Iraque - Noticias de Guerra
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Iraque: líder xiita Sadr apela por resistência contra ocupação dos EUA
(AFP) – Há 5 horas
NAJAF, Iraque — O líder rebelde xiita Moqtada al Sadr lançou um chamado neste sábado a seus seguidores, para que "resistam por todos os meios à ocupação" americana, em seu primeiro discurso em Najaf desde que retornou ao Iraque, após quatro anos em exílio voluntário.
"Resistiremos sempre contra o ocupante, através da resistência militar e por todos os medios", declarou Sadr diante de milhares de pessoas no bairro de Al Hanana, no centro da cidade sagrada de Najaf, a 150 km da capital Bagdá.
O líder xiita destacou que iraquianos não devem atacar iraquianos: "Nosso braço não tocará os iraquianos. Nosso único alvo será a ocupação. Somos um povo e não estamos de acordo com grupos responsáveis por assassinatos".
Sadr voltou ao Iraque na quarta-feira.
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 170011.261
(AFP) – Há 5 horas
NAJAF, Iraque — O líder rebelde xiita Moqtada al Sadr lançou um chamado neste sábado a seus seguidores, para que "resistam por todos os meios à ocupação" americana, em seu primeiro discurso em Najaf desde que retornou ao Iraque, após quatro anos em exílio voluntário.
"Resistiremos sempre contra o ocupante, através da resistência militar e por todos os medios", declarou Sadr diante de milhares de pessoas no bairro de Al Hanana, no centro da cidade sagrada de Najaf, a 150 km da capital Bagdá.
O líder xiita destacou que iraquianos não devem atacar iraquianos: "Nosso braço não tocará os iraquianos. Nosso único alvo será a ocupação. Somos um povo e não estamos de acordo com grupos responsáveis por assassinatos".
Sadr voltou ao Iraque na quarta-feira.
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 170011.261
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- Glauber Prestes
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Tá aí, um cara altamente sensato.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
15/01/2011 - 11h05
Três militares dos Estados Unidos são mortos no Iraque
BAGDAD, 15 Jan 2011 (AFP) -Três militares americanos foram mortos neste sábado no Iraque, em dois incidentes separados - no centro e no norte do país, anunciou o exército dos Estados Unidos.
Estas mortes elevam a 4.435 o número de militaires americanos mortos desde a invasão americana do Iraque, em 2003, que precipitou a queda do regime de Saddam Hussein, segundo números da AFP com base no site independente www.icasualties.org.
O exército americano possui cerca de 50.000 militares mobilizados no Iraque, um país que deverão deixar no final do ano.
Desde o fim de sua missão de combate, no dia 31 de agosto do ano passado, os militares dos Estados Unidos concentram-se, principalmente, na formação e capacitação das forças de segurança locais. Mas podem ser levados a combater, se atacados ou se as forças iraquianas o solicitarem.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... raque.jhtm
Três militares dos Estados Unidos são mortos no Iraque
BAGDAD, 15 Jan 2011 (AFP) -Três militares americanos foram mortos neste sábado no Iraque, em dois incidentes separados - no centro e no norte do país, anunciou o exército dos Estados Unidos.
Estas mortes elevam a 4.435 o número de militaires americanos mortos desde a invasão americana do Iraque, em 2003, que precipitou a queda do regime de Saddam Hussein, segundo números da AFP com base no site independente www.icasualties.org.
O exército americano possui cerca de 50.000 militares mobilizados no Iraque, um país que deverão deixar no final do ano.
Desde o fim de sua missão de combate, no dia 31 de agosto do ano passado, os militares dos Estados Unidos concentram-se, principalmente, na formação e capacitação das forças de segurança locais. Mas podem ser levados a combater, se atacados ou se as forças iraquianas o solicitarem.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... raque.jhtm
- FoxTroop
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
O que todos sabíamos "oficiosamente", passou a ser "oficial". Uma mentira que matou centenas de milhares de pessoas, destruiu um país e levou o mundo para uma crise sem precedentes.
Um simples palhaço, o perfeito "idiota útil".
http://www.publico.pt/Mundo/espiao-iraq ... as_1480488Fonte das afirmações de Colin Powell na ONU
Espião iraquiano "Curveball" confessa ter inventado programa de armas químicas
O informador iraquiano que os serviços secretos norte-americanos baptizaram como "Curveball" confessou pela primeira vez que inventou as informações relativas à existência de um programa de produção de armas de destruição maciça no Iraque. O objectivo era convencer os Estados Unidos a invadir o país e depor o regime de Saddam Hussein.
Numa entrevista exclusiva ao diário britânico "Guardian", o iraquiano Rafid Ahmed Alwan al-Janabi, ou "Curveball", admitiu ter transmitido histórias totalmente falsas sobre fábricas de armas químicas e biológicas clandestinas aos seus contactos ocidentais, no caso aos agentes do serviço secreto alemão BND — que posteriormente partilharam essas informações com os seus congéneres americanos.
“Eu podia estar certo ou podia estar errado. Eles [agentes secretos] deram-me a hipótese de fabricar uma versão da história que podia levar à queda do regime. Eu e os meus filhos estamos orgulhosos por termos sido a razão que deu ao Iraque a margem para a democracia”, disse.
Rafid al-Janabi começou a colaborar com o BND em Março de 2000, na qualidade de engenheiro químico com acesso a informações vitais sobre os programas de armas químicas de Bagdad. “Eu tinha um problema com o regime de Saddam [Hussein], queria-me ver livre dele e ali estava uma oportunidade”, justificou.
Como explicou ao "Guardian", os alemães levaram a sério as informações que ele lhes transmitia, mas deixaram de procurá-lo quando muitas das suas dicas foram desmascaradas por outras fontes. A troca parou até que, no final de 2002, Janabi voltou a ser procurado. Segundo disse, nessa altura já era claro que estava a ser montado um “caso” para justificar a guerra.
Mesmo assim, o espião admitiu ter ficado perplexo quando ouviu o então secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, usar as suas alegações falsas para defender a invasão do Iraque num discurso nas Nações Unidas.
Janabi, que agora vive exilado na Alemanha, diz que não se arrepende do que fez. “Fico muito triste por todas as mortes no Iraque. Mas pergunto: havia outra solução? Acreditem, não havia outra maneira de levar a liberdade ao Iraque”, considerou nesta entrevista.
Um simples palhaço, o perfeito "idiota útil".

- FOXTROT
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Ainda deve ter alguém do antigo regime influente no Iraque, quanto vale esse Curveball
?
Saudações

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"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- Clermont
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
COMO CURVEBALL FEZ DE TOLAS AS AUTORIDADES DE WASHINGTON.
Por Eric Margolis - 22 de fevereiro de 2011.
A comédia negra do desertor iraquiano, cognominado de "Curveball" voltou à tona. Elas nos diz muito sobre como os Estados Unidos fizeram esta bagunça no Oriente Médio, e por quê Washington não pode compreender ou lidar com a histórica revolução, agora, irrompendo através do mundo muçulmano.
Acrescente partes iguais de ignorância e arrogância, a receita-padrão para a política americana no mundo muçulmano, mexa bem, e você terá um nutritivo coquetel, de estupidez e equívocos que faz crescer enganadores, promotores de interesses especiais e a desinformação.
Em 2000, um iraquiano, Ahmed al-Janabi, desertou para a Alemanha. Para reforçar seu estatuto de refugiado, ele ofereceu ao serviço de inteligência alemão, BND, um amontoado de mentiras risíveis sobre as armas químicas e biológicas do Iraque. A mais notória: a afirmação de que o presidente Saddam Hussein tinha unidades volantes de armas biológicas, que ameaçavam a humanidade.
Os alemães não acreditaram em "Curveball". Nenhuma de suas declarações foram examinadas. Mas, sendo leais aliados dos Estados Unidos, e sabendo que a administração Bush estava faminta por relatórios alarmantes sobre o Iraque, não importa o quão duvidosos, a Alemanha repassou as afirmações de "Curveball" para a CIA.
O hábil chefe europeu da CIA, Tyler Drumheller, preveniu Langley de que as afirmações de "Curveball" eram, patentemente, falsas. Porém, o sicofanta diretor da CIA, George Tenet, sabendo que o presidente Bush e o vice-presidente Dick Cheney, estavam determinados a invadirem o Iraque, enviou as falsidades de "Curveball" para a Casa Branca, ao que parece, sem quaisquer reservas. Outra "enterrada".
Dificilmente, está terá sido a primeira vez que falsários fazem de otários os homens da inteligência americana. Por exemplo, de volta nos anos 1980, um questionável vendedor de armas iraniano e agente israelense, Manucher Ghorbanifar, levou a Washington do presidente Reagan à histeria, com falsidades sobre equipes de assassinos líbios.
Em 2001, um agente de influência israelense no governo americano e outras autoridades neocons, trouxeram Ghorbanifar, de volta à tona, para oferecer falsas afirmações e documentos forjados sobre as supostas ambições nucleares do Iraque.
O vice-diretor da CIA, mais tarde, admitiu que as fantasias de "Curveball" eram as únicas "evidências" existentes de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.
Em 5 de fevereiro de 2003, o secretário de estado Colin Powell, foi perante a ONU e, solenemente, preveniu sobre as nefastas armas biológicas iraquianas que ameaçavam toda a humanidade, inclusive, com desenhos fantasiosos de caminhonetes de guerra biológica.
Powell, até mesmo, apontou para um pequeno frasco de pó branco, que todo mundo pensou ser anthrax. Isto foi um claro lembrete do pânico do anthrax, nos Estados Unidos, que foi, falsamente, atribuído à extremistas islâmicos ou ao Iraque.
O desempenho do secretário Powell foi um tour de force. Ele era uma das mais confiáveis figuras na América. Por trás de Powell, sentavam o chefe Tenet da CIA, e o chefe americano da ONU, John Negroponte, seus olhos baixos e semi-cerrados, parecendo com altos-clérigos na missa.
Como Powell, um homem decente, ainda que, dificilmente, brilhante, se permitiu ser feito de tolo e mentiroso, permanece um mistério. Powell, agora, culpa a CIA e a Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono, por o iludirem. Mas, o general Powell, a Casa Branca de Bush e o Congresso, ou foram consumados idiotas por engolirem todas estas mentiras sobre o Iraque, ou sabiam que tudo era uma grande farsa.
A desculpa-padrão da administração Bush, após a guerra de 2003, foi de que, "bem, todos os nossos aliados acharam que o Iraque tinha armas de destruição em massa." o antigo secretário da defesa, Donald Rumsfeld, repetiu esta cantilena, semana passada.
De fato, as falsas informações que vieram da França, Alemanha, Itália, tinham, originalmente, sido fornecidas para suas agências de inteligência pela CIA, sob antigos acordos de compartilhamento de informações. Lixo que entra, lixo que sai. Algumas das informações da inteligência americana sobre o Iraque, que eram falsas, também vieram dos amargos inimigos do Iraque: Israel, Kuwait e Arábia Saudita. Devemos suspeitar que muito dos dados da administração Obama, sobre as supostas armas nucleares do Irã, estão vindo de agentes de influência, falsas fontes iranianas, e desinformação similar à "Curveball".
O Congresso dos Estados Unidos e a mídia, pediram por ação contra o Iraque. Enquanto a febre por guerra varria os Estados Unidos, este escritor, um velho conhecedor do Iraque e correspondente de guerra, preveniu que as afirmações de Powell eram absurdas e que o Iraque, nem tinha armas de destruição em massa, nem sistemas para lança-las.
Outros observadores veteranos do Oriente Médio foram postos de lado, ou ignorados. Jornalistas como eu, que não "não seguiam o programa" foram silenciados, algumas vezes, sob ordens diretas do Salão Oval da Casa Branca. A famosa linha de George Orwell, sobre como dizer a verdade em tempo de mentiras em massa se torna um ato de sedição, nunca foi mais verdadeira.
O apogeu final da absurdidade e mentira, foi alcançado quando o presidente George W. Bush, preveniu sobre os "drones da morte" do Iraque, baseados em cargueiros, vagando pelo Oceano Atlântico, prontos para fazer chover impiedosas bactérias sobre uma sonolenta América.
Bush deve ter plagiado esta idéia do seriado Flash Gordon, de 1940, no qual o feroz Ming, O Impiedoso, planejava fazer chover sua letal "Morte Púrpura" sobre a América.
Eu sinto pouco prazer em ter sido justificado. Eu teria muito mais preferido que os Estados Unidos nunca tivessem invadido o Iraque, uma guerra desnecessária, que matou centenas de milhares de pessoas, devastou o Iraque, e custou ao contribuinte americano, perto de 1 trilhão de dólares - até agora.
Ironicamente, era Saddam Hussein, não Bush ou Cheney, quem estava dizendo a verdade. Ele foi linchado, depois da invasão americana de 2003, em boa medida para impedi-lo de revelar a plena extensão do profundo relacionamento americano-iraquiano, antes de 1991.
A mídia americana desempenhou um grande papel na promoção da Guerra do Iraque. Ela trombeteou a propaganda de guerra da Casa Branca, colocou nas manchetes falstas histórias e manteve o público americano num estado de constante medo e confusão.
Graças ao conluio entre a Casa Branca de Bush e a mídia, mais de 80 porcento dos americanos, errôneamente, acreditavam que o Iraque estava por trás dos ataques do 11 de Setembro.
Quase todos os comentarista da mídia, centros de pensamento e "especialistas" em Oriente Médio, que rufaram os tambores de guerra a respeito do Iraque, permanecem em seus lugares, hoje, continuando a desinformar os americanos sobre o mundo muçulmano.
A WikiLeaks mostrou que os diplomatas americanos são capacitados e, com freqüência, bem-informados, mas manietados em seus relatórios pela linha partidária estabelecida por Washington. O mesmo se aplica à CIA, onde vozes heréticas são silenciadas.
Em 2009, este escritor produziu um livro sobre a pervertida influência da América sobre o Oriente Médio, American Raj, com o subtítulo, "Libertação ou Dominação". Ele previa muito do tumulto político e social, agora varrendo o Oriente Médio, e propunha caminhos para os Estados Unidos seguirem, praticando o que pregam, ao promoverem autênticas democracias e progresso social no mundo muçulmano.
Meu livro foi, friamente, recebido. Os americanos, como a maioria dos povos, gostam de ser informados sobre aquilo no qual já acreditam. A mídia corporativa americana, com freqüência, atua como um megafone para o governo ou interesses especiais, antes do que desempenhar seu papel-chave numa democracia - manter o governo honesto.
Isto, por falta de alternativas, acabou virando o trabalho da WikiLeaks.
Por Eric Margolis - 22 de fevereiro de 2011.
A comédia negra do desertor iraquiano, cognominado de "Curveball" voltou à tona. Elas nos diz muito sobre como os Estados Unidos fizeram esta bagunça no Oriente Médio, e por quê Washington não pode compreender ou lidar com a histórica revolução, agora, irrompendo através do mundo muçulmano.
Acrescente partes iguais de ignorância e arrogância, a receita-padrão para a política americana no mundo muçulmano, mexa bem, e você terá um nutritivo coquetel, de estupidez e equívocos que faz crescer enganadores, promotores de interesses especiais e a desinformação.
Em 2000, um iraquiano, Ahmed al-Janabi, desertou para a Alemanha. Para reforçar seu estatuto de refugiado, ele ofereceu ao serviço de inteligência alemão, BND, um amontoado de mentiras risíveis sobre as armas químicas e biológicas do Iraque. A mais notória: a afirmação de que o presidente Saddam Hussein tinha unidades volantes de armas biológicas, que ameaçavam a humanidade.
Os alemães não acreditaram em "Curveball". Nenhuma de suas declarações foram examinadas. Mas, sendo leais aliados dos Estados Unidos, e sabendo que a administração Bush estava faminta por relatórios alarmantes sobre o Iraque, não importa o quão duvidosos, a Alemanha repassou as afirmações de "Curveball" para a CIA.
O hábil chefe europeu da CIA, Tyler Drumheller, preveniu Langley de que as afirmações de "Curveball" eram, patentemente, falsas. Porém, o sicofanta diretor da CIA, George Tenet, sabendo que o presidente Bush e o vice-presidente Dick Cheney, estavam determinados a invadirem o Iraque, enviou as falsidades de "Curveball" para a Casa Branca, ao que parece, sem quaisquer reservas. Outra "enterrada".
Dificilmente, está terá sido a primeira vez que falsários fazem de otários os homens da inteligência americana. Por exemplo, de volta nos anos 1980, um questionável vendedor de armas iraniano e agente israelense, Manucher Ghorbanifar, levou a Washington do presidente Reagan à histeria, com falsidades sobre equipes de assassinos líbios.
Em 2001, um agente de influência israelense no governo americano e outras autoridades neocons, trouxeram Ghorbanifar, de volta à tona, para oferecer falsas afirmações e documentos forjados sobre as supostas ambições nucleares do Iraque.
O vice-diretor da CIA, mais tarde, admitiu que as fantasias de "Curveball" eram as únicas "evidências" existentes de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.
Em 5 de fevereiro de 2003, o secretário de estado Colin Powell, foi perante a ONU e, solenemente, preveniu sobre as nefastas armas biológicas iraquianas que ameaçavam toda a humanidade, inclusive, com desenhos fantasiosos de caminhonetes de guerra biológica.
Powell, até mesmo, apontou para um pequeno frasco de pó branco, que todo mundo pensou ser anthrax. Isto foi um claro lembrete do pânico do anthrax, nos Estados Unidos, que foi, falsamente, atribuído à extremistas islâmicos ou ao Iraque.
O desempenho do secretário Powell foi um tour de force. Ele era uma das mais confiáveis figuras na América. Por trás de Powell, sentavam o chefe Tenet da CIA, e o chefe americano da ONU, John Negroponte, seus olhos baixos e semi-cerrados, parecendo com altos-clérigos na missa.
Como Powell, um homem decente, ainda que, dificilmente, brilhante, se permitiu ser feito de tolo e mentiroso, permanece um mistério. Powell, agora, culpa a CIA e a Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono, por o iludirem. Mas, o general Powell, a Casa Branca de Bush e o Congresso, ou foram consumados idiotas por engolirem todas estas mentiras sobre o Iraque, ou sabiam que tudo era uma grande farsa.
A desculpa-padrão da administração Bush, após a guerra de 2003, foi de que, "bem, todos os nossos aliados acharam que o Iraque tinha armas de destruição em massa." o antigo secretário da defesa, Donald Rumsfeld, repetiu esta cantilena, semana passada.
De fato, as falsas informações que vieram da França, Alemanha, Itália, tinham, originalmente, sido fornecidas para suas agências de inteligência pela CIA, sob antigos acordos de compartilhamento de informações. Lixo que entra, lixo que sai. Algumas das informações da inteligência americana sobre o Iraque, que eram falsas, também vieram dos amargos inimigos do Iraque: Israel, Kuwait e Arábia Saudita. Devemos suspeitar que muito dos dados da administração Obama, sobre as supostas armas nucleares do Irã, estão vindo de agentes de influência, falsas fontes iranianas, e desinformação similar à "Curveball".
O Congresso dos Estados Unidos e a mídia, pediram por ação contra o Iraque. Enquanto a febre por guerra varria os Estados Unidos, este escritor, um velho conhecedor do Iraque e correspondente de guerra, preveniu que as afirmações de Powell eram absurdas e que o Iraque, nem tinha armas de destruição em massa, nem sistemas para lança-las.
Outros observadores veteranos do Oriente Médio foram postos de lado, ou ignorados. Jornalistas como eu, que não "não seguiam o programa" foram silenciados, algumas vezes, sob ordens diretas do Salão Oval da Casa Branca. A famosa linha de George Orwell, sobre como dizer a verdade em tempo de mentiras em massa se torna um ato de sedição, nunca foi mais verdadeira.
O apogeu final da absurdidade e mentira, foi alcançado quando o presidente George W. Bush, preveniu sobre os "drones da morte" do Iraque, baseados em cargueiros, vagando pelo Oceano Atlântico, prontos para fazer chover impiedosas bactérias sobre uma sonolenta América.
Bush deve ter plagiado esta idéia do seriado Flash Gordon, de 1940, no qual o feroz Ming, O Impiedoso, planejava fazer chover sua letal "Morte Púrpura" sobre a América.
Eu sinto pouco prazer em ter sido justificado. Eu teria muito mais preferido que os Estados Unidos nunca tivessem invadido o Iraque, uma guerra desnecessária, que matou centenas de milhares de pessoas, devastou o Iraque, e custou ao contribuinte americano, perto de 1 trilhão de dólares - até agora.
Ironicamente, era Saddam Hussein, não Bush ou Cheney, quem estava dizendo a verdade. Ele foi linchado, depois da invasão americana de 2003, em boa medida para impedi-lo de revelar a plena extensão do profundo relacionamento americano-iraquiano, antes de 1991.
A mídia americana desempenhou um grande papel na promoção da Guerra do Iraque. Ela trombeteou a propaganda de guerra da Casa Branca, colocou nas manchetes falstas histórias e manteve o público americano num estado de constante medo e confusão.
Graças ao conluio entre a Casa Branca de Bush e a mídia, mais de 80 porcento dos americanos, errôneamente, acreditavam que o Iraque estava por trás dos ataques do 11 de Setembro.
Quase todos os comentarista da mídia, centros de pensamento e "especialistas" em Oriente Médio, que rufaram os tambores de guerra a respeito do Iraque, permanecem em seus lugares, hoje, continuando a desinformar os americanos sobre o mundo muçulmano.
A WikiLeaks mostrou que os diplomatas americanos são capacitados e, com freqüência, bem-informados, mas manietados em seus relatórios pela linha partidária estabelecida por Washington. O mesmo se aplica à CIA, onde vozes heréticas são silenciadas.
Em 2009, este escritor produziu um livro sobre a pervertida influência da América sobre o Oriente Médio, American Raj, com o subtítulo, "Libertação ou Dominação". Ele previa muito do tumulto político e social, agora varrendo o Oriente Médio, e propunha caminhos para os Estados Unidos seguirem, praticando o que pregam, ao promoverem autênticas democracias e progresso social no mundo muçulmano.
Meu livro foi, friamente, recebido. Os americanos, como a maioria dos povos, gostam de ser informados sobre aquilo no qual já acreditam. A mídia corporativa americana, com freqüência, atua como um megafone para o governo ou interesses especiais, antes do que desempenhar seu papel-chave numa democracia - manter o governo honesto.
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Se este assassino tem tanto orgulho, assim, então, por quê não volta para o Iraque e enfrenta, de peito aberto, as famílias dos seus compatriotas mortos na guerra que ele ajudou a provocar?Janabi, que agora vive exilado na Alemanha, diz que não se arrepende do que fez. “Fico muito triste por todas as mortes no Iraque. Mas pergunto: havia outra solução? Acreditem, não havia outra maneira de levar a liberdade ao Iraque”, considerou nesta entrevista.
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Os States conseguiram um bode espiatório, e os bobos já estão caindo nele.
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
prp, tens toda a razão. Os eua precisavam de uma justificativa para invadir o iraque. Mentiram e agora querem minimizar sua ação criminosa com as declarações deste bode expiatório claramente forjado. A notícia é para os ingênuos, aqueles que estavam constrangidos com a mentira do bush!!
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
E agora a mesma desgraça espera os Libios, cortesia dos EUA e sus muchachos...
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- Crotalus
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Ao apoiar as ações da coalizão sobre a Líbia, estarei aceitando tàcitamente a ocupação do país e o controle de sua produção de petróleo. É isso o que eu quero para o povo líbio? Claro que não. O que eu quero é a deposição do ditador e a instalação de uma assembléia constituinte e a instalação de um governo democrático que possa gerenciar suas próprias riquezas minerais. Mas todos nós sabemos que os países da coalizão não querem isso! Há muito cinismo neste ataque. Não o fizeram no Iraque e instalaram um ditador títere no Afganistão. Farão o mesmo na Líbia. Não posso aceitar!
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Se os países democráticos da coligação apenas tem interesse no controle dos recursos naturais, os vizinhos do Brasil que se cuidem, porque o Brasil também é uma democracia.
Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Iraque - Noticias de Guerra
Poderia lá ser........
Documentos secretos implicam petrolíferas mundiais na invasão do Iraque.
Foram hoje reveladas actas de reuniões onde foram debatidos planos de exploração das reservas de crude do Iraque antes de o país do Médio Oriente ser invadido pelas forças aliadas em 2003.
O “The Independent” divulga hoje várias actas de reuniões entre ministros e executivos de grandes petrolíferas mundiais, onde é visível o interesse dos governos ocidentais e das empresas do sector no “ouro negro” iraquiano, com especial enfoque no Reino Unido.
Nas actas das reuniões realizadas em Outubro e Novembro de 2002, antes da invasão do Iraque em Março de 2003, pode ler-se, por exemplo, que Elizabeth Symons, na altura ministra britânica do Comércio, disse à BP que o governo achava que as petrolíferas britânicas deveriam ter um quinhão das vastas reservas de petróleo e gás do Iraque como recompensa pelo compromisso militar de Tony Blair de se aliar aos planos dos EUA de mudança de regime no país liderado então por Saddam Hussein.
Em Março de 2003, mesmo antes de o Reino Unido entrar nesta guerra, a Shell considerou “altamente inexactos” os relatos de que teria mantido conversações com o gabinete do primeiro-ministro, em Downing Street, sobre o petróleo iraquiano, relembra o “The Independent”.
A BP também negou que tivesse qualquer “interesse estratégico” no Iraque, ao passo que Tony Blair considerou “totalmente absurda” essa “teoria da conspiração do petróleo”, sublinha a mesma fonte.
Agora, as actas que vieram a público estão a pôr em questão essas rejeições de envolvimento por interesse na guerra com o Iraque. O envolvimento do Reino Unido neste esforço de guerra dividiu o gabinete de Blair e só foi aceite depois de o primeiro-ministro assegurar que Saddam Hussein possuía armas de destruição maciça, refere o “The Independent”.
Os documentos demonstram que Elizabeth Symons concordou em fazer “lobby” junto da Administração Bush, dos EUA, em nome da BP, uma vez que a gigante petrolífera receava ficar de fora dos acordos que Washington estava a celebrar com os governos norte-americano, francês e russo e com as suas respectivas empresas do sector energético, avança a edição “online” daquele jornal britânico.
Na acta de uma reunião com a BP, a Shell e a BG (a ex-British Gas), realizada a 31 de Outubro de 2002, pode ler-se: “a baronesa Symons concordou que seria difícil justificar que as empresas britânicas ficassem de fora no Iraque se o Reino Unido fosse um visível apoiante do governo norte-americano durante a crise”. A ministra do Comércio prometeu ainda a essas empresas que lhes daria novidades, “antes do Natal”, sobre a pressão que pretendia exercer sobre Washington.
Ainda de acordo com a mesma fonte, o Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros convidou a BP, a 6 de Novembro desse mesmo ano, para debater oportunidades no Iraque “pós-mudança de regime”.
O jornal recorda ainda que os contratos assinados por várias grandes petrolíferas em vésperas da invasão do Iraque – que já tinha sido “castigado” por ter invadido o Koweit em Agosto de 1990 e que ficou depois sob renovada pressão devido às acusações de posse de armas de destruição maciça – foram os maiores da história do sector petrolífero, abrangendo metade das reservas iraquianas (60 mil milhões de barris de crude).
