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Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jun 25, 2019 11:57 pm
por Ckrauslo
FCarvalho escreveu: Ter Jun 25, 2019 1:17 pm
Possível é, mas iria requerer muito estudo, para criar sensores capazes de aguentar as condições tortuosas que são enfrentadas em situação de conflito, quanto a parte de estar aplicando drogas constantemente nos soldados feridos, isso ai já é meio...Surreal digamos o minimo.
Mas o principal é que os custos disso seriam muito altos, é algo que eu vejo empregado por alguma companhia dentro da unidade TIER 1 do exercito.
Se eu entendi direito sobre o status disso tudo aí, a coisa ainda está em fase de desenvolvimento de conceito, e muito provavelmente seus efeitos práticos só serão vistos na próxima década, se os recursos aportados forem o necessário e suficiente para manter o cronograma objetivado... o que eu duvido, e muito, que aconteça.
Mas faço votos de que o empreendimento renda os frutos desejados. Já estamos atrasados via de regra em todos os sentidos, e continuamente vivemos correndo atrás do prejuízo, literalmente.
Então, quem sabe com alguma sorte, e insistência, consigamos chagar a bom termo em relação a mais essa tentativa de sairmos do mínima básico necessário para manter o status quo.
Boa sorte para nós.

abs
Mas esse não é o status quo, eles estão buscando coisas tipo o que se fala que o uniforme dos storm troopers é capaz de fazer.
Já cansei de ver inúmeras analises sobre esses tipos de coisas mostrando como elas são impraticas e impossíveis, não só por questões tecnológicas, mas por que, quando a coisa feder mesmo, toda a tecnologia, vai começar a dar problema e vamos voltar a ter de nos valer do bom e velho conhecimento humano, força humana.

O status quo, é: Um bom colete porta placas balísticas, que sejam confortáveis, respiráveis e possam permitir boa mobilidade uma vez que carregado, placas balísticas mais leves e mais resistentes, e aqui no Brasil precisa-se urgentemente de fazer placas sólidas em tamanhos que não sejam só o 10x12, a estatura média do Brasileiro faz essa placa ficar enorme no militar.
Capacetes mais resistentes e modernos, os EUA já tem protótipo de capacete que consegue parar 7,62x39 disparado a distancias superiores a 100m (Ele vai ser certificado e feito para isso, não vai ser uma eventualidade de um capacete feito para calibre de pistola que uma vez que raramente deflete ou para um projetil de fuzil que foi disparado de muito longe, ou não pegou no angulo certo para entrar, ou a pólvora estava ruim. )
O status quo, também pede por camuflagens melhores, calçados mais adequados, nutrição melhor para os militares, treinamento mais condizente com a modernidade, militares no Brasil ainda seguram pistolas no TEA CUP GRIP, ainda seguram fuzis fazendo chicken wing.
Ainda se movimentam em situações CQB, sem muita fluides parecendo maquinas, você compara um video de militares americanos fazendo um assalto a uma fortificação e as coisas são mais rápidas e dinâmicas, o que expõe eles a menos riscos, o mesmo não pode ser dito dos nossos militares, a não ser que sejam de grupos especializados.
Hoje vivemos a guerra da movimentação onde cada vez mais uma instrução sobre disparo preciso em movimento se faz necessária, mas ainda vemos instrução de militares, de na hora de se movimentarem e atirarem, segurarem o fuzil na altura da cintura, com a mão de apoio aberta sob o carregador.
O status quo, pede a adoção de armas mais leves, mas ainda usamos pistolas enormes e pesadas, ainda usamos um fuzil que mesmo melhor que o FAL, é um trambolho e é um trambolho maior ainda que o FAL, o que torna a manobrabilidade com o mesmo em situações MOUT ou CQB, um pouco mais dificultoso, necessitando de mais tempo de treinamento com as mesmas, mas sabemos que isso no Brasil não é uma realidade, não são todas as tropas que são mantidas em nível de prontidão.
O status quo, pede pela incrementação de funções como médicos de combate (Corpsman e medic) no estilo das forças armadas que fazem parte da OTAN, mas pelo que o Marcelo Bini me disse, nenhum Brasileiro que já tentou fazer intercambio nos EUA, para trazer esse conhecimento para cá e implantar isso no Brasil, conseguiu finalizar o curso.
O Status quo, pede tanta coisa, que deveria vir antes de até pensarem em gastar dinheiro com pesquisa nesse ponto, é completamente frívolo no contexto atual que o Brasil se encontra, que vai ser apenas desperdício de dinheiro.
No mais, você fala com conscritos do exército, em alguns lugares e você vê que a instrução é muito muito básica em muitos pontos, Eu que já estudei toda a matemática por trás dos disparos de precisão a longa distância, tive que ouvir de um soldado, que isso era invenção minha, que não existe isso de compensar por queda de bala, nem por vento, a bala vai reta até o alvo, não importa a distância, a trajetória não é em parabola, ela não perde velocidade nem energia, e você muito menos tem que disparar antes do alvo passar na sua mira, quando ele está em locomoção, você sempre mira em cima do alvo e puxa o gatilho, independente da distancia, se ele está se movendo ou não.
Tem muito que temos que mudar antes de se quer sonharmos em estudar implantar sensores dentro do uniforme que vão saber a hora de injetar anti-inflamatórios e anti-térmicos no corpo do soldado....
Me pergunto que pane vai dar no sistema, na hora que os uniformes forem rasgando depois de ficar 3 ou quatro meses em uma trincheira sem trocar. sem lavar, sem secar propriamente.
Enfim.
Abraço.

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qua Jun 26, 2019 9:50 pm
por FCarvalho
Olá CKrauslo.

Eu tenho certeza que os cmdes militares, principalmente os do EB, estão plenamente cientes das muitas deficiências que as nossas tropas possuem. E concordo plenamente com cada palavra sua quanto a esta questão do uniforme.
Mas a meu ver nós temos um problema cultural a resolver. Historicamente as ffaa's sempre estiveram voltadas, em suas preocupações e prioridades, mais para dentro do país do que para fora. Isso criou de certo modo um modelo de pensamento institucional que pouco ou nada privilegiou a operacionalidade da tropa e seu apronto efetivamente qualitativo.
Hoje ainda mantemos um sistema de SMO e TG mais por questões políticas e econômicas do que técnica e doutrinal. E o EB é a força mais ferrenhamente atrelada a esta questão. Parece importar mais a imagem e a escola de civismo que se pretende passar do que realmente ser uma forma militar de combate eficiente e eficaz.
E como na nossa história independente poucas vezes vimo-nos ameaçados concretamente em termos militares, seja por vizinhos ou ameaças externas ao nosso TO, então, cada vez mais as preocupações castrenses se voltaram, e se voltam frequentemente, para o que eu chamo de uma quase paranóia com a integridade nacional. O mundo mudou, as guerras e os exércitos também, mas aqui a nossa maior e mais inflexível HE ainda somos nós mesmos.
Junte-se a tudo isso o desprezo com que o tema defesa é tratado e temos uma conjuntura onde tecnologia, P&D e operacionalidade são acabam sendo apenas temas de produções acadêmico militares e bibliográficas. Porque simplesmente ninguém acredita mesmo que uma guerra no Brasil seja algo possível.
Neste esquema mais que batido aqui no DB por todos nós, entra essa realidade danosa e mesquinha que temos e muito bem exemplificado por ti.
Até onde posso perceber, isso não irá mudar em cenário de curto ou médio prazo, se o nosso cenário de entorno não mudar radicalmente. E não há sinais disso no horizonte.
Então, pesquisar, desenvolver, pensar, analisar soluções e tecnologias sempre vai haver quem queira e entenda sobre a responsabilidade e a impositividade disto no mundo moderno. O nosso maior problema é que são poucos e esparsos os esforços e as pessoas com alguma consciência sobre a matéria em todas as ffaa's. Talvez um pouco mais na FAB e na MB.
Em um outro tópico no navais, comentando uma notícia que tem relação o que conversamos, eu coloquei o seguinte: o exército tem o mal costume de já há décadas, se gabar que nunca perdeu uma guerra. Bem, levando em conta todo o nosso histórico militar e as circunstâncias que levaram-nos a implicações bélicas, sou de opinião que hoje e no futuro estamos mais que precisados de tomar um baita choque de realidade, perdendo de maneira inequívoca e objetiva uma ou mais guerras de verdade - não essas nossas do dia a dia - que nos sobrevenha, desde que seja aqui mesmo, dentro de casa, para a vergonha e a lição ser ainda maior.
Talvez apenas isso faça com que sociedade, Estado e militares acordem e tenhamos um começo de mudança de mentalidade e comportamento relativas a defesa nacional. Não há garantias, claro, de que isso aconteça, mas, para ffaa's muito mais afetas a comportarem-se como polícia e/ou babá de seu próprio povo, tomar c..., militarmente falando, vez em quando, seria tão útil e necessário quanto previdente.
Mas isso sou apenas eu pensando alto aqui com os meus botões.

abs

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qua Jun 26, 2019 10:26 pm
por Ckrauslo
FCarvalho escreveu: Qua Jun 26, 2019 9:50 pm Olá CKrauslo.

Eu tenho certeza que os cmdes militares, principalmente os do EB, estão plenamente cientes das muitas deficiências que as nossas tropas possuem. E concordo plenamente com cada palavra sua quanto a esta questão do uniforme.
Mas a meu ver nós temos um problema cultural a resolver. Historicamente as ffaa's sempre estiveram voltadas, em suas preocupações e prioridades, mais para dentro do país do que para fora. Isso criou de certo modo um modelo de pensamento institucional que pouco ou nada privilegiou a operacionalidade da tropa e seu apronto efetivamente qualitativo.
Hoje ainda mantemos um sistema de SMO e TG mais por questões políticas e econômicas do que técnica e doutrinal. E o EB é a força mais ferrenhamente atrelada a esta questão. Parece importar mais a imagem e a escola de civismo que se pretende passar do que realmente ser uma forma militar de combate eficiente e eficaz.
E como na nossa história independente poucas vezes vimo-nos ameaçados concretamente em termos militares, seja por vizinhos ou ameaças externas ao nosso TO, então, cada vez mais as preocupações castrenses se voltaram, e se voltam frequentemente, para o que eu chamo de uma quase paranóia com a integridade nacional. O mundo mudou, as guerras e os exércitos também, mas aqui a nossa maior e mais inflexível HE ainda somos nós mesmos.
Junte-se a tudo isso o desprezo com que o tema defesa é tratado e temos uma conjuntura onde tecnologia, P&D e operacionalidade são acabam sendo apenas temas de produções acadêmico militares e bibliográficas. Porque simplesmente ninguém acredita mesmo que uma guerra no Brasil seja algo possível.
Neste esquema mais que batido aqui no DB por todos nós, entra essa realidade danosa e mesquinha que temos e muito bem exemplificado por ti.
Até onde posso perceber, isso não irá mudar em cenário de curto ou médio prazo, se o nosso cenário de entorno não mudar radicalmente. E não há sinais disso no horizonte.
Então, pesquisar, desenvolver, pensar, analisar soluções e tecnologias sempre vai haver quem queira e entenda sobre a responsabilidade e a impositividade disto no mundo moderno. O nosso maior problema é que são poucos e esparsos os esforços e as pessoas com alguma consciência sobre a matéria em todas as ffaa's. Talvez um pouco mais na FAB e na MB.
Em um outro tópico no navais, comentando uma notícia que tem relação o que conversamos, eu coloquei o seguinte: o exército tem o mal costume de já há décadas, se gabar que nunca perdeu uma guerra. Bem, levando em conta todo o nosso histórico militar e as circunstâncias que levaram-nos a implicações bélicas, sou de opinião que hoje e no futuro estamos mais que precisados de tomar um baita choque de realidade, perdendo de maneira inequívoca e objetiva uma ou mais guerras de verdade - não essas nossas do dia a dia - que nos sobrevenha, desde que seja aqui mesmo, dentro de casa, para a vergonha e a lição ser ainda maior.
Talvez apenas isso faça com que sociedade, Estado e militares acordem e tenhamos um começo de mudança de mentalidade e comportamento relativas a defesa nacional. Não há garantias, claro, de que isso aconteça, mas, para ffaa's muito mais afetas a comportarem-se como polícia e/ou babá de seu próprio povo, tomar c..., militarmente falando, vez em quando, seria tão útil e necessário quanto previdente.
Mas isso sou apenas eu pensando alto aqui com os meus botões.

abs
Concordo com cada palavra, infelizmente é nossa realidade, porém eu já sou mais pessimista e creio que nunca ira mudar, o Brasil pode acabar, o mundo e a humanidade pode sumir, mas essas falhas na estrutura do nosso país, não vão nunca ir embora.

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qua Jun 26, 2019 10:45 pm
por FCarvalho
Uma vez me disseram na faculdade, quase vinte anos atrás, que se nós continuássemos na velocidade em que estávamos no que se refere à alfabetização de todos os brasileiros, levaríamos cerca de 80 anos para atingir os mesmos patamares educacionais dos USA... naquela época.
Hoje, em 2019, ainda existem cerca de 11,3 milhões de brasileiros analfabetos. Se contarmos que 8 em cada 10 pessoas na faixa de 15 a 64 anos no país são consideradas analfabetas funcionais, bem, diria que aquele cálculo foi um tanto quanto otimista.
Pode ser que daqui uns duzentos anos as coisas mudem então...

abs

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 2:02 am
por Vinícius Almeida
Alguém sabe me explicar para qual teatro de operações esse novo camuflado do CFN foi planejado?

Imagem

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 8:42 am
por EDSON
Africano.

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 9:57 am
por sarto
Noruega...

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 11:05 am
por J.Ricardo
Sei lá, mas o antigo esta muito condizente com a paisagem onde estão...

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 1:06 pm
por Ckrauslo
Parece mais os camuflados chineses, Branco, cinza claro e escuro, verde.
Isso destoa na maioria dos ambientes, talvez em regiões com presença de vegetação, pedras e neve....

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 3:31 pm
por dalton romao
Estranho, muito estranho

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Ter Jul 16, 2019 9:59 pm
por FCarvalho
Pode ser experimental, já que não combina com nenhuma vegetação do bioma brasileiro.

Deserto também não serve. Em climas frios é questionável, já que não temos regiões com neve por muito tempo.

Abs

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qua Jul 17, 2019 4:28 pm
por J.Ricardo
Essas botas não estão antiquadas não?
Parece coisa do Vietnã

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qua Jul 17, 2019 5:20 pm
por FCarvalho
As mudanças são sempre bem devagar por aqui. Enquanto não existir uma desculpa para justificar que as coisas andem mais depressa ou no mínimo dentro de um cronograma razoável.

abs

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qui Jul 18, 2019 7:13 am
por Ckrauslo
J.Ricardo escreveu: Qua Jul 17, 2019 4:28 pm Essas botas não estão antiquadas não?
Parece coisa do Vietnã
É mais ou menos dessa época mesmo o design.

Re: COBRA - COmbatente BRAsileiro

Enviado: Qui Jul 18, 2019 7:26 am
por cabeça de martelo
Esse estilo de botas vem da 2ª GM e era usada pelos Paraquedistas Norte-Americanos. Depois começou a massificar-se o seu uso. Eu durante a minha instrução militar usava as PQ e eram bastante parecidas com essas (só que pretas).