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Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sáb Abr 05, 2014 3:24 am
por Francisco Carlos Dutzig
Golpe militar de 1964
50 coisas que todos deveriam saber sobre a ditadura militar
A ditadura militar ainda é um tema extremamente polêmico no Brasil. Os 21 anos de repressão política, mídia censurada e violação dos direitos humanos fazem desse assunto extremamente relevante para o país. No dia 31/03/2014, completaram-se os 50 anos desde o Golpe Militar de 1964. Em parceria com o professor Elias Feitosa de Amorim Jr., do Cursinho da Poli,a Universia Brasil reuniu 50 coisas que todo estudante deve saber sobre a ditadura militar. Confira:
1 - Cinema Novo (Gláuber Rocha):
A proposição do Cinema Novo estava em busca de uma linguagem própria, sem se preocupar com os padrões de Hollywood, explorando as discussões estéticas (fotografia, edição, música) para se pensar um cinema de arte e não uma simples "encenação" de imagens, pois a reflexão e o questionamento ocupavam o centro das atenções.
2 - MPB: Engajamento (Chico Buarque, Caetano, Gil, Elis Regina, Milton Nascimento) X Alienação da Jovem Guarda (Roberto e Erasmo Carlos, Vanderleia, Roni Von)
A produção musical durante o Regime Militar foi muito grande e diversificada, mas um embate era perceptível: de um lado a música engajada preocupada com o momento político e de outro, a inspiração/reprodução do "padrão USA" sem envolvimento com as questões sociais ou políticas do país.
3 - Teatro Oficina e Teatro de Arena:
Encenar, pensar, questionar e, principalmente, "devorar" a tradição do teatro e dela fazer brotar algo novo, dinâmico e intenso, rompendo os esquemas clássicos. Foi assim que José Celso Martinez Correa se colocou com o Oficina e Antunes Filho, Sérgio Brito, Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal com o Arena.
4 - Inovações nas Artes Plásticas: Hélio Oiticica, Lygia Clarck
Oiticica transitou entre os músicos da MPB, viu o Tropicalismo nascer, trazendo uma arte conceitual rica e brasileira, que abusava do espaço e das formas, reinventando-os. Lygia Clarck buscou tanto na pintura quanto nas esculturas e performances que realizou re-significar o fazer artístico, o papel do artista e a experimentação.
5 - Autores e obras: Ferreira Gullar, Rubem Fonseca, Henfil, Pasquim
Em tempos de censura e dureza, escrever uma literatura engajada não era fácil e tranquilo, pois a vida se colocava em risco. Censura, proibições de edição e publicação foram dificuldades enfrentadas por Gullar e Fonseca, mas sua produção não morreu, assim, como Henfil, Ziraldo, Milôr Fernandes, Jaguar, Paulo Francis começaram a partir de 1969 a escarnecer aqueles anos de chumbo, fazendo da produção e circulação clandestina de charges e textos até o fim do AI-5 em 1979, depois continuaram a criticar tendo maior espaço, nem sempre se valendo de pudores para atingir os militares.
6 – Juscelino Kubitscheck e Ulysses Guimarães
O golpe teve o apoio de figuras importantes do cenário político brasileiro, e que depois se arrependeriam. Por exemplo, o ex-presidente Juscelino Kubitscheck e Ulysses Guimarães.
7 - A Presidência “vaga”
O presidente do Congresso, senador Auro Moura Andrade, declarou a Presidência “vaga” quando o presidente João Goulart ainda estava em território brasileiro.
8 – João Goulart eleito
João Goulart foi eleito em 1960, como vice na chapa de Janio Quadros.
9 – Votos separados
Naquela época, votava-se em separado nos candidatos a presidente e vice. Jango, do PTB, era candidato a vice na chapa do marechal Teixeira Lott, um militar nacionalista. Janio (PTN/UDN) tinha como vice o mineiro Milton Campos.
10 - Partido Comunista não legalizado
No momento do golpe, o Partido Comunista não estava legalizado, mas atuava quase abertamente, elegendo parlamentares por outras legendas como o PTB e o PST.
11 – “Eleições” indiretas
Os milicos tentavam dar um verniz constitucional à ditadura. Por isso, faziam “eleições” indiretas (o presidente e o vice eram escolhidos pelo Congresso, frequentemente expurgado com cassações de parlamentares de oposição). Em 1969, com a doença de Costa e Silva, deveria assumir o vice que era um civil, Pedro Aleixo, que se opusera à decretação do AI-5 em dezembro de 1968. Então, os generais impediram a posse de Aleixo e uma junta militar, formada pelos ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica, assumiu o poder, até que os comandantes do Exército escolhessem um sucessor de Costa e Silva, que foi o general Emílio Garrastazu Médici.
12 – Sérgio Macaco
Um dos grandes injustiçados pela ditadura foi o capitão da Aeronáutica Sérgio Miranda Ribeiro de Carvalho, o “Sérgio Macaco”. Ele se recusou a cumprir as ordens de seu superior, o brigadeiro João Paulo Burnier, que planejava usar o Parasar (unidade de salvamento de paraquedistas da Aeronáutica) para cometer atos terroristas no Rio de Janeiro – como a explosão do Gasômetro – para depois atribuí-los aos comunistas, como pretexto para radicalizar o regime. Sérgio Macaco foi preso, cassado, perdeu a patente e só teve seus direitos recuperados depois da morte, em 1994.
13 - “Terroristas”
Os militares justificaram a tortura – quando a admitiam. Frequentemente a negavam – sob a desculpa de que estavam em guerra contra “terroristas”. Mas uma parte dos presos políticos que foram torturados e assassinados pelo regime jamais pegou em armas, como o ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971, e o jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975, e parte da cúpula do Partido Comunista Brasileiro (PCB), cuja oposição à luta armada não a impediu de ser exterminada em 1974/1975.
14 – Primeiro governo da ditadura
O primeiro governo da ditadura, Castello Branco, era dominado por monetaristas, isto é, privilegiava a abertura ao capital estrangeiro e políticas de austeridade para combater a inflação, com cortes de gastos públicos.
15 – Getulismo-juscelinismo
A partir de Costa e Silva, o regime retomou, com modificações, o modelo nacional-estatista do getulismo-juscelinismo, que privilegiava o desenvolvimento econômico baseado no tripé empresas estatais, privadas e estrangeiras.
16 – Empréstimos externos
Ao contrário do que aconteceu na Argentina e no Chile, onde os milicos optaram pelo monetarismo duro e puro, o Brasil usou os empréstimos externos para desenvolver um grande parque industrial. O modelo nacional-estatista começou a se enfraquecer depois da crise econômica internacional de 1982.
17 – Militares decidem permanecer no poder
Os líderes civis que apoiaram o golpe – Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Magalhães Pinto – esperavam que os militares afastassem Jango e devolvessem o poder aos civis depois de “depurá-lo” com as cassações. Haveria eleições presidenciais em 1965 e Lacerda de JK eram os favoritos. Mas os militares resolveram ficar no poder: alienaram as lideranças civis, tornaram as eleições indiretas e aboliram os partidos tradicionais. Adhemar e JK foram cassados e Lacerda, descartado, foi para a oposição. Em 1966, ele articulou com seus arqui-inimigos Jango e JK uma frente de oposição à ditadura, a Frente Ampla. Acabou cassado com o AI-5.
18 – Inimigos da ditadura
Os grandes inimigos da ditadura, Carlos Marighella e Carlos Lamarca, foram assassinados friamente pela repressão quando poderiam ter sido presos. Marighella inclusive estava desarmado quando foi emboscado pela equipe do delegado Sérgio Fleury, com cerca de 30 policiais, em novembro de 1969. Lamarca estava subnutrido e sem nenhuma condição de combate quando foi executado no sertão da Bahia em 1971.
19 – Henning Boilesen
O empresário dinamarquês Henning Boilesen foi um dos principais incentivadores da repressão política. Ele promoveu uma “caixinha” entre os empresários paulistas para financiar a Oban (Operação Bandeirante), que centralizou a repressão política num núcleo de oficiais das Forças Armadas e agentes policiais, sendo o embrião dos DOI-Codi. Segundo testemunho de presos, Boilesen gostava de assistir a sessões de tortura. Foi executado por guerrilheiros em 1971.
20 – Lei da Anistia
A Lei da Anistia, de 1979, foi imposta pelo regime à sociedade e não negociada. Ela comparou as ações dos guerrilheiros e militantes da oposição à dos agentes da repressão. Até hoje, os milicos rejeitam a revisão da anistia e falam em “crimes dos dois lados”. O problema é que os guerrilheiros foram todos julgados, condenados e, muitas vezes, torturados e mortos sem julgamento, enquanto que, até hoje, nenhum agente da repressão foi sequer processado por seus crimes. E em países como Argentina, Chile e Uruguai, as leis de anistia foram revogadas e os militares processados, julgados e presos. Só agora, com a Comissão da Verdade, o país começa a tomar conhecimento do destino de alguns de seus “desaparecidos”.
21 – Revisionismo histórico
Está em voga uma onda de “revisionismo” histórico. Há anos o jornal Folha de S. Paulo – que apoiou o golpe – popularizou o tema ‘ditabranda’, argumentando que a ditadura brasileira não foi tão cruel quanto às da Argentina e do Chile. Historiadores de direita, como Marco Antônio Vila, afirmam que a ditadura durou apenas 11 anos, de 1968 a 1979, que foi o período de vigência do AI-5. No primeiro caso, vale notar que um regime de exceção não se caracteriza pelo número de mortos, mas pelos riscos impostos à dissidência política. Em segundo lugar, é preciso lembrar que no período pré-AI-5 a ditadura prendeu, cassou, torturou e censurou, embora em menor escala, e governou por decretos, mudando a Constituição ao seu bel prazer quando foi contrariada nas urnas. E, depois do fim do AI-5, os agentes do porão agiram impunemente e cometeram atentados como os do Riocentro, em 1981.
22 – Operação Condor
A Operação Condor reuniu as ditaduras do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Bolívia, que fizeram uma “joint-venture” para perseguir opositores desses países e intercambiá-los. Assim, vários argentinos e uruguaios perseguidos foram presos pela política brasileira e devolvidos a seus países, assim como brasileiros foram presos na Argentina, Chile e Uruguai e devolvidos à repressão aqui. Outros entraram na lista dos “desaparecidos”. Um deles foi o músico Tenório Jr., que viajava a Buenos Aires com Vinícius de Moraes; ele foi detido e nunca mais foi visto.
23 – Autonomia militar
Durante o governo do general Médici (1969-1974), que fora “eleito” pelo Alto Comando do Exército, os militares ganharam enorme autonomia em relação ao Poder Executivo, que ser tornou mero delegado das Forças Armadas.
24 – Médici
O sucessor de Médici, Ernesto Geisel, teve que se impor à caserna para ter as mãos livres para ditar os rumos do regime. Para isso, ele teve que impor a disciplina de comandante-em-chefe sobre as Forças Armadas. Para enfrentar a linha-dura e impor seu projeto de abertura controlada, Geisel afastou dois generais: o comandante do II Exército, Ednardo D’Ávila Melo, depois da morte de dois presos políticos no DOI-Codi de São Paulo, e o general Sylvio Frota, ministro do Exército, que queria suceder Geisel no Planalto.
25 – Guerrilha do Araguaia
A guerrilha do Araguaia, uma tentativa do PCdoB de instalar uma base na Amazônia, foi descoberta pelo Exército em 1972, mas os militares precisaram realizar várias expedições secretas, as últimas com tropas especiais (paraquedistas e agentes federais) para eliminar pouco mais de 70 guerrilheiros. As Forças Armadas nunca admitiram que houvesse uma guerrilha no Araguaia e até hoje se recusam a dar informações sobre os corpos dos guerrilheiros. A ordem para exterminar os sobreviventes partiu do comando do Exército (general Orlando Geisel) com a anuência de Médici.
26 – Ditadura cívico-militar
Hoje está em voga a designação que se deve dar ao regime. Antigamente, falava-se simplesmente que era uma ditadura militar. Hoje, muitos estudiosos dizem ‘ditadura cívico-militar’ e ‘golpe cívico-militar’ para enfatizar a participação de civis tanto na derrubada de Jango quanto no exercício do poder. A discussão está aberta, mas convém notar que, se é correto falar em ‘golpe cívico-militar’ em razão do envolvimento de amplos setores civis – empresários, imprensa, igreja, políticos conservadores – na conspiração contra Jango, é mais difícil classificar o regime como ‘cívico-militar’. Apesar de amplo apoio das elites empresariais, o regime era dirigido pela cúpula do Exército, que adquiriu grande autonomia em relação à sociedade civil.
27 – Telenovelas
As telenovelas foram um dos principais alvos da censura durante o período militar. Foi estabelecido que as emissoras devessem enviar a sinopse e o perfil de todos os personagens para análise do DCDP (Divisão de Censura de Diversões Públicas) que, por sua vez, poderia cortar quaisquer cenas ou personagens que fossem considerados “pesados”.
28 – O Milagre Econômico
O Milagre Econômico, ocorrido durante o governo do general Médici, aumentou a dívida externa em números alarmantes, assim como a inflação (no período, entre 15% e 25% ao ano).
29 – Clarice
Clarice Lispector, autora de obras famosas como “A Hora da Estrela”, foi extremamente pressionada pelos críticos a assumir uma posição mais consolidada durante a ditadura militar. Para ela, o papel dos escritores era “falar o menos possível”.
30 – Marcha da Família
A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” foi uma série de eventos ocorridos em março de 1964, nos quais meio milhão de brasileiros foi às ruas de São Paulo para protestar contra a chamada “ameaça comunista” do presidente João Goulart.
31 – AI-1
AI-1 – O Ato Institucional n° 1 permitia o a cassação de mandatos e a suspensão dos direitos políticos. Os primeiros cassados foram João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola e Celso Furtado.
32 – AI-2
AI-2 – O Ato Institucional n° 2 dissolveu todos os partidos políticos e instituiu a eleição indireta para presidente da República.
33 –AI-3
AI-3 – O Ato Institucional n° 3 estabeleceu as eleições indiretas para governador e vice-governador.
34 –AI-4
AI-4 – O Ato Institucional n° 4 estabeleceu a Constituição de 1967.
35 – AI-5
AI-5 – Proibiu manifestações, suspendeu direitos políticos e deu ao presidente o poder de intervir em estados e municípios. Também vetou o habeas corpus para crimes políticos e instalou a censura militar.
36 – Sem o direito de se manifestar
Em novembro de 1964, foi publicada uma lei que extinguia a UNE (União Nacional dos Estudantes) e proibia as organizações estudantis de protestar.
37 – MPB
Em outubro de 1967, no 3° Festival da Música Popular Brasileira, artistas como Gilberto Gil, Os Mutantes, Caetano Veloso e Chico Buarque apresentam suas composições, muitas vezes dotadas de significado implícito.
38 – Caminhada pelo Rio de Janeiro
1968: após manifestações duramente reprimidas pelo regime militar, o governo aceita um protesto com data e local combinados. Artistas, estudantes, intelectuais, sindicalistas e a população formam uma multidão de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro para protestar contra as violências da ditadura.
39 – Imprensa
A imprensa também sofreu com a censura durante o período militar. Os veículos de comunicação eram obrigados a enviar os seus materiais previamente e estavam sujeitos aos grossos olhos da Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal.
40 – Apenas dois partidos políticos
Quando os partidos políticos foram dissolvidos, foi instituído o bipartidarismo: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), de apoio ao governo, e o Movimento Democrático Brasileiro, da oposição.
41 – Exilados
Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque são alguns nomes de artistas que foram exilados durante a ditadura militar.
42 – Aquele Abraço
E por falar em Gilberto Gil, a canção “Aquele Abraço” foi escrita após a sua prisão em um camburão. O músico acreditava que seria morto naquele período.
43 – Comando de Caça aos Comunistas
O Teatro Ruth Escobar foi invadido pelo Comando de Caça aos Comunistas (grupos estudantis que incluíam universitários de instituições como o Mackenzie). Os atores foram agredidos e o teatro foi destruído.
44 – Disciplinas extras
Nas escolas, a grade horária incluía aulas de Organização Social e Política Brasileira e Educação Moral e Cívica. Os estudantes também eram obrigados a entoar o Hino Nacional Brasileiro todos os dias.
45– Censura didática
Os livros adotados na escola e os termos que podiam ser utilizados em sala de aula também eram vítimas da repressão militar. Professores de colégios e universidades eram vigiados pelos oficiais.
46– DOI-CODI
O DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) foi um órgão destinado a combater inimigos que ameaçariam a segurança nacional.
47– DOPS
Os objetivos do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) já eram mais claros: reprimir movimentos sociais e políticos contrários aos militares no poder. Ambos os departamentos utilizavam a violência para suas ações.
48– Formas de tortura
Entre os métodos de tortura utilizados pelos oficiais do DOPS e do DOI-CODI estavam os choques, afogamentos, espancamentos e a “geladeira”, um local onde os presos eram mantidos sem comida ou água enquanto a temperatura subia e descia.
49– A ditadura no cinema
“O Dia Que Durou 21 Anos”, “Jango” e “Zuzu Angel” são filmes que retratam o período da ditadura militar no Brasil.
50– Vladimir Herzog
A morte do jornalista Vladimir Herzog foi um dos principais temas discutidos pela Comissão da Verdade. Em 2012, o atestado de óbito de Herzog foi retificado de “suicídio” para “decorrente de lesões e maus-tratos”.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sáb Abr 05, 2014 8:30 am
por Clermont
Francisco Carlos Dutzig escreveu:Acorde vc para a realidade a luta armada se deu só após o golpe militar, antes era tudo resolvido na democracia e no voto. Ou pelo menos tentava-se.
Em primeiro lugar, o golpe de 1964 foi provocado, exatamente, porque Goulart tentou passar por cima da democracia e realizar ações no governo para o qual ele nunca havia recebido um só voto. Ele nunca foi eleito presidente, ele assumiu por ser o vice do bandido Jânio Quadros. Ele não tinha legitimidade para violar a lei e realizar atos de desapropriação e para sabotar a organização hierárquica das Forças Armadas brasileiras, apoiando sargentos e praças amotinados.

Em segundo lugar, é uma doce ilusão, vendida pela esquerda brasileira, de que a luta armada surgiu, exclusivamente, devido ao golpe militar de 1964. Ou seja, os atentados à bomba, assaltos à banco, eram, "apenas uma reação à ditadura". Daí, tendo surgido esse mito fabricado dentro das salas de aula das universidades brasileiras de que, "a luta armada visava a defender a democracia". Em outros termos, se as coisas tivessem se passado de forma diferente, e tivessem ocorrido as eleições de 1965, com a provável vitória de Juscelino Kubitschek, nunca teria existido, luta armada.

Só acredita nisto, quem realmente acredita que aquela gente obedecendo ordens de radicais comunistas, como Mariguella, Jacob Gorender, e outros, tinha algum compromisso com "democracia". Mas eles não tinham. Eles tinham compromisso com a revolução socialista, para destruir a "democracia burguesa" e a ordem capitalista. Portanto, se o Brasil tivesse passado por 1964, sem um golpe militar, muito provavelmente, teria sofrido um surto de luta armada, de terrorismo e atentados, durante um hipotético governo civil. Os anos 1960, sob influência das fantasias de Fidel Castro e Che Guevara, e da barbaridade da Guerra do Vietnam, foram anos de loucura ideológica, da crença de que o "poder do povo sairá do cano de um fuzil".

A prova é que, durante os anos 1960 e 1970, houve luta armada socialista na Alemanha (Baader-Meinhoff); no Japão (Exército Vermelho Japonês); na Itália (Brigadas Vermelhas). Até nos Estados Unidos com o "Exército Simbionês de Libertação"!.

E nenhum desses países sofreu um golpe militar anteriormente, todos eram democracias já consolidadas. Por quê no Brasil governado por Juscelino Kubitschek ou Carlos Lacerda, teria sido diferente? Não teria, mas isso estragaria a lenda que pretende comprovar que Dilma Roussef, quando era jovem, "lutava pela democracia", junto com José Genoíno, José Dirceu, e com várias centenas de militantes de extrema-esquerda que morreram durante a Ditadura Militar brasileira.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sáb Abr 05, 2014 2:10 pm
por Clermont
1964, fatos e versões.

Ruy Fabiano - Blog do Noblat - 05.04.14.

A história do golpe de 1964 está por ser contada. O que se relatou, neste cinquentenário, configura o triunfo da versão – de uma de muitas versões - sobre os fatos.

Confirmou-se a velha blague de Gustavo Capanema (que José Maria Alckmin difundiu como sua, confirmando-a) de que, “em política, não importam os fatos, mas a versão”.

No caso, a versão dos que estão hoje no poder – e que, na ocasião, foram derrotados. Não há, pois, isenção. E um relato parcial provoca, como uma lei da física, reação igual, em sentido contrário. Tem-se assim uma história confusa, em que a contradita não repõe os fatos; apenas os leva de um lado para o outro.

Tinha dez anos na ocasião. Não tinha, como é óbvio, autonomia intelectual para interpretar os acontecimentos, mas pude constatar um ambiente de alívio generalizado com a queda do governo Goulart.

O país vivia em crise profunda: na economia, na política, na sociedade. O governo prometia reformas que, no médio e longo prazos, poderiam até mudar o país, mas não davam respostas às demandas imediatas, que não eram poucas, nem adiáveis.

Exemplo: o voto do analfabeto não iria diminuir a inflação, nem a crise de desabastecimento, que restringia às famílias a aquisição de apenas um quilo de arroz, feijão, açúcar por pessoa nos armazéns (não havia ainda supermercados).

E lá estávamos, eu e meus irmãos, todos pirralhos, para a compra racionada de alimentos, num país que exibia o maior potencial agrícola do planeta. Havia ainda racionamento de energia – e de bom senso. No rádio – a maioria, então, não tinha aparelhos de TV -, os discursos em tom ameaçador predominavam de lado a lado. Carlos Lacerda, governador da Guanabara, onde eu residia, vociferava à direita; Leonel Brizola, deputado e ex-governador do Rio Grande do Sul, à esquerda. E ambos aglutinavam adeptos, que reproduziam, no mesmo tom, suas ameaças.

Sabia-se que algo iria acontecer, mas não exatamente o quê. É impossível entender 1964 fora do ambiente da Guerra Fria – e o noticiário evocativo, quando o mencionou, o fez de passagem. A Revolução Cubana, que não nasceu comunista, mas que a seguir converteu-se ao bloco soviético, era de memória recente. O mundo estava dividido ao meio, como um queijo.

A presença soviética numa área de influência norte-americana – ainda que a pobre e minúscula Cuba - gerava tensões que preocupavam o mundo todo. A crise dos mísseis, em 1962, fez aflorar paranoias apocalípticas. Temia-se que o gigante Brasil, uma vez cubanizado, representasse o definitivo triunfo soviético.

Essa era a leitura geopolítica das nações centrais – e não apenas os EUA nos espionavam, mas também a KGB soviética, como é possível constatar hoje nos arquivos de Moscou.

A população brasileira preocupava-se com seu varejo interno. O ex-senador Paulo Brossard, evocando os acontecimentos, disse que “o governo Jango caiu de podre”. Brossard, na sequência, foi um dos maiores opositores à ditadura, que não supunha advir.

Mas, em abril de 64, nos instantes do golpe, a maioria pensava apenas em se livrar de um governo ruim, confuso e impotente para dar resposta ao ambiente de carestia estabelecido. Não tinha visão geopolítica da crise.

Os militares, chamados a se manifestar, estavam diante de um quadro rotineiro na história republicana brasileira – que, convém lembrar, começou com um golpe militar: intervir na crise, entregar o poder aos civis e tutelá-los. Haviam exercido protagonismo dez anos antes, na crise que resultou no suicídio de Vargas, e um ano depois (1955), garantindo, com tropas, a eleição e a posse de Juscelino Kubitschek.

Nada de novo, portanto. A novidade viria depois, quando ficou claro que não devolveriam o poder aos civis. Isso não estava previsto no golpe de abril. Ao contrário: o marechal Castello Branco, eleito pelo Congresso, havia se comprometido em garantir as eleições de outubro de 1965; mas, por imposição da linha-dura do Exército, que então se expressava por meio do marechal Costa e Silva, que o sucederia, acabou concordando com a prorrogação de seu mandato e a supressão das eleições presidenciais diretas, que só se restabeleceriam em 1989.

Foi a primeira ruptura dentro do golpe. Outras viriam, sempre a pretexto das guerrilhas rural (Araguaia) e urbana, cujo papel no endurecimento do regime não pode ser minimizado.

O AI-5, por mais abominável (e não há dúvida quanto a isso), não surgiu do nada. Foi o coroamento de uma conjuntura de guerra ideológica, que precedeu e sucedeu 1964, com atentados a bomba, assaltos a bancos e sequestros de embaixadores, por parte da esquerda radical.

Já em 1965, com o AI-2, que extinguiu os 13 partidos políticos e criou dois outros por decreto – Arena e MDB -, o regime perdeu substancial apoio da sociedade civil. A mesma que, por intermédio da OAB, ABI, imprensa e Igreja Católica, haviam apoiado entusiasticamente a derrubada do governo João Goulart.

A principal liderança civil do golpe, Carlos Lacerda, acabou preso e com os direitos políticos cassados. Foi devorado pelo monstro que ajudou a criar, como acontece à maioria dos revolucionários, aqui e em toda parte.

Não há, em suma, como compreender um fato político de tal envergadura – o único de nossa história a se manter presente por meio século -, sem ouvir os dois lados, consultar documentos e abdicar das bitolas ideológicas e emocionais ao interpretá-los.

Nos termos em que o episódio foi evocado, teve sabor de revanche. Não favoreceu, a quem quer conhecer sinceramente o que houve. Desprezou “Sua Excelência, os fatos”, como dizia Ulysses Guimarães - que, a propósito, apoiou o golpe e se transformou, a seguir, numa das principais lideranças da oposição. Por aí, se vê que houve muitos golpes dentro do golpe.

Espera-se que, no próximo cinquentenário, quando nenhum dos protagonistas esteja mais por aqui, se possa contar a história por completo. O Tempo será a verdadeira Comissão da Verdade.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sáb Abr 05, 2014 2:48 pm
por Crotalus
Onde a "democracia comunista/socialista" deu certo? Alguém pode relacionar os países comunistas e/ou socialistas que deram certo?
Porque vai dar certo no Brasil? Alguém pode explicar?

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sáb Abr 05, 2014 4:36 pm
por Italo Lobo
Francisco Carlos Dutzig escreveu:Golpe militar de 1964
50 coisas que todos deveriam saber sobre a ditadura militar
A ditadura militar ainda é um tema extremamente polêmico no Brasil. Os 21 anos de repressão política, mídia censurada e violação dos direitos humanos fazem desse assunto extremamente relevante para o país. No dia 31/03/2014, completaram-se os 50 anos desde o Golpe Militar de 1964. Em parceria com o professor Elias Feitosa de Amorim Jr., do Cursinho da Poli,a Universia Brasil reuniu 50 coisas que todo estudante deve saber sobre a ditadura militar. Confira:
1 - Cinema Novo (Gláuber Rocha):
A proposição do Cinema Novo estava em busca de uma linguagem própria, sem se preocupar com os padrões de Hollywood, explorando as discussões estéticas (fotografia, edição, música) para se pensar um cinema de arte e não uma simples "encenação" de imagens, pois a reflexão e o questionamento ocupavam o centro das atenções.
2 - MPB: Engajamento (Chico Buarque, Caetano, Gil, Elis Regina, Milton Nascimento) X Alienação da Jovem Guarda (Roberto e Erasmo Carlos, Vanderleia, Roni Von)
A produção musical durante o Regime Militar foi muito grande e diversificada, mas um embate era perceptível: de um lado a música engajada preocupada com o momento político e de outro, a inspiração/reprodução do "padrão USA" sem envolvimento com as questões sociais ou políticas do país.
3 - Teatro Oficina e Teatro de Arena:
Encenar, pensar, questionar e, principalmente, "devorar" a tradição do teatro e dela fazer brotar algo novo, dinâmico e intenso, rompendo os esquemas clássicos. Foi assim que José Celso Martinez Correa se colocou com o Oficina e Antunes Filho, Sérgio Brito, Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal com o Arena.
4 - Inovações nas Artes Plásticas: Hélio Oiticica, Lygia Clarck
Oiticica transitou entre os músicos da MPB, viu o Tropicalismo nascer, trazendo uma arte conceitual rica e brasileira, que abusava do espaço e das formas, reinventando-os. Lygia Clarck buscou tanto na pintura quanto nas esculturas e performances que realizou re-significar o fazer artístico, o papel do artista e a experimentação.
5 - Autores e obras: Ferreira Gullar, Rubem Fonseca, Henfil, Pasquim
Em tempos de censura e dureza, escrever uma literatura engajada não era fácil e tranquilo, pois a vida se colocava em risco. Censura, proibições de edição e publicação foram dificuldades enfrentadas por Gullar e Fonseca, mas sua produção não morreu, assim, como Henfil, Ziraldo, Milôr Fernandes, Jaguar, Paulo Francis começaram a partir de 1969 a escarnecer aqueles anos de chumbo, fazendo da produção e circulação clandestina de charges e textos até o fim do AI-5 em 1979, depois continuaram a criticar tendo maior espaço, nem sempre se valendo de pudores para atingir os militares.
6 – Juscelino Kubitscheck e Ulysses Guimarães
O golpe teve o apoio de figuras importantes do cenário político brasileiro, e que depois se arrependeriam. Por exemplo, o ex-presidente Juscelino Kubitscheck e Ulysses Guimarães.
7 - A Presidência “vaga”
O presidente do Congresso, senador Auro Moura Andrade, declarou a Presidência “vaga” quando o presidente João Goulart ainda estava em território brasileiro.
8 – João Goulart eleito
João Goulart foi eleito em 1960, como vice na chapa de Janio Quadros.
9 – Votos separados
Naquela época, votava-se em separado nos candidatos a presidente e vice. Jango, do PTB, era candidato a vice na chapa do marechal Teixeira Lott, um militar nacionalista. Janio (PTN/UDN) tinha como vice o mineiro Milton Campos.
10 - Partido Comunista não legalizado
No momento do golpe, o Partido Comunista não estava legalizado, mas atuava quase abertamente, elegendo parlamentares por outras legendas como o PTB e o PST.
11 – “Eleições” indiretas
Os milicos tentavam dar um verniz constitucional à ditadura. Por isso, faziam “eleições” indiretas (o presidente e o vice eram escolhidos pelo Congresso, frequentemente expurgado com cassações de parlamentares de oposição). Em 1969, com a doença de Costa e Silva, deveria assumir o vice que era um civil, Pedro Aleixo, que se opusera à decretação do AI-5 em dezembro de 1968. Então, os generais impediram a posse de Aleixo e uma junta militar, formada pelos ministros do Exército, Marinha e Aeronáutica, assumiu o poder, até que os comandantes do Exército escolhessem um sucessor de Costa e Silva, que foi o general Emílio Garrastazu Médici.
12 – Sérgio Macaco
Um dos grandes injustiçados pela ditadura foi o capitão da Aeronáutica Sérgio Miranda Ribeiro de Carvalho, o “Sérgio Macaco”. Ele se recusou a cumprir as ordens de seu superior, o brigadeiro João Paulo Burnier, que planejava usar o Parasar (unidade de salvamento de paraquedistas da Aeronáutica) para cometer atos terroristas no Rio de Janeiro – como a explosão do Gasômetro – para depois atribuí-los aos comunistas, como pretexto para radicalizar o regime. Sérgio Macaco foi preso, cassado, perdeu a patente e só teve seus direitos recuperados depois da morte, em 1994.
13 - “Terroristas”
Os militares justificaram a tortura – quando a admitiam. Frequentemente a negavam – sob a desculpa de que estavam em guerra contra “terroristas”. Mas uma parte dos presos políticos que foram torturados e assassinados pelo regime jamais pegou em armas, como o ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971, e o jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975, e parte da cúpula do Partido Comunista Brasileiro (PCB), cuja oposição à luta armada não a impediu de ser exterminada em 1974/1975.
14 – Primeiro governo da ditadura
O primeiro governo da ditadura, Castello Branco, era dominado por monetaristas, isto é, privilegiava a abertura ao capital estrangeiro e políticas de austeridade para combater a inflação, com cortes de gastos públicos.
15 – Getulismo-juscelinismo
A partir de Costa e Silva, o regime retomou, com modificações, o modelo nacional-estatista do getulismo-juscelinismo, que privilegiava o desenvolvimento econômico baseado no tripé empresas estatais, privadas e estrangeiras.
16 – Empréstimos externos
Ao contrário do que aconteceu na Argentina e no Chile, onde os milicos optaram pelo monetarismo duro e puro, o Brasil usou os empréstimos externos para desenvolver um grande parque industrial. O modelo nacional-estatista começou a se enfraquecer depois da crise econômica internacional de 1982.
17 – Militares decidem permanecer no poder
Os líderes civis que apoiaram o golpe – Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Magalhães Pinto – esperavam que os militares afastassem Jango e devolvessem o poder aos civis depois de “depurá-lo” com as cassações. Haveria eleições presidenciais em 1965 e Lacerda de JK eram os favoritos. Mas os militares resolveram ficar no poder: alienaram as lideranças civis, tornaram as eleições indiretas e aboliram os partidos tradicionais. Adhemar e JK foram cassados e Lacerda, descartado, foi para a oposição. Em 1966, ele articulou com seus arqui-inimigos Jango e JK uma frente de oposição à ditadura, a Frente Ampla. Acabou cassado com o AI-5.
18 – Inimigos da ditadura
Os grandes inimigos da ditadura, Carlos Marighella e Carlos Lamarca, foram assassinados friamente pela repressão quando poderiam ter sido presos. Marighella inclusive estava desarmado quando foi emboscado pela equipe do delegado Sérgio Fleury, com cerca de 30 policiais, em novembro de 1969. Lamarca estava subnutrido e sem nenhuma condição de combate quando foi executado no sertão da Bahia em 1971.
19 – Henning Boilesen
O empresário dinamarquês Henning Boilesen foi um dos principais incentivadores da repressão política. Ele promoveu uma “caixinha” entre os empresários paulistas para financiar a Oban (Operação Bandeirante), que centralizou a repressão política num núcleo de oficiais das Forças Armadas e agentes policiais, sendo o embrião dos DOI-Codi. Segundo testemunho de presos, Boilesen gostava de assistir a sessões de tortura. Foi executado por guerrilheiros em 1971.
20 – Lei da Anistia
A Lei da Anistia, de 1979, foi imposta pelo regime à sociedade e não negociada. Ela comparou as ações dos guerrilheiros e militantes da oposição à dos agentes da repressão. Até hoje, os milicos rejeitam a revisão da anistia e falam em “crimes dos dois lados”. O problema é que os guerrilheiros foram todos julgados, condenados e, muitas vezes, torturados e mortos sem julgamento, enquanto que, até hoje, nenhum agente da repressão foi sequer processado por seus crimes. E em países como Argentina, Chile e Uruguai, as leis de anistia foram revogadas e os militares processados, julgados e presos. Só agora, com a Comissão da Verdade, o país começa a tomar conhecimento do destino de alguns de seus “desaparecidos”.
21 – Revisionismo histórico
Está em voga uma onda de “revisionismo” histórico. Há anos o jornal Folha de S. Paulo – que apoiou o golpe – popularizou o tema ‘ditabranda’, argumentando que a ditadura brasileira não foi tão cruel quanto às da Argentina e do Chile. Historiadores de direita, como Marco Antônio Vila, afirmam que a ditadura durou apenas 11 anos, de 1968 a 1979, que foi o período de vigência do AI-5. No primeiro caso, vale notar que um regime de exceção não se caracteriza pelo número de mortos, mas pelos riscos impostos à dissidência política. Em segundo lugar, é preciso lembrar que no período pré-AI-5 a ditadura prendeu, cassou, torturou e censurou, embora em menor escala, e governou por decretos, mudando a Constituição ao seu bel prazer quando foi contrariada nas urnas. E, depois do fim do AI-5, os agentes do porão agiram impunemente e cometeram atentados como os do Riocentro, em 1981.
22 – Operação Condor
A Operação Condor reuniu as ditaduras do Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Bolívia, que fizeram uma “joint-venture” para perseguir opositores desses países e intercambiá-los. Assim, vários argentinos e uruguaios perseguidos foram presos pela política brasileira e devolvidos a seus países, assim como brasileiros foram presos na Argentina, Chile e Uruguai e devolvidos à repressão aqui. Outros entraram na lista dos “desaparecidos”. Um deles foi o músico Tenório Jr., que viajava a Buenos Aires com Vinícius de Moraes; ele foi detido e nunca mais foi visto.
23 – Autonomia militar
Durante o governo do general Médici (1969-1974), que fora “eleito” pelo Alto Comando do Exército, os militares ganharam enorme autonomia em relação ao Poder Executivo, que ser tornou mero delegado das Forças Armadas.
24 – Médici
O sucessor de Médici, Ernesto Geisel, teve que se impor à caserna para ter as mãos livres para ditar os rumos do regime. Para isso, ele teve que impor a disciplina de comandante-em-chefe sobre as Forças Armadas. Para enfrentar a linha-dura e impor seu projeto de abertura controlada, Geisel afastou dois generais: o comandante do II Exército, Ednardo D’Ávila Melo, depois da morte de dois presos políticos no DOI-Codi de São Paulo, e o general Sylvio Frota, ministro do Exército, que queria suceder Geisel no Planalto.
25 – Guerrilha do Araguaia
A guerrilha do Araguaia, uma tentativa do PCdoB de instalar uma base na Amazônia, foi descoberta pelo Exército em 1972, mas os militares precisaram realizar várias expedições secretas, as últimas com tropas especiais (paraquedistas e agentes federais) para eliminar pouco mais de 70 guerrilheiros. As Forças Armadas nunca admitiram que houvesse uma guerrilha no Araguaia e até hoje se recusam a dar informações sobre os corpos dos guerrilheiros. A ordem para exterminar os sobreviventes partiu do comando do Exército (general Orlando Geisel) com a anuência de Médici.
26 – Ditadura cívico-militar
Hoje está em voga a designação que se deve dar ao regime. Antigamente, falava-se simplesmente que era uma ditadura militar. Hoje, muitos estudiosos dizem ‘ditadura cívico-militar’ e ‘golpe cívico-militar’ para enfatizar a participação de civis tanto na derrubada de Jango quanto no exercício do poder. A discussão está aberta, mas convém notar que, se é correto falar em ‘golpe cívico-militar’ em razão do envolvimento de amplos setores civis – empresários, imprensa, igreja, políticos conservadores – na conspiração contra Jango, é mais difícil classificar o regime como ‘cívico-militar’. Apesar de amplo apoio das elites empresariais, o regime era dirigido pela cúpula do Exército, que adquiriu grande autonomia em relação à sociedade civil.
27 – Telenovelas
As telenovelas foram um dos principais alvos da censura durante o período militar. Foi estabelecido que as emissoras devessem enviar a sinopse e o perfil de todos os personagens para análise do DCDP (Divisão de Censura de Diversões Públicas) que, por sua vez, poderia cortar quaisquer cenas ou personagens que fossem considerados “pesados”.
28 – O Milagre Econômico
O Milagre Econômico, ocorrido durante o governo do general Médici, aumentou a dívida externa em números alarmantes, assim como a inflação (no período, entre 15% e 25% ao ano).
29 – Clarice
Clarice Lispector, autora de obras famosas como “A Hora da Estrela”, foi extremamente pressionada pelos críticos a assumir uma posição mais consolidada durante a ditadura militar. Para ela, o papel dos escritores era “falar o menos possível”.
30 – Marcha da Família
A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” foi uma série de eventos ocorridos em março de 1964, nos quais meio milhão de brasileiros foi às ruas de São Paulo para protestar contra a chamada “ameaça comunista” do presidente João Goulart.
31 – AI-1
AI-1 – O Ato Institucional n° 1 permitia o a cassação de mandatos e a suspensão dos direitos políticos. Os primeiros cassados foram João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes, Leonel Brizola e Celso Furtado.
32 – AI-2
AI-2 – O Ato Institucional n° 2 dissolveu todos os partidos políticos e instituiu a eleição indireta para presidente da República.
33 –AI-3
AI-3 – O Ato Institucional n° 3 estabeleceu as eleições indiretas para governador e vice-governador.
34 –AI-4
AI-4 – O Ato Institucional n° 4 estabeleceu a Constituição de 1967.
35 – AI-5
AI-5 – Proibiu manifestações, suspendeu direitos políticos e deu ao presidente o poder de intervir em estados e municípios. Também vetou o habeas corpus para crimes políticos e instalou a censura militar.
36 – Sem o direito de se manifestar
Em novembro de 1964, foi publicada uma lei que extinguia a UNE (União Nacional dos Estudantes) e proibia as organizações estudantis de protestar.
37 – MPB
Em outubro de 1967, no 3° Festival da Música Popular Brasileira, artistas como Gilberto Gil, Os Mutantes, Caetano Veloso e Chico Buarque apresentam suas composições, muitas vezes dotadas de significado implícito.
38 – Caminhada pelo Rio de Janeiro
1968: após manifestações duramente reprimidas pelo regime militar, o governo aceita um protesto com data e local combinados. Artistas, estudantes, intelectuais, sindicalistas e a população formam uma multidão de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro para protestar contra as violências da ditadura.
39 – Imprensa
A imprensa também sofreu com a censura durante o período militar. Os veículos de comunicação eram obrigados a enviar os seus materiais previamente e estavam sujeitos aos grossos olhos da Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal.
40 – Apenas dois partidos políticos
Quando os partidos políticos foram dissolvidos, foi instituído o bipartidarismo: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), de apoio ao governo, e o Movimento Democrático Brasileiro, da oposição.
41 – Exilados
Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque são alguns nomes de artistas que foram exilados durante a ditadura militar.
42 – Aquele Abraço
E por falar em Gilberto Gil, a canção “Aquele Abraço” foi escrita após a sua prisão em um camburão. O músico acreditava que seria morto naquele período.
43 – Comando de Caça aos Comunistas
O Teatro Ruth Escobar foi invadido pelo Comando de Caça aos Comunistas (grupos estudantis que incluíam universitários de instituições como o Mackenzie). Os atores foram agredidos e o teatro foi destruído.
44 – Disciplinas extras
Nas escolas, a grade horária incluía aulas de Organização Social e Política Brasileira e Educação Moral e Cívica. Os estudantes também eram obrigados a entoar o Hino Nacional Brasileiro todos os dias.
45– Censura didática
Os livros adotados na escola e os termos que podiam ser utilizados em sala de aula também eram vítimas da repressão militar. Professores de colégios e universidades eram vigiados pelos oficiais.
46– DOI-CODI
O DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) foi um órgão destinado a combater inimigos que ameaçariam a segurança nacional.
47– DOPS
Os objetivos do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) já eram mais claros: reprimir movimentos sociais e políticos contrários aos militares no poder. Ambos os departamentos utilizavam a violência para suas ações.
48– Formas de tortura
Entre os métodos de tortura utilizados pelos oficiais do DOPS e do DOI-CODI estavam os choques, afogamentos, espancamentos e a “geladeira”, um local onde os presos eram mantidos sem comida ou água enquanto a temperatura subia e descia.
49– A ditadura no cinema
“O Dia Que Durou 21 Anos”, “Jango” e “Zuzu Angel” são filmes que retratam o período da ditadura militar no Brasil.
50– Vladimir Herzog
A morte do jornalista Vladimir Herzog foi um dos principais temas discutidos pela Comissão da Verdade. Em 2012, o atestado de óbito de Herzog foi retificado de “suicídio” para “decorrente de lesões e maus-tratos”.


Nunca vi tanta informação errada em um post !!! Vou exemplificar apenas uma com um post antigo meu:
Vc escreve:
20 – Lei da Anistia
A Lei da Anistia, de 1979, foi imposta pelo regime à sociedade e não negociada. Ela comparou as ações dos guerrilheiros e militantes da oposição à dos agentes da repressão. Até hoje, os milicos rejeitam a revisão da anistia e falam em “crimes dos dois lados”. O problema é que os guerrilheiros foram todos julgados, condenados e, muitas vezes, torturados e mortos sem julgamento, enquanto que, até hoje, nenhum agente da repressão foi sequer processado por seus crimes. E em países como Argentina, Chile e Uruguai, as leis de anistia foram revogadas e os militares processados, julgados e presos. Só agora, com a Comissão da Verdade, o país começa a tomar conhecimento do destino de alguns de seus “desaparecidos”.

Só para vc aprender um pouco da história:

A idéia de anistia surgiu a partir de 1966 através da Associação Brasileira de Imprensa, Ordem dos Advogados do Brasil, sindicatos, entidades estudantis, advogados de presos políticos, familiares de brasileiros no exílio e o MDB, partido político oposicionista.Ou seja, o Governo/Arena/FAs não tinham nada com a sua "auto-anistia".Beira ao ridículo querer implantar esta idéia,já que o projeto partiu da oposição.Somente em 1979 foi votada a primeira Lei de Anistia em uma sessão tumultuada no Congresso Nacional, pois o projeto não anistiava quem tivesse participado de “terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal”, apesar de uma emenda do deputado Djalma Marinho que anistiava a todos, ampla, geral e irrestritamente.Emenda estaque foi rejeitada por 206 votos a 201, mas o projeto foi aprovado pelos votos das lideranças do governo e da oposição. Com esta Anistia, voltaram ao Brasil a maior parte dos exilados e gente como Leonel Brizola e Miguel Arraes.
A Anistia ampla, geral e irrestrita continuou em pauta por mais seis anos, através das mesmas instituições e grupos políticos descritos acima, que queriam de todos os jeitos anistiar os atos terroristas e os crimes de sangue que ficaram de fora da lei de 1979. Somente através da Emenda Constitucional Nº 26, que convocou a Constituinte de 27/11/1985, o Congresso Nacional eleito em plena legitimidade democrática, inseriu o preceito que conferiu à Anistia o caráter amplo, geral e irrestrito pelo qual clamavam as oposições.


Outra coisa a população brasileira deseja a revisão da Lei de anistia segundo pesquisa da Folha de S. Paulo,, não para julgar os militares, mas para julgar os terroristas:http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... a-anistia/

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Seg Abr 07, 2014 12:22 pm
por rodrigo
Onde a "democracia comunista/socialista" deu certo? Alguém pode relacionar os países comunistas e/ou socialistas que deram certo?
Porque vai dar certo no Brasil? Alguém pode explicar?
Aqui eles são mais inteligentes. :lol:

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Seg Abr 07, 2014 1:40 pm
por Algus
Clermont escreveu:
Francisco Carlos Dutzig escreveu:Acorde vc para a realidade a luta armada se deu só após o golpe militar, antes era tudo resolvido na democracia e no voto. Ou pelo menos tentava-se.
Em primeiro lugar, o golpe de 1964 foi provocado, exatamente, porque Goulart tentou passar por cima da democracia e realizar ações no governo para o qual ele nunca havia recebido um só voto. Ele nunca foi eleito presidente, ele assumiu por ser o vice do bandido Jânio Quadros. Ele não tinha legitimidade para violar a lei e realizar atos de desapropriação e para sabotar a organização hierárquica das Forças Armadas brasileiras, apoiando sargentos e praças amotinados.

Em segundo lugar, é uma doce ilusão, vendida pela esquerda brasileira, de que a luta armada surgiu, exclusivamente, devido ao golpe militar de 1964. Ou seja, os atentados à bomba, assaltos à banco, eram, "apenas uma reação à ditadura". Daí, tendo surgido esse mito fabricado dentro das salas de aula das universidades brasileiras de que, "a luta armada visava a defender a democracia". Em outros termos, se as coisas tivessem se passado de forma diferente, e tivessem ocorrido as eleições de 1965, com a provável vitória de Juscelino Kubitschek, nunca teria existido, luta armada.

Só acredita nisto, quem realmente acredita que aquela gente obedecendo ordens de radicais comunistas, como Mariguella, Jacob Gorender, e outros, tinha algum compromisso com "democracia". Mas eles não tinham. Eles tinham compromisso com a revolução socialista, para destruir a "democracia burguesa" e a ordem capitalista. Portanto, se o Brasil tivesse passado por 1964, sem um golpe militar, muito provavelmente, teria sofrido um surto de luta armada, de terrorismo e atentados, durante um hipotético governo civil. Os anos 1960, sob influência das fantasias de Fidel Castro e Che Guevara, e da barbaridade da Guerra do Vietnam, foram anos de loucura ideológica, da crença de que o "poder do povo sairá do cano de um fuzil".

A prova é que, durante os anos 1960 e 1970, houve luta armada socialista na Alemanha (Baader-Meinhoff); no Japão (Exército Vermelho Japonês); na Itália (Brigadas Vermelhas). Até nos Estados Unidos com o "Exército Simbionês de Libertação"!.

E nenhum desses países sofreu um golpe militar anteriormente, todos eram democracias já consolidadas. Por quê no Brasil governado por Juscelino Kubitschek ou Carlos Lacerda, teria sido diferente? Não teria, mas isso estragaria a lenda que pretende comprovar que Dilma Roussef, quando era jovem, "lutava pela democracia", junto com José Genoíno, José Dirceu, e com várias centenas de militantes de extrema-esquerda que morreram durante a Ditadura Militar brasileira.
Clermont, ele não era vice do Jânio. Ele era vice-presidente. É diferente.
Naquela época não era como hoje, que o vice pertence a mesma chapa. Naquela época havia o candidato a presidente e o candidato a vice. Goulart se candidatou ao cargo de vice e recebeu o maior número de votos. Ele já tinha sido vice no governo do Juscelino também. Os partidos que compunham a chapa do Jânio eram diferentes dos que compunham a chapa do Jango.

Jânio Quadros é que tentou dar uma de malandro e se deu mal. Ele achou que rejeitariam sua proposta de renúncia justamente porque o vice, Jango, assumiria. Para piorar foi ele quem solicitou ao Jango uma viagem à China para iniciar negociações (lembrando que vice não toma decisões importantes como essa por conta própria). Assim, evitaria de Jango fizesse qualquer articulação para assumir o cargo e ainda ficou parecendo que ele era mesmo um socialista.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Seg Abr 07, 2014 1:45 pm
por Clermont
Algus escreveu:Clermont, ele não era vice do Jânio. Ele era vice-presidente. É diferente.
Naquela época não era como hoje, que o vice pertencia a mesma chapa. Naquela época havia o candidato a presidente e o candidato a vice. Goulart se candidatou ao cargo de vice e recebeu o maior número de votos. Ele já tinha sido vice no governo do Juscelino também. Os partidos que compunham a chapa do Jânio eram diferentes dos que compunham a chapa do Jango e o vice, (...)
Tem razão. Aliás, deveriam estudar quem foi o animal estúpido que teve a idéia inicial de colocar essa bagunça idiota na constituição.

De qualquer modo, permanece o fato de que Goulart embora fosse o presidente legítimo (apesar da lei imbecil) não tinha a legitimidade para cometer os atos irresponsáveis que cometeu. Ele não era o presidente eleito.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Seg Abr 07, 2014 1:55 pm
por Algus
Esse negócio de se permitir vice sendo da oposição eu também achei muito estranho quando fiquei sabendo. Fica muito instável, imagino.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 08, 2014 4:26 pm
por Viktor Reznov
Crotalus escreveu:Onde a "democracia comunista/socialista" deu certo? Alguém pode relacionar os países comunistas e/ou socialistas que deram certo?
Porque vai dar certo no Brasil? Alguém pode explicar?
Na Coréia do Norte, pináculo de desenvolvimento tecnológico da Ásia e nação mais livre do mundo. :twisted:

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 08, 2014 4:28 pm
por Viktor Reznov
Não sei porque vocês perdem tempo com esse idólatra de terroristas e genocidas. É como jogar xadrez com um pombo.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 22, 2014 10:01 pm
por Wingate
Morte de JK foi causada por acidente de trânsito, conclui Comissão da Verdade


Relatório apresentado nesta terça-feira descarta versões de que o ex-presidente e seu motorista foram assassinados

22 de abril de 2014 | 15h 13

Notícia

LEONENCIO NOSSA - Agência Estado

Brasília - A Comissão Nacional da Verdade apresentou nesta terça-feira, 22, um relatório que indica que o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o motorista dele, Geraldo Ribeiro, morreram em consequência de um acidente de trânsito na rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, em 1976. A pesquisa sobre o caso descarta versões de que eles teriam sido assassinados.

A polêmica em torno do assunto começou ainda nos anos 80, quando peritos encontraram, durante uma exumação, um fragmento metálico no crânio do motorista, que depois se constatou se tratar de um cravo usado no revestimento do caixão. Essa polêmica voltou à tona em dezembro do ano passado, quando a Comissão da Verdade instalada na Câmara Municipal de São Paulo apresentou uma pesquisa segundo a qual JK e seu motorista teriam sido vítimas de homicídio doloso.

Integrantes da comissão paulista chegaram a pedir ao Palácio do Planalto que o governo reconhecesse oficialmente "os assassinatos". A pesquisa foi considerada uma jogada política dos vereadores paulistas, sem bases históricas.

"O ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em decorrência de lesões contundentes, sofridas quando da colisão frontal entre o veículo Chevrolet Opala, em que viajavam, e o Scania Vabis", destaca o relatório apresentado nesta terça-feira pela Comissão Nacional da Verdade. "Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados vítimas de homicídio doloso".

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Wingate

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 22, 2014 10:08 pm
por Clermont
Wingate escreveu:Morte de JK foi causada por acidente de trânsito, conclui Comissão da Verdade
Devia se averiguar quanto dinheiro, quantos recursos foram gastos, esses anos todos, perseguindo essa bobagem de "Os Militares Malvados Assassinaram JK".

E continuam com a bobajada da morte de Goulart.

E com a morte de Kennedy.

E com a morte de Elvis Presley.

E com a morte de Paul MacCartney...

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 22, 2014 10:40 pm
por Wingate
Clermont escreveu:
Wingate escreveu:Morte de JK foi causada por acidente de trânsito, conclui Comissão da Verdade
Devia se averiguar quanto dinheiro, quantos recursos foram gastos, esses anos todos, perseguindo essa bobagem de "Os Militares Malvados Assassinaram JK".

E continuam com a bobajada da morte de Goulart.

E com a morte de Kennedy.

E com a morte de Elvis Presley.

E com a morte de Paul MacCartney...
Aguardemos agora o resultado do caso Goulart, referente ao suposto assassinato do ex-presidente.

Wingate

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Abr 23, 2014 2:07 pm
por rodrigo
Aguardemos agora o resultado do caso Goulart, referente ao suposto assassinato do ex-presidente.
Deve estar difícil achar uma junta médica mercenária que dê apoio às teses desses desocupados. Talvez se juntassem uns desses médicos cubanos, saísse o resultado pretendido. O laudo ia dizer que ele morreu envenenado pelo uísque 8 anos, enquanto o debilitado organismo do ex presidente somente podia receber uísque 12 anos.

No Chile tentaram de tudo pra dizer que os militares mataram o Allende e o Neruda, depois que os laudos negaram, todo mundo ficou olhando para o outro lado e assobiando, como se nada tivesse acontecido. Como existe dinheiro para baboseira ideológica!