Clermont escreveu:O quê??!!
Acaso vocês estão insinuando que o Brasil perdeu tempo desde 1889? Que poderíamos ter continuado com a monarquia parlamentarista adaptada para o século XX que viria?
Mas, e o que vamos fazer com nossos "heróis" republicanos?
E Deodoro? E Floriano? E Ruy Barbosa? Como é que ficam?
E o feriado de 15 de Novembro? Que fazemos com ele?
E o EB, a MB e a FAB?
Eles vão querer ser chamados de EIB (Exército Imperial Brasileiro); MIB (Marinha Imperial Brasileira) e FAIB (Força Aérea Imperial Brasileira)?
Sim, exatamente.
Se não tivéssemos perdido tempo não seríamos a porcaria de país que somos, agora. Éramos muito mais importantes em termos mundiais em 1900 do que somos hoje, todos foram em frente e nós patinamos durante praticamente um século. Naquela época o pessoal fugia da Europa e vinha para cá e hoje, sem que tenhamos passado por guerra ou praga alguma, nós é que fugimos para lá
.
Mas a questão que vocês estão menosprezando nesta história de monarquia é a psicológica, que principalmente em um país como o nosso é importantíssima. Todos os seres humanos tem uma tendência inata ao que se poderia chamar "idolatria do líder", a colocar em um pedestal alguns indivíduos que são percebidos como "superiores" ou "protegidos por Deus" ou que baboseira mais for. É uma questão evolutiva, que deu vantagens competitivas às primeiras civilizações que e a apresentaram e que acabaram escolhidas pela seleção natural para formar a humanidade de hoje. O problema é que os líderes políticos tendem a ser protegidos por esta idolatria, que é o que faz por exemplo que nossa população até hoje busque um "líder messiânico" que vai curar todos os seus males como que por milagre. Mais do que eficiência administrativa boas ideias ou um passado que mostre sua experiência, o candidato precisa ter carisma e um bom papo, o resto se acredita que virá naturalmente, afinal ele será o "grande líder". E depois de eleito ele possuirá uma "aura" de liderança, e os julgamentos sobre ele não serão pautados pelo racionalismo, par pelos sentimentos que ele for capaz de despertar. Será amado ou odiado, mas não cobrado para fazer simplesmente um trabalho, como deveria ser.
Colocar um primeiro ministro no lugar de um presidente não vai alterar isso, só mudará o nome do objeto de idolatria. Colocar um primeiro ministro E um presidente ao seu lado também não terá nenhum efeito, pois o tal presidente apenas será mais um político qualquer, na verdade de segunda linha porque não terá poder efetivo, e como o cargo será em princípio possível de ser alcançado por qualquer cidadão ele não terá praticamente valor algum. Não concentrará os sentimentos de idolatria da população, que continuará cultuando o "grande líder primeiro ministro" de qualquer jeito.
Esta seria a função do rei. Ele não seria um político qualquer, seria um predestinado por nascimento que representaria o espírito da nação e todo este blá, blá, blá idiota que a grande maioria das pessoas associa aos famosos e poderosos, afastando de qualquer cargo político a aura de idolatria.
O ídolo seria ele, uma função social importantíssima. Os políticos seriam apenas funcionários da população, e ponto.
Leandro G. Card
P.S.: E seria muito charmoso podermos chamar nossas FA´s de Marinha Imperial, Força Aérea Imperial e Exército Imperial. Talvez a população até passasse a dar um pouco mais de importância às capacidades militares do país, afinal, as "forças imperiais" teriam que mostrar um certo "glamour"
.