Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#136 Mensagem por J.Ricardo » Sex Nov 01, 2024 11:38 pm

A única central nuclear que nunca é finalizada é Angra III, aquilo já enriqueceu todos os presidentes que passaram pelo país nos últimos 20 anos, já dever ser a usina mais cara sem produzir absolutamente nada, é uma farra do boi aquilo!




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
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Rurst
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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#137 Mensagem por Rurst » Qui Nov 07, 2024 5:34 pm

Famintos por energia, Amazon, Google e Microsoft recorrem à energia nuclear

https://www.nytimes.com/2024/10/16/busi ... nergy.html

Grandes empresas de tecnologia estão investindo bilhões de dólares em energia nuclear como uma fonte de eletricidade livre de emissões para inteligência artificial e outros negócios.

As empresas de tecnologia estão cada vez mais recorrendo às usinas nucleares para fornecer a eletricidade livre de emissões necessária para administrar a inteligência artificial e outros negócios.

Microsoft, Google e Amazon fecharam acordos recentemente com operadores e desenvolvedores de usinas nucleares para alimentar o boom em data centers, que fornecem serviços de computação para empresas grandes e pequenas. A demanda acelerou por causa dos grandes investimentos que essas e outras empresas de tecnologia fizeram em IA, o que requer muito mais poder do que negócios de tecnologia mais convencionais, como mídia social, streaming de vídeo e pesquisas na web.

A Microsoft concordou em pagar uma empresa de energia para reativar a usina nuclear fechada de Three Mile Island, na Pensilvânia. E esta semana, a Amazon e o Google disseram que estavam se concentrando em uma nova geração de pequenos reatores modulares. Essa tecnologia ainda não foi comercializada com sucesso, mas especialistas em energia dizem que pode ser mais barata e fácil de construir do que os grandes reatores nucleares que os Estados Unidos construíram desde a década de 1950.

Grandes empresas de tecnologia, que antes investiam muito em energia eólica e solar, agora estão gravitando em direção à energia nuclear porque querem energia que esteja disponível 24 horas por dia, sem produzir emissões de gases de efeito estufa. A energia eólica e solar não contribuem para as mudanças climáticas, mas não estão disponíveis o tempo todo sem a ajuda de baterias ou outras formas de armazenamento de energia.
As maiores empresas de tecnologia fizeram promessas de alimentar suas operações com energia livre de emissões até 2030, mas esses compromissos vieram antes do boom da inteligência artificial, que exigiu mais energia.

“Eles têm o desejo de desenvolver tudo isso de forma sustentável e, no momento, a melhor resposta é a energia nuclear”, disse Aneesh Prabhu, diretor administrativo da S&P Global Ratings.

Na segunda-feira, o Google disse que havia concordado em comprar energia nuclear de pequenos reatores modulares sendo desenvolvidos por uma start-up chamada Kairos Power, e que esperava que o primeiro deles estivesse funcionando até 2030. Então a Amazon, na quarta-feira, disse que investiria no desenvolvimento de pequenos reatores modulares por outra start-up, a X-Energy. O acordo da Microsoft com a Constellation Energy para reviver um reator em Three Mile Island foi anunciado no mês passado.

O Sr. Prabhu disse que pequenos reatores modulares poderiam custar cerca de US$ 1 bilhão para serem construídos e que um dia pode ser viável colocá-los perto de centros de dados.

As empresas de tecnologia não estão sozinhas na defesa da energia nuclear. O presidente Biden assinou recentemente uma lei aprovada por maiorias bipartidárias no Congresso que, segundo seus autores, acelerará o desenvolvimento de novos projetos de energia nuclear.

O governo Biden vê a energia nuclear, que fornece cerca de 20 por cento da eletricidade do país agora, como crítica para suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Essa é uma mudança em relação ao passado, quando muitos democratas se opunham a novas usinas nucleares por questões de segurança, ambientais e econômicas.

“Revitalizar o setor nuclear dos Estados Unidos é essencial para adicionar mais energia livre de carbono à rede e atender às necessidades da nossa economia em crescimento — desde IA e data centers até manufatura e assistência médica”, disse a secretária de energia, Jennifer M. Granholm, em um comunicado.

O apoio da indústria de tecnologia a projetos nucleares pode ajudar a revigorar uma fonte de energia que tem lutado. Com 94 reatores de usinas nucleares ativas, os Estados Unidos operam mais unidades do que qualquer outro país, mas apenas duas foram construídas aqui nas últimas décadas. Ambas as unidades foram construídas na usina nuclear de Vogtle em Waynesboro, Geórgia, mas ultrapassaram o orçamento em dezenas de bilhões de dólares e estavam anos atrasadas.

As duas unidades faziam parte de uma "renascença nuclear" amplamente antecipada que foi projetada para resultar em cerca de duas dúzias de novos reatores. Mas essas ambições fracassaram em grande parte por causa dos problemas de Vogtle e de um projeto de energia nuclear fracassado na Carolina do Sul.

Executivos da indústria de tecnologia dizem que desta vez será diferente, e alguns apostaram suas fortunas pessoais nessa crença. O cofundador da Microsoft, Bill Gates, investiu mais de US$ 1 bilhão em uma start-up chamada TerraPower, que está trabalhando para desenvolver reatores menores em parceria com a empresa de serviços públicos de Warren Buffett, PacifiCorp.

A ideia é que os componentes de cada unidade possam ser pequenos o suficiente para serem produzidos em massa em uma linha de montagem, tornando-os mais baratos. Cada usina de energia pode começar com um ou alguns reatores, com mais adicionados ao longo do tempo.

“O segredo da energia nuclear é que você tem que escolher algo e construir muito para torná-lo barato”, disse Rich Powell, chefe da Clean Energy Buyers Association, um grupo comercial cujos membros incluem grandes empresas de tecnologia.

Mas os críticos da energia nuclear são céticos. Eles argumentam que, embora o discurso das concessionárias e das empresas de tecnologia possa parecer atraente, ele não aborda problemas de longa data com a energia nuclear. Esses problemas incluem o alto custo de novos reatores, atrasos na construção e a falta de um local de armazenamento permanente para combustível nuclear usado.

“Desde 1960, os EUA tentaram construir 250 reatores de energia”, disse Arnie Gundersen, engenheiro-chefe da Fairewinds Energy Education, uma organização sem fins lucrativos que se opõe à energia nuclear. “Mais da metade foi cancelada antes de gerar qualquer eletricidade. Dos reatores restantes, nenhum foi concluído no prazo e dentro do orçamento.”

Ainda assim, muitos executivos de tecnologia e energia dizem que a energia nuclear é essencial porque fontes renováveis de energia, como eólica, solar e hidrelétrica, não são confiáveis o suficiente para atender às crescentes necessidades de energia.

O uso de eletricidade já vem crescendo nos últimos anos, à medida que indivíduos e empresas se voltam para veículos movidos a bateria, bombas de calor e condicionadores de ar. Agora, os data centers da indústria de tecnologia estão turbinando esse crescimento.

Embora os data centers representem uma pequena porcentagem do consumo global de energia, sua participação está crescendo e eles tendem a se concentrar em certas regiões, como o norte da Virgínia, onde podem sobrecarregar as redes locais.

Os data centers usam eletricidade para executar — e, mais criticamente, resfriar — servidores de computador. A energia é tão crucial para os data centers que a indústria fala sobre o tamanho de um edifício com base não em sua metragem quadrada, mas na quantidade de megawatts que ele garantiu das concessionárias.

São necessários cerca de cinco a 10 quilowatts para alimentar um único rack de servidores em um data center típico, mas um rack cheio de chips de computação de IA avançada pode demandar bem mais de 100 quilowatts, disse Raul Martynek, o presidente-executivo da DataBank, uma empresa de data center, em uma entrevista recente. “De uma perspectiva de infraestrutura, é uma ordem de magnitude mais intensiva”, disse ele.

As gigantes da tecnologia aumentaram seus gastos para níveis impressionantes, em grande parte para atender à demanda e ao potencial que veem para a IA. As cinco maiores empresas de tecnologia, incluindo Alphabet, Microsoft e Amazon, gastaram um total de US$ 59 bilhões em despesas de capital somente no último trimestre, 63% a mais do que no ano anterior. E sinalizaram aos investidores que planejam continuar gastando.

A Amazon gastou US$ 650 milhões este ano para comprar um campus de data center em desenvolvimento que será diretamente abastecido por uma usina nuclear existente na Pensilvânia. Além do acordo de Three Mile Island, a Microsoft concordou em comprar energia da Helion Energy, uma start-up da área de Seattle que busca construir a primeira usina de energia de fusão nuclear do mundo até 2028.

Amazon compromete US$ 500 milhões para construir quatro HTGRs X-Energy de 80 MW
  • []A Amazon se compromete a apoiar o projeto inicial de 320 MW com a Energy Northwest no centro de Washington. []O Climate Pledge Fund da Amazon, o fundador e CEO da Citadel, Ken Griffin, afiliados da Ares Management Corporation, NGP e da Universidade de Michigan, investem aproximadamente US$ 500 milhões na rodada de financiamento da Série C-1 para a X-energy. []A Amazon e a X-energy pretendem colocar mais de 5 GW online nos Estados Unidos até 2039, a maior meta de implantação comercial de SMRs até o momento. []O investimento consolida o papel de liderança da X-energy na comercialização da tecnologia SMR para revolucionar a indústria nuclear.
A X-energy afirma que seu design o torna transportável por estrada, com cronogramas de construção acelerados e custos de construção mais previsíveis e gerenciáveis, além de ser adequado para atender aos requisitos de data centers com alto consumo de energia.

A X-energy e a Amazon planejam estabelecer e padronizar um modelo de implantação e financiamento para desenvolver projetos em parceria com parceiros de infraestrutura e serviços públicos. O investimento inclui capacidade de fabricação para desenvolver o equipamento SMR para dar suporte a mais de cinco gigawatts de novos projetos de energia nuclear utilizando a tecnologia da X-energy.

Google assina acordo de compra de energia para sete reatores Kairos

Pelo acordo, https://kairospower.com/ a Kairos Power desenvolverá, construirá e operará uma série de usinas de reatores avançados e venderá energia, serviços auxiliares e atributos ambientais ao Google por meio de Contratos de Compra de Energia (PPAs).

Kairos disse que as unidades para o Google incluirão um único reator de 50 MW, com três usinas de energia subsequentes, cada uma com dois reatores de 75 MW.

A empresa não divulgou os termos financeiros do acordo. A responsabilidade do Google sob o acordo é comprar energia dos reatores nucleares da Kairos. Isso significa que a Kairos construirá, possuirá, operará e venderá energia dos reatores para o Google.

Microsoft assina PPA de 20 anos com a Constellation para reabrir a usina nuclear TMI-1

A Constellation Energy 'https://finance.yahoo.com/quote/CEG/ NASDAQ anunciou que reiniciará a Unidade 1 da TMI para fornecer 835 MW de energia nuclear livre de emissão de carbono. Sob um acordo com a Microsoft, a gigante dos sistemas de computador comprará energia da usina reiniciada ao longo de um período de 20 anos em um acordo estimado em US$ 16 bilhões ao longo da vida do acordo.

De acordo com relatos da mídia, toda a capacidade de geração de energia do reator seria disponibilizada exclusivamente para a Microsoft para alimentar seus data centers. Segue-se que um ou mais dos enormes centros de computação seriam construídos a uma distância econômica da usina para conexões de fios privadas.

14 grandes bancos dão início a um Big Bang na Big Apple
  • 14 grandes bancos dão início a um Big Bang na Big Apple em um apelo à ação para triplicar a energia nuclear até 2050
Em 23/09/24, as nações que endossaram a Declaração para Triplicar a Energia Nuclear lançada na COP28 em 2023 foram acompanhadas por 14 instituições financeiras que expressaram apoio ao chamado à ação para triplicar a capacidade global de energia nuclear até 2050.

O grupo de instituições financeiras na convocação inclui:

Abu Dhabi Commercial Bank,
Ares Management,
Bank of America,
Barclays,
BNP Paribas,
Brookfield, Citi,
Credit Agricole CIB,
Goldman Sachs,
Guggenheim Securities LLC,
Morgan Stanley,
Rothschild & Co.,
Segra Capital Management e
Societe Generale.

As instituições financeiras reconheceram que os projetos globais de energia nuclear civil têm um papel importante a desempenhar na transição para uma economia de baixo carbono. Elas expressaram ainda apoio aos objetivos de longo prazo de crescimento da geração de energia nuclear e expansão da indústria nuclear mais ampla para acelerar a geração de elétrons limpos para dar suporte à transição energética.

O que vem a seguir para o Big Bang dos grandes bancos?
Em uma publicação no Linkedin, a especialista nuclear global Elina Teplinsky, membro líder da Prática Nuclear Internacional da Pillsbury Winthrop Shaw Pittman LLP, destacou as seguintes prioridades, conforme discutidas por um painel de especialistas na Semana do Clima.
  • []Precisamos desenvolver as estruturas de dívida e capital adequadas para a energia nuclear, a fim de reduzir o custo do capital
    []O apoio do governo tem que fazer parte da equação, mas pode assumir muitas formas – como CfD e RAB (doméstico) + apoio da ECA (exportações). A escala nuclear precisa ser habilitada pelo governo, mas liderada pelas corporações
    []Os contratos de compra de longo prazo são essenciais
    []O risco de conclusão para a energia nuclear é muito maior do que para outras energias renováveis. É preciso gerenciar e alocar o risco de queda
    []Permitir a reforma é um enorme obstáculo que precisa ser superado
    []Ênfase contínua em um modelo de risco alocado com o governo assumindo mais risco no FOAK. Para SMRs, especialmente, é preciso demonstrar essa nova classe de ativos.
Primeiros Projetos SMR Selecionados pela Aliança Industrial Europeia

https://neutronbytes.com/2024/10/17/doe ... -reactors/

https://world-nuclear-news.org/articles ... llianceWNN

A Comissão Europeia selecionou nove projetos de pequenos reatores modulares – incluindo dois reatores rápidos resfriados a chumbo – na rodada inicial de inscrições para formar Grupos de Trabalho de Projetos no âmbito da Aliança Industrial Europeia sobre SMRs.

A Comissão Europeia (CE) lançou uma Aliança Industrial dedicada aos SMRs em fevereiro deste ano, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento de SMRs na Europa até o início da década de 2030.

A Aliança trabalha por meio de grupos de trabalho para melhorar as condições para o desenvolvimento e implantação de SMRs, incluindo a reconstrução da cadeia de suprimentos para energia nuclear. As atividades visam dar suporte a projetos SMR específicos e acelerar sua implantação no mercado europeu.

A CE disse que a chamada inicial de filiação obteve respostas de mais de 300 partes interessadas, abrangendo designers de tecnologia SMR, serviços públicos, usuários intensivos em energia, empresas de cadeia de suprimentos, institutos de pesquisa, instituições financeiras e organizações da sociedade civil. Os membros da aliança e seu conselho de administração foram formalmente confirmados na Assembleia Geral inaugural em Bruxelas, de 29 a 30 de maio.

Em busca de resultados tangíveis de projeto, em junho a Alliance lançou uma chamada para projetos SMR que desejassem ser considerados para os Project Working Groups (PWGs) da Alliance. Posteriormente, o conselho diretor, com a assistência do secretariado da Alliance, conduziu uma revisão e avaliação das 22 inscrições recebidas.

Após a segunda reunião do conselho de administração – realizada em 7 de outubro – o primeiro lote de projetos SMR que constituiriam os PWGs sob a Aliança foi selecionado. Eles incluem:
  • []Projeto UE-SMR-LFR (Ansaldo Nucleare, SCK-CEN, ENEA, RATEN);
    []Projeto CityHeat (Calogena, Energia Estável);
    []Projeto Quantum (Last Energy); Projeto Europeu LFR AS (Newcleo);
    []Nova (EDF);
    []SMR europeu BWRX-300 (OSGE);
    []Rolls-Royce SMR (Rolls-Royce SMR Ltda);
    []NuScale VOYGR SMR (RoPower Nuclear SA); e
    []Projeto Thorizon One (Thorizon).


“Cada um desses projetos terá a oportunidade de constituir um PWG envolvendo todos os parceiros interessados em colaborar com o projeto”, disse a CE.

A CE disse que a maioria dos outros projetos que se inscreveram na primeira rodada de avaliação e não foram selecionados no primeiro lote de projetos SMR terão a oportunidade de enviar uma nova inscrição na próxima rodada, que deverá ser organizada no segundo trimestre de 2025.

Os objetivos da aliança

https://single-market-economy.ec.europa ... eactors_en

A aliança visa facilitar e acelerar o desenvolvimento, demonstração e implantação dos primeiros projetos de SMRs na Europa no início da década de 2030. Ela opera por meio de grupos de trabalho específicos para melhorar as condições favoráveis para o desenvolvimento, demonstração e implantação de SMRs, incluindo a revitalização da cadeia de suprimentos nuclear. Suas atividades visam dar suporte a projetos específicos de SMR e acelerar sua implantação no mercado europeu.

Para atingir estes objectivos, a aliança formulará um plano de acção estratégico, juntamente com roteiros tecnológicos, para
  • []identificar as tecnologias SMR mais promissoras, avançadas, seguras e econômicas, elegíveis para suporte da aliança
    []apoiar projetos SMR, fortalecendo a cadeia de abastecimento europeia (incluindo combustível e matérias-primas), abordando possíveis lacunas e fornecendo orientação aos projetos SMR desde o início até à implementação
    []identificar barreiras de investimento, analisar oportunidades de financiamento e explorar novas opções de combinação financeira para o desenvolvimento de RME
    []estabelecer maneiras de informar e envolver potenciais usuários industriais de SMRs, como indústrias de uso intensivo de energia, produtores de hidrogênio, etc.
    []identificar necessidades futuras de investigação sobre SMR e reactores modulares avançados (AMR), identificando lacunas de competências ao longo da cadeia de fornecimento que poderiam ser abordadas no âmbito do Programa de Investigação e Formação da Euratom e por programas nacionais
    []reforçar os intercâmbios e contactos entre os promotores de projectos, os reguladores europeus da segurança nuclear e as autoridades reguladoras dos países da UE
    []promover o envolvimento público em relação aos RMS, trabalhando com organizações da sociedade civil e ONGs relevantes
    []facilitar o estabelecimento de uma Academia de Competências Nucleares no âmbito da NZIA e identificar futuras competências e necessidades de desenvolvimento de competências
  • cooperar com organismos internacionais relevantes para ajudar os projetos europeus de RME a atingir mercados internacionais
Modelo de IA do Atomic Canyon e ORNL estabelece novos padrões na busca nuclear

https://neutronbytes.com/2024/10/05/us- ... r-project/

https://atomic-canyon.com/']Atomic Canyon e o Oak Ridge National Laboratory (ORNL) do Departamento de Energia anunciaram os resultados iniciais de sua colaboração. Em apenas seis meses, a equipe desenvolveu um modelo avançado de IA capaz de entender terminologia nuclear complexa usando o https://www.olcf.ornl.gov/frontier/']supercomputador Frontier (o mais rápido do mundo).

A Atomic Canyon disse em um comunicado à imprensa que o modelo especializado de IA de código aberto estabeleceu novos padrões de precisão, eficiência e velocidade na pesquisa de IA.

Desenvolvido para ser de código aberto, o modelo estará disponível para o ORNL, o complexo de laboratórios nucleares nacionais, pesquisadores independentes e instituições nucleares. Ele também será integrado ao https://www.prnewswire.com/news-release ... 84933.html Neutron, a plataforma de busca de IA do Atomic Canyon.

Projetado para melhorar a eficiência, modernizar o processo de aprovação regulatória e agilizar os fluxos de trabalho, o Neutron, treinado em milhões de páginas de documentos da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC), a empresa diz que representa uma nova dimensão em recursos de pesquisa de IA no espaço regulatório nuclear.

O Neutron usa pesquisa alimentada por IA, treinada em todas as 52 milhões de páginas do banco de dados do Sistema de Gerenciamento e Acesso a Documentos (ADAMS) da Agência NRC. Apesar do ADAMS oferecer acesso a milhões de documentos disponíveis publicamente para instalações nucleares, o processo de abordar solicitações da NRC e obter aprovações regulatórias é atualmente trabalhoso. Reduzindo o tempo de pesquisa em ordens de magnitude, o Neutron identifica e simplifica padrões e processos, levando a um crescimento renovado no setor nuclear.

O modelo agora retorna o resultado de pesquisa correto dentro dos dez primeiros resultados cerca de 98% das vezes, e dentro dos cinco primeiros resultados aproximadamente 93% das vezes, com base em um novo benchmark de avaliação pioneiro no setor desenvolvido a partir de consultas de usuários do mundo real. Esses resultados iniciais verificáveis de forma independente validaram a meta da Atomic Canyon de uma plataforma de pesquisa de código aberto que agilizará os processos nucleares e a revisão regulatória.

“A Atomic Canyon desenvolveu um modelo de IA que ajudará a impulsionar o desenvolvimento da energia nuclear”, afirma https://www.ornl.gov/staff-profile/thomas-m-evans Thomas M. Evans, líder de grupo e destacado funcionário de P&D do ORNL.

“O que eles alcançaram é significativo: será uma ferramenta valiosa para a pesquisa, engenharia e implantação da energia nuclear e a transição para um futuro alimentado por energia sustentável.”

“Nossa colaboração com o ORNL e o uso do Frontier nos permitiram desenvolver uma ferramenta que não é apenas um marco de pesquisa, mas uma aplicação comercial prática que transformará o gerenciamento de dados no setor nuclear”, disse https://www.linkedin.com/in/kristian-kielhofner/ Kristian Kielhofner, cofundador e CTO da Atomic Canyon.

“Este modelo de IA muda fundamentalmente a forma como a indústria nuclear interage com conjuntos de dados vastos e complexos, tornando a recuperação de dados mais rápida e confiável do que nunca.”

Ao utilizar algoritmos de incorporação de frases de última geração, o modelo interpreta e processa com precisão terminologia nuclear complexa, alcançando métricas de desempenho inigualáveis no setor.

O modelo de IA foi desenvolvido para lidar com contextos maiores, permitindo um processamento mais abrangente de dados nucleares e possibilitando buscas mais rápidas e precisas em bancos de dados regulatórios muito grandes. Além disso, ele emprega o primeiro modelo de incorporação esparsa SPLADEv2 comercialmente utilizável do mundo, definindo novos padrões em busca nuclear orientada por IA.

“O uso da tecnologia de IA para fazer esse tipo de trabalho necessário, mas tedioso, é um primeiro passo significativo no longo caminho para o licenciamento, e a Frontier fornece um recurso excelente para treinar esses tipos de modelos”, disse 'https://www.ornl.gov/staff-profile/bronson-e-messer-ii' Bronson Messer, diretor de ciência do Oak Ridge Leadership Computing Facility, que abriga o supercomputador Frontier.

Usando o supercomputador Frontier, a Atomic Canyon treinou o modelo de IA em documentos disponíveis publicamente do Agency-wide Documents Access and Management System (ADAMS) da US Nuclear Regulatory Commission (NRC). Ao tornar o modelo de IA resultante de código aberto, a Atomic Canyon espera permitir que as partes interessadas nucleares, como pesquisadores e gerentes de usinas, desenvolvam seu trabalho para inovar para um futuro nuclear seguro, limpo e sustentável.

Em parceria com o ORNL, a Atomic Canyon continuará a refinar e expandir os recursos do modelo usando o Frontier nos próximos seis meses, com planos de lançar versões subsequentes.

General Atomics cria “gêmeo digital de combustível nuclear” para testar tecnologia de revestimento de carboneto de silício

A General Atomics Electromagnetic Systems (GA-EMS) anunciou que concluiu um marco significativo sob contrato com o Departamento de Energia (DOE) para desenvolver um “https://www.sciencedirect.com/science/a ... 9324001134 Nuclear Fuel Digital Twin”, uma capacidade de modelagem e simulação destinada a ajudar a acelerar o processo de qualificação e licenciamento de combustível nuclear para materiais de reatores atuais e de próxima geração. A GA-EMS concluiu o desenvolvimento preliminar de quatro modelos de desempenho individuais em suporte à sua https://www.ga.com/nuclear-fission/siga-sic-composite tecnologia de revestimento composto de carboneto de silício (SiC) SiGA[tm].

“Um gêmeo digital é uma representação virtual de um objeto ou sistema físico – neste caso, nosso sistema de combustível nuclear de revestimento SiGA”, disse https://www.linkedin.com/in/scott-forney-10613516/ Scott Forney, presidente da GA-EMS.

“Quando concluído, este gêmeo digital nos permitirá prever o desempenho do SiGA dentro de um núcleo de reator nuclear, reduzindo os custos de desenvolvimento e teste de combustível e reduzindo o tempo que levará para obter aprovação regulatória para esta tecnologia revolucionária, sem sacrificar a segurança.”

Os quatro modelos individuais informados pela física capturam a resposta mecânica complexa do revestimento de SiGA enquanto exposto à irradiação. Uma abordagem de modelagem multiescala foi adotada, onde cada modelo individual cobre uma escala de comprimento diferente – de um modelo de microescala baseado em mecanismo a um modelo de nível de sistema de reator. Em trabalhos futuros, esses modelos individuais serão combinados em um modelo integrado chamado gêmeo digital.

O composto SiGA da GA-EMS é um material composto de matriz SiC reforçado com fibra de SiC contínua que é a espinha dorsal da tecnologia de revestimento da empresa. O revestimento SiGA fornece benefícios econômicos e de segurança para as concessionárias, pois pode sobreviver a temperaturas muito além daquelas dos materiais atuais e pode reduzir a frequência de recargas de combustível.

“Conseguimos agilizar o desenvolvimento e a verificação dos modelos individuais aproveitando a expertise do Laboratório Nacional de Los Alamos e do Laboratório Nacional de Idaho”, disse a Dra. https://www.linkedin.com/in/christina-t ... k-b523243/ Christina Back, vice-presidente da GA-EMS Nuclear Technologies and Materials.

A GA-EMS está quase concluindo um contrato de 30 meses com o DOE para entregar modelos individuais para materiais SiGA de grau nuclear para formar a base de um futuro gêmeo digital. Sob um programa sinérgico, a GA-EMS anunciou recentemente testes de irradiação de seus tubos compostos de carboneto de silício e a fabricação dos primeiros tubos compostos de carboneto de silício de comprimento total (12 pés) projetados para reatores de água pressurizada. Sob contrato com o DOE, a GA-EMS está avançando a tecnologia de revestimento SiGA para aumentar a eficiência do combustível nuclear e melhorar a segurança para reatores nucleares atuais e futuros.





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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#138 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jan 02, 2025 7:14 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#139 Mensagem por P H » Dom Jan 05, 2025 10:41 pm

Alternativas tecnológicas para o tratamento e armazenamento do Material Radioativo de Origem Natural (NORM) da Indústria de Óleo e Gás no Brasil








https://www.editora.puc-rio.br/cgi/cgil ... 1325&sid=3




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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#140 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jan 24, 2025 3:12 pm





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#141 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jan 28, 2025 10:07 am

Essa mulher esta mudando a Itália.




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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#142 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jan 28, 2025 12:19 pm

J.Ricardo escreveu: Ter Jan 28, 2025 10:07 am Essa mulher esta mudando a Itália.
Sim, sem dúvida.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#143 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jan 31, 2025 7:20 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#144 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Fev 05, 2025 9:33 am

O testemunho de um português à frente de centrais nucleares em Espanha
O CEO da ANAV acena com escrutínio e segurança máxima aplicada nas centrais nucleares e diz que só o setor da aviação pode ser comparado ao do nuclear. Ao i, Paulo Santos conta como tudo funciona e as exigências que têm de ser cumpridas

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Paulo Santos foi para Espanha, em 2000, mas só em 2017 é que entra na área da produção nuclear. Atualmente é CEO da Associatión Nuclear Ascó-Vandellós II (ANAV) que pertence à Endesa e Iberdrola e que gere as centrais nucleares de Ascó e Vandellós II na província de Tarragona, na Catalunha. Para trás ficou uma carreira também ligada à energia, mas termoelétrica. “Comecei a minha carreira na EDP, onde estive mais ou menos dez anos da minha carreira profissional entre Sines, Setúbal e Pego, mas dedicada às centrais de carvão e de fuelóleo”, diz ao i. E lembra que Portugal chegou a ter um programa nuclear e desenhou a central do Pego com códigos de construção e com qualidade de uma central nuclear. “O Pego era uma central completamente diferente das outras, mas depois ocorreu o acidente Chernobyl, em 1986 e, nessa altura, o Governo português de então decidiu cancelar unilateralmente o programa nuclear português. Trabalhei na central do Pego e brincávamos muitas vezes a dizer que éramos a primeira central nuclear a carvão do mundo”, ironiza.
Quando foi para Espanha trabalhou durante alguns anos como coordenador da manutenção de centrais termoelétricas e hidroelétricas, mais tarde foi promovido a subdiretor de serviços técnicos de produção elétrica. Passou entretanto pelo Chile – como diretor de produção elétrica para os cinco países onde a Endesa tinha, na altura, centrais: Chile, Argentina, Brasil, Peru e Colômbia – pelo Brasil como diretor geral de produção elétrica no Brasil e, mais tarde, para Roma como diretor de produção elétrica a carvão nos países todos em que a ENEL tinha ativos: Rússia, Eslováquia, Itália, Espanha, Portugal, Chile e Colômbia. “Em 2008, a ENEL comprou grande parte da Endesa e tornou-se o seu acionista de referência, acabei por, em 2017, regressar a Espanha e fui então para a produção nuclear”, salienta.
Ao nosso jornal, Paulo Santos confessa que o setor nuclear só comparável ao da aviação civil no que diz respeito à troca e partilha de informação e às melhorias que são feitas de forma regulada. “Quando há um acidente de aviação há imediatamente um sentimento de medo em todo o mundo, em que as vendas de bilhetes acabam sempre por ser afetadas, pois há pessoas que ficam com medo e não querem viajar. Tudo isso exige uma investigação muito rigorosa, muito aprofundada e chega-se a uma conclusão que pode passar, por exemplo, por uma modificação de desenho de alguma componente de um determinado modelo de avião, tornando essas alterações obrigatórias a todos os operadores que tenham esse modelo de avião. Com as centrais nucleares assiste-se exatamente à mesma coisa. Há uma organização que é a Associação Mundial de Operadores de Centrais Nucleares que monitoriza todas as centrais nucleares em todo o mundo e quando acontece alguma coisa temos de fazer uma análise ao que aconteceu e depois extrair as conclusões, em que estas têm de ser partilhadas com todo o setor”, diz o responsável.
E lembra que quando acontece alguma coisa numa central nuclear, em qualquer parte do mundo, há a obrigação de estudar o que aconteceu aos outros para ver se é aplicável à tecnologia que cada central tem e se for aplicável é necessário fazer modificações desses processos para que preventivamente não aconteça o mesmo. “Esta organização tem uma máxima que é se acontece algum acidente numa central nuclear, em qualquer parte do mundo, imediatamente todo o setor nuclear acaba por sair afetado. Por exemplo, o acidente de Fukushima, em 2011, serviu como catalisador para que, no caso de Espanha, se fizessem provas de stress, submetendo as centrais aos seus limites mais operativos que normalmente não se verificam no dia-a-dia”, daí a ANAV ter investido 100 milhões para preparar as suas centrais “para uma situação absolutamente impensável”. E dá exemplos: “Construímos um armazém seguro em cada uma das centrais, onde temos camiões com especificação militar que sobem uma pendente de 45% com pás à frente para remover escombros ou neve. Temos geradores a diesel de emergência, temos bombas de baixa e média pressão também a diesel para pôr em qualquer dos grupos onde possa estar a acontecer uma emergência, entre muitas outras medidas”.
Paulo Santos lembra ainda que Espanha conta com Conselho de Segurança Nuclear que responde diretamente ao Congresso de Deputados e que tem a função de vigiar tudo aquilo que as centrais nucleares fazem. “Esse conselho tem inspetores residentes, três em Ascó e dois em Vandellós e são pessoas que podem entrar em qualquer sítio da central, falar com quem quer que seja, têm acesso a todos os nossos sistemas informáticos, às nossas publicações de dados e qualquer coisa que vejam que seja menos do ótimo criam uma ata, o que nos obriga a fazer uma série de ações para corrigir essa deficiência e impedir que isso volte a acontecer”, acrescenta.

Segurança ao máximo

Todas estas exigências levam o CEO da ANAV a garantir que as centrais nucleares funcionam com o máximo de segurança e a reconhecer que tem mais receio que algum dos trabalhadores possa sofrer um acidente no local de trabalho do que a assistirmos a um acidente nuclear. E salienta que, por isso, há uma grande aposta na prevenção e na saúde do trabalho. Já em relação às radiações ionizantes a que é exposto também lembra que há muitos cuidados a ter. “Tenho de fazer um curso em cada dois anos, uma prova médica anual para ver se estou em condições para poder aceder à zona onde há radiação e contaminação e a cada seis meses tenho de passar por um contador de radioatividade corporal para poder manter a minha qualificação como pessoal exposto”, refere ao i.
E admite que o receio em torno do nuclear que ainda existe deve-se ao desconhecimento. “É, por isso, que nós na ANAV e os nossos colegas das outras centrais nucleares fazemos um esforço importante de abertura à opinião pública para que nos visitem. E normalmente as pessoas quando nos visitam depois vão com uma opinião bastante diferente do que são as centrais nucleares em funcionamento”.
Paulo Santos não hesita: “Estou exposto às radiações ionizantes, entro em zonas controladas e estou nesses espaços, o tempo que for preciso, mas penso que não há nenhuma empresa que pague o suficiente a alguém para que a ponha em perigo e possa receber uma dose de radiação que possa desenvolver, por exemplo, um cancro e que venha a falecer. Não há dinheiro nenhum que pague isso”, recordando que os trabalhadores vivem relativamente perto das centrais, assim como as suas famílias e também poderiam ser afetados caso houvesse uma fuga de radiação ou de partículas. “Temos muita responsabilidade em cima. Temos centrais muito bem desenhadas que contam com uma série de redundâncias para evitar que, no caso da avaria de uma máquina, ficássemos sem um sistema de proteção, sem um sistema de segurança. E é tudo sujeito a avaliações periódicas para provar que funcionam perfeitamente”.
De acordo com o responsável, essas provas periódicas são, na maior parte dos casos, seguidas pelo Conselho de Segurança Nuclear e, ao mesmo tempo, há uma grande aposta na formação dos trabalhadores, referindo que é gasto anualmente milhões de euros por ano em formação, em que cerca de 3,5 a 4% do tempo de trabalho útil anual é dedicado à formação, nomeadamente sobre sistemas, proteção radiológica, segurança física, etc. E recorda que tem perto de Vandellós dois simuladores de alcance completo que simulam uma sala de controlo da Ascó e uma sala de controlo ou de comando de Vandellós. “Nesses simuladores aprendem a arrancar e a parar, a mudar de potência dos reatores e como fazer a gestão segura de uma avaria”.
E as exigências não ficam por aqui. Para se ser operador de uma central nuclear é preciso fazer um curso com três anos de duração, com exames semanais e para se manterem no curso têm de ter no mínimo uma avaliação média de 80%, no final têm um exame teórico e um prático em simulador. “Depois de finalmente terem as licenças para poderem operar numa central nuclear só podem operar naquela a que foi atribuída a licença”, salienta. Já para terem uma licença de supervisor é necessário mais dois anos de estudo e mais exames no final do Conselho de Segurança Nuclear. “O processo é muito rigoroso, pondo sempre a segurança nuclear por cima de qualquer outra coisa”, acrescenta.
Também a atividade é alvo de escrutínio por parte da Associação Mundial de Operadores de Centrais Nucleares que envia uma delegação com cerca de 30 pessoas e durante três semanas “metem o nariz em absolutamente tudo”, referindo que nessa “comitiva” há especialistas em proteção radiológica, em manutenção, em engenharia e em operação, entre outros. “Entrevistam pessoas, assistem a reuniões e vão ver as nossas práticas de trabalho no dia-a-dia. Tudo aquilo que não for excelente criam uma chamada área de melhoria e se isso acontecer temos de fazer depois uma série de trabalhos para melhorar as nossas práticas, porque dois anos mais tarde volta um outro grupo já mais reduzido para ver se essas melhorias foram ou não implementadas”, refere o responsável.

Afastar riscos

De acordo com Paulo Santos todo esta avaliação é necessária para evitar que uma central nuclear esteja numa situação de risco de perder a licença. “Isso nunca aconteceu nas nossas centrais, mas sei que aconteceu em outras. Tivemos uma revisão por pares, em junho 2023, em Vandellós e, em março de 2024, em Ascó e em junho de 2024 o corporativo. É tudo controlado, não pode haver facilitismo porque se há facilitismos poderemos ter um acidente e ter um problema gravíssimo. Isso não pode acontecer”, diz ao nosso jornal.
Quanto ao resíduos radioativos também aqui, o CEO da ANAV afasta riscos. “Em Espanha decidiu-se que os resíduos radioativos, ou seja, o combustível nuclear gasto e as barras de controle com vida útil expirada estão armazenados nas piscinas de combustível das centrais e depois são armazenadas a seco em armazéns temporais individualizados que estão dentro das próprias centrais. Os contentores de combustível gasto – que levam 32 elementos de combustível dentro de cada contentor – estão dentro de uma cápsula de aço que está seca e está pressurizada com azoto para depois ser soldada para que não possa escapar absolutamente nada. Além disso, está metida dentro de uma cápsula de betão de alta densidade para lhe dar uma barreira adicional de proteção contra as radiações”, acenando com o facto de esses contentores estarem desenhados para caírem, numa altura, de dez metros contra uma superfície aguda, sem perder a integridade estrutural, ou seja, sem se romperem e são depositados em lajes sísmicas que estão desenhadas para suportar um sismo, “diria semelhante ao de 1755, em Lisboa” para não causarem nenhum tipo de acidente. “Quando se fala dos resíduos nucleares e da herança que vamos deixar para gerações futuras posso garantir que é tudo muito, muito controlado e com um impacto absolutamente mínimo”, conclui.

https://sol.sapo.pt/2025/02/04/o-testem ... m-espanha/




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#145 Mensagem por P H » Seg Fev 24, 2025 9:29 pm

Em Iperó (SP), Governo Federal dá início a obras do Reator Multipropósito Brasileiro

Empreendimento faz parte do Novo PAC e representa um avanço estratégico para o desenvolvimento da ciência e tecnologia nuclear no Brasil

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) iniciou, nesta segunda-feira (24), as obras de infraestrutura do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), na cidade de Iperó, interior de São Paulo. A cerimônia contou com a presença da ministra Luciana Santos, que estava acompanhada do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Junior, dos coordenadores técnicos do projeto, José Augusto Perrotta e Patricia Pagetti, e de autoridades do setor nuclear convidadas.

“É uma alegria estar aqui, celebrando o início das obras de infraestrutura do nosso Reator Multipropósito Brasileiro. Teremos aqui um dos mais importantes centros de pesquisa para aplicações da tecnologia nuclear em benefício da sociedade, e isso é motivo de orgulho para nós”, enfatizou a ministra. “É um marco de sustentabilidade e ampliação do conhecimento e aplicações da tecnologia nuclear a serviço da vida. É a ciência contribuindo para o nosso desenvolvimento e para melhorar a vida de nossa gente.”

O empreendimento, segundo Luciana, vai garantir, entre outros avanços, autossuficiência do Brasil na produção de radioisótopos, que são usados na fabricação de fármacos para tratamento do câncer. "Vamos, assim, reduzir riscos de desabastecimento, diminuir custos e ter melhores condições para atender a população", destacou Luciana Santos.

Luciana Santos também ressaltou que o RMB é um projeto de avanço científico e tecnológico, que fornecerá ao país uma infraestrutura essencial para impulsionar o desenvolvimento do setor nuclear.

“Suas aplicações abrangem desde o uso social e tecnológico da energia nuclear, incluindo geração de eletricidade e propulsão, até a pesquisa e inovação em diversas áreas do conhecimento”, disse.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Junior também pontuou que esse é um momento histórico para o setor.

“O Reator Multipropósito Brasileiro vai mudar o polo da medicina nuclear no Brasil e no mundo. Pela sua capacidade de produção, de desenvolvimento, de atendimento à sociedade”, afirmou.

Importância do RMB para o Brasil

O RMB representa um avanço estratégico para o desenvolvimento da ciência e tecnologia nuclear no Brasil, fortalecendo a infraestrutura do setor e ampliando sua capacidade de pesquisa e inovação. Suas aplicações abrangem diversas áreas, com impacto significativo em setores como saúde, indústria, agricultura e meio ambiente.

Na área de saúde, especificamente em medicina nuclear, o RMB garantirá a autossuficiência na produção do radioisótopo Molibdênio-99, essencial para a obtenção do Tecnécio-99m, utilizado em diagnósticos médicos, assegurando um fornecimento estável e seguro para atender plenamente a demanda da população brasileira. Também possibilitará a nacionalização de outros radioisótopos usados em diagnóstico e terapia.

Na área de reatores e ciclo do combustível nuclear, o RMB será uma infraestrutura essencial para o desenvolvimento de combustíveis nucleares e materiais utilizados em reatores, viabilizando a qualificação de combustíveis para propulsão nuclear, reatores das centrais nucleares brasileiras e novas tecnologias, como os pequenos reatores modulares (SMR).

Na pesquisa científica e inovação, o RMB ampliará a capacidade nacional com a utilização de feixes de nêutrons, possibilitando análises avançadas por ativação com nêutrons, desenvolvimento de novos materiais e aplicações em nanotecnologia, biologia estrutural e outras áreas científicas, tornando-se um laboratório de referência na América Latina.

O RMB será o maior centro de tecnologia nuclear do Brasil, consolidando-se como um marco de sustentabilidade, inovação científica e tecnológica, e desenvolvimento de aplicações nucleares para a sociedade. Com sua implantação, o país avança na construção de uma infraestrutura nuclear de ponta, fortalecendo a autonomia, a segurança e o progresso tecnológico essencial para o seu desenvolvimento.

Investimentos no RMB
Esta é a primeira vez que projetos na área de ciência e tecnologia entram nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

“Isso é muito importante porque são projetos monitorados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entrar no PAC dá essa dimensão política”, pontuou a ministra.

Em 2024, foram contratados mais de R$300 milhões para o RMB. E, até 2026, a previsão é de que o aporte total do MCTI seja de R$ 926 milhões.

Os recursos são do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e vão ajudar na construção do maior centro de tecnologia nuclear do país. O RMB está dentro do eixo 8 de Programas de Apoio a Projetos Nacionais Estratégicos.

Visita em Iperó
Durante a visita, Luciana Santos participou da inauguração do Centro de Informações “Espaço Afonso Rodrigues de Aquino” e realizou o plantio de uma muda de árvore nativa na Praça das Bandeiras, em uma ação integrada ao Plano de Gestão Ambiental do RMB. Também foi realizada uma apresentação do Plano Diretor do Empreendimento e da ponte a ser construída.

O RMB é um projeto do MCTI coordenado pela Cnen, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e conta com a colaboração de diversas instituições, incluindo a Fundação Patria, Amazul, Invap (Argentina), Intertechne (Brasil), Walm, Tractebel e, mais recentemente, a Schunck (Brasil).

O projeto de concepção foi elaborado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da Cnen em São Paulo, sob a coordenação de José Augusto Perrotta e sua equipe, com apoio das demais unidades da Cnen: Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) e Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), no Rio de Janeiro; Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Belo Horizonte; e Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE), em Recife.

Fonte: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe ... brasileiro




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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#146 Mensagem por P H » Seg Fev 24, 2025 9:30 pm





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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#147 Mensagem por P H » Sáb Mar 01, 2025 8:59 pm

Obras do Reator Multipropósito Brasileiro começam em Iperó, com presença da ministra de CT&I


Após anos de planejamento, as obras de infraestrutura do empreendimento Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) tiveram início nesta segunda-feira (24) em Iperó, na região de Sorocaba, interior de São Paulo, em cerimônia contou com a presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos.

Acompanhada do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Francisco Rondinelli Junior, da coordenadora de Gestão do RMB, Gabriela Borsatto, dos coordenadores técnicos do projeto, José Augusto Perrotta e Patricia Pagetti, além de autoridades do setor nuclear, a ministra destacou a relevância estratégica do empreendimento para o Brasil.
Segundo ela, o RMB vai garantir infraestrutura essencial para o desenvolvimento do setor nuclear, com aplicações que vão desde o uso social e tecnológico da energia nuclear até a pesquisa e inovação em diversas áreas.

“É uma alegria estar aqui, celebrando o início das obras de infraestrutura do nosso Reator Multipropósito Brasileiro, um projeto estratégico para o Brasil que agora começa a se tornar realidade. Teremos um dos mais importantes centros brasileiros de pesquisa para aplicações da tecnologia nuclear em benefício da sociedade, e isso é motivo de orgulho para todos nós”, afirmou a ministra.

O presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Junior, também ressaltou a importância histórica desse momento para o setor nuclear. “O Reator Multipropósito Brasileiro vai transformar a medicina nuclear no Brasil e no mundo, dada sua capacidade de produção e desenvolvimento, beneficiando diretamente a sociedade”, destacou.

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Fonte: defesa Brasil
https://www.defesaaereanaval.com.br/ci ... tra-de-cti




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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#148 Mensagem por P H » Sáb Mar 15, 2025 8:27 pm

Cinco anos após o desastre nuclear de 11 de março de 2011, robôs estão na linha de frente se preparando para o desmantelamento da usina.
Em doses que são fatais em poucos minutos para os seres humanos, terão de descontaminar as imediações da central eléctrica e o interior dos edifícios do reactor, identificar e tapar os buracos que protegem os recipientes do reactor, determinar até que ponto o combustível derreteu a energia nuclear fluiu e, finalmente,extrair o cório ainda líquido do fundo dos três edifícios do reator.

Vinte e três tipos diferentes de robôs já trabalharam em Fukushima desde o acidente. Mas os desafios que aguardam estes soldados controlados remotamente são imensos, por vezes intransponíveis. Nunca uma central nuclear tão gravemente danificada foi desmantelada.






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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#149 Mensagem por P H » Dom Mar 16, 2025 8:13 pm

Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES)

A Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES) é uma ferramenta para comunicar ao público a importância da segurança de eventos nucleares e radiológicos.

Os Estados-membros usam o INES voluntariamente para classificar e comunicar eventos que ocorrem dentro de seu território. Não é um sistema de notificação ou relato a ser usado em resposta a emergências.

Escopo
O INES abrange eventos em instalações e atividades envolvendo fontes de radiação. Ele é usado para a classificação de eventos que resultam em uma liberação de material radioativo no ambiente e na exposição à radiação de trabalhadores e do público. Ele também é usado para eventos que não têm consequências reais, mas onde as medidas colocadas em prática para preveni-los não funcionaram como pretendido. A escala também é aplicada a eventos envolvendo a perda ou roubo de fontes radioativas e a descoberta de fontes radioativas não controladas em sucata. O INES não deve ser usado para classificar eventos resultantes de procedimentos onde as pessoas são intencionalmente expostas à radiação como parte de um tratamento médico.

O INES se destina ao uso em aplicações não militares e se relaciona apenas aos aspectos de segurança de um evento.

O INES não deve ser usado para avaliar ou comparar desempenho de segurança entre instalações, organizações ou países. Também não deve ser usado para desencadear ações de resposta a emergências.

Descrições de classificação do INES

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Os Estados-Membros usam o INES para fornecer uma classificação numérica que indica a importância de eventos nucleares ou radiológicos.

Os eventos são classificados em sete níveis. A escala é logarítmica – ou seja, a gravidade de um evento é cerca de dez vezes maior para cada aumento no nível da escala.
Os eventos são considerados em termos de:
Impacto nas pessoas e no meio ambiente
Impacto nas barreiras radiológicas e controle
Impacto na defesa em profundidade
Eventos sem significância para a segurança são classificados como Abaixo da Escala/Nível 0.
Eventos que não têm relevância de segurança em relação à radiação ou à segurança nuclear não são classificados na escala.
Quase 80 Estados-membros da AIEA designaram Oficiais Nacionais do INES. Os Estados-membros são encorajados a compartilhar informações sobre eventos classificados no Nível 2 e acima e eventos que atraem interesse público internacional por meio do Nuclear Events Web-based System (NEWS) apoiado pela AIEA , que lista publicamente eventos que foram relatados nos últimos 12 meses.

Fundo
O INES foi desenvolvido em 1990 pela AIEA e pela Agência de Energia Nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD/NEA). Inicialmente, a escala foi aplicada para classificar eventos em usinas nucleares, depois estendida e adaptada para permitir que fosse aplicada a todas as instalações associadas à indústria nuclear civil. Posteriormente, foi estendida e adaptada ainda mais para atender à crescente necessidade de comunicação da significância de todos os eventos associados ao uso, armazenamento e transporte de material radioativo e fontes de radiação.



Fonte: Agência internacional de energia atômica (IAEA)
https://www-iaea-org.translate.goog/res ... ofundidade




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Re: Energia Nuclear - Reatores Nucleares [FOTOS]

#150 Mensagem por akivrx78 » Ter Mar 18, 2025 5:57 pm



O governo e a Tepco fica dizendo que até 2051 a usina vai ser desmantelada, uma mentira que ninguém acredita...
A câmera que foi desenvolvida para resistir a 1000 Sv durou 2 horas no reator 2, dentro do reator 2 a radiação ultrapassa 650 Sv/h para se ter ideia com uma dose de 7 Sv a provabilidade de morte é de 99% a 10 Sv a morte é instantânea.


Começaram a desmontar os reservatórios de armazenamento de água contaminada, existe mais de 1000 reservatórios e se planeja desmontar 12 unidades por ano................ .....no local dos reservatórios desmontados será construído um depósito para resíduos altamente contaminados.



Mostra o depósito que construíram para armazenar terra contaminada, o material armazenado neste local é previsto para ficar aí até 2045, depois essa terra deve ser reaproveitada em algum local.


Combustível fundido retirado de dentro do reator 2, impressionante 0.7g...........falta apenas 880 toneladas...



As usinas nucleares japonesas estão com 80% das piscinas com combustível usado cheias, totalizando 19 mil toneladas de material, a usina de reprocessamento de material usado era para estar operacional em 1997 mas até hoje ainda não está 100% operacional, já foi gasto US$94 bilhões na construção desta usina de reprocessamento, esta usina recicla o combustível usado retirando o urânio e o plutônio, que são reprocessados novamente para serem transformados em combustível mox (mistura de urânio com plutônio)

O atraso da usina de reprocessamento se deve a vários fatores:

1-Como é a primeira vez que projetaram e construíram uma usina deste tipo, se demora muito tempo para obter a certificação e como teve o acidente em 2011 tudo esta sendo revisado do zero.

2-Esta usina tinha como objetivo original reciclar combustível para ser usado no reator nuclear rápido refrigerado por sódio (SFR) de Monju mas o desenvolvimento deste tipo de reator foi abandonado porque o local onde construíram esta usina esta sob uma falha sísmica com um grande risco de ocorrer um futuro acidente.

3-Mesmo reprocessando o combustível usado, sobram 10% de lixo nuclear que são colocado em capsulas com vidro derretido que tem que ser armazenado por 30 a 50 anos, depois o material tem que ser transferido para ser armazenado por mais 100 mil anos, o local para armazenar o lixo ainda não foi definido, tentaram várias vezes definir o local porem ninguém quer aceitar um depósito de lixo nuclear perto de casa.




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