AFEGANISTÃO
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Re: Notícias de Afeganistão
terra.com.br
Combates no Afeganistão matam 2 soldados americanos 5 insurgentes
23 de abril de 2010
Um combate entre a Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf) e insurgentes ontem à noite na província oriental de Lagar resultou na morte de dois soldados norte-americanos e cinco talibãs, informou hoje a força da Otan.
O confronto ocorreu no distrito de Puli Alam, onde uma força conjunta afegã e da Isaf efetuava uma inspeção após receber informação de inteligência sobre a existência de atividades insurgentes na região.
Ao se aproximarem do local, a força conjunta foi recebida a tiros de metralhadoras pesadas de diferentes pontos.
Na troca de tiros, segundo a Isaf, morreram cinco insurgentes, incluindo um comandante talibã.
Os dois soldados americanos morreram após os combates em consequência dos ferimentos.
As regiões orientais e meridionais do Afeganistão registram a maior parte dos enfrentamentos entre a insurgência talibã e os soldados internacionais destacados no país.
Combates no Afeganistão matam 2 soldados americanos 5 insurgentes
23 de abril de 2010
Um combate entre a Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf) e insurgentes ontem à noite na província oriental de Lagar resultou na morte de dois soldados norte-americanos e cinco talibãs, informou hoje a força da Otan.
O confronto ocorreu no distrito de Puli Alam, onde uma força conjunta afegã e da Isaf efetuava uma inspeção após receber informação de inteligência sobre a existência de atividades insurgentes na região.
Ao se aproximarem do local, a força conjunta foi recebida a tiros de metralhadoras pesadas de diferentes pontos.
Na troca de tiros, segundo a Isaf, morreram cinco insurgentes, incluindo um comandante talibã.
Os dois soldados americanos morreram após os combates em consequência dos ferimentos.
As regiões orientais e meridionais do Afeganistão registram a maior parte dos enfrentamentos entre a insurgência talibã e os soldados internacionais destacados no país.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
Re: Notícias de Afeganistão
A mágica já começou...
25/04/2010 - 14h43
Afeganistão poderá assumir segurança do país em 4 a 5 anos
CABUL (Reuters) - As forças de segurança do Afeganistão levarão de quatro a cinco anos para serem totalmente capazes de assumir a responsabilidade pela segurança do país, disse neste domingo o ministro afegão da Defesa.
Ministros de Relações Exteriores da OTAN anunciaram, na semana passada, um plano para começar a entregar as operações de segurança às tropas afegãs em algumas províncias no ano que vem, para que as forças ocidentais possam iniciar a retirada.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Washington começará a retirar suas tropas do Afeganistão em meados de 2011. Essa retirada, contudo, não será abrupta e terá seu ritmo determinado pela capacidade das forças afegãs.
"Finalizar este processo e assumir a responsabilidade total pela segurança do país levará de quatro a cinco anos", disse neste domingo o porta-voz do governo afegão, Zaher Azimi.
Atualmente, as forças afegãs estão encarregadas da segurança apenas na capital do país, Cabul.
(Reportagem de Peter Graff)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -anos.jhtm
25/04/2010 - 14h43
Afeganistão poderá assumir segurança do país em 4 a 5 anos
CABUL (Reuters) - As forças de segurança do Afeganistão levarão de quatro a cinco anos para serem totalmente capazes de assumir a responsabilidade pela segurança do país, disse neste domingo o ministro afegão da Defesa.
Ministros de Relações Exteriores da OTAN anunciaram, na semana passada, um plano para começar a entregar as operações de segurança às tropas afegãs em algumas províncias no ano que vem, para que as forças ocidentais possam iniciar a retirada.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Washington começará a retirar suas tropas do Afeganistão em meados de 2011. Essa retirada, contudo, não será abrupta e terá seu ritmo determinado pela capacidade das forças afegãs.
"Finalizar este processo e assumir a responsabilidade total pela segurança do país levará de quatro a cinco anos", disse neste domingo o porta-voz do governo afegão, Zaher Azimi.
Atualmente, as forças afegãs estão encarregadas da segurança apenas na capital do país, Cabul.
(Reportagem de Peter Graff)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -anos.jhtm
- Viktor Reznov
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Re: Notícias de Afeganistão
ô sonho
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Re: Notícias de Afeganistão
O problema maior é que este podera não significa necessariamente que eles terão capacidade de assumir, e sim que terão de assumir esta responsabilidade. Proque manter a seguranç do pais nem mesmo a OTAN tem feito direito...Afeganistão poderá assumir segurança do país em 4 a 5 anos
Re: Notícias de Afeganistão
Começou de novo...
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Cruz Vermelha confirma existência de prisão secreta dos EUA no Afeganistão
Uma base aérea dos Estados Unidos em Bagram, no Afeganistão, contém uma unidade para a detenção de prisioneiros que é separada de sua prisão principal, a Cruz Vermelha confirmou à BBC.
Nove ex-prisioneiros disseram à BBC que foram detidos em um prédio separado onde sofreram abusos.
Militares americanos dizem que a prisão principal, hoje chamada de Centro de Detenção de Parwan, é a única unidade de detenção existente na base.
Eles acrescentaram, no entanto, que vão investigar as denúncias de abusos feitas à BBC.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) disse que desde agosto de 2009 as autoridades americanas vêm informando à organização os nomes de pessoas detidas em uma unidade separada em Bagram.
As declarações do ICRC foram feitas quando o comitê foi questionado pela BBC sobre a existência da unidade, conhecida, entre muitos ex-prisioneiros, como Prisão "Tor", em tradução literal do idioma pashtun, "prisão negra".
Nas últimas semanas, a BBC registrou depoimentos de nove prisioneiros que dizem ter sido detidos lá.
Os relatos individuais são consistentes. Os homens teriam sido mantidos em isolamento em celas frias com luzes acesas dia e noite.
Eles também teriam sido impedidos de dormir pelos militares americanos.
Em resposta às denúncias, o vice-almirante Robert Harward, responsável pelas prisões americanas no Afeganistão, negou a existência da unidade ou quaisquer abusos.
Ele disse à BBC que o Centro de Detenção de Parwan é o único do tipo mantido pelos Estados Unidos no Afeganistão.
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Cruz Vermelha confirma existência de prisão secreta dos EUA no Afeganistão
Uma base aérea dos Estados Unidos em Bagram, no Afeganistão, contém uma unidade para a detenção de prisioneiros que é separada de sua prisão principal, a Cruz Vermelha confirmou à BBC.
Nove ex-prisioneiros disseram à BBC que foram detidos em um prédio separado onde sofreram abusos.
Militares americanos dizem que a prisão principal, hoje chamada de Centro de Detenção de Parwan, é a única unidade de detenção existente na base.
Eles acrescentaram, no entanto, que vão investigar as denúncias de abusos feitas à BBC.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) disse que desde agosto de 2009 as autoridades americanas vêm informando à organização os nomes de pessoas detidas em uma unidade separada em Bagram.
As declarações do ICRC foram feitas quando o comitê foi questionado pela BBC sobre a existência da unidade, conhecida, entre muitos ex-prisioneiros, como Prisão "Tor", em tradução literal do idioma pashtun, "prisão negra".
Nas últimas semanas, a BBC registrou depoimentos de nove prisioneiros que dizem ter sido detidos lá.
Os relatos individuais são consistentes. Os homens teriam sido mantidos em isolamento em celas frias com luzes acesas dia e noite.
Eles também teriam sido impedidos de dormir pelos militares americanos.
Em resposta às denúncias, o vice-almirante Robert Harward, responsável pelas prisões americanas no Afeganistão, negou a existência da unidade ou quaisquer abusos.
Ele disse à BBC que o Centro de Detenção de Parwan é o único do tipo mantido pelos Estados Unidos no Afeganistão.
- marcelo l.
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Re: Notícias de Afeganistão
http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... 0?page=0,0
Obama hopes that good Afghan policy will mean good U.S. politics
A month ago, the Obama administration's relations with Afghan President Hamid Karzai were broken, with the insulted Afghan president threatening to join the Taliban. Today, early April seems like a lifetime ago. In a White House meeting this week that was almost canceled in April, U.S. President Barack Obama decisively allied himself with Karzai.
During his news conference with Karzai, Obama reaffirmed his intention to begin withdrawing U.S. forces in July 2011. Obama undoubtedly wants to run for re-election in 2012 with the message that he wound down the wars in Iraq and Afghanistan. He may be using Richard Nixon's first term as a model. Nixon reduced the U.S. head count in Vietnam from more than 500,000 to just a few thousand by election day in 1972. That wind down of the war, combined with an economic rebound and a weak opponent, resulted in a landslide re-election.
The dangers of Obama's July 2011 withdrawal declaration are well known. The Taliban, with ample sanctuaries, can easily conserve their resources and adjust the tempo of their operations to extract maximum political effect. Once a U.S. withdrawal begins, it will become irreversible. Political events might even lead to its acceleration. The United States' remaining coalition partners surely won't dither on the tarmac. Another risk is that Afghanistan's security forces will not be ready to accept heavy responsibility in 14 months.
Obama undoubtedly understands this. Doesn't his policy of a quick U.S. withdrawal risk creating an even bigger mess, a debacle of his making that he would have to fix in his second term?
We have to assume that Obama and his advisors have thought this through. Obama's statements indicate an intention to gradually transition from the current large-scale manpower-intensive counterinsurgency (COIN) campaign to a small-scale advisor-based security assistance program. In addition, they have likely concluded that the 2010 troop surge and its suppression of the Taliban in Afghanistan's south further reduces the risk of transitioning from COIN to purely security assistance.
The best military strategy isn't very good if it can't maintain political support. A small security assistance program might be riskier than a well-staffed counterinsurgency campaign, but that comparison is irrelevant if the COIN campaign is no longer politically realistic. Seeing what happened to the political support for the counterinsurgency campaign in Iraq on election day in 2006 and 2008, Obama apparently doesn't want to take any political chances with his campaign in Afghanistan. Better to end it on his terms than risk having the electorate end it for him.
Some may see Obama's withdrawal plan as a cynical move to get reelected in 2012. If it works, he will have to live with the consequences. Obama and his advisors have apparently concluded that a smaller advisor-based and open-ended security assistance program will keep Afghanistan from becoming a headache in his second term. If he gets re-elected, he will get a chance to experience that theory.
Obama hopes that good Afghan policy will mean good U.S. politics
A month ago, the Obama administration's relations with Afghan President Hamid Karzai were broken, with the insulted Afghan president threatening to join the Taliban. Today, early April seems like a lifetime ago. In a White House meeting this week that was almost canceled in April, U.S. President Barack Obama decisively allied himself with Karzai.
During his news conference with Karzai, Obama reaffirmed his intention to begin withdrawing U.S. forces in July 2011. Obama undoubtedly wants to run for re-election in 2012 with the message that he wound down the wars in Iraq and Afghanistan. He may be using Richard Nixon's first term as a model. Nixon reduced the U.S. head count in Vietnam from more than 500,000 to just a few thousand by election day in 1972. That wind down of the war, combined with an economic rebound and a weak opponent, resulted in a landslide re-election.
The dangers of Obama's July 2011 withdrawal declaration are well known. The Taliban, with ample sanctuaries, can easily conserve their resources and adjust the tempo of their operations to extract maximum political effect. Once a U.S. withdrawal begins, it will become irreversible. Political events might even lead to its acceleration. The United States' remaining coalition partners surely won't dither on the tarmac. Another risk is that Afghanistan's security forces will not be ready to accept heavy responsibility in 14 months.
Obama undoubtedly understands this. Doesn't his policy of a quick U.S. withdrawal risk creating an even bigger mess, a debacle of his making that he would have to fix in his second term?
We have to assume that Obama and his advisors have thought this through. Obama's statements indicate an intention to gradually transition from the current large-scale manpower-intensive counterinsurgency (COIN) campaign to a small-scale advisor-based security assistance program. In addition, they have likely concluded that the 2010 troop surge and its suppression of the Taliban in Afghanistan's south further reduces the risk of transitioning from COIN to purely security assistance.
The best military strategy isn't very good if it can't maintain political support. A small security assistance program might be riskier than a well-staffed counterinsurgency campaign, but that comparison is irrelevant if the COIN campaign is no longer politically realistic. Seeing what happened to the political support for the counterinsurgency campaign in Iraq on election day in 2006 and 2008, Obama apparently doesn't want to take any political chances with his campaign in Afghanistan. Better to end it on his terms than risk having the electorate end it for him.
Some may see Obama's withdrawal plan as a cynical move to get reelected in 2012. If it works, he will have to live with the consequences. Obama and his advisors have apparently concluded that a smaller advisor-based and open-ended security assistance program will keep Afghanistan from becoming a headache in his second term. If he gets re-elected, he will get a chance to experience that theory.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- EDSON
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Re: Notícias de Afeganistão
Este video surpreende que mesmo sofrendo ataque de A10 e Apaches os Talibãs conseguem a rendição de integrantes do Exército Afegão.
Re: Notícias de Afeganistão
Um texto que achei interessente... se já postaram desculpe.
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https://conteudoclippingmp.planejamento ... em-karzai/
Obama esbarra em Karzai
Autor(es): Agência O Globo/
O Globo - 01/04/2010
O que têm a ver a viagem do presidente Barack Obama a Cabul, para 25 minutos de conversa com o presidente Hamid Karzai, que só foi avisado da chegada uma hora antes, e a informação dada ontem pela ONU de que o Afeganistão segue sendo o maior produtor mundial de ópio e, agora também, de haxixe? Muito. Imagine-se o presidente da única grande potência passar a noite no avião para uma chegada praticamente de surpresa a Cabul, um jantar de menos de meia hora com seu anfitrião e um rápido encontro com tropas americanas — este uma espécie de álibi para o inesperado deslocamento. Obama foi dar um puxão de orelhas em Karzai.
E onde entra o ópio nessa história? Na família Karzai. O irmão do presidente, Ahmed Wali Karzai, dá as cartas no Sul do Afeganistão, particularmente em Kandahar, berço do Talibã, movimento que os EUA lutam para derrotar, supostamente com o apoio do governo Karzai. Os interesses do primeiro irmão incluem forte relação com o cultivo de ópio.
O Afeganistão foi o objetivo inicial dos EUA na guerra ao terror porque o talibã, então no poder, deu acolhida ao inimigo público número um, Osama bin Laden, e se recusou a entregá-lo a Washington. A intervenção teve aval da ONU, apoio da Otan e derrubou o talibã. Os EUA acharam suficiente e passaram ao capítulo seguinte — o Iraque.
Oito anos e mais de 1 mil baixas depois, os americanos “descobriram” que o Afeganistão, com Karzai no leme, estava à deriva, a Otan levando bala e o talibã retomando muito do que havia perdido. Após ter gasto mais de US$ 200 bilhões, os EUA chegaram a outra grave conclusão: seu parceiro afegão, Hamid Karzai, não é confiável. Washington teve certeza disto quando Karzai fez ouvidos moucos a todas as exortações americanas para que combata a corrupção em seu governo e o torne minimamente eficaz.
Obama e Karzai andaram às turras antes da viagem relâmpago do primeiro a Cabul. O presidente afegão emasculou uma comissão que apuraria as fraudes na eleição que o reelegeu, alegadamente com a decisiva ajuda do primeiro irmão. Irritado, Obama cancelou uma visita agendada de Hamid Karzai a Washington.
Em retaliação, este convidou a Cabul ninguém menos que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que desfilou em palácio sua conhecida cantilena de ódio aos EUA. Foi a gota dágua para Obama.
As circunstâncias da viagem do presidente americano à capital afegã ilustram o tamanho do que está em jogo ali. Atendendo ao comandante americano no país, general McCrystal, Obama enviou mais 30 mil soldados americanos para reforçar o combate ao talibã. Estabilizar o Afeganistão é vital para a estratégia americana, já que a ação radical de cunho religioso islâmico do talibã contamina amplas áreas e setores do vizinho Paquistão. Como se sabe, este é um caldeirão fervente de movimentos islâmicos radicais, al-Qaeda inclusive, com um governo central fraco e um paiol onde repousam algumas ogivas nucleares. Podese imaginar o tamanho da encrenca se qualquer um desses grupos radicais fugir ao controle ou se tornar hegemônico. Como disse uma alta fonte americana ao “New York Times”, “ainda estamos aprendendo a lidar com o Karzai que temos”.
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https://conteudoclippingmp.planejamento ... em-karzai/
Obama esbarra em Karzai
Autor(es): Agência O Globo/
O Globo - 01/04/2010
O que têm a ver a viagem do presidente Barack Obama a Cabul, para 25 minutos de conversa com o presidente Hamid Karzai, que só foi avisado da chegada uma hora antes, e a informação dada ontem pela ONU de que o Afeganistão segue sendo o maior produtor mundial de ópio e, agora também, de haxixe? Muito. Imagine-se o presidente da única grande potência passar a noite no avião para uma chegada praticamente de surpresa a Cabul, um jantar de menos de meia hora com seu anfitrião e um rápido encontro com tropas americanas — este uma espécie de álibi para o inesperado deslocamento. Obama foi dar um puxão de orelhas em Karzai.
E onde entra o ópio nessa história? Na família Karzai. O irmão do presidente, Ahmed Wali Karzai, dá as cartas no Sul do Afeganistão, particularmente em Kandahar, berço do Talibã, movimento que os EUA lutam para derrotar, supostamente com o apoio do governo Karzai. Os interesses do primeiro irmão incluem forte relação com o cultivo de ópio.
O Afeganistão foi o objetivo inicial dos EUA na guerra ao terror porque o talibã, então no poder, deu acolhida ao inimigo público número um, Osama bin Laden, e se recusou a entregá-lo a Washington. A intervenção teve aval da ONU, apoio da Otan e derrubou o talibã. Os EUA acharam suficiente e passaram ao capítulo seguinte — o Iraque.
Oito anos e mais de 1 mil baixas depois, os americanos “descobriram” que o Afeganistão, com Karzai no leme, estava à deriva, a Otan levando bala e o talibã retomando muito do que havia perdido. Após ter gasto mais de US$ 200 bilhões, os EUA chegaram a outra grave conclusão: seu parceiro afegão, Hamid Karzai, não é confiável. Washington teve certeza disto quando Karzai fez ouvidos moucos a todas as exortações americanas para que combata a corrupção em seu governo e o torne minimamente eficaz.
Obama e Karzai andaram às turras antes da viagem relâmpago do primeiro a Cabul. O presidente afegão emasculou uma comissão que apuraria as fraudes na eleição que o reelegeu, alegadamente com a decisiva ajuda do primeiro irmão. Irritado, Obama cancelou uma visita agendada de Hamid Karzai a Washington.
Em retaliação, este convidou a Cabul ninguém menos que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que desfilou em palácio sua conhecida cantilena de ódio aos EUA. Foi a gota dágua para Obama.
As circunstâncias da viagem do presidente americano à capital afegã ilustram o tamanho do que está em jogo ali. Atendendo ao comandante americano no país, general McCrystal, Obama enviou mais 30 mil soldados americanos para reforçar o combate ao talibã. Estabilizar o Afeganistão é vital para a estratégia americana, já que a ação radical de cunho religioso islâmico do talibã contamina amplas áreas e setores do vizinho Paquistão. Como se sabe, este é um caldeirão fervente de movimentos islâmicos radicais, al-Qaeda inclusive, com um governo central fraco e um paiol onde repousam algumas ogivas nucleares. Podese imaginar o tamanho da encrenca se qualquer um desses grupos radicais fugir ao controle ou se tornar hegemônico. Como disse uma alta fonte americana ao “New York Times”, “ainda estamos aprendendo a lidar com o Karzai que temos”.
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Re: Notícias de Afeganistão
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Dois soldados italianos morrem em atentado no Afeganistão
17 de maio de 2010 •
Dois soldados italianos morreram nesta segunda-feira em um atentado sofrido no noroeste do Afeganistão e outros dois ficaram feridos, informaram fontes do Ministério da Defesa. Os quatro soldados viajavam em um veículo blindado Lince que fazia parte de um comboio que saiu da cidade de Herat e se dirigia para Bala Murghab, na província de Badghis, no oeste do país, e não ao contrário como se informou de início.
Segundo as primeiras informações, uma bomba explodiu durante a passagem do veículo, que ocupava o quarto lugar na cabeceira do comboio e estava a 25 quilômetros ao sul de Bala Murghab. Os dois feridos, feridos gravimente, foram levados para o hospital de campo de Herat em helicópteros da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf). O comboio atacado era formado por veículos de diferentes nacionalidades, assinalaram as mesmas fontes.
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Seguem as perdas da OTAN, até quando?
Dois soldados italianos morrem em atentado no Afeganistão
17 de maio de 2010 •
Dois soldados italianos morreram nesta segunda-feira em um atentado sofrido no noroeste do Afeganistão e outros dois ficaram feridos, informaram fontes do Ministério da Defesa. Os quatro soldados viajavam em um veículo blindado Lince que fazia parte de um comboio que saiu da cidade de Herat e se dirigia para Bala Murghab, na província de Badghis, no oeste do país, e não ao contrário como se informou de início.
Segundo as primeiras informações, uma bomba explodiu durante a passagem do veículo, que ocupava o quarto lugar na cabeceira do comboio e estava a 25 quilômetros ao sul de Bala Murghab. Os dois feridos, feridos gravimente, foram levados para o hospital de campo de Herat em helicópteros da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf). O comboio atacado era formado por veículos de diferentes nacionalidades, assinalaram as mesmas fontes.
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Seguem as perdas da OTAN, até quando?
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Re: Notícias de Afeganistão
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Cinco soldados da Otan mortos no Afeganistão são americanos
18 de maio de 2010
Cinco dos seis soldados da Otan mortos no atentado suicida com carro-bomba esta terça-feira em Cabul são americanos, informou a Otan à AFP.
No atentado também morreram 12 civis afegãos, indicou a fonte. A nacionalidade da sexta vítima não foi divulgada.
Cinco veículos da Otan e vários carros civis foram danificados na explosão.
No total, 208 militares estrangeiros, entre eles 130 americanos, morreram no Afeganistão desde o início de 2010, segundo contagem da AFP com base no site independente icasualties.org.
Cinco soldados da Otan mortos no Afeganistão são americanos
18 de maio de 2010
Cinco dos seis soldados da Otan mortos no atentado suicida com carro-bomba esta terça-feira em Cabul são americanos, informou a Otan à AFP.
No atentado também morreram 12 civis afegãos, indicou a fonte. A nacionalidade da sexta vítima não foi divulgada.
Cinco veículos da Otan e vários carros civis foram danificados na explosão.
No total, 208 militares estrangeiros, entre eles 130 americanos, morreram no Afeganistão desde o início de 2010, segundo contagem da AFP com base no site independente icasualties.org.
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Re: Notícias de Afeganistão
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Talibãs atacam base da Otan no Afeganistão
18 de maio de 2010
Talibãs atacaram na madrugada desta quarta-feira a base militar de Bagram, no norte do Afeganistão, ferindo ao menos cinco soldados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Os combates prosseguem.
"Sete rebeldes foram mortos no ataque, que prossegue em torno de Bagram", revelou um oficial da Otan, que cita ainda "cinco soldados da base feridos". Segundo o oficial, os talibãs utilizam "foguetes, granadas e armas automáticas".
Um porta-voz dos talibãs confirmou a ação e disse à AFP que "hoje, por volta das 5h (21h30 de Brasília), 20 camicases atacaram a base de Bagram pelos flancos leste e oeste". Segundo o porta-voz, Zabihullah Mujahid, "quatro camicases acionaram cinturões com explosivos e os combates prosseguem em torno da base".
Bagram, ao norte de Cabul, é uma enorme base e aeroporto militar da Otan, onde as forças internacionais no Afeganistão também mantêm uma prisão. O ataque ocorre algumas horas após a Otan perder oito soldados no Afeganistão, na terça-feira.
Seis militares, sendo cinco americanos e um canadense, morreram em um ataque suicida com carro-bomba em Cabul, que matou 18 pessoas no total. Outros dois soldados foram mortos no sul do país, elevando a 210 o número total de militares estrangeiros caídos este ano no Afeganistão.
Talibãs atacam base da Otan no Afeganistão
18 de maio de 2010
Talibãs atacaram na madrugada desta quarta-feira a base militar de Bagram, no norte do Afeganistão, ferindo ao menos cinco soldados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Os combates prosseguem.
"Sete rebeldes foram mortos no ataque, que prossegue em torno de Bagram", revelou um oficial da Otan, que cita ainda "cinco soldados da base feridos". Segundo o oficial, os talibãs utilizam "foguetes, granadas e armas automáticas".
Um porta-voz dos talibãs confirmou a ação e disse à AFP que "hoje, por volta das 5h (21h30 de Brasília), 20 camicases atacaram a base de Bagram pelos flancos leste e oeste". Segundo o porta-voz, Zabihullah Mujahid, "quatro camicases acionaram cinturões com explosivos e os combates prosseguem em torno da base".
Bagram, ao norte de Cabul, é uma enorme base e aeroporto militar da Otan, onde as forças internacionais no Afeganistão também mantêm uma prisão. O ataque ocorre algumas horas após a Otan perder oito soldados no Afeganistão, na terça-feira.
Seis militares, sendo cinco americanos e um canadense, morreram em um ataque suicida com carro-bomba em Cabul, que matou 18 pessoas no total. Outros dois soldados foram mortos no sul do país, elevando a 210 o número total de militares estrangeiros caídos este ano no Afeganistão.
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- thiagokrioca
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Re: Notícias de Afeganistão
se esses caras são assim até com as portas de vidro... imagina em uma guerra???
"Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se."
- cabeça de martelo
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Re: Notícias de Afeganistão
O tipo era Taliban? É que não há nada que o indique isso. Se queres deixar piadas há já vários tópicos para isso nas "Gerais". Aqui fala-se de assuntos sérios.