EUA x Irã
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Re: EUA x Irã
Quem escreve esse artigo sabe á brava dos meios da USN, já que esta não opera mais nem cruzadores nem destroiers a propulsão nuclear.
Para um site de "defesa" percebem á brava do que escrevem.
Actualmente os únicos meios nucleares da USN são os PAs e os submarinos. Cruzadores já houve ,designados "CGN" http://www.radiationworks.com/nuclearships.htm
até 1975 os CGN eram denominados DLGN ("Destroyers a propulsão nuclear), vai na volta vem daí a confusão.
um bom site com todos os tipos de navios da USN, passado e presente:
http://www.navsource.org/
Para um site de "defesa" percebem á brava do que escrevem.
Actualmente os únicos meios nucleares da USN são os PAs e os submarinos. Cruzadores já houve ,designados "CGN" http://www.radiationworks.com/nuclearships.htm
até 1975 os CGN eram denominados DLGN ("Destroyers a propulsão nuclear), vai na volta vem daí a confusão.
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Triste sina ter nascido português
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Re: EUA x Irã
Irã cortará exportação de petróleo para alguns países europeus.
DA REUTERS, EM TEERÃ.
O ministro do petróleo do Irã disse que o Estado islâmico não recuaria de seu programa nuclear, mesmo que as suas exportações de petróleo bruto sejam reduzidas, informou a agência de notícias oficial local Irna neste sábado.
Rostam Qasemi disse que o Irã cortaria exportações de petróleo para algumas nações europeias em retaliação à decisão de redução de alguns países de cortar importação de petróleo iraniano.
O ministro iraniano instou a Europa a reconsiderar a sua proibição ao petróleo iraniano, e disse que o mercado de petróleo está em equilíbrio agora, mas seria lançada em turbulência, sem a oferta de petróleo do Irã.
"Infelizmente, a UE (União Europeia) sucumbiu à pressão dos Estados Unidos. Espero que revejam a sua decisão sobre de sanções a exportações de petróleo do Irã", afirmou Qasemi. "Nós não vamos abandonar nosso curso apenas nuclear, mesmo se não podemos vender uma gota de petróleo".
Tensões com o Ocidente aumentaram no mês passado, quando Washington e UE impuseram sanções ainda mais duras contra o Irã em uma tentativa de forçá-lo a fornecer mais informações sobre seu programa nuclear.
As medidas destinam-se a desligar o segundo maior exportador de petróleo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de vendas de petróleo bruto.
"O mercado de petróleo internacional vai experimentar tumulto na ausência de petróleo iraniano com consequências imprevisíveis sobre os preços do petróleo", acrescentou.
No entanto, analistas dizem que o mercado global de petróleo não seria muito afetado se o Irão vier a fechar a torneira de petróleo para a Europa.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1044 ... peus.shtml
DA REUTERS, EM TEERÃ.
O ministro do petróleo do Irã disse que o Estado islâmico não recuaria de seu programa nuclear, mesmo que as suas exportações de petróleo bruto sejam reduzidas, informou a agência de notícias oficial local Irna neste sábado.
Rostam Qasemi disse que o Irã cortaria exportações de petróleo para algumas nações europeias em retaliação à decisão de redução de alguns países de cortar importação de petróleo iraniano.
O ministro iraniano instou a Europa a reconsiderar a sua proibição ao petróleo iraniano, e disse que o mercado de petróleo está em equilíbrio agora, mas seria lançada em turbulência, sem a oferta de petróleo do Irã.
"Infelizmente, a UE (União Europeia) sucumbiu à pressão dos Estados Unidos. Espero que revejam a sua decisão sobre de sanções a exportações de petróleo do Irã", afirmou Qasemi. "Nós não vamos abandonar nosso curso apenas nuclear, mesmo se não podemos vender uma gota de petróleo".
Tensões com o Ocidente aumentaram no mês passado, quando Washington e UE impuseram sanções ainda mais duras contra o Irã em uma tentativa de forçá-lo a fornecer mais informações sobre seu programa nuclear.
As medidas destinam-se a desligar o segundo maior exportador de petróleo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de vendas de petróleo bruto.
"O mercado de petróleo internacional vai experimentar tumulto na ausência de petróleo iraniano com consequências imprevisíveis sobre os preços do petróleo", acrescentou.
No entanto, analistas dizem que o mercado global de petróleo não seria muito afetado se o Irão vier a fechar a torneira de petróleo para a Europa.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1044 ... peus.shtml
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Re: EUA x Irã
Marinha do Irã começou novos exercícios no Estreito de Ormuz.
A Marinha do Irã começou exercícios militares no Estreito de Ormuz. Em dezembro os manobras navais de Teerã Velayat-90 (Primazia-90) no estreito terminaram com testes de mísseis. A situação no Golfo Pérsico agravou-se quando as autoridades iranianas declararam de um possível bloqueamento do Estreito de Ormuz se os países europeus introduzissem sanções para exportações de petróleo do Irã.
Atualmente, o porta-aviões da Marinha americana Carl Vinson fica no Golfo Pérsico. Anteriormente, houve relatos que o porta-aviões Abraham Lincoln também dirigiu-se à região, e em março planejava chegar o porta-aviões Enterprise. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE na reunião de 23 de janeiro aprovaram a proibição para importacões de petróleo iraniano que entrará em vigor a partir de 1 de julho.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/04/65323801.html
A Marinha do Irã começou exercícios militares no Estreito de Ormuz. Em dezembro os manobras navais de Teerã Velayat-90 (Primazia-90) no estreito terminaram com testes de mísseis. A situação no Golfo Pérsico agravou-se quando as autoridades iranianas declararam de um possível bloqueamento do Estreito de Ormuz se os países europeus introduzissem sanções para exportações de petróleo do Irã.
Atualmente, o porta-aviões da Marinha americana Carl Vinson fica no Golfo Pérsico. Anteriormente, houve relatos que o porta-aviões Abraham Lincoln também dirigiu-se à região, e em março planejava chegar o porta-aviões Enterprise. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE na reunião de 23 de janeiro aprovaram a proibição para importacões de petróleo iraniano que entrará em vigor a partir de 1 de julho.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/04/65323801.html
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Re: EUA x Irã
Rússia rejeita o caminho militar para resolver a questão nuclear iraniana.
A Rússia rejeita categoricamente o caminho militar para resolver a questão nuclear iraniana, diz um comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores em Moscou. Contém uma advertência para os Estados Unidos dizendo que “apostando em ameaças de impor sanções, em detrimento do processo de negociação, leva-se a uma escalada da tensão e chega-se a um de beco sem saída”.
O Ministério das Relações Exteriores chamou de “especulação vazia” a informação divulgada por certas mídias que a Rússia poderá aceitar operação militar contra o Irã em troca da não-ingerência nos assuntos internos da Síria. “Tendo em conta a situação explosiva no Médio Oriente, gostaria-se de poder contar com informações confiáveis e verificadas nos meios de comunicação,” - frisa o documento.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/04/65284912.html
A Rússia rejeita categoricamente o caminho militar para resolver a questão nuclear iraniana, diz um comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores em Moscou. Contém uma advertência para os Estados Unidos dizendo que “apostando em ameaças de impor sanções, em detrimento do processo de negociação, leva-se a uma escalada da tensão e chega-se a um de beco sem saída”.
O Ministério das Relações Exteriores chamou de “especulação vazia” a informação divulgada por certas mídias que a Rússia poderá aceitar operação militar contra o Irã em troca da não-ingerência nos assuntos internos da Síria. “Tendo em conta a situação explosiva no Médio Oriente, gostaria-se de poder contar com informações confiáveis e verificadas nos meios de comunicação,” - frisa o documento.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/04/65284912.html
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Re: EUA x Irã
Os Estados Unidos não planeja atacar o Irã por suas preocupações em torno do programa nuclear da República Islâmica, declarou hoje o ministro das Relações Exteriores do Bahrein, o sheik Khalid Bin Ahmed Bin Mohamed Al Khalifa.
O chanceler fez esta declaração durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homologo russo, Sergey Lavrov.
“Durante nossos encontros com os americanos, recebemos a confirmação da negativa dos EUA para resolver o conflito em torno do Irã pela via militar”, disse Al Khalifa.
Al Khalifa também comentou as tensões entre Teerã e Tel Aviv:
“No que tange a situação entre Israel e Irã, que trocam acusações, cremos que ambas as partes devem adotar um enfoque responsável para garantir a segurança e a estabilidade da região, que é nossa tarefa comum”, disse Al Khalifa.
http://codinomeinformante.blogspot.com/ ... er-do.html
O chanceler fez esta declaração durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homologo russo, Sergey Lavrov.
“Durante nossos encontros com os americanos, recebemos a confirmação da negativa dos EUA para resolver o conflito em torno do Irã pela via militar”, disse Al Khalifa.
Al Khalifa também comentou as tensões entre Teerã e Tel Aviv:
“No que tange a situação entre Israel e Irã, que trocam acusações, cremos que ambas as partes devem adotar um enfoque responsável para garantir a segurança e a estabilidade da região, que é nossa tarefa comum”, disse Al Khalifa.
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Re: EUA x Irã
Irã: vizinhos usados por 'inimigo' estarão 'sujeitos a retaliação'
O Irã poderá atacar qualquer país cujo território for usado por "inimigos" para lançar um ataque militar contra seu solo, disse o segundo na hierarquia da Guarda Revolucionária do Irã à agência de notícias semioficial Fars neste domingo.
"Qualquer ponto usado pelo inimigo para operações hostis contra o Irã estará sujeito à retaliação pelas nossas forças armadas", afirmou Hossein Salami. A Guarda Revolucionária começou exercícios terrestres de dois dias no sábado, como uma demonstração de seu poderio militar em um momento de aumento da tensão entre Teerã e o Ocidente sobre o polêmico programa nuclear iraniano.
Os Estados Unidos e Israel, inimigos declarados do Irã, não descartam um ataque militar a Teerã se a diplomacia falhar em resolver o impasse nuclear. O Irã afirma que seu programa é pacífico e não tem o objetivo de desenvolver armas. Os seis aliados dos americanos no Conselho de Cooperação do Golfo têm afirmado que não permitirão que seus territórios sejam usados para ataques ao Irã.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... etaliacao-
O Irã poderá atacar qualquer país cujo território for usado por "inimigos" para lançar um ataque militar contra seu solo, disse o segundo na hierarquia da Guarda Revolucionária do Irã à agência de notícias semioficial Fars neste domingo.
"Qualquer ponto usado pelo inimigo para operações hostis contra o Irã estará sujeito à retaliação pelas nossas forças armadas", afirmou Hossein Salami. A Guarda Revolucionária começou exercícios terrestres de dois dias no sábado, como uma demonstração de seu poderio militar em um momento de aumento da tensão entre Teerã e o Ocidente sobre o polêmico programa nuclear iraniano.
Os Estados Unidos e Israel, inimigos declarados do Irã, não descartam um ataque militar a Teerã se a diplomacia falhar em resolver o impasse nuclear. O Irã afirma que seu programa é pacífico e não tem o objetivo de desenvolver armas. Os seis aliados dos americanos no Conselho de Cooperação do Golfo têm afirmado que não permitirão que seus territórios sejam usados para ataques ao Irã.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... etaliacao-
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Re: EUA x Irã
terra.com.br
Parlamento do Irã proibirá venda de petróleo a países da UE
07 de fevereiro de 2012 • 08h08
O Parlamento do Irã anunciou nesta terça-feira que está pronto para impor a proibição de exportação de petróleo a alguns países europeus, informou a emissora iraniana Press TV, que transmite em inglês.
"Em retaliação às medidas sionistas (Israel), apoiadas por países europeus, para proibir o petróleo iraniano, nós estamos prontos a impor um banimento a exportações de petróleo para alguns países europeus", disse o deputado Mohamed Javad Karimi-Qoddusi, segundo a emissora.
Parlamento do Irã proibirá venda de petróleo a países da UE
07 de fevereiro de 2012 • 08h08
O Parlamento do Irã anunciou nesta terça-feira que está pronto para impor a proibição de exportação de petróleo a alguns países europeus, informou a emissora iraniana Press TV, que transmite em inglês.
"Em retaliação às medidas sionistas (Israel), apoiadas por países europeus, para proibir o petróleo iraniano, nós estamos prontos a impor um banimento a exportações de petróleo para alguns países europeus", disse o deputado Mohamed Javad Karimi-Qoddusi, segundo a emissora.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: EUA x Irã
http://muftah.org/?p=2961
trad. google
Q: As tensões entre o Irã e os Estados Unidos dispararam nas últimas semanas vários. Muitos em culpar os EUA esta em busca do Irã de uma arma nuclear. Você acredita que o Irã está perto de construir uma arma nuclear ou que o propósito do programa nuclear do Irã é atingir uma capacidade de armas nucleares?
Bijan Khajehpour (BK): Para responder a esta pergunta, precisamos analisar duas questões. Primeiro, como as principais decisões estratégicas são feitas no Irão e, segundo, como essas decisões são racionais.
Penso que a política nuclear no Irã, como todas as outras opções estratégicas, é o resultado de um processo de tomada de decisão em curso envolvendo várias partes interessadas. O processo é dinâmico eo equilíbrio de poder pode mudar como resultado de eventos, eleições, mudanças de políticas, etc A experiência do passado, especialmente durante a guerra Irã-Iraque, sabemos que há uma forte oposição de Armas de Destruição em Massa (ADM) no Irã, que foi testado quando Saddam atacou o Irã com armas químicas. Esse eleitorado (principalmente alto clero) foi forte o suficiente para impedir o Irã de usar armas químicas para responder aos ataques iraquianos. No entanto, também é concebível que alguns actores políticos e militares optaria por uma capacidade nuclear. O resultado dessas deliberações em curso depende do equilíbrio de poder em Teerã. Se mais linha-dura forças ganhar a mão superior, então haverá um empurrão em direção a uma capacidade nuclear, enquanto as forças mais tradicionais e moderada iria incidir sobre o uso pacífico da tecnologia nuclear. Por estas razões, a justificativa por trás do programa nuclear do Irã mudou ao longo das últimas décadas. O saldo atual depende de processos internos e externos, mas uma coisa é clara: Colocar o Irã sob pressão externa e ameaçar o Irã só irá capacitar elementos a mais linha-dura e criar um equilíbrio de poder que não será tão comprometer como corrente política do país.
Com relação ao racionalismo em iraniana de tomada de decisão, acredito que o regime iraniano é racional, embora às vezes errático. É claro para os estrategistas iranianos que as armas nucleares não irá melhorar a situação do Irã segurança nacional internacional ou regional. Eles, no entanto, ver um valor no progresso tecnológico. Como nos últimos oito anos têm demonstrado, tentando mudar o cálculo no Irã através da pressão externa só vai sair pela culatra. Eu sempre argumentou que o Irã age racionalmente, mas prefere reagir ao invés de tomar iniciativas. Uma reação iraniana à pressão externa não será uma das acomodações e do compromisso.
Então, de volta à sua pergunta original: Estará o Irão a empurrar para uma capacidade de armas nucleares? Minha resposta é que continuou sanções externas e pressão vai levar o Irã nesse sentido se a maioria dos iranianos actores políticos queiram ou não.
Q: Na sua opinião, quais são as semelhanças e / ou diferença entre o barulho atual sabre EUA para o Irão e os eventos que ocorreram na preparação para a guerra do Iraque em 2003?
BK: A principal semelhança é que ambos os processos foram motivados pelo belicistas neo-conservadores e militaristas dos Estados Unidos, que usaram a mídia para manipular a opinião pública, bem como alguns atores políticos. No entanto, existem três principais diferenças que venha a influenciar o resultado do atual impasse entre o Irã e os Estados Unidos, e garantir que os erros do Iraque não se repitam. Estes são:
a) o Iraque de Saddam era muito isolada. Era fácil mobilizar uma coligação do Disposto contra o país em 2002/2003. Apesar da pressão de sanções, o Irã não é um país isolado e está usando a diplomacia para contra-argumentos sobre seu programa nuclear, incluindo a recente visita de delegação da AIEA ao Irã para discutir as questões pendentes;
b) Em segundo lugar, as guerras no Afeganistão e no Iraque moldaram uma opinião muito diferente do público no Ocidente, em comparação ao que existia antes essas guerras. Esta fadiga guerra deve ter um impacto sobre Western tomada de decisão de atacar o Irã, e
c) Em terceiro lugar, as saídas mais inteligentes de mídia estão fazendo as perguntas certas e se recusam a ser empurrada para uma outra guerra que é movida por interesses duvidosos;
Neste contexto, devemos também lembrar que a região mudou drasticamente nos últimos anos. As incertezas no Oriente Médio e Norte da África região pode complicar tanto as considerações estratégicas de todos os jogadores-chave, mas eles também podem facilitar o esforço de guerra, como alguns podem ver outra guerra de grandes proporções, como forma de impor a hegemonia americana em meio a mudanças regionais e incertezas.
cont.
trad. google
Q: As tensões entre o Irã e os Estados Unidos dispararam nas últimas semanas vários. Muitos em culpar os EUA esta em busca do Irã de uma arma nuclear. Você acredita que o Irã está perto de construir uma arma nuclear ou que o propósito do programa nuclear do Irã é atingir uma capacidade de armas nucleares?
Bijan Khajehpour (BK): Para responder a esta pergunta, precisamos analisar duas questões. Primeiro, como as principais decisões estratégicas são feitas no Irão e, segundo, como essas decisões são racionais.
Penso que a política nuclear no Irã, como todas as outras opções estratégicas, é o resultado de um processo de tomada de decisão em curso envolvendo várias partes interessadas. O processo é dinâmico eo equilíbrio de poder pode mudar como resultado de eventos, eleições, mudanças de políticas, etc A experiência do passado, especialmente durante a guerra Irã-Iraque, sabemos que há uma forte oposição de Armas de Destruição em Massa (ADM) no Irã, que foi testado quando Saddam atacou o Irã com armas químicas. Esse eleitorado (principalmente alto clero) foi forte o suficiente para impedir o Irã de usar armas químicas para responder aos ataques iraquianos. No entanto, também é concebível que alguns actores políticos e militares optaria por uma capacidade nuclear. O resultado dessas deliberações em curso depende do equilíbrio de poder em Teerã. Se mais linha-dura forças ganhar a mão superior, então haverá um empurrão em direção a uma capacidade nuclear, enquanto as forças mais tradicionais e moderada iria incidir sobre o uso pacífico da tecnologia nuclear. Por estas razões, a justificativa por trás do programa nuclear do Irã mudou ao longo das últimas décadas. O saldo atual depende de processos internos e externos, mas uma coisa é clara: Colocar o Irã sob pressão externa e ameaçar o Irã só irá capacitar elementos a mais linha-dura e criar um equilíbrio de poder que não será tão comprometer como corrente política do país.
Com relação ao racionalismo em iraniana de tomada de decisão, acredito que o regime iraniano é racional, embora às vezes errático. É claro para os estrategistas iranianos que as armas nucleares não irá melhorar a situação do Irã segurança nacional internacional ou regional. Eles, no entanto, ver um valor no progresso tecnológico. Como nos últimos oito anos têm demonstrado, tentando mudar o cálculo no Irã através da pressão externa só vai sair pela culatra. Eu sempre argumentou que o Irã age racionalmente, mas prefere reagir ao invés de tomar iniciativas. Uma reação iraniana à pressão externa não será uma das acomodações e do compromisso.
Então, de volta à sua pergunta original: Estará o Irão a empurrar para uma capacidade de armas nucleares? Minha resposta é que continuou sanções externas e pressão vai levar o Irã nesse sentido se a maioria dos iranianos actores políticos queiram ou não.
Q: Na sua opinião, quais são as semelhanças e / ou diferença entre o barulho atual sabre EUA para o Irão e os eventos que ocorreram na preparação para a guerra do Iraque em 2003?
BK: A principal semelhança é que ambos os processos foram motivados pelo belicistas neo-conservadores e militaristas dos Estados Unidos, que usaram a mídia para manipular a opinião pública, bem como alguns atores políticos. No entanto, existem três principais diferenças que venha a influenciar o resultado do atual impasse entre o Irã e os Estados Unidos, e garantir que os erros do Iraque não se repitam. Estes são:
a) o Iraque de Saddam era muito isolada. Era fácil mobilizar uma coligação do Disposto contra o país em 2002/2003. Apesar da pressão de sanções, o Irã não é um país isolado e está usando a diplomacia para contra-argumentos sobre seu programa nuclear, incluindo a recente visita de delegação da AIEA ao Irã para discutir as questões pendentes;
b) Em segundo lugar, as guerras no Afeganistão e no Iraque moldaram uma opinião muito diferente do público no Ocidente, em comparação ao que existia antes essas guerras. Esta fadiga guerra deve ter um impacto sobre Western tomada de decisão de atacar o Irã, e
c) Em terceiro lugar, as saídas mais inteligentes de mídia estão fazendo as perguntas certas e se recusam a ser empurrada para uma outra guerra que é movida por interesses duvidosos;
Neste contexto, devemos também lembrar que a região mudou drasticamente nos últimos anos. As incertezas no Oriente Médio e Norte da África região pode complicar tanto as considerações estratégicas de todos os jogadores-chave, mas eles também podem facilitar o esforço de guerra, como alguns podem ver outra guerra de grandes proporções, como forma de impor a hegemonia americana em meio a mudanças regionais e incertezas.
cont.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: EUA x Irã
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EUA: exercícios militares simulam ação contra o Irã
07 de fevereiro de 2012 • 09h43 • atualizado às 09h56
Unidade anfíbia atinge praia durante exercícios conjuntos dos EUA e da Otan em Camp Lejeune, na Carolina do Norte. Foto: AP
Unidade anfíbia atinge praia durante exercícios conjuntos dos EUA e da Otan em Camp Lejeune, na Carolina do Norte
Foto: AP
Comentar 92
Um desembarque, um assalto aéreo, 25 navios de guerra: os Estados Unidos e outros oito países da Otan realizam no litoral leste americano um grande exercício anfíbio, denominado Bold Alligator e destinado a contra-atacar uma ameaça que recorda a do Irã.
Estas manobras, pela primeira vez abertas pelos americanos a outros países, constituem o exercício anfíbio mais importante dos últimos dez anos, segundo o almirante John Harvey, encarregado da gestão da frota americana.
Cerca de 20 mil americanos, entre eles uma brigada de marines, 650 soldados franceses, tropas da marinha canadense, holandesa e britânica, assim como oficiais de ligação italianos, espanhois, neozelandeses e australianos, tomam parte do exercício, que começou em 30 de janeiro frente ao litoral da Virgínia e Carolina do Norte e finalizarão em meados de fevereiro.
O chamado "Dia J" ocorreu na manhã de segunda-feira, com os marines americanos desembarcando na praia da base de Camp Lejeune, na Carolina do Norte.
Oficialmente, o exercício tem como objetivo "revitalizar, refinar e reforçar as habilidades anfíbias americanas" depois de dez anos de guerra nas areias do Iraque e nas montanhas do Afeganistão, segundo os organizadores. Indagado, o almirante Harvey reconheceu que este cenário seria aplicável a uma eventual crise no Estreito de Ormuz.
As tensões com o Irã e a ameaça de uma intervenção israelense contra seu polêmico programa nuclear aumentaram desde o início do ano e Teerã tem ameaçado com um eventual bloqueio do Estreito de Ormuz, passagem estratégica para o transporte mundial de petróleo.
EUA: exercícios militares simulam ação contra o Irã
07 de fevereiro de 2012 • 09h43 • atualizado às 09h56
Unidade anfíbia atinge praia durante exercícios conjuntos dos EUA e da Otan em Camp Lejeune, na Carolina do Norte. Foto: AP
Unidade anfíbia atinge praia durante exercícios conjuntos dos EUA e da Otan em Camp Lejeune, na Carolina do Norte
Foto: AP
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Um desembarque, um assalto aéreo, 25 navios de guerra: os Estados Unidos e outros oito países da Otan realizam no litoral leste americano um grande exercício anfíbio, denominado Bold Alligator e destinado a contra-atacar uma ameaça que recorda a do Irã.
Estas manobras, pela primeira vez abertas pelos americanos a outros países, constituem o exercício anfíbio mais importante dos últimos dez anos, segundo o almirante John Harvey, encarregado da gestão da frota americana.
Cerca de 20 mil americanos, entre eles uma brigada de marines, 650 soldados franceses, tropas da marinha canadense, holandesa e britânica, assim como oficiais de ligação italianos, espanhois, neozelandeses e australianos, tomam parte do exercício, que começou em 30 de janeiro frente ao litoral da Virgínia e Carolina do Norte e finalizarão em meados de fevereiro.
O chamado "Dia J" ocorreu na manhã de segunda-feira, com os marines americanos desembarcando na praia da base de Camp Lejeune, na Carolina do Norte.
Oficialmente, o exercício tem como objetivo "revitalizar, refinar e reforçar as habilidades anfíbias americanas" depois de dez anos de guerra nas areias do Iraque e nas montanhas do Afeganistão, segundo os organizadores. Indagado, o almirante Harvey reconheceu que este cenário seria aplicável a uma eventual crise no Estreito de Ormuz.
As tensões com o Irã e a ameaça de uma intervenção israelense contra seu polêmico programa nuclear aumentaram desde o início do ano e Teerã tem ameaçado com um eventual bloqueio do Estreito de Ormuz, passagem estratégica para o transporte mundial de petróleo.
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Re: EUA x Irã
Sanções americanas são parte de 'guerra psicológica', diz Irã.
O Ministério de Relações Exteriores iraniano qualificou as últimas sanções dos Estados Unidos como parte de uma "guerra psicológica", em comunicado divulgado nesta terça-feira. Na segunda (6), os americanos aprovaram novas restrições contra contas e recursos bancários de iranianos no país.
O porta-voz da pasta, Ramin Mehmanparast, afirmou que o Banco Central Iraniano não possui transações financeiras nos Estados Unidos e não será afetado pelas medidas. Ele qualificou as penalidades como "propaganda".
"Quando (os Estados Unidos) impõem sanções ao nosso banco central mesmo não tendo transações, mostra que eles acham que são capazes de pôr pressão no nosso povo, criando descontentamento e preocupação".
As novas sanções assinadas pelos americanos impedem as transações de bancos iranianos com instituições financeiras do país, reforçando uma medida assinada pelo presidente Barack Obama em dezembro.
PROIBIÇÃO
Em resposta às sanções impostas pela União Europeia no dia 23, o Parlamento do Irã anunciou nesta terça que está pronto para impor a proibição de exportação de petróleo a alguns países do continente, informou a emissora iraniana Press TV.
"Em retaliação às medidas sionistas ( de Israel), apoiadas por países europeus, para proibir o petróleo iraniano, nós estamos prontos a impor um banimento a exportações de petróleo para alguns países europeus", disse o deputado Mohamed Javad Karimi-Qoddusi, segundo o canal.
O deputado não relatou quais países europeus estariam incluídos na medida.
MISSÃO
O principal motivo para as sanções americanas e europeias ao Irã é o programa nuclear do país, que revelou em janeiro ter alcançado um nível de 20% no enriquecimento de urânio. De acordo com países ocidentais, isso seria um sinal de que o país persa pretende fazer armas atômicas, o que Teerã nega.
Após uma visita na semana passada para inspecionar as atividades nucleares no Irã, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que antecipará em um dia a sua próxima visita ao país.
A missão dos especialistas do órgão vinculado à ONU (Organização das Nações Unidas) começará em 20 de fevereiro, em vez do comentado dia 21. A agência afirma que foi um erro em relação ao comunicado anterior, de 1o de fevereiro.
Na última viagem, representantes da entidade se reuniram com funcionários do governo iraniano para expor as preocupações pelas possíveis dimensões militares do programa nuclear do país.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1045 ... -ira.shtml
O Ministério de Relações Exteriores iraniano qualificou as últimas sanções dos Estados Unidos como parte de uma "guerra psicológica", em comunicado divulgado nesta terça-feira. Na segunda (6), os americanos aprovaram novas restrições contra contas e recursos bancários de iranianos no país.
O porta-voz da pasta, Ramin Mehmanparast, afirmou que o Banco Central Iraniano não possui transações financeiras nos Estados Unidos e não será afetado pelas medidas. Ele qualificou as penalidades como "propaganda".
"Quando (os Estados Unidos) impõem sanções ao nosso banco central mesmo não tendo transações, mostra que eles acham que são capazes de pôr pressão no nosso povo, criando descontentamento e preocupação".
As novas sanções assinadas pelos americanos impedem as transações de bancos iranianos com instituições financeiras do país, reforçando uma medida assinada pelo presidente Barack Obama em dezembro.
PROIBIÇÃO
Em resposta às sanções impostas pela União Europeia no dia 23, o Parlamento do Irã anunciou nesta terça que está pronto para impor a proibição de exportação de petróleo a alguns países do continente, informou a emissora iraniana Press TV.
"Em retaliação às medidas sionistas ( de Israel), apoiadas por países europeus, para proibir o petróleo iraniano, nós estamos prontos a impor um banimento a exportações de petróleo para alguns países europeus", disse o deputado Mohamed Javad Karimi-Qoddusi, segundo o canal.
O deputado não relatou quais países europeus estariam incluídos na medida.
MISSÃO
O principal motivo para as sanções americanas e europeias ao Irã é o programa nuclear do país, que revelou em janeiro ter alcançado um nível de 20% no enriquecimento de urânio. De acordo com países ocidentais, isso seria um sinal de que o país persa pretende fazer armas atômicas, o que Teerã nega.
Após uma visita na semana passada para inspecionar as atividades nucleares no Irã, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que antecipará em um dia a sua próxima visita ao país.
A missão dos especialistas do órgão vinculado à ONU (Organização das Nações Unidas) começará em 20 de fevereiro, em vez do comentado dia 21. A agência afirma que foi um erro em relação ao comunicado anterior, de 1o de fevereiro.
Na última viagem, representantes da entidade se reuniram com funcionários do governo iraniano para expor as preocupações pelas possíveis dimensões militares do programa nuclear do país.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1045 ... -ira.shtml
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Re: EUA x Irã
Sanção ao Irã demanda maior controle do preço do petróleo
6/02/2012
Colin Smith, economista
Opep e outros organismos internacionais terão que controlar oferta do produto em caso de embargo ao petróleo iraniano.
O consentimento da União Europeia para o embargo ao petróleo iraniano, entre outras medidas, marca mais um passo na esteira de sanções que pretendem pressionar o país por causa de seu programa nuclear. Os Estados Unidos estão engajados em uma missão diplomática global com objetivo de convencer outras nações a restringir suas relações com o Irã. Prova disso é a imposição de sanções norte-americanas sobre as instituições financeiras estrangeiras que financiam o comércio de petróleo do Irã e que poderiam se ver cortadas do sistema financeiro do dólar.
Tais medidas são potencialmente prejudiciais para o Irã, que, além de enfrentar tumultos políticos internos, já apresentava economia sob pressão. Nesse contexto, não é surpresa alguma que o país venha fazendo ameaças militares ao livre trânsito pelo Estreito de Ormuz. Essa atitude, por sua vez, vem provocando o aumento do preço do petróleo.
A pergunta é: será que essas crescentes sanções vão elevar ainda mais o preço do petróleo?
Na verdade, não há uma resposta certa para essa pergunta, porque, apesar da agitação, os mercados apresentam, pela primeira vez em dois anos, um substancial excedente de petróleo. Além disso, os riscos relacionados à procura são mais prováveis num cenário negativo e, se a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não tomar rédea do volume de produção, espera-se que os preços do petróleo enfraqueçam e possam ser facilmente negociados abaixo de US$100 o barril.
Alternativa para o fornecimento de petróleo iraniano
Todos os principais analistas externos (Departamento de Energia dos Estados Unidos, Agência Internacional de Energia e Opep) fixaram uma cota total de 30 milhões de barris diários (mbd) para a produção conjunta dos 12 membros da Opep. A atual produção da organização está na ordem de pouco menos de 31 mbd. Se essa produção for mantida ao longo de 2012, esse excedente de 1 mbd iria aumentar os níveis de estoque e poderia provocar uma cobertura (estoque/consumo) de mais de 61 dias até o fim do ano. Esse índice é maior do que na primeira metade de 2009, quando a média do preço era de apenas US$60 por barril e a Opep estava severamente cortando a produção. Com as previsões globais de PIB sendo reduzidas e os índices de demanda de petróleo bastante fracos para os EUA até o momento neste ano, a demanda poderia facilmente seguir a tendência de 2011, em vez de aumentar 1mbd, como é atualmente esperado em termos de produção. Isso iria certamente piorar ainda mais a situação do excedente.
Não foi à toa que a Opep estabeleceu sua cota de 30 mbd em dezembro. Essa foi uma excelente tentativa de atingir o número necessário para equilibrar o mercado. Entretanto, uma vez que a Opep não alocou as metas de produção individual, a organização depende de medidas voluntárias para coibir a produção. Acreditamos que a maioria dos membros da Opep esperam que a Arábia Saudita assuma esse volume de ajuste de redução, já que sua oferta aumentou 1 mbd ao longo do verão em resposta à perda dos volumes libaneses. No entanto, o país ainda não demonstrou sinais de que irá cumprir esse papel. Os sauditas estão, na realidade, sofrendo pressão do Ocidente e de seus clientes asiáticos para fornecer fontes alternativas ao petróleo iraniano, e estão sendo pressionados pelo próprio Irã para não tomar os seus mercados.
A Opep precisa claramente cortar a produção se quiser manter o preço acima de US$100/barril. Existem três caminhos óbvios pelos quais a organização poderia fazê-lo: primeiramente, pela escalação dos membros da Opep; em segundo lugar, pela interrupção na produção dos membros, exceto o Irã; e por último pela supressão do petróleo iraniano do mercado.
Na verdade, acreditamos que a capacidade da produção líquida da Opep irá crescer de 0,5 a 1 mbd, principalmente à medida que a Líbia retornar ao mercado e a capacidade de exportação do Iraque aumentar, aumentando a capacidade de produção ou excedente. Existe a possibilidade de a Primavera Árabe atingir outros membros da Opep, mas isso não parece particularmente provável hoje, exceto, talvez, no Irã.
Interromper o tráfego comercial
Existe a possibilidade de o Irã cumprir sua ameaça de fechar o Estreito de Ormuz. Cerca de 17mmbd de líquidos, incluindo LNGs (líquidos de gás natural) e outros produtos, tanto refinados como brutos, além de 170 mil toneladas de gás natural líquido que transitam pelo referido estreito diariamente não poderiam ser transportados. Se o caminho for bloqueado, haveria possibilidade de rapidamente encontrar outras rotas, isto é, dutos alternativos, mas para transportar apenas 3-4 mbd de líquidos e nenhum dos gases – o que significa que a paralisação de fornecimento global de energia é simplesmente grande demais para ser permitida, assim como evidenciado no comunicado norte-americano ao regime do Irã, o qual sugere que tentar interferir no tráfego marítimo no estreito seria cruzar a “linha vermelha”.
Uma ação dessas causaria também problemas sérios para o Estados que são relativamente solidários ao Irã, especialmente a China. E o Irã já possui um histórico com os EUA no Estreito de Ormuz. A operação Mantis Praying, no fim da guerra do Tanker (1984-88), representou uma dura derrota naval para o Irã que, acredita-se, acelerou o fim da guerra Irã-Iraque. Portanto, mesmo se as sanções promoverem danos substanciais às receitas de exportação do Irã, o país não irá fazer grande esforço para interromper o fluxo de transporte na região, e, é claro todas as suas próprias exportações, por uma questão da racionalidade.
Também existe a dúvida sobre a eficácia real de tais sanções. As medidas tomadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia em relação ao petróleo iraniano não devem surtir efeito antes de julho. O governo de Obama tem bom grau de entendimento sobre quão firmes serão as aplicações de seus poderes de sanção. Antes de usar esse artifício, é preciso ter a noção de que o preço e a quantidade de alternativas ao petróleo do Irã são suficientes para permitir que os consumidores de petróleo iraniano reduzam significativamente as importações provenientes deste país. Considerando seus outros interesses diplomáticos, suspeitamos que os EUA vão agir com cuidado antes de aplicar sanções severas demais para o gosto de países como China, Japão, Índia, Coreia do Sul e Turquia.
As sanções ou diálogo?
O histórico das sanções de petróleo também tende a sugerir que onde existe vontade há um meio. Isso significa que o Irá pode muito bem ser capaz de manter uma grande porção, provavelmente até mesmo a maioria de seu atual volume de exportações, intacto, embora a um considerável custo comercial.
Há ainda indícios de que o Irã está considerando a ideia de recomeçar as negociações sobre seu programa nuclear.
As sanções poderiam também atingir as importações de produtos no Irã, particularmente gasolina, mas esses vem sendo praticamente eliminados (em dados oficiais), já que, além da demanda ter caído após a redução de subsídios, o Irã reconfigurou sua indústria petroquímica para fabricar gasolina de baixo índice de octanagem.
Quanto menos eficazes forem as sanções, menor a probabilidade de o Irã tomar uma atitude precipitada em relação ao estreito.
Atualmente parecemos estar percorrendo um caminho de oferta/demanda/estoque que irá levar a uma considerável correção para baixo do preço do petróleo, mas o risco de uma significativa interrupção de oferta está mantendo o preço elevado. O histórico desse suspense em relação a uma potencial ação contra o programa nuclear do Irã sugere que a turbulência por si só não se mostra viável para sustentar o preço. A produção precisa cair voluntária ou involuntariamente a partir dos níveis atuais, se a Opep quiser manter o preço acima de US$100/barril. Quando mais durar o excedente, mais a Opep terá que trabalhar para recuperar o preço caso ele despenque.
Em relação à Rússia, dado a sua alta exposição às receitas de petróleo e gás, o valor do petróleo tem um impacto real sobre a economia interna do país. Por outro lado, preços elevados de petróleo claramente beneficiam a situação econômica da Rússia, embora, a longo prazo, os preços altos possam prejudicar o desenvolvimento amplo da economia – a clássica maldição dos recursos. Do ponto de vista da atual perspectiva econômica e das finanças governamentais, a previsão para 2012 de US$100/barril realizada pela VTB Capital poderia contribuir para o crescimento real do PIB de 3,5% para Rússia, mas estaria também gerando um déficit fiscal de aproximadamente 1,5% do PIB.
Os elevados preços do petróleo podem mascarar a necessidade de reformas estruturais na economia, mas o governo russo está agora convencido de que a economia atingiu suas limitações estruturais, e não irá registrar mais crescimento algum, apesar do alto preço do petróleo. Nessa situação, maiores receitas de petróleo irão simplesmente resultar em níveis mais altos de importação e inflação. Os preços mais baixos serão claramente um catalisador para reformas mais rápidas, mas, mesmo a preços mais altos, a tendência é que tais reformas sejam realizadas.
Colin Smith – Diretor de Pesquisa Energética da VTB Capital
http://gazetarussa.com.br/articles/2012 ... 14166.html
6/02/2012
Colin Smith, economista
Opep e outros organismos internacionais terão que controlar oferta do produto em caso de embargo ao petróleo iraniano.
O consentimento da União Europeia para o embargo ao petróleo iraniano, entre outras medidas, marca mais um passo na esteira de sanções que pretendem pressionar o país por causa de seu programa nuclear. Os Estados Unidos estão engajados em uma missão diplomática global com objetivo de convencer outras nações a restringir suas relações com o Irã. Prova disso é a imposição de sanções norte-americanas sobre as instituições financeiras estrangeiras que financiam o comércio de petróleo do Irã e que poderiam se ver cortadas do sistema financeiro do dólar.
Tais medidas são potencialmente prejudiciais para o Irã, que, além de enfrentar tumultos políticos internos, já apresentava economia sob pressão. Nesse contexto, não é surpresa alguma que o país venha fazendo ameaças militares ao livre trânsito pelo Estreito de Ormuz. Essa atitude, por sua vez, vem provocando o aumento do preço do petróleo.
A pergunta é: será que essas crescentes sanções vão elevar ainda mais o preço do petróleo?
Na verdade, não há uma resposta certa para essa pergunta, porque, apesar da agitação, os mercados apresentam, pela primeira vez em dois anos, um substancial excedente de petróleo. Além disso, os riscos relacionados à procura são mais prováveis num cenário negativo e, se a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não tomar rédea do volume de produção, espera-se que os preços do petróleo enfraqueçam e possam ser facilmente negociados abaixo de US$100 o barril.
Alternativa para o fornecimento de petróleo iraniano
Todos os principais analistas externos (Departamento de Energia dos Estados Unidos, Agência Internacional de Energia e Opep) fixaram uma cota total de 30 milhões de barris diários (mbd) para a produção conjunta dos 12 membros da Opep. A atual produção da organização está na ordem de pouco menos de 31 mbd. Se essa produção for mantida ao longo de 2012, esse excedente de 1 mbd iria aumentar os níveis de estoque e poderia provocar uma cobertura (estoque/consumo) de mais de 61 dias até o fim do ano. Esse índice é maior do que na primeira metade de 2009, quando a média do preço era de apenas US$60 por barril e a Opep estava severamente cortando a produção. Com as previsões globais de PIB sendo reduzidas e os índices de demanda de petróleo bastante fracos para os EUA até o momento neste ano, a demanda poderia facilmente seguir a tendência de 2011, em vez de aumentar 1mbd, como é atualmente esperado em termos de produção. Isso iria certamente piorar ainda mais a situação do excedente.
Não foi à toa que a Opep estabeleceu sua cota de 30 mbd em dezembro. Essa foi uma excelente tentativa de atingir o número necessário para equilibrar o mercado. Entretanto, uma vez que a Opep não alocou as metas de produção individual, a organização depende de medidas voluntárias para coibir a produção. Acreditamos que a maioria dos membros da Opep esperam que a Arábia Saudita assuma esse volume de ajuste de redução, já que sua oferta aumentou 1 mbd ao longo do verão em resposta à perda dos volumes libaneses. No entanto, o país ainda não demonstrou sinais de que irá cumprir esse papel. Os sauditas estão, na realidade, sofrendo pressão do Ocidente e de seus clientes asiáticos para fornecer fontes alternativas ao petróleo iraniano, e estão sendo pressionados pelo próprio Irã para não tomar os seus mercados.
A Opep precisa claramente cortar a produção se quiser manter o preço acima de US$100/barril. Existem três caminhos óbvios pelos quais a organização poderia fazê-lo: primeiramente, pela escalação dos membros da Opep; em segundo lugar, pela interrupção na produção dos membros, exceto o Irã; e por último pela supressão do petróleo iraniano do mercado.
Na verdade, acreditamos que a capacidade da produção líquida da Opep irá crescer de 0,5 a 1 mbd, principalmente à medida que a Líbia retornar ao mercado e a capacidade de exportação do Iraque aumentar, aumentando a capacidade de produção ou excedente. Existe a possibilidade de a Primavera Árabe atingir outros membros da Opep, mas isso não parece particularmente provável hoje, exceto, talvez, no Irã.
Interromper o tráfego comercial
Existe a possibilidade de o Irã cumprir sua ameaça de fechar o Estreito de Ormuz. Cerca de 17mmbd de líquidos, incluindo LNGs (líquidos de gás natural) e outros produtos, tanto refinados como brutos, além de 170 mil toneladas de gás natural líquido que transitam pelo referido estreito diariamente não poderiam ser transportados. Se o caminho for bloqueado, haveria possibilidade de rapidamente encontrar outras rotas, isto é, dutos alternativos, mas para transportar apenas 3-4 mbd de líquidos e nenhum dos gases – o que significa que a paralisação de fornecimento global de energia é simplesmente grande demais para ser permitida, assim como evidenciado no comunicado norte-americano ao regime do Irã, o qual sugere que tentar interferir no tráfego marítimo no estreito seria cruzar a “linha vermelha”.
Uma ação dessas causaria também problemas sérios para o Estados que são relativamente solidários ao Irã, especialmente a China. E o Irã já possui um histórico com os EUA no Estreito de Ormuz. A operação Mantis Praying, no fim da guerra do Tanker (1984-88), representou uma dura derrota naval para o Irã que, acredita-se, acelerou o fim da guerra Irã-Iraque. Portanto, mesmo se as sanções promoverem danos substanciais às receitas de exportação do Irã, o país não irá fazer grande esforço para interromper o fluxo de transporte na região, e, é claro todas as suas próprias exportações, por uma questão da racionalidade.
Também existe a dúvida sobre a eficácia real de tais sanções. As medidas tomadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia em relação ao petróleo iraniano não devem surtir efeito antes de julho. O governo de Obama tem bom grau de entendimento sobre quão firmes serão as aplicações de seus poderes de sanção. Antes de usar esse artifício, é preciso ter a noção de que o preço e a quantidade de alternativas ao petróleo do Irã são suficientes para permitir que os consumidores de petróleo iraniano reduzam significativamente as importações provenientes deste país. Considerando seus outros interesses diplomáticos, suspeitamos que os EUA vão agir com cuidado antes de aplicar sanções severas demais para o gosto de países como China, Japão, Índia, Coreia do Sul e Turquia.
As sanções ou diálogo?
O histórico das sanções de petróleo também tende a sugerir que onde existe vontade há um meio. Isso significa que o Irá pode muito bem ser capaz de manter uma grande porção, provavelmente até mesmo a maioria de seu atual volume de exportações, intacto, embora a um considerável custo comercial.
Há ainda indícios de que o Irã está considerando a ideia de recomeçar as negociações sobre seu programa nuclear.
As sanções poderiam também atingir as importações de produtos no Irã, particularmente gasolina, mas esses vem sendo praticamente eliminados (em dados oficiais), já que, além da demanda ter caído após a redução de subsídios, o Irã reconfigurou sua indústria petroquímica para fabricar gasolina de baixo índice de octanagem.
Quanto menos eficazes forem as sanções, menor a probabilidade de o Irã tomar uma atitude precipitada em relação ao estreito.
Atualmente parecemos estar percorrendo um caminho de oferta/demanda/estoque que irá levar a uma considerável correção para baixo do preço do petróleo, mas o risco de uma significativa interrupção de oferta está mantendo o preço elevado. O histórico desse suspense em relação a uma potencial ação contra o programa nuclear do Irã sugere que a turbulência por si só não se mostra viável para sustentar o preço. A produção precisa cair voluntária ou involuntariamente a partir dos níveis atuais, se a Opep quiser manter o preço acima de US$100/barril. Quando mais durar o excedente, mais a Opep terá que trabalhar para recuperar o preço caso ele despenque.
Em relação à Rússia, dado a sua alta exposição às receitas de petróleo e gás, o valor do petróleo tem um impacto real sobre a economia interna do país. Por outro lado, preços elevados de petróleo claramente beneficiam a situação econômica da Rússia, embora, a longo prazo, os preços altos possam prejudicar o desenvolvimento amplo da economia – a clássica maldição dos recursos. Do ponto de vista da atual perspectiva econômica e das finanças governamentais, a previsão para 2012 de US$100/barril realizada pela VTB Capital poderia contribuir para o crescimento real do PIB de 3,5% para Rússia, mas estaria também gerando um déficit fiscal de aproximadamente 1,5% do PIB.
Os elevados preços do petróleo podem mascarar a necessidade de reformas estruturais na economia, mas o governo russo está agora convencido de que a economia atingiu suas limitações estruturais, e não irá registrar mais crescimento algum, apesar do alto preço do petróleo. Nessa situação, maiores receitas de petróleo irão simplesmente resultar em níveis mais altos de importação e inflação. Os preços mais baixos serão claramente um catalisador para reformas mais rápidas, mas, mesmo a preços mais altos, a tendência é que tais reformas sejam realizadas.
Colin Smith – Diretor de Pesquisa Energética da VTB Capital
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Re: EUA x Irã
UE quer que Índia convença Irã a desistir de atividade nuclear.
A União Europeia pedirá ajuda à Índia para convencer o Irã a abandonar atividades de seu programa nuclear e retornar para a mesa de negociações, afirmou o presidente da UE, Herman Van Rompuy, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal indiano "The Times of India".
"Eu planejo pedir a líderes indianos que apliquem sua considerável influência e ajudem a convencer a liderança iraniana a desistir de seu delicado programa nuclear e retornar à mesa de negociações", disse Van Rompuy ao jornal.
Os Estados Unidos e a União Europeia aumentaram as sanções contra o Irã neste ano, esperando sufocar sua receita proveniente do petróleo e persuadí-lo a abandonar o que eles suspeitam ser um programa de armamento nuclear.
O governo iraniano afirma que seu programa nuclear é para fins pacíficos.
PETRÓLEO
A Índia importa 12 por cento de todo o seu petróleo da Republica Islâmica e pode ser gravemente afetada pelas recentes sanções. Os EUA e seus aliados na Europa estão pressionando as autoridades indianas para procurarem fontes alternativas de petróleo.
O governo da Índia, até agora, tem desafiado a pressão crescente dos EUA e UE e está procurando meios alternativos para pagar pelo óleo iraniano sem violar as sanções.
O país irá enviar este mês uma delegação a Teerã para efetuar em rúpias os pagamentos pela importação. O Irã aceitou receber 45% da conta anual de US$ 11 bilhões da Índia em rúpias, fontes disseram à Reuters no início deste mês.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1046 ... lear.shtml
A União Europeia pedirá ajuda à Índia para convencer o Irã a abandonar atividades de seu programa nuclear e retornar para a mesa de negociações, afirmou o presidente da UE, Herman Van Rompuy, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal indiano "The Times of India".
"Eu planejo pedir a líderes indianos que apliquem sua considerável influência e ajudem a convencer a liderança iraniana a desistir de seu delicado programa nuclear e retornar à mesa de negociações", disse Van Rompuy ao jornal.
Os Estados Unidos e a União Europeia aumentaram as sanções contra o Irã neste ano, esperando sufocar sua receita proveniente do petróleo e persuadí-lo a abandonar o que eles suspeitam ser um programa de armamento nuclear.
O governo iraniano afirma que seu programa nuclear é para fins pacíficos.
PETRÓLEO
A Índia importa 12 por cento de todo o seu petróleo da Republica Islâmica e pode ser gravemente afetada pelas recentes sanções. Os EUA e seus aliados na Europa estão pressionando as autoridades indianas para procurarem fontes alternativas de petróleo.
O governo da Índia, até agora, tem desafiado a pressão crescente dos EUA e UE e está procurando meios alternativos para pagar pelo óleo iraniano sem violar as sanções.
O país irá enviar este mês uma delegação a Teerã para efetuar em rúpias os pagamentos pela importação. O Irã aceitou receber 45% da conta anual de US$ 11 bilhões da Índia em rúpias, fontes disseram à Reuters no início deste mês.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1046 ... lear.shtml
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Re: EUA x Irã
O preço: Socotra
Em preparação para a suposta guerra com o Irã, os EUA vão ampliando a presença militar no Golfo Pérsico. E inclusive em duas ilhas estratégicas – em Masirah (Omã) e Socotra que pertence ao Iêmen. Em Socotra foi possível graças à transação pessoal do ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh com Washington – detalhe interessante que é citado pelo respeitado portal analítico-militar israelense Debka.
O Iêmen foi um dos primeiros países a ser arrastado pelo turbilhão da revolução árabe. O portal Debka diz que Washington por longo tempo se recusou receber o ex-presidente e mudou de posição quando Saleh concordou em aumentar o contingente dos EUA em Socotra. Segundo o diretor do Centro de Pesquisas de Políticas Públicas Vladimir Yevseyev, a negociação de Saleh com Washington poderia ocorrer num contexto mais amplo. Trata-se da escolha de um sucessor de pleno acordo com os norte-americanos:
– Os EUA tentaram pressionar ainda mais o ex-presidente do Iêmen, razão pela qual lhe negaram a entrada. Quando as suas exigências foram atendidas, a permissão foi concedida. O ex-presidente do Iêmen aceitou os termos da transação, ou seja, transferir o poder para seu vice, o que corresponde não somente aos interesses dos EUA, mas também os interesses de seu parceiro próximo – a Arábia Saudita.
A partida do ex-presidente vai ajudar a estabilizar a situação no Iêmen, onde vive uma grande diáspora xiita submetida à influência iraniana. Os americanos estarão contentes com a tranqüilidade no Iêmen se eles instalarem ali uma base militar. Em Washington explicam a necessidade dessa base admitindo existir o risco de que o confronto com Teerã possa passar para a fase armada, continua Vladimir Yevseyev:
– A partir deste ponto de vista a presença da base é extremamente útil, porque os países vizinhos do Irã – Iraque, Turquia, Turquemenistão, Afeganistão - ou se recusam a conceder seu território aos americanos ou são altamente instáveis.
Os engenheiros militares norte-americanos desembarcaram em Socotra em 2010. Em secreto passaram a erguer ali uma grande base aérea, porto para submarinos, centros de comando e de inteligência, e áreas de lançamento para os veículos aéreos não tripulados. E quando o Pentágono precisou aumentar o número de tropas em Socotra, precisava de um novo acordo – e, em seguida veio a negociação com Saleh. No entanto, a chegada das tropas na ilha e na região não significa que a guerra está próxima, diz o especialista do Instituto de Economia mundial e Relações Internacionais junto à Academia de Ciências da Rússia, Georgui Mirsky:
– Não é esperada nenhuma operação militar dos EUA contra o Irã, pelo menos no ano eleitoral. Porém o Irã vem afirmando nos últimos anos que poderia bloquear o Estreito de Ormuz. Eu não acho que ele faria isso. No entanto, os americanos deveriam responder de alguma forma. E ai eles enviam mais tropas para a região.
De acordo com Debka, até meados de Fevereiro o número de forças dos EUA nas ilhas de Socotra e Masirah será de 50 mil pessoas. E em março o número de americanos na região do Golfo Pérsico chegará aos 100 mil - assim como ocorreu antes da guerra com o Iraque em 2003.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/08/65633758.html
Em preparação para a suposta guerra com o Irã, os EUA vão ampliando a presença militar no Golfo Pérsico. E inclusive em duas ilhas estratégicas – em Masirah (Omã) e Socotra que pertence ao Iêmen. Em Socotra foi possível graças à transação pessoal do ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh com Washington – detalhe interessante que é citado pelo respeitado portal analítico-militar israelense Debka.
O Iêmen foi um dos primeiros países a ser arrastado pelo turbilhão da revolução árabe. O portal Debka diz que Washington por longo tempo se recusou receber o ex-presidente e mudou de posição quando Saleh concordou em aumentar o contingente dos EUA em Socotra. Segundo o diretor do Centro de Pesquisas de Políticas Públicas Vladimir Yevseyev, a negociação de Saleh com Washington poderia ocorrer num contexto mais amplo. Trata-se da escolha de um sucessor de pleno acordo com os norte-americanos:
– Os EUA tentaram pressionar ainda mais o ex-presidente do Iêmen, razão pela qual lhe negaram a entrada. Quando as suas exigências foram atendidas, a permissão foi concedida. O ex-presidente do Iêmen aceitou os termos da transação, ou seja, transferir o poder para seu vice, o que corresponde não somente aos interesses dos EUA, mas também os interesses de seu parceiro próximo – a Arábia Saudita.
A partida do ex-presidente vai ajudar a estabilizar a situação no Iêmen, onde vive uma grande diáspora xiita submetida à influência iraniana. Os americanos estarão contentes com a tranqüilidade no Iêmen se eles instalarem ali uma base militar. Em Washington explicam a necessidade dessa base admitindo existir o risco de que o confronto com Teerã possa passar para a fase armada, continua Vladimir Yevseyev:
– A partir deste ponto de vista a presença da base é extremamente útil, porque os países vizinhos do Irã – Iraque, Turquia, Turquemenistão, Afeganistão - ou se recusam a conceder seu território aos americanos ou são altamente instáveis.
Os engenheiros militares norte-americanos desembarcaram em Socotra em 2010. Em secreto passaram a erguer ali uma grande base aérea, porto para submarinos, centros de comando e de inteligência, e áreas de lançamento para os veículos aéreos não tripulados. E quando o Pentágono precisou aumentar o número de tropas em Socotra, precisava de um novo acordo – e, em seguida veio a negociação com Saleh. No entanto, a chegada das tropas na ilha e na região não significa que a guerra está próxima, diz o especialista do Instituto de Economia mundial e Relações Internacionais junto à Academia de Ciências da Rússia, Georgui Mirsky:
– Não é esperada nenhuma operação militar dos EUA contra o Irã, pelo menos no ano eleitoral. Porém o Irã vem afirmando nos últimos anos que poderia bloquear o Estreito de Ormuz. Eu não acho que ele faria isso. No entanto, os americanos deveriam responder de alguma forma. E ai eles enviam mais tropas para a região.
De acordo com Debka, até meados de Fevereiro o número de forças dos EUA nas ilhas de Socotra e Masirah será de 50 mil pessoas. E em março o número de americanos na região do Golfo Pérsico chegará aos 100 mil - assim como ocorreu antes da guerra com o Iraque em 2003.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/08/65633758.html