"Notícias aéreas"
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Re: "Notícias aéreas"
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Wingate
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Re: "Notícias aéreas"
Esse negócio de "testemunha ocular" é mesmo complicado.Sávio Ricardo escreveu:Jatinho particular do candidato a presidência Eduardo Campos, cai em Santos.
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-g ... ivo/61910/
Todo mundo deve ter visto uma madama, jurando de pés juntos, que o avião tinha virado uma "bola-de-fogo" em pleno ar, antes de cair.
Outra "viu" o piloto fazendo manobras evasivas, ziguezagueando por entre os prédios.
Pois bem, agora divulgaram um vídeo recém-identificado que captou a tragédia. Então, a gente vê que o avião caiu como se fosse uma flecha, sem indício algum de fogo.
- wagnerm25
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Re: "Notícias aéreas"
O avião caiu como um míssil.
Provavelmente muito cedo para dizer isso, mas parece erro do piloto.
Provavelmente muito cedo para dizer isso, mas parece erro do piloto.
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Re: "Notícias aéreas"
Não entendi como a aeronave, a baixa altitude, conseguiu atingir aquele ângulo de mergulho.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: "Notícias aéreas"
Revista Valor 1000 maiores empresas:
prejuízo 2013:
TAM R$ 1.441.100.000,00 (um bilhão, quatrocentos e quarenta e um milhões...)
GOL R$ 724.100.000,00 (setecentos e vinte e quatro milhões)
prejuízo 2013:
TAM R$ 1.441.100.000,00 (um bilhão, quatrocentos e quarenta e um milhões...)
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Re: "Notícias aéreas"
Um dos diretores da LATAM, acho que filho do Rolim Amaro, deu entrevista em uma revista internacional de aviação, dizendo que ano que vem a TAM deve se fundir com a LAN, haverá padronização da frota com aposentadoria dos A330, e que a azul está dominando muito rapidamente o mercado doméstico brasileiro.
In the Spotlight
LATAM Airlines Group Chairman Mauricio Amaro talks about the merger of LAN and TAM airlines, future plans and the recent FIFA World Cup.
http://www.airlinerworld.com/view_issue.asp
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Re: "Notícias aéreas"
Já li um artigo uma vez sobre acidentes com aviões menores, e neste o autor dizia que a maior causa de queda era justamente a perda de controle da aeronave durante manobras de pouso, causada não necessariamente por erros dos piloto mas por rajadas de vento incidindo sobre a aeronave justamente quando ela está manobrando em baixa velocidade e altitude e com elevado ângulo de ataque, próximo ao estol.wagnerm25 escreveu:O avião caiu como um míssil.
Provavelmente muito cedo para dizer isso, mas parece erro do piloto.
Nestas condições, principalmente quando se está efetuando uma curva, uma rajada em direção desfavorável pode fazer com que ocorra estol em apenas uma das asas, o que leva o avião a girar, entrar em parafuso e cair de bico. O piloto até consegue depois parar o giro acionando os ailerons no sentido contrário, mas não há altura suficiente para a recuperação do mergulho e o avião acaba batendo no chão. No caso de um jatinho, que voa mais rápido, provavelmente nem daria mesmo tempo de tentar levantar o nariz, e o avião atingiria o solo exatamente na atitude mostrada no vídeo.
A possibilidade de isso ter ocorrido é grande. Um colega na empresa onde trabalho agora mora em Santos, a poucas quadras de onde o avião caiu. Segundo ele, ao chegar no seu apartamento em um andar elevado naquela noite a sua área de serviço estava inundada de água da chuva, carregada para dentro justamente por um vendaval como ele jamais havia presenciado igual na cidade. Um jatinho fazendo uma curva ascendente após uma arremetida e portanto voando em condição limite dentro deste vendaval todo (e ainda por cima tentando ficar abaixo do teto de visibilidade, que estava bem baixo) estaria muito suscetível a este tipo de perda de controle, independentemente do que fizesse o piloto.
Leandro G. Card
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Re: "Notícias aéreas"
Tenho que discordar Leandro, principalmente da parte do teu texto que destaquei.LeandroGCard escreveu:Já li um artigo uma vez sobre acidentes com aviões menores, e neste o autor dizia que a maior causa de queda era justamente a perda de controle da aeronave durante manobras de pouso, causada não necessariamente por erros dos piloto mas por rajadas de vento incidindo sobre a aeronave justamente quando ela está manobrando em baixa velocidade e altitude e com elevado ângulo de ataque, próximo ao estol.wagnerm25 escreveu:O avião caiu como um míssil.
Provavelmente muito cedo para dizer isso, mas parece erro do piloto.
Nestas condições, principalmente quando se está efetuando uma curva, uma rajada em direção desfavorável pode fazer com que ocorra estol em apenas uma das asas, o que leva o avião a girar, entrar em parafuso e cair de bico. O piloto até consegue depois parar o giro acionando os ailerons no sentido contrário, mas não há altura suficiente para a recuperação do mergulho e o avião acaba batendo no chão. No caso de um jatinho, que voa mais rápido, provavelmente nem daria mesmo tempo de tentar levantar o nariz, e o avião atingiria o solo exatamente na atitude mostrada no vídeo.
A possibilidade de isso ter ocorrido é grande. Um colega na empresa onde trabalho agora mora em Santos, a poucas quadras de onde o avião caiu. Segundo ele, ao chegar no seu apartamento em um andar elevado naquela noite a sua área de serviço estava inundada de água da chuva, carregada para dentro justamente por um vendaval como ele jamais havia presenciado igual na cidade. Um jatinho fazendo uma curva ascendente após uma arremetida e portanto voando em condição limite dentro deste vendaval todo (e ainda por cima tentando ficar abaixo do teto de visibilidade, que estava bem baixo) estaria muito suscetível a este tipo de perda de controle, independentemente do que fizesse o piloto.
Leandro G. Card
A tendência de estol de uma das asas em jatos de alta performance durante o pouso é real, porém não é em qualquer condição de tempo ruim, e em qualquer direção de vento.
Agora, não discordo por isso, mas pelo fato do PR-AFA ter se acidentado a quilômetros da pista da Base Aérea de Santos, onde tentava o pouso. Este "fenômeno" descrito por você ocorre em uma fase crítica do voo, durante a aproximação na rampa para o pouso, onde a aeronave voa muito próxima da velocidade de estol. Em caso de uma aproximação perdida, é aplicada potência e o gradual ganho de altura, o que tira quase que instantaneamente a aeronave desta fase crítica, e a distancia da velocidade de estol, não sendo mais possível que esse fenômeno ocorra.
E isso se da ainda sobre o eixo da pista, ou seja, quando a aeronave realiza uma arremetida e livra a vertical da pista (sai da área do aeroporto) ela já está mais rápida e com sustentação suficiente para subir e fazer curvas. A carta utilizada pelo piloto, a ECHO 1, indica como procedimento de arremetida uma curva ascendente a esquerda até 4 mil pés, a fim de aproar o NDB Santos e efetuar nova tentativa ou entrar na órbita da base, e o PR-AFA estava fazendo exatamente isso quando caiu, ele já estava quase no meio do caminho para o NDB Santos, com a proa já na direção contrária em que ele tentou o pouso. O que significa que ele foi capaz de realizar a arremetida e a curva a esquerda normalmente, ganhou altura, mas algo drástico aconteceu no meio do caminho.
Este é um trecho da carta ECHO 1, com o procedimento de arremetida destacado abaixo e com o trajeto de arremetida ilustrado na carta com a linha pontilhada:
Essa é a sobreposição do procedimento de arremetida da carta, com uma foto de satélite de Santos, com o local do impacto do PR-AFA marcado com o balão vermelho:
Percebe que ele teve um voo controlado após a arremetida até o meio do caminho previsto na carta?
Então, ele já estava neste ponto com o trem de aterrissagem recolhido e provavelmente flaps também recolhidos, e em uma atitude de voo completamente diferente de uma aproximação para pouso, que é quando este estol a que se referiu acontece.
Porém, entretanto, todavia, isso não significa de forma alguma que ele não estolou, culminando na queda. Existem inúmeros fatores que podem ter levado o PR-AFA a uma velocidade incompatível com o voo controlado naquele momento do voo. Só não se compara a um estol de uma aeronave em perfil de pouso, quando se está "suja" (com Flaps e trens de pouso estendidos) e nariz levemente levantado.
Enfim, qualquer coisa além disso, o CENIPA é quem vai dizer.
É aguardar o relatório.
Um abraço!
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: "Notícias aéreas"
É possível que o procedimento de arremetida não tenha sido seguido absolutamente de acordo com o especificado, porque se o piloto subisse para 4.000 pés entraria de novo na camada de nuvens e correria o risco de errar mais uma vez a aproximação para o pouso. Já ouvi notícias de que o teto sobre Santos no momento do acidente era muito baixo, por volta dos 1.000 pés apenas, e o piloto pode ter tentado se manter dentro deste limite apesar do que diz o manual tendo para isso interrompido o ganho tanto de altura quanto de velocidade, acabando por manter o avião próximo a uma condição de vôo crítica mesmo com trem de pouso e flaps recolhidos. Somando isso aos ventos absolutamente excepcionais no momento do acidente, o estol parcial (de uma só asa durante a curva) ou total permaneceria uma possibilidade.Skyway escreveu:Agora, não discordo por isso, mas pelo fato do PR-AFA ter se acidentado a quilômetros da pista da Base Aérea de Santos, onde tentava o pouso. Este "fenômeno" descrito por você ocorre em uma fase crítica do voo, durante a aproximação na rampa para o pouso, onde a aeronave voa muito próxima da velocidade de estol. Em caso de uma aproximação perdida, é aplicada potência e o gradual ganho de altura, o que tira quase que instantaneamente a aeronave desta fase crítica, e a distancia da velocidade de estol, não sendo mais possível que esse fenômeno ocorra.
E isso se da ainda sobre o eixo da pista, ou seja, quando a aeronave realiza uma arremetida e livra a vertical da pista (sai da área do aeroporto) ela já está mais rápida e com sustentação suficiente para subir e fazer curvas. A carta utilizada pelo piloto, a ECHO 1, indica como procedimento de arremetida uma curva ascendente a esquerda até 4 mil pés, a fim de aproar o NDB Santos e efetuar nova tentativa ou entrar na órbita da base, e o PR-AFA estava fazendo exatamente isso quando caiu, ele já estava quase no meio do caminho para o NDB Santos, com a proa já na direção contrária em que ele tentou o pouso. O que significa que ele foi capaz de realizar a arremetida e a curva a esquerda normalmente, ganhou altura, mas algo drástico aconteceu no meio do caminho.
Não estou querendo afirmar que foi isso que derrubou o avião, não sou especialista no assunto e nem tenho muitas informações. Mas eu ficaria surpreso se as condições de teto baixo e vento muito acima do normal não tivessem tido alguma influência na queda. Acho isso mais provável do que um erro puro e simples de pilotagem.
Leandro G. Card
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Re: "Notícias aéreas"
Eu tenho uma teoria muito simples para isso. A Azul está apenas oferecendo aquilo que o mercado está procurando.rodrigo escreveu:Um dos diretores da LATAM, acho que filho do Rolim Amaro, deu entrevista em uma revista internacional de aviação, dizendo que ano que vem a TAM deve se fundir com a LAN, haverá padronização da frota com aposentadoria dos A330, e que a azul está dominando muito rapidamente o mercado doméstico brasileiro.
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E o que o mercado está procurando? Passagens com uma relação custo x benefício entre valor, serviço de bordo, conforto e disponibilidade de horários e rotas que TAM e GOL, com a eterna mania de gigantismo que temos na aviação comercial brasileira, deixaram de lado e negligenciaram seguidamente, assim como fizeram Varig, Transbrasil e Vasp. Isto é um ponto.
Outro e mais importante, penso, é que a malha da Azul é complementar. Ela tem linhas regionais que abastecem um mercado sedendo por poder voar sem ter que para isso, andar mais de 500kms de distância. Ou seja, existe uma compensação entre as diversas rotas, principais e regionais, que operam em sistema de backup e provisão uma das outras. Isto não só permite o uso de aeronaves mais econômicas como também de chegar a mercados ainda pouco ou não explorados pelas gigantes do setor.
Por fim, fato é que a Azul é a única a operar os jatos da família E-jet, que basicamente são ideais para a imensa maioria das rotas que a empresa supre.
Uma conta simples, mas quase sempre esquecida por quem um dia começou pequeno e se esqueceu de onde veio.
abs
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Re: "Notícias aéreas"
Leandro, com toda a certeza o fator meteorológico contribuiu para este acidente, isso é fato. O quanto esse fator contribuiu para o acidente ou não é que deve ser analisado.LeandroGCard escreveu:É possível que o procedimento de arremetida não tenha sido seguido absolutamente de acordo com o especificado, porque se o piloto subisse para 4.000 pés entraria de novo na camada de nuvens e correria o risco de errar mais uma vez a aproximação para o pouso. Já ouvi notícias de que o teto sobre Santos no momento do acidente era muito baixo, por volta dos 1.000 pés apenas, e o piloto pode ter tentado se manter dentro deste limite apesar do que diz o manual tendo para isso interrompido o ganho tanto de altura quanto de velocidade, acabando por manter o avião próximo a uma condição de vôo crítica mesmo com trem de pouso e flaps recolhidos. Somando isso aos ventos absolutamente excepcionais no momento do acidente, o estol parcial (de uma só asa durante a curva) ou total permaneceria uma possibilidade.Skyway escreveu:Agora, não discordo por isso, mas pelo fato do PR-AFA ter se acidentado a quilômetros da pista da Base Aérea de Santos, onde tentava o pouso. Este "fenômeno" descrito por você ocorre em uma fase crítica do voo, durante a aproximação na rampa para o pouso, onde a aeronave voa muito próxima da velocidade de estol. Em caso de uma aproximação perdida, é aplicada potência e o gradual ganho de altura, o que tira quase que instantaneamente a aeronave desta fase crítica, e a distancia da velocidade de estol, não sendo mais possível que esse fenômeno ocorra.
E isso se da ainda sobre o eixo da pista, ou seja, quando a aeronave realiza uma arremetida e livra a vertical da pista (sai da área do aeroporto) ela já está mais rápida e com sustentação suficiente para subir e fazer curvas. A carta utilizada pelo piloto, a ECHO 1, indica como procedimento de arremetida uma curva ascendente a esquerda até 4 mil pés, a fim de aproar o NDB Santos e efetuar nova tentativa ou entrar na órbita da base, e o PR-AFA estava fazendo exatamente isso quando caiu, ele já estava quase no meio do caminho para o NDB Santos, com a proa já na direção contrária em que ele tentou o pouso. O que significa que ele foi capaz de realizar a arremetida e a curva a esquerda normalmente, ganhou altura, mas algo drástico aconteceu no meio do caminho.
Não estou querendo afirmar que foi isso que derrubou o avião, não sou especialista no assunto e nem tenho muitas informações. Mas eu ficaria surpreso se as condições de teto baixo e vento muito acima do normal não tivessem tido alguma influência na queda. Acho isso mais provável do que um erro puro e simples de pilotagem.
Leandro G. Card
Quanto ao que descreveu, seria um procedimento muito irresponsável além de falho no que diz respeito a evitar tempo ruim.
Explico:
O PR-AFA era um jato moderno, com equipamentos de ponta para voo por instrumentos, e soma-se a isso o fato de os pilotos serem experientes e treinados para voos por instrumentos. Tanto que aposto que cada um deles tinha centenas de horas de voo nessas condições. Ou seja, "caçar" uma referência visual entre as nuvens, ou evitar entrar na camada de nuvens, é algo que esses pilotos simplesmente não fariam por não ter a menor necessidade disso, por não ser desconfortável fazer isso como muitos leigos pensam, e também pelo fato de que em condições meteorológicas desse nível, quanto mais alto, melhor.
Isso significa que essa teoria de que eles poderiam estar evitando a camada de nuvem é furada, pois significaria exatamente o contrário: maior dificuldade para os pilotos fazerem a manobra e tentar novo pouso. E detalhe, manter velocidade baixa então é exatamente o oposto que qualquer piloto faria até mesmo instintivamente nessas condições.
Acredito que você esteja raciocinando com um ponto de vista de um piloto tentando pousar e querer ver pra onde esta indo pra tentar novamente. Só que voar não é assim. A instrução de subir a 4 mil pés existe por que a aeronave precisa obrigatoriamente iniciar uma nova rampa de descida a partir desta altitude, partindo do NDB Santos, que é alinhado com a pista da Base Aérea de Santos. Isso significa que a aeronave quando arremete, não deve subir IMEDIATAMENTE para 4 mil pés, ela deve apenas CHEGAR no NDB a essa altitude. Da mesma forma ele precisa, após a arremetida, ir até o NDB para reiniciar o procedimento de descida por instrumentos, o que impede que ele faça isso que sugere de buscar "visualmente" o caminho para tentar novamente. Ele precisa de uma descida estabilizada e sob parâmetros de velocidade e razão de descida muito bem definidos para que os sistemas da aeronave o levem à cabeceira da pista com segurança, e esses parâmetros tem como referência de início o NDB, o que significa que o piloto para tentar um novo pouso teria que ir obrigatoriamente a 4 mil pés e chegar ao NDB Santos, dar meia volta e tentar novo pouso.
E só mais um adendo, em tempo ruim como o daquele dia, os ventos são muito mais fortes junto ao solo do que em altitude. Então manter-se abaixo da camada de nuvens além de não ajudar em nada para o novo pouso, iria colocar a aeronave em uma situação extremamente degradante. Lembrando que fazer isso vai contra toda a experiencia que os pilotos tinham, contra todos os procedimentos, normas e instruções do voo por instrumentos.
Todo piloto iniciante no voo por instrumentos, logo no início aprende a confiar nos seus instrumentos acima de tudo. Acima até mesmo das sensações do seu corpo e do que você acredita ser uma boa referência visual. É muito fácil o cérebro nos fazer acreditar que o chão está em um determinado lugar, a uma certa distância, quando na verdade esta em outro, e mais perto do que pensa. Aliais, desorientação espacial é algo que eu considero com grande possibilidade de fator determinante para esse caso.
Voar é complicado, e por instrumentos então é complicado vezes mil! Por isso que qualquer aviador torce o nariz quando alguém de fora pergunta quando acontece algum acidente: "e o avião que caiu heim, o que você acha que foi?" Não da pra saber, simples assim. Só o CENIPA com os seus especialistas em diversas áreas, analisando cada fragmento tanto da aeronave quanto do episódio em si, é que pode TALVEZ chegar a uma conclusão.
Um abraço!
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: "Notícias aéreas"
All factors point to CIA aerially assassinating Brazilian presidential candidate
http://www.strategic-culture.org/news/2 ... idate.html
Abraços,
Wesley
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Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: "Notícias aéreas"
O dia em que Carlos Ayres Britto dominou a cabine de um Boeing
O ex ministro Carlos Ayres Britto, aposentado do Supremo Tribunal Federal, não é homem de se abespinhar com facilidade. O temperamento, a experiência de vida e a prática da meditação contribuem para a serenidade de seus dias. Mas, no sábado passado (13), ele ficou colérico em Minas Gerais.
Era pouco mais de meio-dia. Britto estava no aeroporto de Confins, a espera do vôo GOL 1084, que o levaria de volta a Brasília a bordo de um Boeing da companhia. Como o painel não indicava o local de embarque, o ministro pediu informações a um funcionário e se dirigiu ao portão indicado. Ao chegar, notou o portão aberto, sem a presença de funcionário algum - do aeroporto ou da companhia aérea.
Nesse momento, Britto foi abordado pelo policial militar Fabiano Augusto de Souza Moreira, que embarcaria no mesmo vôo. Moreira disse que acabara de entrar sozinho no avião. Incrédulo, o ministro seguiu rumo à aeronave vazia. Chegando lá, foi à cabine de comando, fez fotos para comprovar a falta de segurança e saiu. "Imagina o estrago que um louco poderia ter feito", exasperou-se Britto.
O ex ministro Carlos Ayres Britto, aposentado do Supremo Tribunal Federal, não é homem de se abespinhar com facilidade. O temperamento, a experiência de vida e a prática da meditação contribuem para a serenidade de seus dias. Mas, no sábado passado (13), ele ficou colérico em Minas Gerais.
Era pouco mais de meio-dia. Britto estava no aeroporto de Confins, a espera do vôo GOL 1084, que o levaria de volta a Brasília a bordo de um Boeing da companhia. Como o painel não indicava o local de embarque, o ministro pediu informações a um funcionário e se dirigiu ao portão indicado. Ao chegar, notou o portão aberto, sem a presença de funcionário algum - do aeroporto ou da companhia aérea.
Nesse momento, Britto foi abordado pelo policial militar Fabiano Augusto de Souza Moreira, que embarcaria no mesmo vôo. Moreira disse que acabara de entrar sozinho no avião. Incrédulo, o ministro seguiu rumo à aeronave vazia. Chegando lá, foi à cabine de comando, fez fotos para comprovar a falta de segurança e saiu. "Imagina o estrago que um louco poderia ter feito", exasperou-se Britto.
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