Ziba escreveu: Qua Jun 04, 2025 10:04 pmComo os Ucranianos sabiam que os aviões estavam la?Túlio escreveu: Qua Jun 04, 2025 6:20 pm
Me parece miopia pura isto: uma das muitas cláusulas dos tratados de armas estratégicas entre as grandes potências que possuem bombardeiros nucleares de longo alcance, mais especificamente o New START, é a de estes estarem sempre em posições perceptíveis aos demais, onde possam ser observados por satélites, e mudanças no seu status (como movê-los para hangares ou desdobramentos em outras bases) devem ser notificadas, de forma a tranquilizar a todos de que um ataque não está em andamento.
A suspensão de partes do New START pela Rússia (2023) e a retirada dos EUA de outros tratados, como o INF (2019), não afetaram esta cláusula; basta ver aqui mesmo no DB, no tópico sobre o Iêmen ou Irã SNME, fotos de satélite dos B2 em Diego Garcia: os caras JAMAIS dariam a posição destes bichos hiperpoderosos se não fossem obrigados a isto. Notar que esta exposição dos Spirit (e a seguir B52), ao alcance dos proxies do Irã, se deu com base justamente na tale de cláusula.
E aí, como fica? Nem mesmo os Houthis jamais se atreveram a lançar ataques contra os superbombardeiros da USAF. Ainda!
Agora o precedente foi aberto, não tem mais como voltar atrás; tudo passou a ser alvo legítimo, afinal, se a Rússia usa bombardeiros estratégicos contra a Ucrânia, os EUA usam os deles justamente contra os citados Houthis, além de ameaçarem constantemente o Irã e NK com eles. Questão de tempo para ser a vez deles, talvez alguns outros tipos de vetores estratégicos, como mísseis e talvez até algum SSN/SSGN/SSBN.
Acho que ninguém vai desperdiçar aqui o que vão acabar usando muito aí...
Agora é esperar pra ver; p ex se os Houthis atacarem com sucesso uma base assim dos EUA, adivinhes o que estes farão em troca.
Este telefonema de hoje provavelmente foi apenas o Zé tentando ganhar tempo, pois sabe que o inevitável está vindo.
NOTA: uma coisa é atacar este tipo de aeronave em voo de ataque, como são useiros e vezeiros contra a Ucrânia, aí tá limpeza abater, é autodefesa; o problema é atacá-los nas suas bases.