Enviado: Dom Out 02, 2005 1:59 pm
Boa, algum meio de comunicaçao tem que nos ajudar no NAO, porque as Radios estao martelando no sim.
rodrigo escreveu:
Fogo inglês.Iluminados por el Fuego
Bom livro, aprox. 300 páginas. Essencial para quem se interessa pela guerra das Malvinas.ARGENTINE FIGHT FOR THE FALKLANDS (Pen & Sword Military Classics)
por Rubens Ewald Filho 08/11/2005
A Batalha de Argel
SINOPSE
A luta do exército francês entre 1954 e 1957 no combate aos guerrilheiros que lutavam para independência da Argélia.
COMENTÁRIOS
Não é exagero colocar "A Batalha de Argel" como um dos melhores filmes políticos de todos os tempos. O longa de Gillo Pontecorvo foi o vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza de 1966, evento que seria dirigido por Pontecorvo anos mais tarde.
Como em "Queimada" (1969), o filme posterior de Pontecorvo, "A Batalha de Argel" é de uma extrema clareza e objetividade, além de certamente engajado, o que não o torna, porém, panfletário ou simplório.
Realizado em 1965, o filme foi proibido no Brasil durante anos (liberado em 1982) e sua cópia foi requisitada para o adestramento de técnicas anti-guerrilhas nos cursos da Escola Superior de Guerra.
O filme é um verdadeiro manual didático das táticas de guerrilha. Ao descrever a luta dos argelinos contra os dominadores franceses, entre 1954 e 1957, mostra-se um grupo militante em plena ação. O extraordinário no filme de Pontecorvo é que, embora veja com simpatia a ação dos argelinos, não deixa de mostrar o outro lado com isenção.
Pela primeira vez, os militares não aparecem caricaturados, o coronel Mathieu, chefe dos pára-quedistas, é um homem inteligente, sóbrio, consciente e até com certo humor, como quando diz que não gostaria de ter Sartre como oponente.
Se o filme mostra como age a guerrilha, ele também é muito preciso ao descrever como agem as forças anti-guerrilhas. É igualmente didático ao mostrar a teoria das pirâmides, a comparação do movimento a uma tênia (se não eliminar a cabeça, voltará a germinar) e a técnica do interrogatório em massa, selecionando e torturando as pessoas ao acaso, até encontrar suspeitos e chegar às cabeças da organização clandestina.
Não é preciso ser muito esperto para perceber as semelhanças entre o processo argelino e a nossa falida tentativa de guerrilha urbana na ditadura militar. Aliás, o próprio filme se encarrega de explicar as razões do fracasso da guerrilha no Brasil, afirmando que ela teria de ser apenas uma primeira fase e que teria de ser seguida pela revolução do próprio povo. E o líder rebelde diz com muita segurança: "Se é difícil começar uma revolução, as verdadeiras dificuldades só surgem quando ela sai vitoriosa".
Um letreiro no começo do filme previne que não há cenas extraídas de documentários. Todas as seqüências, reconstruídas segundo o roteirista Franco Solinas, são rigorosamente autênticas, pontilhadas por comunicados oficiais das Forças de Libertação e dos próprios militares encarregados da repressão, que numa situação difícil respondem as acusações de tortura: "Vocês não querem que a Argélia continue a ser francesa!? Pois essa é a única maneira de conservá-la".
Em todo o numeroso elenco, há apenas um ator profissional, Jean Martin, que faz o coronel. O líder Kadar é interpretado por um autêntico líder da Força de Libertação, Yacef Saadi (também co-produtor do filme). Nem por isso, a interpretação deixa de ser homogênea e convincente. A verossimilhança das seqüências, que lembra a de um cine-jornal, é uma mistura de cinema-verdade com as melhores tradições do neo-realismo.
Todo o filme tem um incrível ar de autenticidade e de um processo histórico inexorável, que Pontecorvo pontua com música (dele e de Ennio Morricone), às vezes em tom quase religioso (como nas torturas e na morte de Ali La Pointe). É evidente que toda concepção do filme é marxista e tem conotações óbvias com os problemas em todos os países que tem conflitos revolucionários. Mas é um filme realizado com maestria, que conclui sua história com uma imagem inesquecível: o povo dançando nas ruas, emergindo finalmente em busca da liberdade.
Edição em DVD duplo traz "Gillo Pontecorvo - A Ditadura da Verdade", documentário dirigido por Oliver Curtis, de 1992, com 37 min.); entrevistas extraídas do episódio "Estados Armados" do documentário "O Inimigo Íntimo, Violência na Argélia" (2002, de Patrik Rotman); entrevista de José Carlos Avellar com Saadi Yacef; filmografia do diretor, prêmios e galeria de fotos.
J.Ricardo escreveu:Realizado em 1965, o filme foi proibido no Brasil durante anos (liberado em 1982) e sua cópia foi requisitada para o adestramento de técnicas anti-guerrilhas nos cursos da Escola Superior de Guerra.[/i]
FinkenHeinle escreveu:Olá!
Vou sugerir dois livros, que vou comprar!
É interessante ler primeiro um, e depois o outro, na sequencia!
1- Guia de Estudos de Estratégia - DOMICIO PROENCA JR.
http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=32301&ST=SE
2- Política de Defesa no Brasil: uma Análise Crítica EUGENIO DINIZ e DOMICIO PROENCA JR.
http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=51690&ST=SE
E estou também procurando por outro livro!
O nome é algo do tipo: "Defesa Nacional: O que todo brasileiro deveria saber", algo parecido com isso!
Alguém saberia maiores detalhes?!
"IRMÃOS DE ARMAS é um relato fiel da trajetória de um dos muitos pelotões de infantaria que formaram a Força Expedicionária Brasileira na Campanha da Itália, entre 1944 e 1945.
Reunindo diversos documentos raros do acervo pessoal de José Gonçalves, como seu diário de campanha, correspondência pessoal, jornais de trincheiras, mapas, ordens de combate, dezenas de fotografias inéditas e entrevistas com integrantres do pelotão, o livro nos aprersenta a história da FEB a partir do ponto de vista dos oficiais subalternos e praças que enfrentaram a parte mais dura da guerra, em contato constante com o inimikgo nas posições do front.
Epísódios como a formação da FEB e o contexto histórico que impulsionou o Brasil a tomar parte na II Segunda Guerra Mundial são retratados juntamente com narrativas detalhadas das batalhas - sem, no entanto, perder-se a perspectiva pessoal e humana dos brasileiros que participaram do conflito".
César Campiani Maximiano é doutor em história pela USP, professor e autor de diversos livros e artigos sobre a participação do Brasil na II Guerra Mundial.