ninjanki escreveu:Senhores, nào acho que precisamos de supercondutores ou nitrogênio líquido para a catapulta... Vejam bem, trens que "flutuam" sobre os trilhos já usam exatamente esse conceito, e não há uso de supercondutores.(claro que supercondutores, à temperatura ambiente, seria muitíssimo bemvindos...)
A tecnologia não é algo de outro mundo, apenas exige um bom projeto e ímãs permanentes de excelente qualidade. Para o novo NAE americano, o Ford, ao invés de capacitores, armazenam a energia cinéticamente, em grandes e pesados discos que giram à 6500 rpm. Quando o caça é lançado, os discos são acoplados a um sistema de geração, que extrai energía cinética convertendo-a diretamente para elétrica. Supercapacitores e bancos de baterias também poderiam ser usados, mas os discos apresentam uma melhor densidade de energia armazenada, e baixas perdas...
Penso eu que um design de porta-aviões moderno deveria levar em conta o uso de catapulta eletromagnética. As vantagens são muitas, a tecnologia não é nada de outro mundo(há mais de 30 anos se desenvolvem os motores lineares), a eletrônica envolvida é bem compreendida e controlada, e a performance pode superar em muito oque as catapultas à vapor produzem.
Quanto à geração de energia, para recarregar os discos, basta um gerador comum. Certamente, não é necessária mais energia elétrica doque a enorme quantidade de energía térmica desperdiçada nas caldeiras de geração de vapor. O CVF britânico tem grandes possibilidades de sair instalado com esse tipo de catapulta, se a tendência de abandonar o F-35B na Royal Navy se confirmar. O projeto deles já prevê essa alternativa...
Allan
ps. A marinha precisaria, no entanto, investir no desenvolvimento da tecnologia agora, pois a única outra alternativa seria comprar o sistema dos americanos...
Bom, ao menos a grande maioria dos projetos de MAGLEV que conheço usam materiais com características de supercondutores, inclusive o projeto desenvolvido na UFRJ, que usa o nitrogênio em estado líquido para o material usado chegar ao nível de "supercondutividade necessário", porém se tem como sem usar essa característica, tudo bem. Quanto a geração de energia cinética, é algo bem similar ao que é usado na Fórmula 1, o
KERS, ao menos lá os caras ainda estão apanhando um pouco nesse modelo de armazenamento que usa energia cinética, mas parece que é devido ao peso, o que não deverá ser muito problemático num navio desses.
Ao menos uma vantagem que vejo nesse sistema frente as catapultas a vapor é o maior controle, ao menos creio ser mais fácil lançar aviões de diferentes pesos e também uma aceleração mais gradual, gerando um menor estresse no avião.