LeandroGCard escreveu: Túlio, Espanha, Coréia do Sul e até mesmo a Alemanha também não fazem muito mais do que o casco e alguns poucos subsistemas, sensores e armamentos são importados. E não vejo ninguém dizendo que eles são idiotas por fazerem isso e que de deveriam importar logo os seus navios prontinhos para uso dos EUA.
Não é o mesmo caso, Leandro véio: Países Europeus (e membros da UE e OTAN, ainda por cima), além de um aliado estratégico dos EUA na Ásia não estão de modo algum no mesmo barquinho furado que nós. E sei que sabes disso, apostyo que só querias saber se eu
também sei.
LeandroGCard escreveu: Acontece que casco é mais simples e já temos infra-estrutura para tal, mesmo que em um nível abaixo do ideal. E outras coisas como CoC, ECM/ECCM e parte do armamento (como mísseis e eventualmente torpedos) também já poderíamos estar começando a desenvolver aqui (sem contar o MAN-1, que já estamos). Até os radares poderiam ser desenvolvidos pela Bradar, se houvesse interesse em gastar tempo e $$$ nisso.
Fazemos isso desde os encouraçados fluviais empregados na Guerra do Paraguai (para os quais importamos até os pregos de ferro, mas tudo tri, desenhamos e montamos aqui). Se a "receita" prestasse, já teria funcionado, não? E já perdi a esperança de ver algum interesse SÉRIO em "gastar" com essas "bobagens de P&D" nesta vida e pior, nem acredito em reencarnação (se acreditasse, pediria pra renascer em qualquer outro lugar)...
LeandroGCard escreveu: Propulsão até poderíamos fazer aqui também, se houvesse demanda. Até fábrica de turbinas (a vapor) de grande porte nacional nós temos, se é que já não fechou justamente pro falta de encomendas. E muitas outras coisas como geração de energia e combate a inc6endio também já são feitas no Brasil ainda que por filiais de empresas multinacionais.
Ia comentar no teu outro post (excelente, como sempre) que falava sobre a queda vertiginosa da Indústria; esta, a "nacional", já é, na maioria dos casos (automóveis, motos e caminhões, por exemplo), "nacional" só no nome, tipo "Do Brasil". A bélica vai pelo mesmo caminho, AEL, ARES & cia ltda (cada vez mais ltda, aliás). As que tentam emergir (jipes civis e militares, p ex) ou são compradas (Troller pela Ford, p ex) ou morrem à míngua porque as FFAA e mesmo as Policiais não estão nem aí, querem é IMPORTAR (mas nas palestras juram de pés juntos que só querem material feito em casa)!
LeandroGCard escreveu: Mas sem dúvida parte dos sensores e armamento exigem grandes investimentos em desenvolvimento tecnológico que não teremos condições de fazer tão cedo, se é que teremos algum dia. Mas se não pudermos desenvolver um radar avançado ou um míssil AAe de longo alcance então devemos desistir de todo o resto, a coisa tem que ser assim, na base do tudo-ou-nada? Além disso, tente ir lá fora e adquirir um navio militar sem usar os sistemas indicados pelo país de origem, e veja se eles deixam assim tão fácil. Ou pergunte para a MB se todos os sistemas que serão instalados nos Scorpène-BR serão franceses mesmo quando havia interesse em adotar sistemas desenvolvidos aqui por escolha dela ou por insistência dos franceses, sem a qual não teria havido negócio?
Leandro G. Card
OK, mas acho que o começo do teu post está mais perto da realidade: "sensores e armamento exigem grandes investimentos em desenvolvimento tecnológico que não teremos condições de fazer tão cedo, se é que teremos algum dia". POWS, tivemos quase dois
SÉCULOS para fazer e sempre deixamos para depois (e sempre com essa mesma desculpa), o que me levaria a crer que algo ainda pode mudar? Aqui na Terra do Nunca a Defesa é assunto sério apenas para meia dúzia de gatos pingados como nós, o resto só quer saber da comi$$ão, azar do Contribuinte.
Cupincha, isso chega a ser deprimente de falar.