Re: Missão de Paz no Haiti
Enviado: Sex Jan 15, 2010 3:41 pm
Parece que o pessoal que ajudou no desastre aqui em Angra dos Reis vai(ou foi) para lá...alguém confirma isso?
Bolovo escreveu:Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
Já estão lá desde ontem.irlan escreveu:Parece que o pessoal que ajudou no desastre aqui em Angra dos Reis vai(ou foi) para lá...alguém confirma isso?
Eu discordo um pouco na parte destacada, acho que um casamento entre agronegócio e ecoturismo não seria o mais ideial para o Haiti. Prefiro o casamento de industria tecnológica com ecoturismo. Isso porque sabemos que para a tecnologia tamanho não é documento (é só ver o Japão), mas para a agricultura por mais que se apliquem técnicas maximizando a produação em uma determinada área seria difícil competir com países como Brasil, acho que só a área palantada de cana de açúcar no Brasil deve ser dezenas de vezes maior que o Haiti. Outro contra do agronegócio é a quantidade, não se compara o preço de um saco de açúcar com o de um robô (no caso do japão por exemplo), para se ter um lucro muito grande com a agricultura tem que se produzir muito.Moccelin escreveu:Eu sinseramente imagino que se não for o Brasil, que eu duvido muito, alguém vai adotar o Haiti.
Pode ser propaganda ideológica, mas nunca antes na história do mundo se viu tamanha mobilização para prestar apoio reconstrutivo a um país. Poderiam aproveitar que essa catástrofe praticamente destruiu o país para usa-lo como laboratório para outras regiões do mundo. Aproveitar que o Haiti fica estategicamente colocado numa região relativamente acessível, do lado dos EUA, de Cuba, e com um potencial de crecimento econômico razoável.
E aí me perguntam, que potencial? Ora, pode produzir cana, que gera combustível em abundância, a atual necessidade mundial, além da açucar. Já foram os reis do açúcar, e tem tudo pra ocupar posição de destaque se forem aplicadas lá as técnicas brasileiras, que são as mais modernas do ramo. Temos ainda o turismo! Ou seja, não estamos falando de um país da áfrica que não tem absolutamente NADA como alguns exemplos de lá.
O Brasil não precisa adotar o país, mas mandando pra lá uma subsidiária da Embrapa, por exemplo, algum investimento no agronegócio, enfim... As possibilidades são mil. O ÚNICO implecilho é o povo, que apesar de não ter problemas de conflitos étnicos graves tem um povo que tem aversão ao trabalho desde a sua independência.
Mas por isso que falo que lá pode ser usado como um LABORATÓRIO social, onde se tantará gerir o povo de lá, mantendo sua identidade religiosa e social, mas ensinando-os a reconstruir seu país. Se o mundo conseguir coordenar a reconstrução de um país no estado que está o Haiti hoje o próximo passo seria tentar trabalhar com países com problemas étnicos mais graves, como os africanos.
Obviamente o entrave seria conseguir fazer isso com o foco principal na reconstrução do páis pelo seu próprio povo com ajuda internacional, e não a criação de bonequinhos fantoches sob o comando de empresas visando SOMENTE o lucro, como costuma ser feito... Porque isso a longo prazo fode com tudo, deixa a população desconfiada, e gera um terreno fértil pra governos autoritários que tocam o foda-se no país (como o Papa Doc pra ficar no próprio exemplo haitiano).
Enfim, é A oportunidade para se fazer uma experiência a longo prazo e em proporções controláveis, resta saber se essa mobilização internacional vai permanecer com a saída dessa enchurrada de imprensa de lá (daqui a uns meses).
Parabens ao SBT por ter flagrado e desmascarado esse oportunista, desalmado, sem brio, sem noção de pátria, pseudo-diplomatazinho de m......Bolovo escreveu:Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
RidiculoDELTA22 escreveu:Parabens ao SBT por ter flagrado e desmascarado esse oportunista, desalmado, sem brio, sem noção de pátria, pseudo-diplomatazinho de m......Bolovo escreveu:Como jogar toda sua reputação fora - Tomada dois - Gravando...
Paro por aqui, porque esse "ser" não merece nem ser xingado!
Estados Unidos vão enviar 10 mil soldados para o Haiti
WASHINGTON – Os Estados Unidos enviarão mais navios de guerra, helicópteros e equipamentos militares ao Haiti nos próximos dias, o que fará o total de soldados americanos no país passar de mil 1.000 para 10.000 até segunda-feira, informou o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Mike Mullen.
Já o secretário de Defesa, Robert Gates, que acompanhou Mullen em uma entrevista coletiva, negou que os militares americanos no Haiti esteja sendo vistos como integrantes de uma força de ocupação pelo país caribenho. “Não acho que eles nos vejam assim”, disse o chefe do Pentágono.
“Como estamos dando atendimento médico e distribuindo água e alimentos, acho que a reação (do povo haitiano) é de alívio, ao ver que os EUA dão eles este tipo de ajuda”, disse.
Ajuda financeira
Depois do forte terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira, houve uma grande mobilização internacional de ajuda e as doações ao país já superam US$ 500 milhões – ou mais de 50% do orçamento do país (US$ 967,5 milhões em 2008).
A ajuda de EUA, Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento equivalem a US$ 400 milhões desse total.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na quinta-feira o envio de US$ 100 milhões, afirmando que ela é uma “ajuda inicial” para apoiar os esforços de assistência humanitária no Haiti.
Também na quinta-feira, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que a instituição oferecerá US$ 100 milhões “de forma imediata” para o Haiti se recuperar do terremoto da terça-feira.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou a doação emergencial de US$ 200 mil para os trabalhos humanitários mais imediatos, mas deve mas deve desbloquear US$ 90 milhões dos US$ 330 milhões que tem em carteira para desenvolvimento do Haiti, que é o país mais pobre das Américas. O montante será usado nos trabalhos de reconstrução mais prioritários do país caribenho.
Além disso, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, anunciou que espera aprovar mais US$ 128 milhões em novas doações ainda neste ano.
A liberação de US$ 100 milhões em recursos emergenciais do Banco Mundial foi anunciada na quarta-feira. A instituição também está avaliando um fundo especial de reconstrução.
Outras doações de países e instituições
- Brasil: US$ 15 milhões
- ONU: US$ 10 milhões
- Grã-Bretanha: US$ 10 milhões
- Austrália: US$ 9,3 milhões
- Fundo para Segurança de Risco de Catástrofes do Caribe (CCRIF, em inglês): US$ 8 milhões
- Irlanda: US$ 5 milhões doados por empresas para a reconstrução das telecomunicações
- Canadá: US$ 4,8 milhões
- União Europeia: US$ 4,37 milhões
- Espanha: US$ 4,37 milhões
- Holanda US$ 2,9 milhões
- Alemanha: US$ 2,17 milhão
- Dinamarca US$ 2 milhões
- Itália US$ 1,5 milhões
- China: US$ 1 milhão
- Goldman Sachs: US$ 1 milhão
- Suécia: US$ 1 milhão
Outras
- Cruz Vermelha: US$ 5 milhões em doações coletadas por mensagem de texto
- Golfista Tiger Woods: US$ 3 milhões
- Atores Angelina Jolie e Brad Pitt: US$ 1 milhão
- Magnata americano Ted Turner: US$ 1 milhão
FONTE: Último Segundo, com informações de AP, Reuters e AFP
Blog terrestreAmericanos terão comando separado de brasileiros
Rodrigo Rangel
vinheta-clipping-forteEmbora lidere a missão de paz da ONU no Haiti, o Brasil não coordenará a ação dos 5 mil soldados americanos que chegarão nos próximos dias para auxiliar no socorro às vítimas do terremoto de terça-feira. Nas próximas horas, 3.500 paraquedistas dos EUA devem desembarcar no país caribenho. Outros 2 mil fuzileiros serão enviados em seguida. Com este contingente, o Brasil deixará de ser o país com o maior número de militares no país.
Até o terremoto, o Brasil tinha 1.266 militares do Exército em ação no território haitiano, todos subordinados à Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. Dezenove países integram o efetivo militar da força de paz, que conta com 7 mil homens espalhados pelo país. “Cada país que enviar militares comandará o seu pessoal”, disse uma fonte do Exército brasileiro. O maior temor agora é que a população faminta ataque os caminhões da ONU que transportarão os suprimentos. A segurança no aeroporto deverá ser reforçada e a ajuda deverá sair em comboios escoltados por militares.
FONTE: O Estado de São Paulo, via Notimp