUA, as ambiçoes nucleares do Irã e de outros países do oriente médio sempre existirão. Se Israel não possuísse seu arsenal será que o Irã estaria tb atrás de suas nukes?

O Iran comprou varios brinquedinhos modernos da Russia...mais será que eles estão preparados para a guerra cybernética e Eletrônica?
Se a reposta for não....então os briquedimnhos comprados da Russia não passaram de belas inutilidades....

Sterrius escreveu:

O Iran comprou varios brinquedinhos modernos da Russia...mais será que eles estão preparados para a guerra cybernética e Eletrônica?
Se a reposta for não....então os briquedimnhos comprados da Russia não passaram de belas inutilidades....

Se o equipamento eletronico não esta ligado a internet, ou caso nao exista um virus pré-instalado, nem o melhor hacker do mundo pode fazer alguma coisa!

Neste caso o atraso iraniano vira vantagem! Pouquissima infraestrutura iraniana deve estar ligada a rede! (Em parte por proteção, em parte por falta de apoio internacional pelas peças novas) Logo o país nao é paralisado como qualquer país da Europa/America seria no caso de um cyberataque!

E cyber ataques nao são simples de se organizar ou de executar! Os servidores governamentais do Brasil recebem por exemplo 2000 ataques por hora! Se fosse tão simples o país iria viver travado!