O acordo comercial entre a UE e o Mercosul demorou muito para ser concluido. As negociações começaram em 1998, ao que me lembro, e as exigências dos europeus foram muito severas, especialmente quanto aos produtos agrícolas. Na época as exportações brasileiras para a UE representavam 32% do total que o país exportava. Hoje elas representam ao redor de 12 a 15% do valor exportado. O mesmo ocorreu com as importações. Embora o comércio entre a UE e o Mercosul ainda seja significativo e importante, não tem mais a mesma prioridade economica que tinha 20 anos atras. A demora cobrou seu preço e as negociações serão diferentes agora.
Von der Leyen tenta concluir acordo UE-Mercosul até final do ano
E para surpresa de ZERO pessoas...
Parlamento francês aprova veto a acordo entre Mercosul e UE
Deutsche Welle
(...) "A deputada macronista Eléonore Cariot pediu, sem sucesso, a não votação de um texto que, segundo ela, serviria apenas para enviar um "mau sinal” à América Latina, que é um parceiro fundamental para a Europa. "Se a França e a UE se desviarem da América Latina, sabem quem virá? A China e a Rússia", advertiu a deputada.
A França, que já se recusou a ratificar o acordo comercial em 2019, procura assim arrefecer novamente as aspirações à conclusão do tratado UE-Mercosul, renovadas com o retorno de Lula à presidência do Brasil.
O uso de pesticidas e antibióticos proibidos na UE nos quatro países do Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – também foi tema de votação, que coincidiu também com a visita da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a vários países latino-americanos, tendo o acordo com o Mercosul como um dos temas centrais da agenda de trabalho. Em Brasília, nesta segunda-feira, ela afirmou ter dito ao presidente Lula que tentaria fechar o pacto até o fim do ano.
Lula disse a Ursula von der Leyen que "a premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções". Ele criticou os "efeitos extraterritoriais" das regras europeias, que "modificam o equilíbrio" do pacto.(...)
Ou seja, os do Partido do Macron tentaram fazer aprovar o acordo e a oposição não quis.
Re: União Europeia
Enviado: Qua Jun 14, 2023 8:24 am
por P44
Um total de 95,3 milhões de pessoas estava em risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia em 2022, representando 21,6% da população do bloco, com Portugal a registar uma taxa de 20,1%, divulga hoje o Eurostat.
Na UE, de acordo com os dados do serviço estatístico europeu, manteve-se praticamente inalterada de 2021 para 2022 a taxa da população em risco de pobreza ou exclusão social, ou seja, que vivem em agregados familiares onde há pelo menos um dos três riscos de pobreza e exclusão social: risco de pobreza, privação material ou social severa e/ou estar inserido num agregado com intensidade laboral muito reduzida.
Re: União Europeia
Enviado: Qua Jun 14, 2023 6:18 pm
por Túlio
cabeça de martelo escreveu: ↑Qua Jun 14, 2023 7:04 am
Ou seja, os do Partido do Macron tentaram fazer aprovar o acordo e a oposição não quis.
O que diz muito para quem realmente quer entender as relações entre o Brasil e a UE. Nada de "cooperação", é RIVALIDADE ABERTA mesmo e não vai ter refresco pra ninguém.
Aposto em nós, que o Painho não é exatamente um noviço nessas cousas...
Re: União Europeia
Enviado: Qui Jun 15, 2023 6:04 am
por cabeça de martelo
Vez, mais uma razão para apoiares o painho...
Faz o "L"!
Re: União Europeia
Enviado: Sex Jun 16, 2023 11:25 am
por cabeça de martelo
Re: União Europeia
Enviado: Sex Jun 16, 2023 12:43 pm
por cabeça de martelo
Integrated Security for Germany : National Security Strategy / Federal Foreign Office
O problema de sempre é a mentalidade de rebanho, onde as maiorias (ao me dar conta disto me desapontei de vez com coisas como "democracia" e "estado de direito") vão para onde são tangidas como o gado que são pelo bico doce dos politiqueiros e seus meRdia assoldadados, e arrastam à força (o famigerado "senso comum" que tanto amam) quem está vendo o abismo ali adiante.
Re: União Europeia
Enviado: Sex Jun 16, 2023 1:44 pm
por cabeça de martelo
Intel confirma mais uma fábrica de chips na Europa. Vai ser na Polónia e custa 4,6 mil milhões de dólares
Depois do acordo com a Alemanha, que vai dar origem a uma fábrica que custará mais de 20 mil milhões de euros, pelas contas da Intel, a fabricante norte-americana de chips chegou a acordo para montar outra fábrica na Polónia e ajudar a Europa a alcançar os objetivos ambiciosos nesta área.
A Intel confirmou planos para a construção de mais uma fábrica de semicondutores na Europa, desta vez na Polónia. A estrutura vai implicar um investimento de 4,6 mil milhões de dólares e deverá estar operacional em 2027.
O Governo polaco já se congratulou com a escolha da multinacional norte-americana para fixar mais esta unidade de produção, que reflete a estratégia da Intel sob a liderança de Pat Gelsinger, focada em recuperar a liderança do mercado mundial de chips, através de um reforço massivo da capacidade de fabrico da empresa.
A ambição da Intel casa com as ambições europeias, de recuperar autonomia regional neste sector e voltar a concentrar na Europa parte importante da produção mundial de chips. Depois da pandemia pôr a nu a dependência europeia dos mercados asiático nesta área, legislação como o Chip Act foi preparada para ajudar a reverter esta situação de fragilidade e criar condições para que a Europa concentre 20% da produção mundial de semicondutores até 2030.