JAS-39 Gripen
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Re: JAS-39 Gripen
A Ucrânia possui, salvo informação mais atualizada, o que a FAB chama aqui de Zona Defesa Aérea. Elas são 4.
Dentro destas zonas a UAF atua de forma a permitir a melhor distribuição de meios, tanto aéreos como AAe, além do apoio as forças terrestres onde e quando demandado.
A ZDA mais importante é a de Kiev ao norte do país, com as mais quentes sendo a segunda e terceira, respectivamente, na área de Kharkiv e Donbass e Odessa e Mikolaiv. A quarta zona fica a oeste do país na região de Lviv, fronteira com os países da OTAN. Cada zona destas é responsável primariamente pela defesa aérea da região sob sua responsabilidade. Assim, quando os ucranianos fazem as suas contas em relação à quantidade de caças necessários para sua guerra aérea contra os russos, eles estão pensando, também, na cobertura destas 4 zonas.
Grosso modo, a última interpelação sobre quantidade de caças para a UAF foi de 130 unidades, o que permitiria dividir entre estas 4 zonas cerca de 32 caças a cada uma. Tal quantidade é pouca coisa maior que um esquadrão de caça norte americano, que é de 24 unidades. Ou seja, dá para manter uma disponibilidade razoável de um único esquadrão em cada zona aérea. Isto se falando em tempos de guerra. Esta quantidade seria o mínimo para poder realizar as atividades típicas de defesa aérea, tanto de caças como drones e mísseis que entram no país.
Em todo caso, para manter um esquadrão operacional dando conta da defesa aérea e do apoio as forças terrestres, com tal quantidade eles vão estar operando sempre no limite, considerando perdas e indisponibilidade dos caças para manutenção. E como se sabe, os russos vão literalmente caçar todos os F-16 que a Ucrânia obtiver, de forma que nenhuma base aérea está segura, e mesmo nas estradas e\ou esconderijos em bases subterrâneas, a vida destes vetores será muito complicada, tendo que se defender e atacar ao mesmo tempo.
De qualquer forma, para que a UAF tenha a possibilidade fática de fazer a defesa aérea do país, e ainda suprir as necessidades das missões de ataque, é preciso muito mais que 130 caças. Neste aspecto, um esquadrão minimamente operacional tem que possuir ao menos 12 a 16 unidades, o que é pouco em tempos de conflito, a fim de oferecer relativa capacidade de operações de defesa aérea. Neste aspecto, Gripen e F-16 se complementam, uma vez que o caça sueco pode muito bem operar primariamente como caça de defesa aérea, interceptação e superioridade aérea, disputando com os Sukhoi a dominância do espaço aéreo sobre a Ucrânia, deixando aos F-16 as missões ar-superfície.
Como o caça sueco pode levar até 4 AIM-120 sob as asas, e dois AIM-9 nas pontas, esta configuração, se bem usada, pode atrapalhar e muito a vida dos pilotos russos, principalmente se os caças suecos puderem operar contra alvos aéreos ativos dentro do território russo, para o que, eles não precisam necessariamente sair do próprio país. E esta é uma capacidade indiscutível se os ditos aliados de Kiev quiserem mesmo que o país não apenas se defenda dos ataques aéreos russos, mas, chegue a dominar seu espaço aéreo de forma a impedir objetivamente tais ataques.
Assim, Kiev tem em conta poder contar com os caças suecos para sua defesa aérea de olho em no mínimo 48 a 64 unidades, o que hoje seria basicamente impossível de obter, haja vista que a força aérea sueca não tem como abrir mão de tal quantidade. Mas este é o preço real que se tem de pagar para que a UAF consiga realmente defender o espaço aéreo do país. Se vão conseguir no médio e longo prazo, a ver.
Continuar brincando de guerra por procuração é que não dá mais. Ou entra de cabeça nesse negócio para vencer, ou simplesmente para de embromação e deixa os ucranianos se virarem com o que tiver na mão. As consequências são conhecidas.
Dentro destas zonas a UAF atua de forma a permitir a melhor distribuição de meios, tanto aéreos como AAe, além do apoio as forças terrestres onde e quando demandado.
A ZDA mais importante é a de Kiev ao norte do país, com as mais quentes sendo a segunda e terceira, respectivamente, na área de Kharkiv e Donbass e Odessa e Mikolaiv. A quarta zona fica a oeste do país na região de Lviv, fronteira com os países da OTAN. Cada zona destas é responsável primariamente pela defesa aérea da região sob sua responsabilidade. Assim, quando os ucranianos fazem as suas contas em relação à quantidade de caças necessários para sua guerra aérea contra os russos, eles estão pensando, também, na cobertura destas 4 zonas.
Grosso modo, a última interpelação sobre quantidade de caças para a UAF foi de 130 unidades, o que permitiria dividir entre estas 4 zonas cerca de 32 caças a cada uma. Tal quantidade é pouca coisa maior que um esquadrão de caça norte americano, que é de 24 unidades. Ou seja, dá para manter uma disponibilidade razoável de um único esquadrão em cada zona aérea. Isto se falando em tempos de guerra. Esta quantidade seria o mínimo para poder realizar as atividades típicas de defesa aérea, tanto de caças como drones e mísseis que entram no país.
Em todo caso, para manter um esquadrão operacional dando conta da defesa aérea e do apoio as forças terrestres, com tal quantidade eles vão estar operando sempre no limite, considerando perdas e indisponibilidade dos caças para manutenção. E como se sabe, os russos vão literalmente caçar todos os F-16 que a Ucrânia obtiver, de forma que nenhuma base aérea está segura, e mesmo nas estradas e\ou esconderijos em bases subterrâneas, a vida destes vetores será muito complicada, tendo que se defender e atacar ao mesmo tempo.
De qualquer forma, para que a UAF tenha a possibilidade fática de fazer a defesa aérea do país, e ainda suprir as necessidades das missões de ataque, é preciso muito mais que 130 caças. Neste aspecto, um esquadrão minimamente operacional tem que possuir ao menos 12 a 16 unidades, o que é pouco em tempos de conflito, a fim de oferecer relativa capacidade de operações de defesa aérea. Neste aspecto, Gripen e F-16 se complementam, uma vez que o caça sueco pode muito bem operar primariamente como caça de defesa aérea, interceptação e superioridade aérea, disputando com os Sukhoi a dominância do espaço aéreo sobre a Ucrânia, deixando aos F-16 as missões ar-superfície.
Como o caça sueco pode levar até 4 AIM-120 sob as asas, e dois AIM-9 nas pontas, esta configuração, se bem usada, pode atrapalhar e muito a vida dos pilotos russos, principalmente se os caças suecos puderem operar contra alvos aéreos ativos dentro do território russo, para o que, eles não precisam necessariamente sair do próprio país. E esta é uma capacidade indiscutível se os ditos aliados de Kiev quiserem mesmo que o país não apenas se defenda dos ataques aéreos russos, mas, chegue a dominar seu espaço aéreo de forma a impedir objetivamente tais ataques.
Assim, Kiev tem em conta poder contar com os caças suecos para sua defesa aérea de olho em no mínimo 48 a 64 unidades, o que hoje seria basicamente impossível de obter, haja vista que a força aérea sueca não tem como abrir mão de tal quantidade. Mas este é o preço real que se tem de pagar para que a UAF consiga realmente defender o espaço aéreo do país. Se vão conseguir no médio e longo prazo, a ver.
Continuar brincando de guerra por procuração é que não dá mais. Ou entra de cabeça nesse negócio para vencer, ou simplesmente para de embromação e deixa os ucranianos se virarem com o que tiver na mão. As consequências são conhecidas.
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Re: JAS-39 Gripen
Pois, mas no caso dos Ucranianos seria não só aprender como voar o caça, mas também as TTP. Para além disso a formação dos Pilotos Ucranianos se for tão boa como a dos Russos, deve ser muito "básica". Tudo depende da experiência do piloto em questão.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 9:54 amEstrutura e capacidade na Suécia para tanto sempre existiu, e existe, até porque os caçadores da FAB estão fazendo a sua conversão para os Gripen por lá em apenas 5 meses. Com os ucranianos não seria diferente.cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 8:13 am
A questão não é se há ou não F-16 para a Força Aérea Ucraniana, mas sim formar Pilotos e pessoal de manutenção. Isto não se faz nuns dias ou semanas, leva o seu tempo. Fazer o mesmo para o Gripen, seria exactamente o mesmo processo, só que os caças só sairiam de um único país e a formação que no caso do F16 é partilhada por vários países, seria da inteira responsabilidade dos Suecos.
Eu não falei de não haver caças, eu falei de CUSTOS. No caso dos F-16 a doação de caças e a formação dos militares Ucranianos é um custo partilhado por vários países, neste caso seria apenas a Suécia a financiar todo o programa.Há pelo menos informações sobre doação dos Gripen C\D para a Ucrânia desde o segundo semestre do ano passado, e até agora Estocolmo não se pronunciou oficialmente.
E caças também existem, apesar de nas mídias abertas se falar em apenas 90 e poucas unidades operacionais. Os suecos tem bem mais que isso; chegaram a falar em células semi prontas na SAAB que teriam sido postas nas linhas de produção a fim de serem usadas nas linhas de voos da força aérea.
O problema deles é que não conseguem resolver-se nestes assuntos rapidamente. São tão sóbrios e sensatos que chega a dar raiva. Por isso, também, vendem pouco, sendo meticulosos até dizer chega até em coisas que não tem tanta importância.
Enfim, a desculpa de que não existem caças em quantidade para serem fornecidos é apenas mais uma desculpa esfarrapada para enrolar a doação, que não passaria de 12 a 16 unidades, se muito, dos Gripen C\D.
Ademais, eles estão começando a receber os modelos E, e pelo tanto desta versão que existe hoje em linha em diferentes fases de produção, eles vão receber muitas unidades no curto prazo, o que sem dúvida permitiria a substituição a contento do que fosse enviado para a Ucrânia.
Eu gostava de ter toda essa certeza, mas não tenho.E note-se, por fim, que o Gripen é muito menos complicado de manter e operar do que o caça norte americano. As capacidades deles e sua modularidade o fazem um ativo ideal para as necessidades, e realidade, do TO ucraniano.
Mas, alguém tem que decidir primeiro se vão ou não doar os caças para eles. A partir disso, em 6 meses os suecos conseguem produzir um esquadrão operacional de Gripen C\D para a UAF.
O ST não é superior a outros aviões do género, eu sei que isto é um fórum brasileiro, mas isso não faz o ST ser superior a um T-6C TEXAN II, ou a qualquer avião para treino avançado a jacto como o M-346, ou o T50.Aliás, nestas horas o Super Tucano faz toda a diferença para facilitar a transição operacional dos caças soviéticos para os ocidentais dos pilotos e mecânicos ucranianos. Inclusive podendo mesmo diminuir o tempo de voo para a completa efetividade da formação. Mas ninguém na Europa tem ST para isso. Ainda.
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Re: JAS-39 Gripen
Até onde se pode saber, os ucranianos tem cada vez menos pilotos com experiência, visto que muitos ou morreram em combate ou simplesmente não podem sair da Ucrânia sob pena de deixar a força aérea sem ter como realizar suas missões com os caças que possui. Fala-se em muita gente nova sendo enviada para formar nos F-16. Se for assim, não basta apenas a transição para o caça norte americano, mas fazer do básico ao avançado com eles. E isso leva muito tempo.cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 10:38 am Pois, mas no caso dos Ucranianos seria não só aprender como voar o caça, mas também as TTP. Para além disso a formação dos Pilotos Ucranianos se for tão boa como a dos Russos, deve ser muito "básica". Tudo depende da experiência do piloto em questão.
A Suécia, se quiser colocar seu caça na Ucrânia terá de medir bem até onde seus interesses pagam o envio deles para o leste europeu. Na minha opinião, se quiserem que o Gripen tenha algum futuro no longo prazo, terão que arcar sozinhos com este negócio. Mas como se trata de um punhado de caças, e não uma legião inteira deles, penso que isto valha a pena. Principalmente quando as primeiras informações sobre abates começarem a chegar no ocidente.cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 10:38 amEu não falei de não haver caças, eu falei de CUSTOS. No caso dos F-16 a doação de caças e a formação dos militares Ucranianos é um custo partilhado por vários países, neste caso seria apenas a Suécia a financiar todo o programa.
cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 10:38 amEu gostava de ter toda essa certeza, mas não tenho.
Bom, por todas as informações que chegam por diferentes fontes, oficiais ou não, o Gripen tem demonstrado na prática que é de fato um vetor muito mais simples e fácil de ser operado. Acreditar ou não é questão de vontade própria. Dados existem aos montes e a perder de vista na internet da vida. Se são fiáveis, bem, depende dos critérios adotados por quem lê e como interpreta as fontes. Em todo caso, do ponto de vista operacional, até prova em contrário, o caça sueco é mais adequado aos ucranianos do que o F-16. Mas ser bom no papel, e no marketing institucional não basta. Tem que provar na prática tudo o que se diz dele. A Ucrânia é a bola da vez para demonstrar tudo o que ele e capaz de fato.
Sob o ponto de vista técnico, o ST é superior aos seus congêneres turbohélices. Isto é fato, e está provado e demonstrado à exaustão através dos anos. Informações e dados não faltam para demonstrar isso. Já em relação a jatos LIFT, bem, ele não se compara pois é uma categoria diferente, embora ambos possam exercer o mesmo tipo de missão. No caso dos ucranianos, como se aventa que muitos dos pilotos enviados para formar nos F-16 são em geral neófitos, o ST com toda a arquitetura de sistemas que possui, aliadas às suas capacidades de manobra e poder de fogo, é mais que suficiente para adestrar do básico ao avançado aqueles pilotos. E sobretudo, é muito mais barato que a concorrência. Se houvesse um centro de treinamento OTAN na Europa com os A-29N propostos pela Embraer, com certeza a parte de transição entre os caças soviéticos e os F-16 dos ucranianos seria bem menos problemática do que é hoje.cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 10:38 amO ST não é superior a outros aviões do género, eu sei que isto é um fórum brasileiro, mas isso não faz o ST ser superior a um T-6C TEXAN II, ou a qualquer avião para treino avançado a jacto como o M-346, ou o T50.
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Re: JAS-39 Gripen
O ST ser usado para CAS na Ucrânia seria suicídio. Isso é um meio para ser usado num TO semi-permissivo/permissivo.
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Re: JAS-39 Gripen
Falando em Super Tucano e transição para o Gripen E\F, a FAB por agora parece estar muito interessada na proposta da Embraer e AEL para o MLU dos seus A-29, de forma a proporcionar maior similaridade entre os dois vetores.
Como se sabe, a proposta das empresas visa dotar os Super Tucano com a mesma tela WAD e HUD do Gripen E, além de sistemas de simulação, e a modernização de toda a parte de sistemas de gestão e combate do caça. A proteção também seguirá o mesmo passo, além das capacidades de EW, bem como a provisão para levar pod mais modernos. Quase tudo made in AEL e\ou Embraer. O data link BR2 e o RDS nacional também estão na cota.
Se este projeto for aprovado, o A-29 vai ficar entre 70% e 80% similar ao que os Gripen E\F da primeira linha disporão em termos de sistemas embarcados. E isto não é pouca coisa.
Objetivamente, os Super Tucano, tanto o MLU quanto a versão N oferecida pela Embraer para os países OTAN, são plenamente capazes de aprestar o treinamento das futuras tripulações do caça sueco, de forma que isto possa ser feito com maior suavidade e prontidão. O uso de simuladores também está dentro do processo.
Nada demais imaginar que os caçadores ucranianos pudesses ser inseridos no meio ocidental da caça através do avião da Embraer, a custos muito menores, e com muito mais segurança do que entrar direto em um F-16 da vida supondo a proficiência que eles de fato não tem e\ou apresentam.
Assim, duas opções podem estar disponíveis: a compra dos ST pela Ucrânia, via USA, e seu uso para formação no próprio país, do básico ao avançado, e posterior envio dos pilotos para treinamento nos F-16, ou os países da OTAN bancam a compra dos ST aqui no Brasil e criam um espaço onde eles podem ser usados para a formação de novos pilotos não somente da OTAN, mas, principalmente, para a força aérea ucraniana. Com direito a simulador e tudo o mais.
Da forma como está configurado atualmente, e também será no futuro a curto prazo, o ST está mais que capacitado para fazer a conversão operacional dos pilotos ucranianos como e qualquer outro país. Prover esta capacidade à UAF ou a qualquer das forças aérea na Europa é menos questão de capacidade do que decisão e vontade de fazer acontecer. A ver quais os próximos passos.
Se não tivéssemos governos tão vagabundos e ineptos quanto à defesa no Brasil, a esta altura dos acontecimentos, muitos pilotos ucranianos poderiam estar sendo treinados no Brasil por meio dos A-29 da FAB, e depois sendo remetidos à Europa já com um bom nível de proficiência a fim de fazerem a transição aos F-16 ou Gripen. Por aqui, antes de chegar na primeira linha, são pelo menos três anos de formação na prática nos esquadrões do 3o Gav. Só depois disso é que os pilotos atingem a primeira linha, onde irão fazer a transição nos Gripen F e simuladores. No caso, os ucranianos não tem todo esse tempo. Algo que fazemos aqui em 3 anos, pode ser feito com eles em um semestre ou menos, dadas as qualidades e a intencidade do treinamento.
Como se sabe, a proposta das empresas visa dotar os Super Tucano com a mesma tela WAD e HUD do Gripen E, além de sistemas de simulação, e a modernização de toda a parte de sistemas de gestão e combate do caça. A proteção também seguirá o mesmo passo, além das capacidades de EW, bem como a provisão para levar pod mais modernos. Quase tudo made in AEL e\ou Embraer. O data link BR2 e o RDS nacional também estão na cota.
Se este projeto for aprovado, o A-29 vai ficar entre 70% e 80% similar ao que os Gripen E\F da primeira linha disporão em termos de sistemas embarcados. E isto não é pouca coisa.
Objetivamente, os Super Tucano, tanto o MLU quanto a versão N oferecida pela Embraer para os países OTAN, são plenamente capazes de aprestar o treinamento das futuras tripulações do caça sueco, de forma que isto possa ser feito com maior suavidade e prontidão. O uso de simuladores também está dentro do processo.
Nada demais imaginar que os caçadores ucranianos pudesses ser inseridos no meio ocidental da caça através do avião da Embraer, a custos muito menores, e com muito mais segurança do que entrar direto em um F-16 da vida supondo a proficiência que eles de fato não tem e\ou apresentam.
Assim, duas opções podem estar disponíveis: a compra dos ST pela Ucrânia, via USA, e seu uso para formação no próprio país, do básico ao avançado, e posterior envio dos pilotos para treinamento nos F-16, ou os países da OTAN bancam a compra dos ST aqui no Brasil e criam um espaço onde eles podem ser usados para a formação de novos pilotos não somente da OTAN, mas, principalmente, para a força aérea ucraniana. Com direito a simulador e tudo o mais.
Da forma como está configurado atualmente, e também será no futuro a curto prazo, o ST está mais que capacitado para fazer a conversão operacional dos pilotos ucranianos como e qualquer outro país. Prover esta capacidade à UAF ou a qualquer das forças aérea na Europa é menos questão de capacidade do que decisão e vontade de fazer acontecer. A ver quais os próximos passos.
Se não tivéssemos governos tão vagabundos e ineptos quanto à defesa no Brasil, a esta altura dos acontecimentos, muitos pilotos ucranianos poderiam estar sendo treinados no Brasil por meio dos A-29 da FAB, e depois sendo remetidos à Europa já com um bom nível de proficiência a fim de fazerem a transição aos F-16 ou Gripen. Por aqui, antes de chegar na primeira linha, são pelo menos três anos de formação na prática nos esquadrões do 3o Gav. Só depois disso é que os pilotos atingem a primeira linha, onde irão fazer a transição nos Gripen F e simuladores. No caso, os ucranianos não tem todo esse tempo. Algo que fazemos aqui em 3 anos, pode ser feito com eles em um semestre ou menos, dadas as qualidades e a intencidade do treinamento.
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Re: JAS-39 Gripen
Mas eu não falei em usar ele em CAS na Ucrânia. Conquanto, os riscos não seriam maiores ou piores que dos Mi-8 e Mi-24 ucranianos fazendo o mesmo tipo de tarefa.cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 1:14 pm O ST ser usado para CAS na Ucrânia seria suicídio. Isso é um meio para ser usado num TO semi-permissivo/permissivo.
Aliás, a vida dos pilotos de helo de ataque na Ucrânia é deveras curta e quase sempre pressionada ao extremo.
De qualquer forma, a meu ver, com as armas adequadas, o ST pode atuar naquele teatro em CAS fazendo uso expansivo das capacidades\qualidades de sistemas embarcados. Seria uma plataforma, por exemplo, anti-tanque muito boa, se for usado adequadamente e com os armamentos certos.
Ao contrário de anos atrás, hoje tem-se uma miríade muito grande de armas de precisão que cabem nos cinco pilones do avião, limitados a 250 kg de armamento cada, exceto o ventral, e que vão desde foguetes guiados a bombas e mísseis de diversos tamanhos, pesos e cabeças de guerra.
Já que os ucranianos não dispõe de muitos helos de ataque e\ou transporte, usar o ST para alguns tipos de missões daqueles helos é até um pensamento salutar para a combalida força aérea ucraniana.
Enfim, usar os ST como treinadores avançados e\ou básicos já seria mais que suficiente para as necessidades ucranianas. Qualquer coisa além disso, deve ser muito bem pensado e organizado. Afinal, mesmo sendo um turbohélice, o preço de um Super Tucano hoje não é exatamente uma pechincha.
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Re: JAS-39 Gripen
Devem ter perdido o juízo para enviar aviões AEW para a Ucrânia, quando até os caças voam baixo o tempo todo para não serem abatidos pela caça ou pela AAe russa no país.
Qual o sentido disso?
Os F-16 vão ser caçados a rodo nos céus ucranianos e em qualquer buraco que eles se meterem. Imagina uma plataforma dessas, custando o olho da cara. Não tem nem como tirar do chão sem levar um R-77 nas fuças.
Quanto a Gripen para a Ucrânia, esquece, eles não vão mandar nada sem que o modelo E exista em quantidade suficiente para cobrir as necessidades do país. E isso ao que parece ainda demora.
Qual o sentido disso?
Os F-16 vão ser caçados a rodo nos céus ucranianos e em qualquer buraco que eles se meterem. Imagina uma plataforma dessas, custando o olho da cara. Não tem nem como tirar do chão sem levar um R-77 nas fuças.
Quanto a Gripen para a Ucrânia, esquece, eles não vão mandar nada sem que o modelo E exista em quantidade suficiente para cobrir as necessidades do país. E isso ao que parece ainda demora.
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Re: JAS-39 Gripen
Petro em Suécia.
El presidente colombiano, Gustavo Petro, viajará a Suecia para discutir la oferta del Gripen
https://www.infodefensa.com/texto-diari ... cia-gripen
Sds
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Re: JAS-39 Gripen
Este equipamente é semelhante ou até superior aos nossos R-99 modernizados, então você está dizendo que eles não servem pra nada?Se não vão ajudar a Ucrânia então também não vão nos ajudar contra os Sukhoi-30 da Venezuela?FCarvalho escreveu: ↑Qua Mai 29, 2024 12:40 pm Devem ter perdido o juízo para enviar aviões AEW para a Ucrânia, quando até os caças voam baixo o tempo todo para não serem abatidos pela caça ou pela AAe russa no país.
Qual o sentido disso?
Os F-16 vão ser caçados a rodo nos céus ucranianos e em qualquer buraco que eles se meterem. Imagina uma plataforma dessas, custando o olho da cara. Não tem nem como tirar do chão sem levar um R-77 nas fuças.
Quanto a Gripen para a Ucrânia, esquece, eles não vão mandar nada sem que o modelo E exista em quantidade suficiente para cobrir as necessidades do país. E isso ao que parece ainda demora.
Quanto aos caças F16, você tem toda razão, olha esta notícia no link abaixo:
https://www.cavok.com.br/empresa-russa- ... e_vignette
Seria mais interesse que fossem o Gripen no lugar do F16!!
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Re: JAS-39 Gripen
R-99 é diferente do E-99mauri escreveu: ↑Seg Jun 10, 2024 3:09 pmEste equipamente é semelhante ou até superior aos nossos R-99 modernizados, então você está dizendo que eles não servem pra nada?Se não vão ajudar a Ucrânia então também não vão nos ajudar contra os Sukhoi-30 da Venezuela?FCarvalho escreveu: ↑Qua Mai 29, 2024 12:40 pm Devem ter perdido o juízo para enviar aviões AEW para a Ucrânia, quando até os caças voam baixo o tempo todo para não serem abatidos pela caça ou pela AAe russa no país.
Qual o sentido disso?
Os F-16 vão ser caçados a rodo nos céus ucranianos e em qualquer buraco que eles se meterem. Imagina uma plataforma dessas, custando o olho da cara. Não tem nem como tirar do chão sem levar um R-77 nas fuças.
Quanto a Gripen para a Ucrânia, esquece, eles não vão mandar nada sem que o modelo E exista em quantidade suficiente para cobrir as necessidades do país. E isso ao que parece ainda demora.
Quanto aos caças F16, você tem toda razão, olha esta notícia no link abaixo:
https://www.cavok.com.br/empresa-russa- ... e_vignette
Seria mais interesse que fossem o Gripen no lugar do F16!!
E o E-99M é muito, mas muito superior. Olha a quantidade de antenas no E-99 e depois compare com esse avião da SAAB. Sem falar na geração de energia dos motores para alimentar sistemas embarcados e o radar, velocidade do avião, autonomia, altitude máxima.
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Re: JAS-39 Gripen
Oi Mauri.mauri escreveu: ↑Seg Jun 10, 2024 3:09 pmEste equipamente é semelhante ou até superior aos nossos R-99 modernizados, então você está dizendo que eles não servem pra nada?Se não vão ajudar a Ucrânia então também não vão nos ajudar contra os Sukhoi-30 da Venezuela?FCarvalho escreveu: ↑Qua Mai 29, 2024 12:40 pm Devem ter perdido o juízo para enviar aviões AEW para a Ucrânia, quando até os caças voam baixo o tempo todo para não serem abatidos pela caça ou pela AAe russa no país.
Qual o sentido disso?
Os F-16 vão ser caçados a rodo nos céus ucranianos e em qualquer buraco que eles se meterem. Imagina uma plataforma dessas, custando o olho da cara. Não tem nem como tirar do chão sem levar um R-77 nas fuças.
Quanto a Gripen para a Ucrânia, esquece, eles não vão mandar nada sem que o modelo E exista em quantidade suficiente para cobrir as necessidades do país. E isso ao que parece ainda demora.
Quanto aos caças F16, você tem toda razão, olha esta notícia no link abaixo:
https://www.cavok.com.br/empresa-russa- ... e_vignette
Seria mais interesse que fossem o Gripen no lugar do F16!!
O problema não é o avião em si, mas a total incapacidade da força aérea ucraniana de proteger ele dos caças e da AAe russa.
É bom lembrar que os ucranianos não tem domínio do seu espaço aéreo com os caças da UAF tendo que obrigatoriamente operar abaixo do radar para poder terem alguma chance de cumprir suas missões.
Ademais, os russos possuem seus próprios AEW atuando 24\7 sobre todo o território ucraniano. É quase impossível um avião decolar na Ucrânia hoje sem ser detectado cedo ou tarde pelos russos.
E eles simplesmente não tem caças sequer para escoltar o AEW sueco. Vão fazer o que com ele então:?:
Esse é um tipo de sistema que só opera protegido pela caça e em ambientes dominados, longe das defesa AAe inimigas. Não é o caso da Ucrânia. Por mais longe que ele possa ficar das fronteiras, mesmo assim, os sistemas de radar russos vão localizá-lo assim que ele subir acima de 500 metros. E ele tem que voar muito acima disso para ter efetividade no uso de seus próprio sistema. Os russos tem AAe ao longo de toda a fronteira ucraniana, exceção feita à Romênia e Moldávia, mas, até nisso é perigoso se aproximar do litoral por causa dos S-400 na Criméia e nas regiões ocupadas próximas à Kherson.
Quanto a F-16 na Colombia, só acredito vendo.
O Gripen E\F só não leva essa se por aqui não fizermos os esforços necessários para isso. E nós temos muito mais a oferecer em benefícios mútuos a eles do que qualquer outro ofertante. O que está faltando para fechar esse negócio eu não sei.
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Re: JAS-39 Gripen
Está sendo divulgado abertamente em por diversas fontes e sites nacionais e internacionais que a Real Força Aérea da Tailândia teria escolhido o Gripen E como substituto dos F-16A\B remanescentes da sua frota.
A decisão seria anunciada em alguns meses, dependendo da decisão agora do ministro da defesa e do governo.
Vamos aguardar para ver.
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Vamos aguardar para ver.
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Re: JAS-39 Gripen
Sim, fiquei sabendo disso também quando abri meu tablet ontem e vi uma notícia a respeito, acho que no Defesanet se não me engano.FCarvalho escreveu: ↑Sex Jul 12, 2024 6:07 pm Está sendo divulgado abertamente em por diversas fontes e sites nacionais e internacionais que a Real Força Aérea da Tailândia teria escolhido o Gripen E como substituto dos F-16A\B remanescentes da sua frota.
A decisão seria anunciada em alguns meses, dependendo da decisão agora do ministro da defesa e do governo.
Vamos aguardar para ver.
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Re: JAS-39 Gripen
Esse negócio sendo confirmado, a força aérea das Filipinas é a próxima da lista. E com chances reais de vitória.
Para melhorar ainda mais as chances do Gripen E/F no mercado internacional, o aditivo da FAB viria a calhar neste momento, seguido de um novo contrato para o segundo lote.
Colômbia, Peru e México são os mais próximos onde o caça sueco tem chances reais de vencer na vizinhança. Com certeza esses países estão acompanhando de perto o desenrolar do programa no Brasil.
Para melhorar ainda mais as chances do Gripen E/F no mercado internacional, o aditivo da FAB viria a calhar neste momento, seguido de um novo contrato para o segundo lote.
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