Página 95 de 104

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 01, 2014 3:43 pm
por denilson
Cross escreveu:
Grep escreveu:“Fui cobaia numa aula de tortura”: nos 50 anos do golpe, o depoimento da historiadora Dulce Pandolfi

Postado em 28 Mar 2014por : Diario do Centro do Mundo



A historiadora Dulce Pandolfi deu, no ano passado, um depoimento estarrecedor à Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro sobre as torturas que sofreu na ditadura. Dulce, que era da Aliança Libertadora Nacional, ALN, tinha 21 anos quando foi presa em 1970. Durante três meses no DOI CODI, sofreu todo tipo de sevícias. Nos 50 anos do golpe, o DCM reproduz trechos de seu relato (a íntegra está aqui):
Ah que dó.... pegou em armas pra implantar aqui uma ditadura comunista e depois achou ruim ter sido torturada? Merecia é ter tomado um tiro na base da nuca e ser enterrada numa cova não marcada.
:shock: Incrível....

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 01, 2014 6:03 pm
por Duka
Interessante matéria da BBC Brasil, e mais interessante é a capacidade de auto-critica desta senhora (antepenúltimo parágrafo). Realmente e infelizmente, uma exceção.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_fl.shtml

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 01, 2014 7:16 pm
por Penguin
Duka escreveu:Interessante matéria da BBC Brasil, e mais interessante é a capacidade de auto-critica desta senhora (antepenúltimo parágrafo). Realmente e infelizmente, uma exceção.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_fl.shtml
Pois é, muito honesta:
"A luta armada foi a estratégia certa? Você faria tudo de novo?", pergunto-lhe.
"Com a cabeça que tenho hoje, não. Terminamos derrotados, muitos de nós perderam a vida por nada", diz ela.
"Até hoje não fizeram a reflexão de que pregávamos uma ditadura de esquerda - que são terríveis. Muitos não queriam ver as denúncias que vinham da União Soviética sobre perseguições e mortes."
Foi esta reflexão sobre o comunismo que lhe inspirou a escrever o livro Um Cadáver ao Sol, que relata, segundo ela, como a ditadura comunista pode conduzir à "autodestruição".
"A democracia ainda é o caminho para construir vielas de idealização. Pode não ser perfeito, mas é a melhor forma de governo".

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Ter Abr 01, 2014 10:34 pm
por Rodrigoiano
Tenho algumas ressalvas quanto aos índios, especialmente em relação ao tamanho absurdamente grande de suas reservas, mas esse lamentável episódio de abusos da época da ditadura contra eles é uma mancha triste na nossa história.

==================


"Silêncios da Ditadura" mostra os anos de chumbo para os índios

Na segunda reportagem sobre os 50 anos da ditadura militar, Fábio Diamante conversou com índios que foram presos e torturados. Crimes que sequer foram reconhecidos pelo Governo.

Fonte: SBT Brasil

http://www.sbt.com.br/jornalismo/notici ... ztpDKLjJww

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Abr 02, 2014 12:18 pm
por rodrigo
“Muita gente ficou dentro do armário e hoje é vendida como herói da resistência”, diz Carlos Heitor Cony

Ao longo da história, o que diferencia hoje as pessoas que são consideradas heróis da ditadura das demais que viveram naquele período? Tem muita mistificação. Muita gente que ficou dentro do armário, debaixo da cama, e hoje é vendida na televisão como herói da resistência. Não houve essa resistência toda, pelo contrario. A turma toda aceitou o golpe ou ficou em cima do muro.

O que o senhor acha das investigações da Comissão da Verdade? Sinceramente, não acredito muito nela não. Acho um pouco furada. Eu fui convidado para dar um depoimento e eu não fui. Não fui pelo seguinte, a Comissão da Verdade tem um nome: Vladimir Herzog. E todo mundo sabe que ele foi enforcado. Ninguém tem dúvida disso, não há o que investigar. Se tivesse uma Comissão da Verdade Sérgio Fleury, que era um delegado do DOPS que perseguiu os opositores, eu também não iria depor. Depor pra que? Essa comissão deveria ser neutra e apurar tudo. Chamá-la de Vladimir Herzog significa que ela já tomou um partido, não é isenta. Eu não poderia ir a uma comissão dessas. Elas partem de um pressuposto: tentar incriminar os militares. Os militares não precisam de uma comissão. A gente sabe mais ou menos o que houve. Não sabemos nomes, mas não me interessa. O que me interessa é que o regime como um todo torturou, matou, enterrou, mas isso todo mundo sabe. Agora, apurar isso, está sujeito a injustiças, há gente que quer se promover, e os principais gorilas já sabemos quem são.

Se a ditadura não tivesse acontecido, como o senhor diria que seria o Brasil hoje? O Brasil não teve uma tradição fascista. Tivemos Getúlio Vargas que foi uma ditadura progressiva. Ele fez a legislação trabalhista, começou a industrialização no Brasil. Mas se a revolução de 1964 tivesse vencido provavelmente teríamos uma república sindicalista, que também é perigosa. No caso do PT, o escândalo do mensalão nos mostra que este é um partido sem ética nenhuma, de esquerda, mas sem ética. Se Jango tivesse vencido em 1964, estaríamos hoje refém dos sindicatos, que também seria uma tragédia.

http://veja.abril.com.br/blog/meus-livr ... itor-cony/

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Abr 02, 2014 5:43 pm
por Francisco Carlos Dutzig
Sou contra qualquer tipo de ditadura sou a favor da democracia, e se pegaram em armas para defender a democracia foram só das esquerdas isto não lhe tira o mérito na defesa contra a intolerância e pelegagem, e sim pelo livre arbítrio.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Abr 02, 2014 7:07 pm
por Clermont
Francisco Carlos Dutzig escreveu:Sou contra qualquer tipo de ditadura sou a favor da democracia, (...)
Concordo, absolutamente.
(...) e se pegaram em armas para defender a democracia foram só das esquerdas isto não lhe tira o mérito na defesa contra a intolerância e pelegagem, e sim pelo livre arbítrio.
Discordo, absolutamente.

Olha aqui, ninguém, repito, NINGUÉM que pegou em armas (mais comumente para roubar bancos do que para lutar, cara a cara, com militares) ou que colocou bombas (como aquela do Aeroporto dos Guararapes, ou do Quartel-General do 2º Exército brasileiro); repito, de novo, NINGUÉM estava lutando "para defender a democracia".

Muito menos, contra a "intolerância e pelegagem". E, dizer que, por exemplo, aquelas dezenas e dezenas de militantes do PC do B, que foram os culpados pela destruição de vidas, sofrimentos e perda de propriedades dos infelizes e humildes habitantes da região do Araguaia, lutavam "pelo livre arbítrio", seria de provocar gargalhadas infinitas, se não fosse um absurdo trágico. O PC do B é o partido que considerava a Albânia de Enver Hoxha como "exemplo de desenvolvimento para a humanidade"; é o partido que lança manifestos oficiais para defender a Coréia do Norte. Isso é defender o "livre arbítrio"?

Todos os que pertenceram a grupos ideológicos de orientação marxista-leninista matavam, roubavam, botavam bombas, não para "defender a democracia", mas sim pela "revolução do proletariado", ou pela "revolução do campesinato" ou outra bobajada ideológica qualquer. Pode ter havido exceções, como, por exemplo, as tentativas de resistência armada de grupos ligados a Leonel Brizola, compostos pelos chamados "militares nacionalistas" (como o coronel Jeferson Cardim), que, talvez, tivessem outros objetivos em mente para o Brasil, mas isso é outra história.

Quem queria "defender a democracia", lutou com outras armas, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Petrônio Portella e, outros que me fogem à memória.

Quanto a gente como Rubens Paiva, ou Wladimir Herzog, foram vítimas pegas no fogo cruzado. Esses dois não tinham vinculações com luta armada ou coisas do gênero, embora fossem de esquerda (Herzog era mesmo um comunista do PCB, só que esse partido, o velho "Pecebão", nada tinha a ver com o desvario da luta armada). Mas essas tragédias ocorreram porque a selvageria da repressão aos terroristas acabou dando vida própria aos órgãos de repressão, que passaram a atuar, algumas vezes, fora da cadeia de comando. Prova disso foi que o assassinato de Vladimir Herzog, seguido, meses depois, pelo assassinato de um operário metalúrgico, levou ao afastamento do comandante do 2º Exército por ordem do presidente Geisel.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Abr 02, 2014 7:52 pm
por FCarvalho
Entre 1964 e 1985 não existem anjos e demônios. Apenas pessoas acertando e errando de um lado e de outro dos muros.

abs.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qua Abr 02, 2014 9:26 pm
por Clermont
FCarvalho escreveu:Entre 1964 e 1985 não existem anjos e demônios.
Demônios, existiram sim, com toda certeza.

Um sujeito como Lamarca, que planeja atacar o quartel onde, até um dia antes, estavam seus amigos, seus camaradas de armas e que, friamente, manda executar um jovem camarada oficial da PM, é um demônio.

Assim, como eram uns demônios, o sargento e o capitão do Exército que levaram bombas dentro de um carro, para plantá-las no meio de um show onde se reuniriam centenas e centenas de jovens inocentes.

Já os anjos, eu não sei...

Uma das minhas hístórias favoritas talvez tenha um ou dois anjos. É a seguinte, dizem que, certa feita, um grupo do DOI-CODI capturou um subversivo. Eles não o levaram para seu comando, pois estavam com pressa de "trabalhar" nele (se é que me entendem :twisted: ) portanto, escolheram um determinado quartel mais próximo, na Vila Militar. O oficial de dia, que os recebeu, ao saber qual era a intenção, proibiu a entrada deles nas instalações e entrou em contato com seu oficial-comandante em casa. Este, ao ficar a par do acontecido, deu ordens ao oficial de dia para impedir a entrada dos homens da "Comunidade" no quartel.

Realmente, não sei se isso foi ou não verdade, mas gosto muito de pensar que foi, sim. Eu diria que tanto o oficial de dia quanto o comandante do quartel eram, se não anjos, pelo menos, militares decentes e honrados.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Abr 03, 2014 12:24 am
por Francisco Carlos Dutzig
Democracia é isto poder defender todos os pontos de vistas e deixar o povo escolher, ditadura é isto impor só um ponto de vista e quem não concordar será perseguido ou eliminado.Estranho que só num regime de exeção de ditadura é que surgia a guerrilha, a resistência como na frança dominada. E eram pelegos sim e vendidos os chegaram ao poder e traira sua próprias afirmações de devolver o poder a democracia e se encastelaram e afundaram o país.O que o poder não faz aos que tem armas.Quer saber como os homens são delhem poder. Mas há os que sentem saudades porque naqueles tempos não viam notícias de escandalos, corrupção, havia sómente paz e progresso, esqueçem eles que a censura imposta só permitia este tipo de noticia para que todos pensassem estar vivendo numa ilha de fantasias.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Abr 03, 2014 3:27 am
por gingerfish
Antes de 1964, os militares não exerceram o poder em nome das Forças Armadas, principalmente do Exército, de forma duradoura.

Mas envolveram-se "amiúde" na política, com proclamações, manifestos, revoltas e ultimatos.

A partir de 1910, a "tentação" de intervir na política foi acompanhada de preocupações com as desordens internas que esse comportamento poderia acarretar. Primeiro tiveram medo, depois foi constatado que a participação na política provocaria debates, talvez conflitos, bem no seio da corporação, que atentariam contra a ordem hierárquica e sua eficiência.

A contradição de "não mexer com política" e as frequentes intervenções militares foram incômodas... Com o movimento de 1964, essa contradição tornou-se insustentável.

A fim de "conciliar exigência disciplinar" e "ação política militarista", concluíram que, para proteger a instituição, apenas a "elite hierárquica" trataria dos assuntos de Estado, em detrimento do restante da tropa que deveria ser mantido a distância.

Já dizia o general Orlando Geisel: "Queiramos ou não, estamos metidos na política." Para ele, política é só nos altos escalões. Capitão, major, coronel e até general de brigada não devem fazer política, porque política é coisa para o alto escalão, o mais alto...

Um pensamento da "elite militar" é que militares não fazem política, mas, se fizerem, e quando fizerem, isso é um assunto de general.

Os próprios cientistas sociais, cientistas políticos, só se interessam pela ação política dos mais graduados. Em se tratando da participação militar na política, praticamente com unanimidade, a maioria ficou longe dos círculos de decisão, e, se uma minoria resolvesse participar desse assunto, ela seria "um grupo de criminosos cuja conduta |fanática| não merece análise política".

Apenas generais levam o crédito de possuir uma doutrina, uma estratégia, ou uma "racionalidade política", e o status de participante político foi atribuído exclusivamente aos generais.

O militar subalterno, à medida que a organização reforçava sua coerência interna, dissolveu-se no grupo... surgiu aí a figura do "soldado cidadão", que existiu num momento como o da Proclamação da República, mas ele representou um risco para a instituição e sua figura desapareceu em benefício da figura do "soldado profissional", depois do "soldado corporação".

A "profissionalização" não os afastou da política, pois, com a "proliferação" de golpes de Estado, entre 1960 e 1970, aqui na América Latina mesmo, em países dotados de exércitos profissionalizados, como o Brasil, o Uruguai, o Chile e a Argentina, isso desmentiu categoricamente tal ideia. Mas, em vez de "intervenção militar" - coisa de politização de oficiais de todas as patentes -, o que surgiu foi a "intervenção dos generais".

É forçoso destacar que no século XX os generais participaram cada vez mais das intervenções políticas dos militares. Nos primeiros momentos da República, os agitadores foram quase sempre jovens oficiais.
Os principais artífices da Proclamação da República brasileira são |alunos oficiais| da Escola da Praia Vermelha, conquistados próximo de 1880 pelo republicanismo, pelo positivismo e pelo abolicionismo, que foram doutrinas modernas que modificaram sua relação com o mundo, e pela ideia de "soldado cidadão", isto é, de responsabilidade |individual| dos oficiais com relação à sociedade.

Mudando um pouco o assunto, o golpe e a manutenção do Regime Militar de 64 estão inscritos na Doutrina de Segurança Nacional, que teve origem nos Estados Unidos, e ela foi criada na Guerra Fria, no governo do general Eurico Gaspar Dutra, e essa "DSN" municiou intrinsecamente toda a estrutura de que precisavam para a instalação e a manutenção de um Estado forte.

A DSN foi embasado dentro da ESG, e é aí que o golpe foi dado. Ele não só tinha um lado destrutivo, como destruir o governo de Goulart, mas tinha uma doutrina de construção também; não obstante, ficaram 21 anos no poder.

Durante os 21 anos do Regime Militar não houve nenhum tipo de "alternância" partidária de poder, a não ser entre as correntes militares que trafegavam nas Forças Armadas. 21 anos de continuidade ininterrupta de generais na chefia do Estado brasileiro, mas de partidos diferentes.

Quando chegou o AI-5, as coisas adquiriram um outro perfil, programado para devolver a direção do Estado aos civis, mas teria que ser em bases confiáveis, uma relação de confiança para uma "não argentinização" do regime, para que os militares que cometeram excessos não fossem levados ao banco dos réus pelos crimes praticados durante o "dia que durou 21 anos"...

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Abr 03, 2014 3:46 am
por gingerfish
Esse aí é um assunto complicado. Dá vontade de recorrer à velha arte brasileira: a de rir para não chorar, mas, em meio a tantas riquezas conteudísticas, não dá nem pra rir nem pra chorar e nem sei se dá pra tomar uma posição.
Embora santos e demônios habitem o planeta, a maioria não é santa, mas também não é demoníaca.
Mas fato é que agora estamos numa democracia, e nosso compromisso é com ela. E democracia é isso aí... temos o "pluralismo político" que assegura a todos o direito de reconhecer e garantir a inclusão, no processo de formação da vontade geral, das diversas correntes de pensamento.

Amém!!!

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Qui Abr 03, 2014 6:53 am
por Clermont
Anistia tem legitimidade política e histórica (Editorial).

Globo - 2.04.14.

A Lei da Anistia, de 1979, foi um passo crucial para repor o país no caminho da redemocratização, processo que demandaria mais alguns anos, àquela altura já com sinais de irreversibilidade, mas ainda travado por arestas que dificultavam a imediata normalização institucional do Brasil.

A lei foi pactuada ao curso de delicada costura política, de um lado da mesa os generais, que permaneciam no comando do regime de 64, e, de outro, representantes do amplo arco de oposição ao governo dos militares.

Trata-se, portanto, de convenção sólida, com lastro político e jurídico inquestionável, essencial para a pacificação de um país que procurava saídas para encerrar o longo período de desvio do estado democrático.

No entanto, a Lei de Anistia ainda é alvo de contestações, mesmo tendo ela explicitamente incorporado o pressuposto do perdão recíproco — tanto a agentes da ditadura envolvidos, nos porões do regime, em atos reprováveis como a guerrilheiros/terroristas, inclusive aqueles ligados a ações que resultaram em mortes. Isso, apesar de o princípio da reciprocidade ter sido referendado pelo Congresso, no ato legislativo de aprovação da lei, e também em posteriores decisões do Supremo Tribunal Federal, que a ratificou integralmente.

É discussão que não se sustenta, mas que, infelizmente, ainda alimenta tentativas de uma revisão tão impossível quanto indesejada. Inviável porque, além de estar lastreada por decisão soberana do Congresso e por pareceres incontestáveis do STF, a Lei de Anistia tem uma legitimidade política e histórica cristalina. Mesmo a referência que, recentemente, o Ministério Público fez a decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos como base para pugnar pela anulação de seus efeitos é insustentável.

Pela palavra do próprio presidente daquela Corte, no fim do ano passado, decisões desse tribunal não podem se sobrepor a veredictos de uma Justiça nacional. E é indesejada porque o Brasil hoje é uma nação pacificada, em plena democracia. Em última análise, seria trocar a normalização institucional, pela qual tanto a sociedade brasileira lutou, por princípios tão duvidosos quanto casuísticos.

Neste sentido, o discurso de anteontem da presidente Dilma Rousseff, pregando o desarmamento político em relação a pactos e acordos políticos “que nos levaram à redemocratização”, precisa ser entendido e respaldado.

A Lei de Anistia é perene. Dilma, vítima do regime militar, o qual combateu como militante de organização de oposição e pelo qual foi feita prisioneira, é a chefe do Executivo, eleita democraticamente, e tem legitimidade para reconhecer e valorizar os compromissos traduzidos na Constituição 1988.

Por outro lado, a anistia se restringe a ações anteriores a 79. A lei não pode ser estendida a crimes cometidos após sua promulgação. Esses, sim, deveriam ter os responsáveis punidos (*).

_________________________________

[(*) Ou seja, os pilantras do Atentado do Riocentro estão de fora. Aliás, nunca entendi como aquele capitão do atentado ainda foi promovido a coronel e acabou sendo supervisor dentro da AMAN (era ele quem dizia quais livros podiam ou não podiam ser usados pelos professores de história). Além de um terrorista era um incompetente, pois nem conseguiu explodir seu objetivo (ainda bem) e, mesmo assim, ganhou promoção.]

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sex Abr 04, 2014 12:44 pm
por Viktor Reznov
Francisco Carlos Dutzig escreveu:Sou contra qualquer tipo de ditadura sou a favor da democracia, e se pegaram em armas para defender a democracia foram só das esquerdas isto não lhe tira o mérito na defesa contra a intolerância e pelegagem, e sim pelo livre arbítrio.
Acorda pra realidade, você está ignorando completamente a história do país.. Não teve nenhuma organização terrorista de esquerda que pegou em armas pra restaurar a democracia no Brasil, todas elas estava querendo implantar aqui o comunismo.

Re: Revanchismo sem fim

Enviado: Sáb Abr 05, 2014 12:20 am
por Francisco Carlos Dutzig
Francisco Carlos Dutzig escreveu:
Sou contra qualquer tipo de ditadura sou a favor da democracia, e se pegaram em armas para defender a democracia foram só das esquerdas isto não lhe tira o mérito na defesa contra a intolerância e pelegagem, e sim pelo livre arbítrio.


Acorda pra realidade, você está ignorando completamente a história do país.. Não teve nenhuma organização terrorista de esquerda que pegou em armas pra restaurar a democracia no Brasil, todas elas estava querendo implantar aqui o comunismo.

_________________
Assine a declaração de Praga criminalizando o comunismo.
http://praguedeclaration.org/

Acorde vc para a realidade a luta armada se deu só após o golpe militar, antes era tudo resolvido na democracia e no voto.Ou pelo menos tentava-se.