Revanchismo sem fim
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Re: Revanchismo sem fim
Algus, a quem cabe sanar e trazer à luz tais fatos de nossa história?
Historiadores e pesquisadores, ou uma insuspeita e passional Comissão da "Verdade", formada, organizada e instituída por um dos lados envolvido nas disputas politicas do passado, e visando apurar, numa visão unilateral, somente os crimes cometidos pelo Estado, diga-se o outro lado?
Queremos, e precisamos, da verdade. Mas a verdade histórica. Não a verdade conveniente de uns e outros.
abs.
Historiadores e pesquisadores, ou uma insuspeita e passional Comissão da "Verdade", formada, organizada e instituída por um dos lados envolvido nas disputas politicas do passado, e visando apurar, numa visão unilateral, somente os crimes cometidos pelo Estado, diga-se o outro lado?
Queremos, e precisamos, da verdade. Mas a verdade histórica. Não a verdade conveniente de uns e outros.
abs.
Carpe Diem
- Clermont
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Re: Revanchismo sem fim
Sim, sejamos francos. A derrubada da lei da anistia interessa apenas aos inconformados com a derrota de seus movimentos de luta armada, aos parentes dos que foram mortos e que desejam vingança contra os algozes dos seus entes queridos, e a todo tipo de oportunista de plantão, interessado em montar neste cavalo rumo a notoriedade política e eleitoral, em eleições futuras. O Brasil está num de seus melhores momentos, pelo menos em relação aos assuntos de defesa: novos projetos, novas armas, reorganização de forças. Este é o momento de olhar para a frente, no relacionamento entre a sociedade civil e as Forças Armadas. Seria uma grande tristeza que tal momento fosse estragado com o veneno das discórdias do passado, trazidas por gente irresponsável, sem comprometimento algum com o avanço do Brasil.Clermont, sejamos francos. A lei da anistia interessa apenas aos militares que participaram do regime e aos movimentos de esquerda que se armaram o combateram o mesmo.
E também o povo brasileiro de 2013 não dá apoio algum a derrubada da lei da anistia, coisa que é desejada apenas por reduzidíssima elite esquerdista, intelectual e jurídica. E que coisa curiosa! O tipo de gente que normalmente apóia, barulhentamente, essa derrubada da lei da anistia, costuma ser o tipo de gente que urra mais alto toda vez em que alguém sugere a derrubada da maioridade penal somente aos dezoito anos, que é desejada por mais de noventa porcento daquele tal de "povo"!O povo nunca apoiou essa lei.
Não. Será vista como uma sensível alternativa costurada para pôr um fim a um período lamentável e doloroso da história do Brasil, fruto do esforço de gente como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Petrônio Portela, e vários líderes militares. Para futuras gerações, nascendo e vivendo em democracia, sempre será fácil julgar, confortavelmente, as ações das gerações passadas, vivendo no calor do momento, lutando contra todo tipo de pressão, vinda de radicais de todo o lado. Mas esta é a vantagem do jovem em relação ao velho: o jovem sempra acha que poderia ter feito melhor, não é mesmo?Daqui algumas décadas, quando os que comandaram tudo isso já tiverem morrido, esta "lei da anistia" será vista pela história como uma das leis mais absurdas que já existiu.
Uai! Mas se você sabe que a Operação Bandeirantes foi financiada pela FIESP (informação antiga que é sabida pelo menos, desde a época em que a Xuxa ainda era virgem...); se vc sabe que o empresário Henning Boilesen contribuía materialmente com a OBAN (outra informação antiga), então, é chegamos à conclusão que a existência da lei da anistia não impediu o seu conhecimento, nem o de gerações anteriores e, tampouco, a compreensão do que, "de fato" aconteceu, por gerações futuras. Além do que, sinceramente? Não sei o quê de tão complexo assim, haveria para se compreender, em relação a um golpe militar provocado por um governo civil fraco, incompentente e irresponsável. E que, devido à cegueira, ambição desmedida e irresponsabilidade de uma geração de generais-politiqueiros do Exército brasileiro, acabou se prolongando por mais tempo do que deveria, com os resultados danosos, para o Brasil (sua sociedade, sua evolução política-partidária) e para as próprias Forças Armadas brasileiras.A lei da anistia não apenas impede que o fulano que deu a ordem seja julgado. Ela nos impede de entender o que de fato aconteceu. Por exemplo, muitos que estudam o período concluíram que a FIESP financiou a operação bandeirantes que, como vocês sabem, deu fim em muita gente. O presidente da Ultragás Henning Boilesen foi além e forneceu veículos e funcionários da sua empresa para espionar e chegou até a assistir e participar de algumas sessões de tortura.
Não vejo nada de "gigantesco" e nem enxergo correlação com o cenário político atual. Inácio da Silva será o último grande nome político cuja notoriedade tem alguma correlação com o período 1964-1984. Ele foi trazido ao palco da fama política como o primeiro líder sindical a liderar uma greve depois do Golpe de 64. Mas está ficando velho. A nova geração de políticos nada tem a ver com aquele período. Aécio Neves, Eduardo Campos, Haddad, ou Lindbergh são homens na casa dos quarenta-trinta anos. Filhos de uma geração pós-Ditadura (embora, é claro, com conexões devido ao parentesco com nomes antigos como Tancredo ou Arraes). Mas o fato é que, daqui a mais alguns anos, ninguém mais poderá se eleger montando aquele cavalo de batalha, usado por tipos como José Serra, por exemplo:Compreender o que de fato aconteceu neste período nos ajuda a compreender o cenário político atual, a escolher melhor nossos representantes. O impacto é gigantesco.
"- Votem ni mim! Eu fui uma vítima da Ditadura! Um perseguido político! Um sacaneado pelos milicos!"
Eu também não acredito que, em momento algum, os comunistas "estiveram por um fio" de controlar o país. Aliás, nem Luis Carlos Prestes acreditava. Mas, isso é outra história, e, de qualquer modo, a discussão disso não passa pela derrubada irresponsável da lei da anistia.Tem gente que ainda hoje acredita que os comunistas estiveram por um fio de controlar o país, justamente porque o assunto é um tabu, a gente só sabe o básico do básico.
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Re: Revanchismo sem fim
O Brasil deveria ter feito como a África do Sul, uma comissão que chama-se ambos os lados e disse-se assim: Confesse seus crimes que serás perdoado, fico de bico calado pau nele.
- Algus
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Re: Revanchismo sem fim
Não vejo nada de "gigantesco" e nem enxergo correlação com o cenário político atual. Inácio da Silva será o último grande nome político cuja notoriedade tem alguma correlação com o período 1964-1984. Ele foi trazido ao palco da fama política como o primeiro líder sindical a liderar uma greve depois do Golpe de 64. Mas está ficando velho. A nova geração de políticos nada tem a ver com aquele período. Aécio Neves, Eduardo Campos, Haddad, ou Lindbergh são homens na casa dos quarenta-trinta anos. Filhos de uma geração pós-Ditadura (embora, é claro, com conexões devido ao parentesco com nomes antigos como Tancredo ou Arraes). Mas o fato é que, daqui a mais alguns anos, ninguém mais poderá se eleger montando aquele cavalo de batalha, usado por tipos como José Serra[...]Clermont escreveu:Sim, sejamos francos. A derrubada da lei da anistia interessa apenas aos inconformados com a derrota de seus movimentos de luta armada, aos parentes dos que foram mortos e que desejam vingança contra os algozes dos seus entes queridos, e a todo tipo de oportunista de plantão, interessado em montar neste cavalo rumo a notoriedade política e eleitoral, em eleições futuras.Clermont, sejamos francos. A lei da anistia interessa apenas aos militares que participaram do regime e aos movimentos de esquerda que se armaram o combateram o mesmo.
Discordo. Eu e boa parte dos meus amigos e parentes jamais desejou o socialismo no país e ainda assim queremos saber o que de fato ocorreu no período militar. Até imaginei que alguém pensaria em reverter a afirmação, mas ela não faz sentido. E, como disse inicialmente, a lei a anistia, justamente por defender os revoltosos armados é assegurada por eles também. Até parece que a Sra. Dilma, por exemplo, gostaria que este seu passado fosse avaliado e julgado. O efeito é justamente o contrário.
O Brasil está num de seus melhores momentos, pelo menos em relação aos assuntos de defesa: novos projetos, novas armas, reorganização de forças. Este é o momento de olhar para a frente, no relacionamento entre a sociedade civil e as Forças Armadas. Seria uma grande tristeza que tal momento fosse estragado com o veneno das discórdias do passado, trazidas por gente irresponsável, sem comprometimento algum com o avanço do Brasil.
O fato de a economia estar bem não significa que crimes ocorridos anteriormente tenham que ser relevados. "Olhar pra frente" quando resquícios do que ocorreu no regime militar não foram julgados, mas ainda influenciarão nosso futuro é um absurdo pra mim. Se não deixei claro antes tentarei mais uma vez: Não se trata apenas de julgar quem matou quem. Se trata de investigar esquemas de favorecimento, concessões, vistas grossas e tudo mais que há de ruim que montou um esquema político que ninguém faz ideia de como eliminar.
Não. Será vista como uma sensível alternativa costurada para pôr um fim a um período lamentável e doloroso da história do Brasil, fruto do esforço de gente como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Petrônio Portela, e vários líderes militares. Para futuras gerações, nascendo e vivendo em democracia, sempre será fácil julgar, confortavelmente, as ações das gerações passadas, vivendo no calor do momento, lutando contra todo tipo de pressão, vinda de radicais de todo o lado. Mas esta é a vantagem do jovem em relação ao velho: o jovem sempra acha que poderia ter feito melhor, não é mesmo?Daqui algumas décadas, quando os que comandaram tudo isso já tiverem morrido, esta "lei da anistia" será vista pela história como uma das leis mais absurdas que já existiu.
Nunca falei nada disso. Falo de agora, do que podemos fazer agora. Podemos rever tudo que aconteceu e colocar os pingos nos is. E acredite, não é coisa só de esquerdista. Esta ideia só parece absurda em fórum com assuntos militares, faça o teste, pergunte às pessoas em outros tipos de fóruns e sites de relacionamento como facebook. Existe uma diferença, claro, entre apoiar uma causa e sair às ruas por ela. Ninguém panfleta hoje por isso,
Uai! Mas se você sabe que a Operação Bandeirantes foi financiada pela FIESP (informação antiga que é sabida pelo menos, desde a época em que a Xuxa ainda era virgem...); se vc sabe que o empresário Henning Boilesen contribuía materialmente com a OBAN (outra informação antiga), então, é chegamos à conclusão que a existência da lei da anistia não impediu o seu conhecimento, nem o de gerações anteriores e, tampouco, a compreensão do que, "de fato" aconteceu, por gerações futuras. Além do que, sinceramente? Não sei o quê de tão complexo assim, haveria para se compreender, em relação a um golpe militar provocado por um governo civil fraco, incompentente e irresponsável. E que, devido à cegueira, ambição desmedida e irresponsabilidade de uma geração de generais-politiqueiros do Exército brasileiro, acabou se prolongando por mais tempo do que deveria, com os resultados danosos, para o Brasil (sua sociedade, sua evolução política-partidária) e para as próprias Forças Armadas brasileiras.A lei da anistia não apenas impede que o fulano que deu a ordem seja julgado. Ela nos impede de entender o que de fato aconteceu. Por exemplo, muitos que estudam o período concluíram que a FIESP financiou a operação bandeirantes que, como vocês sabem, deu fim em muita gente. O presidente da Ultragás Henning Boilesen foi além e forneceu veículos e funcionários da sua empresa para espionar e chegou até a assistir e participar de algumas sessões de tortura.
Ah, por favor, você é esperto, sabe que há uma enorme diferença entre trabalhos de historiadores que investigam informações em migalhas e trabalhos de órgãos governamentais ou com o auxílio do mesmo, que poderiam resultar na ampla divulgação e condenação dos envolvidos. O que foi investigado é apenas a ponta do iceberg. Pior, nem isso.
Compreender o que de fato aconteceu neste período nos ajuda a compreender o cenário político atual, a escolher melhor nossos representantes. O impacto é gigantesco.
Quem tem concessões de TV? Família Sarney, Collor, Lira, Magalhães... Que famílias exercem grande influência política no Maranhão, Alagoas, Bahia? Sarney, Collor, Magalhães... Como ascenderam politicamente? Com o auxílio de quem?
Só porque não apareceu um Sarney Neto não quer dizer que a nova geração política não tenha nada a ver com a antiga. Tá tudo intimamente ligado.
O Brasilzão é o único da América que mantém essa lei absurda e nenhum país vizinho está destroçado por causa disso. Só ver o caso do Chile. Logo, não faz sentido acreditar que uma vistoria e uma devassa nos eventos ocorridos representem o fim do desenvolvimento atual. Pra mim é o contrário, só teria a ajudar.
A lei da anistia não fala só de crimes que envolveram mortes e tortura. Ela fala de crimes eleitorais também, por exemplo. Você realmente acha que não devemos rever isso?
Estou certo de que a história vai rever este capítulo. A diferença é o tempo: Se for agora, enquanto os envolvidos e os que se beneficiaram ainda estão vivos e ditando as regras, o impacto é outro, verdadeiramente gigantesco.
Em tempo, pesquisa sobre o assunto: http://www.viomundo.com.br/politica/mau ... flora.html
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Re: Revanchismo sem fim
Seria mais razoável da sua parte, até mesmo em respeito a essas pessoas que perderam seus parentes em circunstâncias duvidosas, que dissesse que é do interesse delas que seja feita justiça e não vingança. É tão simples quanto humano admitir isto, se querem mesmo é vingança, problema deles, é até compreensível, mas isto não lhes tira o direito de justiça.Clermont escreveu:Sim, sejamos francos. A derrubada da lei da anistia interessa apenas aos inconformados com a derrota de seus movimentos de luta armada, aos parentes dos que foram mortos e que desejam vingança contra os algozes dos seus entes queridos...Clermont, sejamos francos. A lei da anistia interessa apenas aos militares que participaram do regime e aos movimentos de esquerda que se armaram o combateram o mesmo.
O que você poderia dizer é que politicamente é "inviável" promover esta justiça, que a nossa estabilidade e a possibilidade de avançar é que talvez dependam de que não se tente fazer isto. Para que essa 'tese' se sustente minimamente, ela tem que admitir essa injustiça, ao mesmo tempo em que afirma que é impossível de resolvê-la. E nem estou dizendo que isto é certo ou errado.
Como aquela história do pai operador de ponte elevadiça que deixa seu filho ser esmagado ao abaixá-la para que se passe o trem. O "perdão" dado a esse pai, contudo, não elimina sua culpa. É injusto sim (veja do ponto de vista do filho), mas também não pode ser diferente.
abraços]
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Re: Revanchismo sem fim
Sei lá, acho que querem é VINGAN$$A...
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Re: Revanchismo sem fim
Continua o teatrinho da esquerda, gastando dinheiro para saciar suas vontades...
'Não houve erro histórico', diz general sobre Jango antes de novo enterro
Em São Borja, comandante disse ainda que 'não há motivo para desculpas'.
Forças Armadas preparam honras na chegada de restos mortais.
Preparado para receber os restos mortais do ex-presidente João Goulart na manhã desta sexta-feira (6), no Aeroporto de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, o comandante Militar do Sul, general de Exército Carlos Bolivar Goellner, autoridade máxima das Forças Armadas no evento, declarou que “não há motivo para pedido de desculpas" e negou a existência de erros históricos diante da queda de Jango, deposto com o golpe militar em 1964.
Segundo ele, as honras militares não representam uma retratação histórica. "Não houve erro histórico. História é história", afirmou ao ser questionado pelo G1 sobre possibilidade da chegada dos restos mortais de Jango, sob honras militar, significar a reparação de equívocos no passado.
Jango, como era conhecido, foi exumado para que sejam esclarecidas as circunstâncias da sua morte. O ex-presidente morreu em 1976 durante o exílio, supostamente de infarto, mas, para a família, ele foi assassinado. De acordo com a Polícia Federal, os resultados dos exames realizados por peritos só devem ser conhecidos em oito meses.
O general foi além e negou a versão oficial de que João Goulart foi enterreado como um cidadão comum, por não ter recebido no dia 6 de dezembro de 1976 os ritos militares obrigatórios a quem já foi presidente da República. “Discordo que tenha sido enterrado como um cidadão comum. Isso não significa um pedido de desculpa. Estamos cumprindo o que foi determinado pela presidente da República”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade das homenagens militares representarem um novo momento no Exército, o comandante Militar do Sul foi direto e disse que as instituições não mudam na história.
Indagado sobre as declarações do general, Christopher Goulart, neto do ex-presidente, evitou confronto. "Posso falar como agente civil ou político, mas não posso falar em nome das Forças Armadas. No entanto, este é um momento de reflexão, inclusive de quem provocou o golpe de estado. Precisamos de uma linha construtiva", afirmou.
Já o senador Pedro Simon (PMDB), que era amigo de Jango, foi sucinto ao comentar as declarações: "A ordem é da presidente da República e ele tem que obedecer”, declarou.
O voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que traz os restos mortais de Jango, a viúva, Maria Thereza Goulart, e outros membros da família atrasou. A chegada, que era prevista para as 11h, deve ocorrer somente às 12h30. Policiais, correligionários do trabalhismo além de autoridades federais e estaduais também já estão concentrados no Aeroporto de São Borja para as homenagens.
Segundo as Forças Armadas, após a chegada do esquife, será iniciada uma guarda fúnebre. Três tiros de fuzil serão disparados, antes que os restos mortais sejam levados para um caminhão do Corpo de Bombeiros. Em seguida, a corporação irá conduzir o esquife em um cortejo até a Igreja da Matriz, no Centro de São Borja.
Morte no exílio
Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina.Cardiopata, ele teria sofrido um infarto, mas uma autópsia nunca foi realizada. Na última década, evidências levantaram a hipótese de que o ex-presidente tenha sido envenenado por agentes das ditaduras uruguaia e argentina, em colaboração com o governo brasileiro.
A principal delas foi o depoimento dado pelo ex-espião uruguaio Mario Neira Barreiro ao filho de Jango, João Vicente Goulart, em 2006. Preso por crimes comuns, ele cumpria pena em uma Penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul. Disse que espionava Jango e que participou de um complô para introduzir uma substância mortal nos medicamentos que o ex-presidente tomava.
Em 2007, a família de Jango solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a reabertura das investigações. O pedido de exumação foi aceito em maio deste ano pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Honras militares em São Borja
Em Brasília, o embarque do caixão do ex-presidente da República na Base Aérea foi acompanhado, em uma pequena cerimônia, pela viúva de Jango, Maria Thereza Goulart, pelo filho João Vicente Goulart e pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Ao ingressar no avião cargueiro modelo C 105 Amazonas da FAB, a esquife estava coberta por uma bandeira do Brasil e foi carregada por quatro militares da Aeronáutica ao som da marcha fúnebre.
O avião decolou em direção ao Rio Grande do Sul às 8h21, mais de 1h20 após o horário previsto inicialmente. Uma comitiva formada por familiares de Jango e servidores do governo federal embarcou na mesma aeronave.
Com o atraso, a chegada dos restos mortais de Jango está prevista para as 12h30 no Aeroporto de São Borja, onde militares irão cobrir o caixão com uma bandeira do Brasil, e saudarão o desembarque com tiros de fuzil. De lá, o esquife será levado em cortejo ate a Igreja Matriz do município. No local, haverá visitação do público a partir do meio dia e uma missa deve ocorrer entre 15h30 e 16h30.
Em seguida, o caixão será conduzido até o Cemitério Jardim da Paz, para ser enterrado novamente no jazigo onde no mês passado ocorreu a exumação, com objetivo de desvendar os mistérios que pairam sobre a morte. Indícios de que Jango possa ter sido vítima de envenenamento durante o exílio na Argentina levaram a família de Jango a solicitar ao Ministério Público Federal a investigação.
Entre as autoridades que já têm presença confirmada estão a titular da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL) e Pedro Simon (PMDB), que era amigo de Jango e colaborador do trabalhismo na época da morte. Simon, Maria do Rosário, o prefeito de São Borja, Farelo Almeida (PDT), e João Vicente Goulart, um dos filhos de Jango, discursarão antes da devolução dos restos mortais ao jazigo da família.
Como o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, está na China para compromissos, o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP), vai representar o executivo gaúcho durante as cerimônias.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-su ... terro.html
'Não houve erro histórico', diz general sobre Jango antes de novo enterro
Em São Borja, comandante disse ainda que 'não há motivo para desculpas'.
Forças Armadas preparam honras na chegada de restos mortais.
Preparado para receber os restos mortais do ex-presidente João Goulart na manhã desta sexta-feira (6), no Aeroporto de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, o comandante Militar do Sul, general de Exército Carlos Bolivar Goellner, autoridade máxima das Forças Armadas no evento, declarou que “não há motivo para pedido de desculpas" e negou a existência de erros históricos diante da queda de Jango, deposto com o golpe militar em 1964.
Segundo ele, as honras militares não representam uma retratação histórica. "Não houve erro histórico. História é história", afirmou ao ser questionado pelo G1 sobre possibilidade da chegada dos restos mortais de Jango, sob honras militar, significar a reparação de equívocos no passado.
Jango, como era conhecido, foi exumado para que sejam esclarecidas as circunstâncias da sua morte. O ex-presidente morreu em 1976 durante o exílio, supostamente de infarto, mas, para a família, ele foi assassinado. De acordo com a Polícia Federal, os resultados dos exames realizados por peritos só devem ser conhecidos em oito meses.
O general foi além e negou a versão oficial de que João Goulart foi enterreado como um cidadão comum, por não ter recebido no dia 6 de dezembro de 1976 os ritos militares obrigatórios a quem já foi presidente da República. “Discordo que tenha sido enterrado como um cidadão comum. Isso não significa um pedido de desculpa. Estamos cumprindo o que foi determinado pela presidente da República”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade das homenagens militares representarem um novo momento no Exército, o comandante Militar do Sul foi direto e disse que as instituições não mudam na história.
Indagado sobre as declarações do general, Christopher Goulart, neto do ex-presidente, evitou confronto. "Posso falar como agente civil ou político, mas não posso falar em nome das Forças Armadas. No entanto, este é um momento de reflexão, inclusive de quem provocou o golpe de estado. Precisamos de uma linha construtiva", afirmou.
Já o senador Pedro Simon (PMDB), que era amigo de Jango, foi sucinto ao comentar as declarações: "A ordem é da presidente da República e ele tem que obedecer”, declarou.
O voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que traz os restos mortais de Jango, a viúva, Maria Thereza Goulart, e outros membros da família atrasou. A chegada, que era prevista para as 11h, deve ocorrer somente às 12h30. Policiais, correligionários do trabalhismo além de autoridades federais e estaduais também já estão concentrados no Aeroporto de São Borja para as homenagens.
Segundo as Forças Armadas, após a chegada do esquife, será iniciada uma guarda fúnebre. Três tiros de fuzil serão disparados, antes que os restos mortais sejam levados para um caminhão do Corpo de Bombeiros. Em seguida, a corporação irá conduzir o esquife em um cortejo até a Igreja da Matriz, no Centro de São Borja.
Morte no exílio
Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina.Cardiopata, ele teria sofrido um infarto, mas uma autópsia nunca foi realizada. Na última década, evidências levantaram a hipótese de que o ex-presidente tenha sido envenenado por agentes das ditaduras uruguaia e argentina, em colaboração com o governo brasileiro.
A principal delas foi o depoimento dado pelo ex-espião uruguaio Mario Neira Barreiro ao filho de Jango, João Vicente Goulart, em 2006. Preso por crimes comuns, ele cumpria pena em uma Penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul. Disse que espionava Jango e que participou de um complô para introduzir uma substância mortal nos medicamentos que o ex-presidente tomava.
Em 2007, a família de Jango solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a reabertura das investigações. O pedido de exumação foi aceito em maio deste ano pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Honras militares em São Borja
Em Brasília, o embarque do caixão do ex-presidente da República na Base Aérea foi acompanhado, em uma pequena cerimônia, pela viúva de Jango, Maria Thereza Goulart, pelo filho João Vicente Goulart e pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Ao ingressar no avião cargueiro modelo C 105 Amazonas da FAB, a esquife estava coberta por uma bandeira do Brasil e foi carregada por quatro militares da Aeronáutica ao som da marcha fúnebre.
O avião decolou em direção ao Rio Grande do Sul às 8h21, mais de 1h20 após o horário previsto inicialmente. Uma comitiva formada por familiares de Jango e servidores do governo federal embarcou na mesma aeronave.
Com o atraso, a chegada dos restos mortais de Jango está prevista para as 12h30 no Aeroporto de São Borja, onde militares irão cobrir o caixão com uma bandeira do Brasil, e saudarão o desembarque com tiros de fuzil. De lá, o esquife será levado em cortejo ate a Igreja Matriz do município. No local, haverá visitação do público a partir do meio dia e uma missa deve ocorrer entre 15h30 e 16h30.
Em seguida, o caixão será conduzido até o Cemitério Jardim da Paz, para ser enterrado novamente no jazigo onde no mês passado ocorreu a exumação, com objetivo de desvendar os mistérios que pairam sobre a morte. Indícios de que Jango possa ter sido vítima de envenenamento durante o exílio na Argentina levaram a família de Jango a solicitar ao Ministério Público Federal a investigação.
Entre as autoridades que já têm presença confirmada estão a titular da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL) e Pedro Simon (PMDB), que era amigo de Jango e colaborador do trabalhismo na época da morte. Simon, Maria do Rosário, o prefeito de São Borja, Farelo Almeida (PDT), e João Vicente Goulart, um dos filhos de Jango, discursarão antes da devolução dos restos mortais ao jazigo da família.
Como o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, está na China para compromissos, o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP), vai representar o executivo gaúcho durante as cerimônias.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Revanchismo sem fim
Matem alguém da sua família que você também vai querer.Túlio escreveu:Sei lá, acho que querem é VINGAN$$A...
Obs: Isto é, se você não for o Dalai Lama ou Jesus Cristo.
abraços]
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Re: Revanchismo sem fim
Ou a Suzane Richthofen .Brasileiro escreveu:Matem alguém da sua família que você também vai querer.
Obs: Isto é, se você não for o Dalai Lama ou Jesus Cristo.
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Re: Revanchismo sem fim
LeandroGCard escreveu:Ou a Suzane Richthofen .Brasileiro escreveu:Matem alguém da sua família que você também vai querer.
Obs: Isto é, se você não for o Dalai Lama ou Jesus Cristo.
Leandro G. Card
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Revanchismo sem fim
Todos os que foram assassinados neste período por motivos políticos devem ter seus algozes punidos, e digo punidos realmente, tanto agentes do governo (civis e militares) como militantes da esquerda. Só assim se fará justiça, casos de reparação financeira também devem ser feitos, mas caso a caso, uma família que teve seu arrimo assassinado tanto pelo governo como pela guerrilha, passou maus bocados e devem ser ressarcidos, mas o que vejo nesta política de ressarcimento é um "grande oba-oba"!Brasileiro escreveu:Matem alguém da sua família que você também vai querer.Túlio escreveu:Sei lá, acho que querem é VINGAN$$A...
Obs: Isto é, se você não for o Dalai Lama ou Jesus Cristo.
abraços]
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- Algus
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Re: Revanchismo sem fim
Concordo. Sabia que essa comissão da verdade sequer conta com historiadores? Aliás, a profissão do historiador nem é regulamentada no país.FCarvalho escreveu:Algus, a quem cabe sanar e trazer à luz tais fatos de nossa história?
Historiadores e pesquisadores, ou uma insuspeita e passional Comissão da "Verdade", formada, organizada e instituída por um dos lados envolvido nas disputas politicas do passado, e visando apurar, numa visão unilateral, somente os crimes cometidos pelo Estado, diga-se o outro lado?
Queremos, e precisamos, da verdade. Mas a verdade histórica. Não a verdade conveniente de uns e outros.
abs.
O que eu gostaria mesmo era que pusessem um fim na lei da anistia, mas sei muito bem que isso só acontecerá quando todos os envolvidos estiverem mortos (isso se acontecer), para efeito meramente simbólico, assim como o que estão fazendo com Jango e com Juscelino.
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Re: Revanchismo sem fim
Ricardo, tens que explicar isso para o GF(que não por acaso é de esquerda e tem na presidência da republica uma legítima representante dessa parte envolvida em atentados, mortes, sequestros e outras situações criminosas), mesmo sabendo que irás perder todo o teu tempo tentando, já que para esta parte interessada, nada do que eles fizeram pode ser considera crime já que estavam "lutando pela democracia contra um governo ditatorial", ou seja, como era uma "luta política" se acham no direito de não serem considerados tão criminosos quanto seus opositores.J.Ricardo escreveu:Todos os que foram assassinados neste período por motivos políticos devem ter seus algozes punidos, e digo punidos realmente, tanto agentes do governo (civis e militares) como militantes da esquerda. Só assim se fará justiça, casos de reparação financeira também devem ser feitos, mas caso a caso, uma família que teve seu arrimo assassinado tanto pelo governo como pela guerrilha, passou maus bocados e devem ser ressarcidos, mas o que vejo nesta política de ressarcimento é um "grande oba-oba"!Brasileiro escreveu: Matem alguém da sua família que você também vai querer.
Obs: Isto é, se você não for o Dalai Lama ou Jesus Cristo.
abraços]
Enfim, não existem inocentes nesta história. Mas interesses fora a parte, quem está por cima da carne seca por agora, está tratando de tirar o seu da reta e colocar, devidamente, o dos seus ex-opositores para assar. Com todos os cerimoniais de Estado possíveis.
Muito justo isso, não?
abs.
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Re: Revanchismo sem fim
Algus, essa "comissão" jamais foi constituída com o intuito de esclarecer absolutamente nada. Ela nada mais é que 'um jeitinho" que o governo de esquerda brasileiro deu para contornar as limitações que a lei da anistia impõe, e tentar acertar as contas com o seu passado da forma que mais lhe interessa e convém. Não é uma ação de Estado, mas de interesses pessoais arbitrários e contrários à verdade histórica do país.Algus escreveu:Concordo. Sabia que essa comissão da verdade sequer conta com historiadores? Aliás, a profissão do historiador nem é regulamentada no país.FCarvalho escreveu:Algus, a quem cabe sanar e trazer à luz tais fatos de nossa história?
Historiadores e pesquisadores, ou uma insuspeita e passional Comissão da "Verdade", formada, organizada e instituída por um dos lados envolvido nas disputas politicas do passado, e visando apurar, numa visão unilateral, somente os crimes cometidos pelo Estado, diga-se o outro lado?
Queremos, e precisamos, da verdade. Mas a verdade histórica. Não a verdade conveniente de uns e outros.
abs.
O que eu gostaria mesmo era que pusessem um fim na lei da anistia, mas sei muito bem que isso só acontecerá quando todos os envolvidos estiverem mortos (isso se acontecer), para efeito meramente simbólico, assim como o que estão fazendo com Jango e com Juscelino.
Como todo regime autoritário, e a esquerda no poder nunca foi exemplo de democracia aqui e nem em lugar nenhum do mundo, diga-se de passagem, tem a necessidade de reescrever a história a partir de suas próprias verdades.
Hora, sejamos honestos. Quem foi neste país que deu direito ao governo(Estado) para tentar reescrever a história brasileira "à sua imagem e semelhança" como hora está tentando o governo petista, já há mais de 10 anos no poder?
Tenho certeza que ninguém que votou no PT, fora de seus quadros partidários, ideólogos de esquerda e simpatizantes, além de pseudos intelectuais anêmicos, fez isso pensando em dar ao partido um direito que eles não tem, e que cabe somente à pesquisa científica tecer tais traços sobre nossa historicidade.
Estamos vivendo tempos ditatoriais e a maioria sequer se dá conta disso, pois acham que ditadura rima apenas com violência e repressão policial. Muito pelo contrário meu caro. Não há ditadura pior que aquela que se traveste de democracia. E todas as ditaduras tem este mister, independente da cor de suas bandeiras.
Quando foi mesmo que pensar diferente do status quo atual passou a ser considerado quase que como um crime?
abs.
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Re: Revanchismo sem fim
O que se está cinicamente tentando fazer é sugerir que os grupos subversivos (MR-8, VAL PALMARES, etc...) então em luta contra o governo militar eram compostos de elementos liberais que queriam reconduzir o país a um estado totalmente democrático, o que é uma deslavada mentira.FCarvalho escreveu:Algus, essa "comissão" jamais foi constituída com o intuito de esclarecer absolutamente nada. Ela nada mais é que 'um jeitinho" que o governo de esquerda brasileiro deu para contornar as limitações que a lei da anistia impõe, e tentar acertar as contas com o seu passado da forma que mais lhe interessa e convém. Não é uma ação de Estado, mas de interesses pessoais arbitrários e contrários à verdade histórica do país.Algus escreveu: Concordo. Sabia que essa comissão da verdade sequer conta com historiadores? Aliás, a profissão do historiador nem é regulamentada no país.
O que eu gostaria mesmo era que pusessem um fim na lei da anistia, mas sei muito bem que isso só acontecerá quando todos os envolvidos estiverem mortos (isso se acontecer), para efeito meramente simbólico, assim como o que estão fazendo com Jango e com Juscelino.
Como todo regime autoritário, e a esquerda no poder nunca foi exemplo de democracia aqui e nem em lugar nenhum do mundo, diga-se de passagem, tem a necessidade de reescrever a história a partir de suas próprias verdades.
Hora, sejamos honestos. Quem foi neste país que deu direito ao governo(Estado) para tentar reescrever a história brasileira "à sua imagem e semelhança" como hora está tentando o governo petista, já há mais de 10 anos no poder?
Tenho certeza que ninguém que votou no PT, fora de seus quadros partidários, ideólogos de esquerda e simpatizantes, além de pseudos intelectuais anêmicos, fez isso pensando em dar ao partido um direito que eles não tem, e que cabe somente à pesquisa científica tecer tais traços sobre nossa historicidade.
Estamos vivendo tempos ditatoriais e a maioria sequer se dá conta disso, pois acham que ditadura rima apenas com violência e repressão policial. Muito pelo contrário meu caro. Não há ditadura pior que aquela que se traveste de democracia. E todas as ditaduras tem este mister, independente da cor de suas bandeiras.
Quando foi mesmo que pensar diferente do status quo atual passou a ser considerado quase que como um crime?
abs.
Queriam também impor uma ditadura brutal, à maneira deles.
Se a verdade deve prevalecer, então que ela vigore nos dois lados....
Wingate