Fórum Defesa Brasil

Como trabalho na área ja a algum tempo, posso afirmar com propriedade e tranquilidade... Quem quiser fazer um atentado no Brasil, faz tranquilamente.

Não que o caso registrado acima seja o indicador supremo disso. É uma falha comum até, aeronaves ficam vazias e as vezes funcionários são chamados com urgência para outros locais e a porta de embarque ou do finger pode acabar ficando aberta ou apenas destrancada. Ele se aproveitou disso e fez essas imagens. Ta certo que ele estava já no lado AR do aeroporto, ou seja, todos ali já haviam passado pelo detector de metais e suas bolsas pelo raio-x, mas mesmo assim, coisas passam e podem ser utilizadas.

Mas não é só isso... bagagens domésticas despachadas raramente passam por raio-x, trolleys não são revistados...e etc

Naquela condição em que a aeronave foi encontrada, dava pra sair com ela? Alguém com um treinamento mínimo?

Isso que eu pensei. Será se dava para o cara decolar com a nave ?


Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk

Não, além de vários outros motivos, o principal é que ela precisa do push-back pra sair da posição de finger de ré. Posso afirmar que na GOL o procedimento é deixar a aeronave assim, com a porta aberta sem ninguem, apenas se o voo for imediato, ou seja, ela acabou de chegar, o desembarque foi feito, a tripulação desembarcou, a limpeza ja passou e a próxima tripulação a assumir está chegando pra tirar o voo dali em uns 25~30 minutos. Voos imediatos na gol tem 40 minutos de solo para o 737-800 e 30 minutos de solo para o 737-700.

Caso o voo tenha acabado de chegar, o desembarque foi feito, a tripulação desembarcou, e o voo só sai daqui a uma hora ou mais, o mecânico responsável fecha a porta.

Ou seja, era um voo imediato e o ilustríssimo entrou exatamente nesse momento de troca de tripulações. Isso quer dizer que a aeronave estava vazia, mas não significa que ela estava abandonada. Só não tinha ninguem dentro, mas do lado de fora muito provavelmente os porões estavam abertos, as bagagens estavam sendo descarregadas ou carregadas, um mecânico estava junto da aeronave e etc. Deu sorte até de não ter comissaría(catering) reabastecendo a aeronave lá no fundo do avião, o que é comum nesse momento específico.

Digamos até que mesmo que não saia, o cara consiga dar a partida em um dos motores, ele ia sugar o que tivesse pela frente e provavelmente pararia de funcionar (não de uma forma delicada...rs). Talvez não pessoas pq da pra ouvir perfeitamente uma partida e sair correndo a tempo, mas bagagens, pranchas de bagagens, o pobre coitado do cone que é colocado em frente a turbina...rsrs

Ou seja, da pra fazer um estrago, mas sair voando não.

Skyway escreveu:Digamos até que mesmo que não saia, o cara consiga dar a partida em um dos motores, ele ia sugar o que tivesse pela frente e provavelmente pararia de funcionar (não de uma forma delicada...rs). Talvez não pessoas pq da pra ouvir perfeitamente uma partida e sair correndo a tempo, mas bagagens, pranchas de bagagens, o pobre coitado do cone que é colocado em frente a turbina...rsrs

Ou seja, da pra fazer um estrago, mas sair voando não.

Conheço "N" histórias de cones sendo sugado pelo motor, principalmente quando desliga e o pessoal de pátio não espera o motor parar e joga logo o cone na frente! Os pax ficam loucos!! rsrsrs

Até mais!

Skyway escreveu:Não, além de vários outros motivos, o principal é que ela precisa do push-back pra sair da posição de finger de ré. Posso afirmar que na GOL o procedimento é deixar a aeronave assim, com a porta aberta sem ninguem, apenas se o voo for imediato, ou seja, ela acabou de chegar, o desembarque foi feito, a tripulação desembarcou, a limpeza ja passou e a próxima tripulação a assumir está chegando pra tirar o voo dali em uns 25~30 minutos. Voos imediatos na gol tem 40 minutos de solo para o 737-800 e 30 minutos de solo para o 737-700.

Caso o voo tenha acabado de chegar, o desembarque foi feito, a tripulação desembarcou, e o voo só sai daqui a uma hora ou mais, o mecânico responsável fecha a porta.

Ou seja, era um voo imediato e o ilustríssimo entrou exatamente nesse momento de troca de tripulações. Isso quer dizer que a aeronave estava vazia, mas não significa que ela estava abandonada. Só não tinha ninguem dentro, mas do lado de fora muito provavelmente os porões estavam abertos, as bagagens estavam sendo descarregadas ou carregadas, um mecânico estava junto da aeronave e etc. Deu sorte até de não ter comissaría(catering) reabastecendo a aeronave lá no fundo do avião, o que é comum nesse momento específico.

Digamos até que mesmo que não saia, o cara consiga dar a partida em um dos motores, ele ia sugar o que tivesse pela frente e provavelmente pararia de funcionar (não de uma forma delicada...rs). Talvez não pessoas pq da pra ouvir perfeitamente uma partida e sair correndo a tempo, mas bagagens, pranchas de bagagens, o pobre coitado do cone que é colocado em frente a turbina...rsrs

Ou seja, da pra fazer um estrago, mas sair voando não.

Mas desde quando li esta matéria pela primeira vez, não pensei em alguém ir ali e sair com a avião, pensei em alguém plantar uma bomba na cabine ou em qualquer lugar dentro do avião. Isso seria possível, não?

Plantar uma bomba é mais difícil, porque o cara já passou pelo raio x.

É mais dificil sim, mas não impossível. Mas o risco é justamente nesse nível, e não o de roubarem um avião. rsrs

O cara pode sabotar a aeronave de alguma forma, ou implantar o agente explosivo, ou químico, ou infeccioso...

Ou pior, dali o cara tem acesso ao pátio pela traseira da aeronave ou pela escada do finger, e fazer o que bem entender. Ali no pátio tem caminhões carregados de combustível, aeronaves ja cheias de passageiros e também carregadas de combustível...

Esse aqui roubou o avião, e ao invés de pushback ele usou o reversor pra sair do finger:

12 de Outubro, 2014 - 14:11 ( Brasília )
Aviação

AIRBUS - 35 AIRBUS A320NEO PARA A AZUL (?)
A Azul está planejando adquirir pelo menos 35 unidades do A320neo, o novo jato de um corredor que realizou seu primeiro voo no mês passado

Bloomberg


A Airbus Group NV está próxima de um acordo que ajudaria a companhia aérea brasileira de baixo custo de David Neeleman, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, a investir US$ 3,6 bilhões em jatos para expandir-se, disseram três fontes familiarizadas com as negociações.

A Azul está planejando adquirir pelo menos 35 unidades do A320neo, o novo jato de um corredor que realizou seu primeiro voo no mês passado, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque os detalhes não são públicos. A companhia aérea está negociando os aviões com a Airbus, que tem sede em Toulouse, França, e com arrendadores, disseram duas fontes.

Ao optar pelo A320neo, a Azul reduziria mais sua dependência em relação à brasileira Embraer SA, que até 2011 era a única fornecedora de aviões da terceira maior companhia aérea do país. O A320neo deverá iniciar o serviço até o fim de 2015 e pode ser configurado para ter até 189 assentos, enquanto o Embraer E195, maior avião da Azul atualmente, pode transportar 124 passageiros.

Gareth Edmondson-Jones, porta-voz da Azul, que tem sede em Barueri, São Paulo, preferiu não comentar as transações de aviões. Liana Sucar-Hamel, porta-voz da Airbus, também disse que não tinha comentários a fazer.

O A320neo é uma atualização do atual avião de um corredor mais vendido da Airbus, com novos motores que aumentam a economia de combustível. Os jatos de corredor único são a locomotiva da indústria global de voos comerciais e tradicionalmente são usados em rotas domésticas de curta distância. O A320neo tem um preço de lista de US$ 102,8 milhões antes dos habituais descontos nas vendas de aviões.

Neeleman, 54, fundou a JetBlue Airways Corp., com sede em Nova York, e atuou como CEO antes de ser substituído, em 2007. Com dupla cidadania, americana e brasileira, ele criou a Azul em 2008 e é o CEO.

Expansão da Azul

A Azul está realizando uma série de compras neste ano, alinhando duas outras aquisições de aviões avaliados em US$ 3,87 bilhões pelos preços de lista. A empresa estuda abrir capital em janeiro e tem planos de expansão. A companhia está realizando um leasing de aviões Airbus A330 com dois corredores para começar um serviço para a Flórida em dezembro e encomendou também o novo modelo A350.

Neeleman disse no mês passado que estava avaliando a aquisição de modelos de fuselagem estreita da Airbus ou da Boeing Co. para substituir os jatos Embraer da Azul, que também seriam transferidos para outras rotas na rede em expansão da companhia aérea. A JetBlue também utiliza tanto aviões da Airbus quanto da Embraer.

A Boeing nunca foi convidada para oferecer seu 737 atualizado para atender a encomenda da Azul, disse Jim Proulx, porta-voz da produtora de aviões com sede em Chicago, EUA. “Apesar dos relatos contrários, a Boeing não teve a oportunidade de apresentar uma proposta para aviões de corredor único”, disse ele, em entrevista por telefone.

http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... ra-a-AZUL-(-)/

Skyway escreveu:É mais dificil sim, mas não impossível. Mas o risco é justamente nesse nível, e não o de roubarem um avião. rsrs

O cara pode sabotar a aeronave de alguma forma, ou implantar o agente explosivo, ou químico, ou infeccioso...

Ou pior, dali o cara tem acesso ao pátio pela traseira da aeronave ou pela escada do finger, e fazer o que bem entender. Ali no pátio tem caminhões carregados de combustível, aeronaves ja cheias de passageiros e também carregadas de combustível...

Sem contar que agente químico é bem difícil de ser identificado em qualquer escâner de mala.

rodrigo escreveu:Esse aqui roubou o avião, e ao invés de pushback ele usou o reversor pra sair do finger:

O aeroporto de St. George onde aconteceu isso aí, só tem 1 finger, e ao que tudo indica, pelo que tenho lido, o avião não estava nele. O cara que roubou não queria levantar voo, só destruir tudo. Ele só ligou a aeronave e acelerou em linha reta, não ligou o reverso nem manobrou a aeronave.

Roubar a aeronave pra destruir o que puder a sua volta é possível sim, mas muito dificilmente no finger de um grande aeroporto que deixa a aeronave de frente para o terminal com poucos metros para ganhar força o suficiente para causar um grande estrago.

E se roubar ligando o reverso, dificilmente vai longe.

Saiu com o reverso (vídeo do meio, a partir de 3:35):

Quando eu era criança, estudei na Escola Santos Dumont, que era mantido pela BANT (na época era CATRE), onde a gtande maioria dos alunos eram familiares de militares. Eu era um aluno muito aventureiro, e já apaixonado por aviões. O hangar do Governo do Estado ficava dentro da base, aproximadamente uns 400 da escola, e nos intervalos eu sempre ia para próximo para ver os aviões pousando e decolando. Um certo dia, ao chegar no referido hangar, vi que um dos aviões do governo (um Bandeirantes) estava aberto. Não pensei duas vezes, entrei no avião e assumi o comando! Passei uns 20min mexendo em tudo que eu achava interessante na minha frente, foi quando um funcionário me pegou dentro do avião e ligou para o diretor da escola, solicitando a presença dele.
Resultado: O diretor ligou para a seção que meu pai trabalhava e pediu para que comparecesse a escola. Quando pai chegou, eu já estava na sala do diretor com minha transferência nas mãos!

rodrigo escreveu:Saiu com o reverso (vídeo do meio, a partir de 3:35):

Hahahahaa, que cara doido! E ainda se matou depois... Excelente vídeo esse.

Mas então, o posicionamento das turbinas nas diferentes versões da aeronave fazem muita diferença nessa situação. Mas mesmo assim foi como eu disse, roubar uma aeronave em um finger, não é fácil e muito provavelmente não vai muito longe.