#1461
Mensagem
por PRick » Seg Abr 25, 2011 3:50 pm
Gente,
Esse tópico está parecendo com o do Novo Fuzil, o EB queria um substituto do Cascavel, fez as especificações, o resultado final parece muito bom, um projeto sólido e moderno capaz de ser modificado mais tarde para futuras versões. Era isso que o EB buscava.
Qualquer plataforma tem que ser coerente com a doutrina de emprego, deve haver uma sinergia entre o projeto e o que se buscava nele no emprego operacional. É claro em tudo tem um custo benefício, poderíamos ter uma veículo 8X8, com canhão de 105 mm, porém, com custos muito maiores.
Talvez por isso o Bacchi esteja surpreso com algumas colocações aqui. Vejam a incoerencia, fazer um canhão para disparar mísseis! Os EUA fizeram o M-60 A2, uma dessas coisas incoerentes, tinha um canhão de 152mm para disparar mísseis.
Os soviéticos desenvolveram mísseis para serem disparados de seus MBT´s porque possuem uma desvantagem real, dado que a tecnologia usada nos canhões torna o peso do MBT um fator limitante para usar munição cinética de maior velocidade.
Agora, os ocidentais adotarem isso, seria uma incoerência, um aumento de custos e dor de cabeça logística. A grande vantagem do MBT é ser capaz de ampla gama de utilização, então qualquer coisa que diminua sua versatilidade não tem sentido. O MBT deve ser capaz de se movimentar no TO sem a necessidade de apoio de outras plataformas.
Oras para que fazer um canhão para disparar mísseis, para isso não é necessário um canhão, vc tem um despesa alta na plataforma, e ainda vai usar uma munição mais cara, que não precisa de plataforma dedicada. O míssil AT é uma arma de infantaria, para ser usada de modo despojado ou em plataformas leves. Dando um poder de fogo maior a elas, sem que isso implique num aumento de custos na plataforma.
O MBT é o oposto, todo o esforço é dedicado a plataforma, de tal forma que ela seja quase invulnerável, e que use uma munição relativamente mais barata e que possa ter grande autonomia, tanto de combustível como de munição, por isso, o binômio canhão e metralhadora.
Cada um no seu quadrado, eu diria que fazer um MBT ter armamento de míssil para ser diparado por canhões de 120 mm, é algo como tentarmos colocar uma torre de MBT num Guarani. Ou que ele tenha um canhão de 120 mm instalado nele.
Dentro do que foi pensando o Guarani parece ser um projeto mais contemporâneo que o Cascavel foi em sua época.
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