Ah, então eu errei. Li rápido e não percebi e que eram os CV-22 da USAF e não os MV-22 dos Marines, usados no Afeganistão desde dezembro de 2009, na Operation Cobra's Anger. Então é novidade mesmo, a USAF levou os caras lá, avisaram ninguém e acabam de perder um! Só resta saber como...Piffer escreveu:Onde você viu, Bolovo?
Eu havia visto apenas dos MV-22 dos Marines.
Abraços,
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Re: Notícias de Afeganistão
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Notícias de Afeganistão
Li isso errado tambémEnlil escreveu:Tá brincando né Bolovo? Ele tinha 20 anos.
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Re: Notícias de Afeganistão
12/04/2010 - 08h08
Karzai acusa Otan pela morte de quatro civis
O presidente afegão, Hamid Karzai, acusou nesta segunda-feira as tropas da Otan pela morte de quatro civis ao abrir fogo contra um ônibus que se aproximou de um comboio militar estrangeiro no sul do país.
"Abrir fogo contra um ônibus é contrário aos compromissos da Otan de proteger civis e não se justifica de nenhuma maneira", declarou Karzai, que condenou o ato em um comunicado.
O drama aconteceu nesta segunda-feira em uma rodovia da província de Kandahar, reduto dos talibãs, quando um ônibus civil se aproximou de um comboio da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os militares estrangeiros abriram fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os veículos blindados das forças internacionais circulam com cartazes que advertem contra a aproximação dos automóveis.
O governo da província de Kandahar anunciou o balanço de quatro civis mortos, incluindo uma mulher e uma criança. Outros 18 passageiros do ônibus ficaram feridos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... civis.jhtm
Karzai acusa Otan pela morte de quatro civis
O presidente afegão, Hamid Karzai, acusou nesta segunda-feira as tropas da Otan pela morte de quatro civis ao abrir fogo contra um ônibus que se aproximou de um comboio militar estrangeiro no sul do país.
"Abrir fogo contra um ônibus é contrário aos compromissos da Otan de proteger civis e não se justifica de nenhuma maneira", declarou Karzai, que condenou o ato em um comunicado.
O drama aconteceu nesta segunda-feira em uma rodovia da província de Kandahar, reduto dos talibãs, quando um ônibus civil se aproximou de um comboio da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Os militares estrangeiros abriram fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os veículos blindados das forças internacionais circulam com cartazes que advertem contra a aproximação dos automóveis.
O governo da província de Kandahar anunciou o balanço de quatro civis mortos, incluindo uma mulher e uma criança. Outros 18 passageiros do ônibus ficaram feridos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... civis.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
12/04/2010 - 09h10
Otan admite e lamenta a morte de quatro civis em ônibus no Afeganistão
A força da Otan no Afeganistão (Isaf) admitiu que seus soldados mataram nesta segunda-feira quatro civis, entre eles uma mulher e uma criança, ao abrir fogo contra um ônibus que se aproximou de um comboio militar, e disse lamentar profundamente o ocorrido.
"A Isaf lamenta profundandamente a trágica perda de vidas nesta manhã no distrito de Zhari", indica um comunicado.
O incidente aconteceu em uma rodovia da província de Kandahar, reduto dos talibãs, quando um ônibus de passageiros se aproximou demasiadamente de um comboio da Força Internacional de Assistência da Segurança (Isaf), sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), indicou o governador da província.
Os militares estrangeiros abriram fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os veículos blindados das forças internacionais têm um cartraz no qual advertem que os demais veículos não devem se aproximar.
O presidente afegão Hamid Karzai condenou o ocorrido. "Abrir fogo contra um ônibus vai contra os compromissos da Otan de proteger civis e não se justifica de maneira alguma", declarou Karzai, que condenou com firmeza o ataque em um comunicado.
Uma manifestação de protesto foi realizada pela pela morte dos quatro civis. Cerca de 200 homens se concentraram no centro da cidade, onde queimaram pneus e gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Karzai".
Por outro lado, um atentado suicida contra os serviços de inteligência em Kandahar, sul do Afeganistão, foi desbaratado nesta segunda-feira pela polícia, que matou dois atacantes, enquanto que um homem-bomba se explodiu antes de chegar a seu objetivo.
O ataque era dirigido contra o escritório do Conselho Nacional para a Segurança (National Directorate for Security, NDS), informou o chefe do governo da província de Kandahar, Ahmad Wali Karzai, irmão do presidente afegão Hamid Karzai.
Dois agentes do NDS e um funcionário de uma escola ficaram feridos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... istao.jhtm
Otan admite e lamenta a morte de quatro civis em ônibus no Afeganistão
A força da Otan no Afeganistão (Isaf) admitiu que seus soldados mataram nesta segunda-feira quatro civis, entre eles uma mulher e uma criança, ao abrir fogo contra um ônibus que se aproximou de um comboio militar, e disse lamentar profundamente o ocorrido.
"A Isaf lamenta profundandamente a trágica perda de vidas nesta manhã no distrito de Zhari", indica um comunicado.
O incidente aconteceu em uma rodovia da província de Kandahar, reduto dos talibãs, quando um ônibus de passageiros se aproximou demasiadamente de um comboio da Força Internacional de Assistência da Segurança (Isaf), sob comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), indicou o governador da província.
Os militares estrangeiros abriram fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os veículos blindados das forças internacionais têm um cartraz no qual advertem que os demais veículos não devem se aproximar.
O presidente afegão Hamid Karzai condenou o ocorrido. "Abrir fogo contra um ônibus vai contra os compromissos da Otan de proteger civis e não se justifica de maneira alguma", declarou Karzai, que condenou com firmeza o ataque em um comunicado.
Uma manifestação de protesto foi realizada pela pela morte dos quatro civis. Cerca de 200 homens se concentraram no centro da cidade, onde queimaram pneus e gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Karzai".
Por outro lado, um atentado suicida contra os serviços de inteligência em Kandahar, sul do Afeganistão, foi desbaratado nesta segunda-feira pela polícia, que matou dois atacantes, enquanto que um homem-bomba se explodiu antes de chegar a seu objetivo.
O ataque era dirigido contra o escritório do Conselho Nacional para a Segurança (National Directorate for Security, NDS), informou o chefe do governo da província de Kandahar, Ahmad Wali Karzai, irmão do presidente afegão Hamid Karzai.
Dois agentes do NDS e um funcionário de uma escola ficaram feridos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... istao.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
Homens-bomba atacam prédio da espionagem em Kandahar
KANDAHAR, Afeganistão (Reuters) - Três homens-bomba atacaram na segunda-feira a principal sede dos serviços de inteligência em Kandahar, segunda maior cidade do Afeganistão, e manifestantes protestaram contra um novo incidente em que a Otan é suspeita de matar civis.
O ataque foi o segundo nesta semana em Kandahar, berço do Taliban, onde a Otan pretende realizar uma grande operação nos próximos meses, como parte dos seus oito anos de guerra contra os militantes islâmicos no país.
Em outra parte da província de Kandahar, centenas de manifestantes protestaram contra a morte de quatro civis. As autoridades dizem que as vítimas foram baleadas por tropas estrangeiras.
No ataque na cidade de Kandahar, três militantes tentaram ocupar a sede do serviço de espionagem, num ousado ataque à luz do dia, segundo autoridades.
"Eles estavam armados com pistolas, granadas de mão e coletes suicidas", disse à Reuters Ahmad Wali Karzai, presidente do Conselho Provincial local.
"Um deles conseguiu se explodir, e os outros dois foram abatidos a tiros. Dois agentes de segurança ficaram feridos", disse ele, acrescentando que a situação foi controlada após o tiroteio.
Os agressores atiraram uma granada em uma escola, ferindo um professor e outro funcionário, segundo Karzai. Houve pânico nas ruas, que estão sob intenso policiamento, disseram testemunhas.
KANDAHAR, Afeganistão (Reuters) - Três homens-bomba atacaram na segunda-feira a principal sede dos serviços de inteligência em Kandahar, segunda maior cidade do Afeganistão, e manifestantes protestaram contra um novo incidente em que a Otan é suspeita de matar civis.
O ataque foi o segundo nesta semana em Kandahar, berço do Taliban, onde a Otan pretende realizar uma grande operação nos próximos meses, como parte dos seus oito anos de guerra contra os militantes islâmicos no país.
Em outra parte da província de Kandahar, centenas de manifestantes protestaram contra a morte de quatro civis. As autoridades dizem que as vítimas foram baleadas por tropas estrangeiras.
No ataque na cidade de Kandahar, três militantes tentaram ocupar a sede do serviço de espionagem, num ousado ataque à luz do dia, segundo autoridades.
"Eles estavam armados com pistolas, granadas de mão e coletes suicidas", disse à Reuters Ahmad Wali Karzai, presidente do Conselho Provincial local.
"Um deles conseguiu se explodir, e os outros dois foram abatidos a tiros. Dois agentes de segurança ficaram feridos", disse ele, acrescentando que a situação foi controlada após o tiroteio.
Os agressores atiraram uma granada em uma escola, ferindo um professor e outro funcionário, segundo Karzai. Houve pânico nas ruas, que estão sob intenso policiamento, disseram testemunhas.
Re: Notícias de Afeganistão
Isso tudo são promenores. O importante é a democracia ocidental triunfar no Afeganistão.Anton escreveu:Homens-bomba atacam prédio da espionagem em Kandahar
KANDAHAR, Afeganistão (Reuters) - Três homens-bomba atacaram na segunda-feira a principal sede dos serviços de inteligência em Kandahar, segunda maior cidade do Afeganistão, e manifestantes protestaram contra um novo incidente em que a Otan é suspeita de matar civis.
O ataque foi o segundo nesta semana em Kandahar, berço do Taliban, onde a Otan pretende realizar uma grande operação nos próximos meses, como parte dos seus oito anos de guerra contra os militantes islâmicos no país.
Em outra parte da província de Kandahar, centenas de manifestantes protestaram contra a morte de quatro civis. As autoridades dizem que as vítimas foram baleadas por tropas estrangeiras.
No ataque na cidade de Kandahar, três militantes tentaram ocupar a sede do serviço de espionagem, num ousado ataque à luz do dia, segundo autoridades.
"Eles estavam armados com pistolas, granadas de mão e coletes suicidas", disse à Reuters Ahmad Wali Karzai, presidente do Conselho Provincial local.
"Um deles conseguiu se explodir, e os outros dois foram abatidos a tiros. Dois agentes de segurança ficaram feridos", disse ele, acrescentando que a situação foi controlada após o tiroteio.
Os agressores atiraram uma granada em uma escola, ferindo um professor e outro funcionário, segundo Karzai. Houve pânico nas ruas, que estão sob intenso policiamento, disseram testemunhas.
Re: Notícias de Afeganistão
12/04/2010 - 10h40
Otan admite morte de quatro civis no nordeste do Afeganistão
da France Presse
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) no Afeganistão admitiu que seus soldados mataram nesta segunda-feira quatro civis, entre eles uma mulher e uma criança, ao abrir fogo contra um ônibus que se aproximou de um comboio militar, e disse lamentar profundamente o ocorrido.
"A Isaf lamenta profundamente a trágica perda de vidas nesta manhã no distrito de Zhari", indicou um comunicado.
O incidente aconteceu em uma rodovia da Província de Kandahar, reduto dos talebans, quando um ônibus de passageiros se aproximou demasiadamente de um comboio da Isaf, sob comando da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), indicou o governador da Província.
Os militares estrangeiros abriram fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os veículos blindados das forças internacionais têm um cartaz no qual advertem que os demais veículos não devem se aproximar.
O presidente afegão Hamid Karzai condenou o ocorrido. "Abrir fogo contra um ônibus vai contra os compromissos da Otan de proteger civis e não se justifica de maneira alguma", declarou Karzai, que condenou com firmeza o ataque em um comunicado.
Uma manifestação de protesto foi realizada pela pela morte dos quatro civis. Cerca de 200 homens se concentraram no centro da cidade, onde queimaram pneus e gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Karzai".
Por outro lado, um atentado suicida contra os serviços de inteligência em Kandahar, sul do Afeganistão, foi desbaratado nesta segunda-feira pela polícia, que matou dois atacantes, enquanto que um homem-bomba se explodiu antes de chegar a seu objetivo.
O ataque era dirigido contra o escritório do Conselho Nacional para a Segurança (National Directorate for Security, NDS, na sigla em inglês), informou o chefe do governo da província de Kandahar, Ahmad Wali Karzai, irmão do presidente afegão Hamid Karzai.
Dois agentes do NDS e um funcionário de uma escola ficaram feridos.
A morte de civis é um dos temas mais delicados da ação das forças da Otan na luta contra o Taleban no país. O general Stanley McChrystal, comandante das tropas dos EUA e da Otan no país, afirmou em relatório entregue no ano passado ao governo que, ao causar a morte de civis e danos colaterais "desnecessários", a coalizão pode perder a batalha contra o Taleban.
McChrystal impôs ainda novas regras para o lançamento de ataques aéreos, que tiveram seu uso restringido no Afeganistão justamente para evitar incidentes como este, que minam uma parte importante da estratégia internacional --conquistar a confiança dos cidadãos afegãos e enfraquecer a campanha dos talebans contra a presença das tropas no país.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9478.shtml
Otan admite morte de quatro civis no nordeste do Afeganistão
da France Presse
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) no Afeganistão admitiu que seus soldados mataram nesta segunda-feira quatro civis, entre eles uma mulher e uma criança, ao abrir fogo contra um ônibus que se aproximou de um comboio militar, e disse lamentar profundamente o ocorrido.
"A Isaf lamenta profundamente a trágica perda de vidas nesta manhã no distrito de Zhari", indicou um comunicado.
O incidente aconteceu em uma rodovia da Província de Kandahar, reduto dos talebans, quando um ônibus de passageiros se aproximou demasiadamente de um comboio da Isaf, sob comando da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), indicou o governador da Província.
Os militares estrangeiros abriram fogo em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os veículos blindados das forças internacionais têm um cartaz no qual advertem que os demais veículos não devem se aproximar.
O presidente afegão Hamid Karzai condenou o ocorrido. "Abrir fogo contra um ônibus vai contra os compromissos da Otan de proteger civis e não se justifica de maneira alguma", declarou Karzai, que condenou com firmeza o ataque em um comunicado.
Uma manifestação de protesto foi realizada pela pela morte dos quatro civis. Cerca de 200 homens se concentraram no centro da cidade, onde queimaram pneus e gritaram "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Karzai".
Por outro lado, um atentado suicida contra os serviços de inteligência em Kandahar, sul do Afeganistão, foi desbaratado nesta segunda-feira pela polícia, que matou dois atacantes, enquanto que um homem-bomba se explodiu antes de chegar a seu objetivo.
O ataque era dirigido contra o escritório do Conselho Nacional para a Segurança (National Directorate for Security, NDS, na sigla em inglês), informou o chefe do governo da província de Kandahar, Ahmad Wali Karzai, irmão do presidente afegão Hamid Karzai.
Dois agentes do NDS e um funcionário de uma escola ficaram feridos.
A morte de civis é um dos temas mais delicados da ação das forças da Otan na luta contra o Taleban no país. O general Stanley McChrystal, comandante das tropas dos EUA e da Otan no país, afirmou em relatório entregue no ano passado ao governo que, ao causar a morte de civis e danos colaterais "desnecessários", a coalizão pode perder a batalha contra o Taleban.
McChrystal impôs ainda novas regras para o lançamento de ataques aéreos, que tiveram seu uso restringido no Afeganistão justamente para evitar incidentes como este, que minam uma parte importante da estratégia internacional --conquistar a confiança dos cidadãos afegãos e enfraquecer a campanha dos talebans contra a presença das tropas no país.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 9478.shtml
Re: Notícias de Afeganistão
La OTAN mata a cuatro civiles desarmados en Afganistán
Tres de los muertos son adolescentes.- Volvían en coche de un partido de voleibol cuando fueron tiroteados.- Preocupación en Naciones Unidas
REUTERS - Khost - 20/04/2010
Las operaciones de la OTAN en Afganistán están despertando la preocupación de Naciones Unidas. Hoy, en un nuevo incidente, tropas de la alianza han disparado contra un vehículo y matado sus cuatro ocupantes, tres de los cuales eran adolescentes y el cuarto un policía. Regresaban de un partido de voleibol en un poblado del sureste de Afganistán, según las autoridades locales.
La reacción inicial de la OTAN fue decir que eran "insurgentes", pero luego rectificó y reconoció que eran civiles. En un comunicado, la Alianza ha explicado que los soldados dispararon después de que el coche acelerara su marcha hacia su convoy e ignoraran las señales luminosas y los disparos de advertencia. "El vehículo aceleraba, se disparó varias veces en un intento de que el vehículo se detuviera y finalmente se tiroteó el coche". El incidente ha ocurrido en la provincia de Khost, limítrofe con Pakistán.
El presidente afgano, Hamid Karzai, ha condenado duramente el incidente y ha confirmado que los cuatro ocupantes eran civiles y no "insurgentes" como dijo inicialmente la Alianza. Este tipo de hechos está menoscabando el respaldo popular a la presencia de las tropas extranjeras que luchan en el país centroasiático contra los militantes talibanes desde finales de 2001.
Un país donde todos son sospechosos
"Cada persona es sospechosa de ser un taliban a los ojos de la OTAN. Ellos no están aquí para protegernos, sino para asesinarnos", ha dicho Rahmatullah Mansoor, juez del tribunal provincial de Khost, padre de dos de los jóvenes, uno de 14 y otro de 17 años, y tío del otro adolescente de 15 años así como del policía, de unos 20 años, y que era guardia de la prisión local.
"No queremos una compensación de la OTAN o de los estadounidenses. Perdí a mis hijos, a mis sobrinos, quiero que los autores de los asesinatos sean llevados a un tribunal marcial", ha dicho Mansoor.
Un portavoz de la OTAN ha dicho que dos de los jóvenes habían sido descritos como insurgentes porque estaban en la amplia base de datos biométricos de los militares, que incluye a miles de civiles e insurgentes sospechosos. Pero ninguno de los jóvenes iba armado, ni tampoco se hallaron armas en el coche. Afirma que la inclusión de los nombres en la lista puede deberse a otros motivos.
Preocupación en la ONU
En las últimas semanas se han registrado numerosos incidentes entre tropas de la Alianza y civiles en Afganistán que han despertado la preocupación de Naciones Unidas. La semana pasada, las fuerzas extranjeras dispararon contra un autobús de pasajeros a las afueras de Kandahar, provocando la muerte a cuatro pasajeros y heridas a otros 18.
A principios de este mes, soldados alemanes mataron "por error" a cinco civiles cerca de Kunduz. Los sucesos más trágicos tuvieron lugar durante la ofensiva contra los talibanes en Marjah. En febrero, 12 miembros de una misma familia murieron durante un bombardeo aliado. Días después, las tropas de la ISAF mataron a 27 civiles en un nuevo ataque aéreo.
"Esto es una tendencia perturbadora", dijo la semana pasada Staffan de Mistura, nuevo embajador de la ONU en Afganistán. Según el organismo internacional, sólo en 2009 murieron más de 2.400 civiles en el país centroasiático, el año más sangriento desde que comenzó la guerra.
http://www.elpais.com/articulo/internac ... int_12/Tes
Tres de los muertos son adolescentes.- Volvían en coche de un partido de voleibol cuando fueron tiroteados.- Preocupación en Naciones Unidas
REUTERS - Khost - 20/04/2010
Las operaciones de la OTAN en Afganistán están despertando la preocupación de Naciones Unidas. Hoy, en un nuevo incidente, tropas de la alianza han disparado contra un vehículo y matado sus cuatro ocupantes, tres de los cuales eran adolescentes y el cuarto un policía. Regresaban de un partido de voleibol en un poblado del sureste de Afganistán, según las autoridades locales.
La reacción inicial de la OTAN fue decir que eran "insurgentes", pero luego rectificó y reconoció que eran civiles. En un comunicado, la Alianza ha explicado que los soldados dispararon después de que el coche acelerara su marcha hacia su convoy e ignoraran las señales luminosas y los disparos de advertencia. "El vehículo aceleraba, se disparó varias veces en un intento de que el vehículo se detuviera y finalmente se tiroteó el coche". El incidente ha ocurrido en la provincia de Khost, limítrofe con Pakistán.
El presidente afgano, Hamid Karzai, ha condenado duramente el incidente y ha confirmado que los cuatro ocupantes eran civiles y no "insurgentes" como dijo inicialmente la Alianza. Este tipo de hechos está menoscabando el respaldo popular a la presencia de las tropas extranjeras que luchan en el país centroasiático contra los militantes talibanes desde finales de 2001.
Un país donde todos son sospechosos
"Cada persona es sospechosa de ser un taliban a los ojos de la OTAN. Ellos no están aquí para protegernos, sino para asesinarnos", ha dicho Rahmatullah Mansoor, juez del tribunal provincial de Khost, padre de dos de los jóvenes, uno de 14 y otro de 17 años, y tío del otro adolescente de 15 años así como del policía, de unos 20 años, y que era guardia de la prisión local.
"No queremos una compensación de la OTAN o de los estadounidenses. Perdí a mis hijos, a mis sobrinos, quiero que los autores de los asesinatos sean llevados a un tribunal marcial", ha dicho Mansoor.
Un portavoz de la OTAN ha dicho que dos de los jóvenes habían sido descritos como insurgentes porque estaban en la amplia base de datos biométricos de los militares, que incluye a miles de civiles e insurgentes sospechosos. Pero ninguno de los jóvenes iba armado, ni tampoco se hallaron armas en el coche. Afirma que la inclusión de los nombres en la lista puede deberse a otros motivos.
Preocupación en la ONU
En las últimas semanas se han registrado numerosos incidentes entre tropas de la Alianza y civiles en Afganistán que han despertado la preocupación de Naciones Unidas. La semana pasada, las fuerzas extranjeras dispararon contra un autobús de pasajeros a las afueras de Kandahar, provocando la muerte a cuatro pasajeros y heridas a otros 18.
A principios de este mes, soldados alemanes mataron "por error" a cinco civiles cerca de Kunduz. Los sucesos más trágicos tuvieron lugar durante la ofensiva contra los talibanes en Marjah. En febrero, 12 miembros de una misma familia murieron durante un bombardeo aliado. Días después, las tropas de la ISAF mataron a 27 civiles en un nuevo ataque aéreo.
"Esto es una tendencia perturbadora", dijo la semana pasada Staffan de Mistura, nuevo embajador de la ONU en Afganistán. Según el organismo internacional, sólo en 2009 murieron más de 2.400 civiles en el país centroasiático, el año más sangriento desde que comenzó la guerra.
http://www.elpais.com/articulo/internac ... int_12/Tes
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Re: Notícias de Afeganistão
parabéns NATO, mais uma grande "vitória"
não admira que os afegãos adorem os ocidentais
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Re: Notícias de Afeganistão
Até o fantoche de Cabul parece estar lentamente a viriar o bico ao prego... ou seja:
Será que espera que este seja mais um atoleiro, como assim parece, e prefere este aggiornamento, a fim de que a sua popularidade extravase para além dos limites urbanos de Cabul?
Pelo menos os EUA parecem deter cada vez menos confiança em Karzay, e diz-se à boca pequena que entre negociatas de ópio e corrupção, ele tem contactos com sectores talibã.
Será que espera que este seja mais um atoleiro, como assim parece, e prefere este aggiornamento, a fim de que a sua popularidade extravase para além dos limites urbanos de Cabul?
Pelo menos os EUA parecem deter cada vez menos confiança em Karzay, e diz-se à boca pequena que entre negociatas de ópio e corrupção, ele tem contactos com sectores talibã.
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Re: Notícias de Afeganistão
quantos mais vão ter de morrer até que abandonem o afeganistão ao seu destino?
Está mais que provado que podem lá ficar a vida toda que nada resolverão
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Re: Notícias de Afeganistão
De vitoria em vitoria ATÉ A DERROTA TOTAL, conforme um colega escreveu em outro tópico...
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Notícias de Afeganistão
Um relato em primeira mão dos combates em Marja
Por C.J. Chivers, para o The NewYork Times
Durante o começo do assalto liderado pelos Americanos no início desse ano em Marja, o último grande centro populacional dominado pelos Talibã na província de Helmand, Fuzileiros navais Norte-americanos de várias Companhias enfrentaram algo incomum durante a experiência americana na guerra do Afeganistão: snipers insurgentes.
Por muitos dias, e em muitos lugares, competentes e habilidosos atiradores dispararam contra patrulhas de Fuzileiros. O vídeo de hoje apresenta tal acontecimento, um combate entre Fuzileiros da Companhia Kilo e guerrilheiros Talibãs, incluindo um atirador que os Fuzileiros consideraram ser um sniper. O vídeo* mostra os efeitos do fogo inimigo, que é muito diferente das experiências dos tiroteios no Afeganistão.
A ineficácia dos atiradores Talibãs
Agora e através dos anos, houve relatos de atiradores Talibãs bem treinados, em diferentes partes do país. Mas relatos credíveis foram poucos. Fogos dos atiradores afegãos, em sua maioria, são altamente ineficientes.
Quão ineficiente? Até 3 de Abril, o número de tropas americanas mortas por ferimentos de armas de fogo durante toda a guerra, de acordo com os dados compilados pelo Defense Manpower Data Center, alcançou 188. Esse número inclui ferimentos causados não só por fuzis, mas também por armas mais potentes como a metralhadora PK e qualquer outra arma de fogo presente na guerra.
Esse número – 188 – merece consideração, pelo que nos conta sobre a guerra do Afeganistão e muito do que o público conversa sobre ela. Colocando as coisas em perspectiva, menos tropas americanas morreram em decorrência de ferimentos de armas de fogo em oito anos e meio de guerra no Afeganistão do que em um único mês no ápice da guerra do Vietnam. Muitos fatores contribuem para isso: melhor atendimento médico depois do ferimento (a chamada hora de ouro); melhoras nos coletes e capacetes balísticos; a prevalência de placas e vidros à prova de balas na maioria dos veículos americanos; os típicos engajamentos de longa distância em ambientes com pouca vegetação do Afeganistão, em oposição aos engajamentos de curta distância que ocorrem nas selvas; a grande ênfase Talibã em táticas de explosivos, mesmo contra patrulhas a pé; e outros.
Sim, a comparação é imprecisa, por razões tanto óbvias como sutis. A força das tropas em ambos os lados eram maiores no Vietnam (não há equivalentes Talibãs aos grandes batalhões do exército Norte Vietnamita ao Sul da área desmilitarizada, e nada remotamente parecido com o Tet), e a letalidade dos ferimentos à bala nos americanos declinou claramente nos anos recentes, comparada com guerras passadas. Mesmo assim os dados são impressionantes. Servem para manter essa guerra em uma perspectiva militar. E enfatiza que as impressões criadas pelo público sobre os Talibãs como uma força de combate – eles são guerreiros naturais, a luta é constante, assim que o clima quente chega eles voltarão forte na “ofensiva da primavera” etc – frequentemente não soa com o que a guerra realmente se parece no chão, e precisa mudar.
Por dentro dos snipers
Atiradores Talibãs são adeptos em exercer influência sobre a população Afegã. Eles são uma força política duradoura e efetiva. Seu número parece grande e seu suporte substancial. Eles são habilidosos em dados de inteligência, e integraram a localização e fabricação de bombas em suas operações. Mas seu sucesso como atiradores contra soldados americanos foram raros, como em Wanat,e local, como foi no Vale Korangal, e frequentemente são relacionados tanto com táticas questionáveis dos Comandantes americanos, como de suas habilidades. Enfim, os atiradores talibãs provaram ser uma ameaça modesta.
Aqui entram os snipers, que são exceção.
Nesses meses recentes, houve casos de atiradores Talibãs habilidosos ameaçando as patrulhas americanas, e ferindo e matando soldados. As operações dentro e ao redor de Marja foram um exemplo proeminente. Esse fenômeno merece uma observação mais de perto, para ganhar uma rica perspectiva que geralmente só é possível enquanto relatando no meio de um combate.
Vamos olhar no que é conhecido.
Primeiro o que é um “sniper”? Como muitos termos usados no meio militar, essa é uma palavra escorregadia. No contexto da guerra do Afeganistão, as tropas americanas tendem a chamar um insurgente de sniper quando encontram um atirador insurgente que é obviamente mais habilidoso e disciplinado do que o normal, alguém que atira com uma acurácia razoável a média ou longa distância, normalmente usando uma combinação de rifle e munição que possa ser efetiva a uma distância de 400 - 500 metros ou mais. Mas enquanto os “snipers” Talibãs não são o tipo comum de insurgente que carrega um AK, eles tipicamente não são o que um soldado convencional pensa em relação ao termo.
As evidências disponíveis sugerem que muitos desses ”snipers” não são altamente treinados, com equipamentos ópticos avançados, munições de alta qualidade e rifles de precisão, que podem atingir facilmente um homem a uma distância de 800 metros ou até mais. Um jeito de entendê-los, baseado na experiência de Marja, é que esses atiradores podem geralmente acertar uma folha de madeira compensada à 365 metros, mas a maioria deles não consegue acertar uma pilha de papel a essa distância. Mesmo assim, é um bom tiro para os padrões afegãos; mas não é um tiro impressionante para altos padrões.
(Nota: poucos atiradores afegãos podem acertar uma pilha de papel à 365 metros; parece ser o caso do atirador no vídeo.)
Os rifles
Segundo, como eles estão equipados? A coleção do campo de batalha da Companhia Kilo, junto com dados obtidos de fotografias recentes de Talibãs armados e informações compartilhadas com um Oficial que colheu dados da província de Helmand, fornece uma visão dos atiradores. Entre os rifles capturados estão dois variantes da linha de rifles Lee-Enfield. Eles são rifles de ferrolho com design da metade do séc. XIX, quando exércitos convencionais preferiam rifles de cano longo, mais pesados, que disparavam munição mais poderosa que as usadas predominantemente hoje no meio militar.
Um dos rifles foi manufaturado no arsenal de Long Branch, Toronto, em 1942. O outro foi fabricado na Fábrica de Rifles do Governo em Ishapore, Índia; a data é desconhecida. Fotografias dos Talibãs também mostram alguns de seus atiradores usando os velhos Mosin-Nagant, rifles de ação de ferrolho. Essas são armas similares às usadas pelo exército czarista (depois soviético).
Esses rifles pertencem a uma classe de armas conhecidas como “rifles de batalha“ e diferem notadamente dos rifles de assalto usados largamente hoje em dia. Eles têm um alcance efetivo maior, são maiores e disparam balas mais pesadas que rifles de assalto. O atirador os recarrega manualmente, manipulando um ferrolho que ejeta o cartucho usado e depois coloca outro cartucho no lugar; eles não possuem dispositivos automático ou semi automático.
Rifles de batalha tiveram seus campeões por décadas, em parte porque sua baixa taxa de tiro mantêm o consumo de munição baixo e encoraja uma mira mais disciplinada, mas também porque eles foram fabricados em grande quantidade no séc. XX por vários países. A abundância significou que depois da mudança de vários exércitos convencionais para rifles de assalto – que começou numa escala pequena no exército de Hitler e em 1960 e 1970 já se espalhava na maioria dos exércitos convencionais – o velho rifle de batalha, que gradualmente saiu de serviço, tornou-se disponível em grandes quantidades a baixo preço. Eles também servem muito bem para combates no deserto ou qualquer outro envolvendo grandes áreas, devido ao seu grande alcance efetivo. Sem nenhuma surpresa, rifles Lee-Enfield foram distribuídos à resistência Afegã anti-Soviética pela CIA, via serviço de inteligência paquistanês, no começo dos anos 80. Podem ser achados também em mercados de armas. No começo do assalto em Marja, ficou claro que em muitos dias, enquanto as balas passavam, que esse tipo de armas ou similares estavam sendo usadas pelo Talibã. O som do disparo dessas armas é distinto. A apreensão no campo de batalha confirmou o palpite.
A munição
Terceiro, as munições. Paióis em Marja tinham munições usadas pelos rifles Lee-Enfield. Em dois paióis capturados pela Companhia Kilo, alguns dos cartuchos britânicos .303 datavam de 1941.
Muitas balas capturadas eram jaquetadas em aço – o que as coloca como munição Britânica original da Segunda Guerra Mundial, do tempo de Churchil (os britânicos usaram aço para jaquetar as balas, para economizar cobre e zinco para outros usos durante a guerra). Uma pequena amostra das munições capturadas pareceu ser mais velha ainda – alguns cartuchos britânicos eram da época da Primeira Guerra.
Por último, muitos cartuchos eram do calibre 7.62x54R, que são calibres usados pelos russos Mosin-Nagant ou a linha SVD, rifles snipers desenhados pela União Soviética, que são frequentemente usados pelos insurgentes no Iraque (curiosamente, há poucas imagens ou relatos recentes dos rifles SVD no Afeganistão. Eles não estão fora da guerra, mas parecem que não são largamente usados. Isto é consideravelmente surpreendente, considerando a larga distribuição no Afeganistão de armas soviéticas – os rifles AK, PK, DshK e Makarov, assim como morteiros de 82mm, RPG’s e granadas de mão).
Quarto, os tiros. Frequentemente os snipers Talibãs disparam precisamente, um depois do outro, separados por 30 segundos ou mais. Misturados com o fogo automático, os combates em Marja foram ocasionados pelo único disparo que passaria pouco acima das cabeças, ou no chão,porta ou parede próxima a um Fuzileiro Naval. Esses disparos chamavam a atenção, para dizer o mínimo. Às vezes, e o vídeo capturou isso, parecia que mais de um Talibã disparava usando rifles de batalha, o que assinalava que muitas unidades Talibãs possuíam mais de um atirador com rifles de batalha. Isso não os difere dos soldados americanos, que preferem usar o M-14, alegando que os seus cartuchos têm um alcance e um stopping power maiores que os disparados pelo M-4 e M-16, e assim tem um maior valor nos campos de batalha do Afeganistão.
Mas independentemente de quem está atirando nos Fuzileiros, havia várias ocasiões de tiros certeiros e acurados. O Oficial que compartilhou os dados disse que houve na operação relatos de sniper matando um Fuzileiro, assim como Fuzileiros que sobreviveram aos impactos no colete,ou, uma vez, um Fuzileiro sortudo que levou um tiro no capacete. Na Companhia Kilo, os Fuzileiros presentes em vários engajamentos também suspeitaram que pelo menos um Taleban nessa área possuía miras ópticas. Eles sentiam que as distâncias eram longas demais para os atiradores usarem apenas as miras mecânicas do rifle, e a olho nu. Além do mais, um dia depois que eu gravei esse vídeo, um soldado do exército afegão morreu enquanto caminhava em campo aberto, em um combate relativamente calmo. Ele foi atingindo com um único tiro, a uma distância estimada pelos Fuzileiros entre 500 e 700 metros, e o projétil atingiu o pescoço. Quem fez esse disparo era, além de ter uma sorte extraordinária, um guerrilheiro Talibã fora do comum.
Mas o que tudo isso significa? Para ganhar algo disso, números sobre as baixas militares são novamente úteis. Mas agora temos o que a estatística nos mostra: guerrilheiros Talibãs com tradicionais rifles de batalha deixaram a província de Helmand mais perigosa. Eles apresentam um fenômeno interessante, que merece acompanhamento de perto. Contudo, em se tratando da Guerra do Afeganistão, aparentemente não farão nenhuma mudança.
Mas isso não basta para evitar momentos angustiantes. Como o vídeo mostra, Lance Cpl. Travis Vuocolo é um homem de muita sorte.
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*O artigo original e o vídeo podem ser achados em TheNewYorkTimes
Por C.J. Chivers, para o The NewYork Times
Durante o começo do assalto liderado pelos Americanos no início desse ano em Marja, o último grande centro populacional dominado pelos Talibã na província de Helmand, Fuzileiros navais Norte-americanos de várias Companhias enfrentaram algo incomum durante a experiência americana na guerra do Afeganistão: snipers insurgentes.
Por muitos dias, e em muitos lugares, competentes e habilidosos atiradores dispararam contra patrulhas de Fuzileiros. O vídeo de hoje apresenta tal acontecimento, um combate entre Fuzileiros da Companhia Kilo e guerrilheiros Talibãs, incluindo um atirador que os Fuzileiros consideraram ser um sniper. O vídeo* mostra os efeitos do fogo inimigo, que é muito diferente das experiências dos tiroteios no Afeganistão.
A ineficácia dos atiradores Talibãs
Agora e através dos anos, houve relatos de atiradores Talibãs bem treinados, em diferentes partes do país. Mas relatos credíveis foram poucos. Fogos dos atiradores afegãos, em sua maioria, são altamente ineficientes.
Quão ineficiente? Até 3 de Abril, o número de tropas americanas mortas por ferimentos de armas de fogo durante toda a guerra, de acordo com os dados compilados pelo Defense Manpower Data Center, alcançou 188. Esse número inclui ferimentos causados não só por fuzis, mas também por armas mais potentes como a metralhadora PK e qualquer outra arma de fogo presente na guerra.
Esse número – 188 – merece consideração, pelo que nos conta sobre a guerra do Afeganistão e muito do que o público conversa sobre ela. Colocando as coisas em perspectiva, menos tropas americanas morreram em decorrência de ferimentos de armas de fogo em oito anos e meio de guerra no Afeganistão do que em um único mês no ápice da guerra do Vietnam. Muitos fatores contribuem para isso: melhor atendimento médico depois do ferimento (a chamada hora de ouro); melhoras nos coletes e capacetes balísticos; a prevalência de placas e vidros à prova de balas na maioria dos veículos americanos; os típicos engajamentos de longa distância em ambientes com pouca vegetação do Afeganistão, em oposição aos engajamentos de curta distância que ocorrem nas selvas; a grande ênfase Talibã em táticas de explosivos, mesmo contra patrulhas a pé; e outros.
Sim, a comparação é imprecisa, por razões tanto óbvias como sutis. A força das tropas em ambos os lados eram maiores no Vietnam (não há equivalentes Talibãs aos grandes batalhões do exército Norte Vietnamita ao Sul da área desmilitarizada, e nada remotamente parecido com o Tet), e a letalidade dos ferimentos à bala nos americanos declinou claramente nos anos recentes, comparada com guerras passadas. Mesmo assim os dados são impressionantes. Servem para manter essa guerra em uma perspectiva militar. E enfatiza que as impressões criadas pelo público sobre os Talibãs como uma força de combate – eles são guerreiros naturais, a luta é constante, assim que o clima quente chega eles voltarão forte na “ofensiva da primavera” etc – frequentemente não soa com o que a guerra realmente se parece no chão, e precisa mudar.
Por dentro dos snipers
Atiradores Talibãs são adeptos em exercer influência sobre a população Afegã. Eles são uma força política duradoura e efetiva. Seu número parece grande e seu suporte substancial. Eles são habilidosos em dados de inteligência, e integraram a localização e fabricação de bombas em suas operações. Mas seu sucesso como atiradores contra soldados americanos foram raros, como em Wanat,e local, como foi no Vale Korangal, e frequentemente são relacionados tanto com táticas questionáveis dos Comandantes americanos, como de suas habilidades. Enfim, os atiradores talibãs provaram ser uma ameaça modesta.
Aqui entram os snipers, que são exceção.
Nesses meses recentes, houve casos de atiradores Talibãs habilidosos ameaçando as patrulhas americanas, e ferindo e matando soldados. As operações dentro e ao redor de Marja foram um exemplo proeminente. Esse fenômeno merece uma observação mais de perto, para ganhar uma rica perspectiva que geralmente só é possível enquanto relatando no meio de um combate.
Vamos olhar no que é conhecido.
Primeiro o que é um “sniper”? Como muitos termos usados no meio militar, essa é uma palavra escorregadia. No contexto da guerra do Afeganistão, as tropas americanas tendem a chamar um insurgente de sniper quando encontram um atirador insurgente que é obviamente mais habilidoso e disciplinado do que o normal, alguém que atira com uma acurácia razoável a média ou longa distância, normalmente usando uma combinação de rifle e munição que possa ser efetiva a uma distância de 400 - 500 metros ou mais. Mas enquanto os “snipers” Talibãs não são o tipo comum de insurgente que carrega um AK, eles tipicamente não são o que um soldado convencional pensa em relação ao termo.
As evidências disponíveis sugerem que muitos desses ”snipers” não são altamente treinados, com equipamentos ópticos avançados, munições de alta qualidade e rifles de precisão, que podem atingir facilmente um homem a uma distância de 800 metros ou até mais. Um jeito de entendê-los, baseado na experiência de Marja, é que esses atiradores podem geralmente acertar uma folha de madeira compensada à 365 metros, mas a maioria deles não consegue acertar uma pilha de papel a essa distância. Mesmo assim, é um bom tiro para os padrões afegãos; mas não é um tiro impressionante para altos padrões.
(Nota: poucos atiradores afegãos podem acertar uma pilha de papel à 365 metros; parece ser o caso do atirador no vídeo.)
Os rifles
Segundo, como eles estão equipados? A coleção do campo de batalha da Companhia Kilo, junto com dados obtidos de fotografias recentes de Talibãs armados e informações compartilhadas com um Oficial que colheu dados da província de Helmand, fornece uma visão dos atiradores. Entre os rifles capturados estão dois variantes da linha de rifles Lee-Enfield. Eles são rifles de ferrolho com design da metade do séc. XIX, quando exércitos convencionais preferiam rifles de cano longo, mais pesados, que disparavam munição mais poderosa que as usadas predominantemente hoje no meio militar.
Um dos rifles foi manufaturado no arsenal de Long Branch, Toronto, em 1942. O outro foi fabricado na Fábrica de Rifles do Governo em Ishapore, Índia; a data é desconhecida. Fotografias dos Talibãs também mostram alguns de seus atiradores usando os velhos Mosin-Nagant, rifles de ação de ferrolho. Essas são armas similares às usadas pelo exército czarista (depois soviético).
Esses rifles pertencem a uma classe de armas conhecidas como “rifles de batalha“ e diferem notadamente dos rifles de assalto usados largamente hoje em dia. Eles têm um alcance efetivo maior, são maiores e disparam balas mais pesadas que rifles de assalto. O atirador os recarrega manualmente, manipulando um ferrolho que ejeta o cartucho usado e depois coloca outro cartucho no lugar; eles não possuem dispositivos automático ou semi automático.
Rifles de batalha tiveram seus campeões por décadas, em parte porque sua baixa taxa de tiro mantêm o consumo de munição baixo e encoraja uma mira mais disciplinada, mas também porque eles foram fabricados em grande quantidade no séc. XX por vários países. A abundância significou que depois da mudança de vários exércitos convencionais para rifles de assalto – que começou numa escala pequena no exército de Hitler e em 1960 e 1970 já se espalhava na maioria dos exércitos convencionais – o velho rifle de batalha, que gradualmente saiu de serviço, tornou-se disponível em grandes quantidades a baixo preço. Eles também servem muito bem para combates no deserto ou qualquer outro envolvendo grandes áreas, devido ao seu grande alcance efetivo. Sem nenhuma surpresa, rifles Lee-Enfield foram distribuídos à resistência Afegã anti-Soviética pela CIA, via serviço de inteligência paquistanês, no começo dos anos 80. Podem ser achados também em mercados de armas. No começo do assalto em Marja, ficou claro que em muitos dias, enquanto as balas passavam, que esse tipo de armas ou similares estavam sendo usadas pelo Talibã. O som do disparo dessas armas é distinto. A apreensão no campo de batalha confirmou o palpite.
A munição
Terceiro, as munições. Paióis em Marja tinham munições usadas pelos rifles Lee-Enfield. Em dois paióis capturados pela Companhia Kilo, alguns dos cartuchos britânicos .303 datavam de 1941.
Muitas balas capturadas eram jaquetadas em aço – o que as coloca como munição Britânica original da Segunda Guerra Mundial, do tempo de Churchil (os britânicos usaram aço para jaquetar as balas, para economizar cobre e zinco para outros usos durante a guerra). Uma pequena amostra das munições capturadas pareceu ser mais velha ainda – alguns cartuchos britânicos eram da época da Primeira Guerra.
Por último, muitos cartuchos eram do calibre 7.62x54R, que são calibres usados pelos russos Mosin-Nagant ou a linha SVD, rifles snipers desenhados pela União Soviética, que são frequentemente usados pelos insurgentes no Iraque (curiosamente, há poucas imagens ou relatos recentes dos rifles SVD no Afeganistão. Eles não estão fora da guerra, mas parecem que não são largamente usados. Isto é consideravelmente surpreendente, considerando a larga distribuição no Afeganistão de armas soviéticas – os rifles AK, PK, DshK e Makarov, assim como morteiros de 82mm, RPG’s e granadas de mão).
Quarto, os tiros. Frequentemente os snipers Talibãs disparam precisamente, um depois do outro, separados por 30 segundos ou mais. Misturados com o fogo automático, os combates em Marja foram ocasionados pelo único disparo que passaria pouco acima das cabeças, ou no chão,porta ou parede próxima a um Fuzileiro Naval. Esses disparos chamavam a atenção, para dizer o mínimo. Às vezes, e o vídeo capturou isso, parecia que mais de um Talibã disparava usando rifles de batalha, o que assinalava que muitas unidades Talibãs possuíam mais de um atirador com rifles de batalha. Isso não os difere dos soldados americanos, que preferem usar o M-14, alegando que os seus cartuchos têm um alcance e um stopping power maiores que os disparados pelo M-4 e M-16, e assim tem um maior valor nos campos de batalha do Afeganistão.
Mas independentemente de quem está atirando nos Fuzileiros, havia várias ocasiões de tiros certeiros e acurados. O Oficial que compartilhou os dados disse que houve na operação relatos de sniper matando um Fuzileiro, assim como Fuzileiros que sobreviveram aos impactos no colete,ou, uma vez, um Fuzileiro sortudo que levou um tiro no capacete. Na Companhia Kilo, os Fuzileiros presentes em vários engajamentos também suspeitaram que pelo menos um Taleban nessa área possuía miras ópticas. Eles sentiam que as distâncias eram longas demais para os atiradores usarem apenas as miras mecânicas do rifle, e a olho nu. Além do mais, um dia depois que eu gravei esse vídeo, um soldado do exército afegão morreu enquanto caminhava em campo aberto, em um combate relativamente calmo. Ele foi atingindo com um único tiro, a uma distância estimada pelos Fuzileiros entre 500 e 700 metros, e o projétil atingiu o pescoço. Quem fez esse disparo era, além de ter uma sorte extraordinária, um guerrilheiro Talibã fora do comum.
Mas o que tudo isso significa? Para ganhar algo disso, números sobre as baixas militares são novamente úteis. Mas agora temos o que a estatística nos mostra: guerrilheiros Talibãs com tradicionais rifles de batalha deixaram a província de Helmand mais perigosa. Eles apresentam um fenômeno interessante, que merece acompanhamento de perto. Contudo, em se tratando da Guerra do Afeganistão, aparentemente não farão nenhuma mudança.
Mas isso não basta para evitar momentos angustiantes. Como o vídeo mostra, Lance Cpl. Travis Vuocolo é um homem de muita sorte.
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Re: Notícias de Afeganistão
Todos estes civis mortos nos "Efeitos Colaterais", é triste ver que usam estas desculpas esfarrapas de danos colaterais, pois na realidade histórica, os exércitos invasores estão pouco se lichando para os civis mortos, e muitas vezes até promovem essa matança para demonstrar quem comanda, e o que interessa mesmo é gerar o terror na população civil assim para amedrontar, jà de inicio, qualquer possibilidade de revolta popular contra os ocupantes... um clássico das guerras.
E quero ver quando o AlQuaeda usar a mesma desculpa contra eles, dizendo que o objetivo central eram os edifícios simbólicos, e que as vitimas que morreram dentro destes edifícios eram somente vitimas dos "Efeitos Colaterais" na guerra milenar entre ocidente e oriente... seria bom eles terem um pouco do próprio veneno !
E friamente falando agora, de forma sem propaganda embutidas e sem tomar posição, foi assim mesmo que aconteceu a coisa aquele dia, as vitimas humanas foram danos colaterais no dia 11/09, assim como em todas as guerras.
E quero ver quando o AlQuaeda usar a mesma desculpa contra eles, dizendo que o objetivo central eram os edifícios simbólicos, e que as vitimas que morreram dentro destes edifícios eram somente vitimas dos "Efeitos Colaterais" na guerra milenar entre ocidente e oriente... seria bom eles terem um pouco do próprio veneno !
E friamente falando agora, de forma sem propaganda embutidas e sem tomar posição, foi assim mesmo que aconteceu a coisa aquele dia, as vitimas humanas foram danos colaterais no dia 11/09, assim como em todas as guerras.
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Re: Notícias de Afeganistão
Pelo andar da carruagem o próximo "equivoco de bombardeio" vai ser em cima do gabinete do Karzai...Rui Elias Maltez escreveu:Até o fantoche de Cabul parece estar lentamente a viriar o bico ao prego... ou seja:
Será que espera que este seja mais um atoleiro, como assim parece, e prefere este aggiornamento, a fim de que a sua popularidade extravase para além dos limites urbanos de Cabul?
Pelo menos os EUA parecem deter cada vez menos confiança em Karzay, e diz-se à boca pequena que entre negociatas de ópio e corrupção, ele tem contactos com sectores talibã.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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