Fórum Defesa Brasil

Enviado: **Qua Dez 08, 2021 8:05 pm**

Glauber Prestes escreveu: Qua Dez 08, 2021 7:24 pm CN-235, é você?

Queisso, cupincha, pra enfrentar "apenas" a AIRBUS, essa anãzinha, só precisa mesmo de um box numa Incubadora, meia dúzia de Engenheiros e uma versão atualizada do Photoshop...

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 10:09 am**

Túlio escreveu: Qua Dez 08, 2021 8:05 pm
Glauber Prestes escreveu: Qua Dez 08, 2021 7:24 pm CN-235, é você?

Queisso, cupincha, pra enfrentar "apenas" a AIRBUS, essa anãzinha, só precisa mesmo de um box numa Incubadora, meia dúzia de Engenheiros e uma versão atualizada do Photoshop...

Ah sim, acho que a DESAER (no momento) vale a mesma coisa que uma casca de banana mofada. Só achei a aeronave com formas e tamanho (propostos) muito semelhantes aos do CN-235.

Espero que a empresa deslanche, mas por enquanto só falo da forma do desenho mesmo.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 10:19 am**

Está mais para o natimorto LET-610. Ao menos chegaram a construir e voar um protótipo...

Imagem

http://www.planes.cz/cs/article/100148/let-l-610

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 11:46 am**

Túlio escreveu: Qua Dez 08, 2021 1:26 pm
FCarvalho escreveu: Qua Dez 08, 2021 12:46 pm Se nada mudar no horizonte Embraer x FAB/Governo, não me admira que mais para frente, mais que do nada, apareça um cliente estatal para estes aviões.
Quem viver verá.

Sei que acreditas ~~em duendes~~ NESSAS COISAS mas infelizmente isso é um óbvio SCAM, os caras não têm sequer uma maquete, muito menos fábrica (para não falar em fornecedores, rede de assistência técnica & quetales) para a versão menor e já aparecem anunciando outra maior?
IMHO, quem viver verá DE NOVO no que isso dá. Deviam tentar fazer negócio com A CALIDUS , pelo menos depois iam ter quem chore por eles no DB.

A entrevista dada no canal Base Militar pelo presidente da empresa meses atrás ao menos para mim deixou bastante claro que eles estão em busca, e negociações, com diversas empresas que estão interessadas no projeto do ATL-100, assim como fornecedores. Isto por si já é um sinal de que eles estão também buscando estruturar um rede de apoio para o avião seja aqui ou em Portugal, onde parece que o projeto já dispõe das verbas e incentivos necessários para sair do papel. Ao menos lá. Aqui a realidade é bem outra.
E como disse, na minha opinião, eles estão de parabéns por tentar fazer algo neste país de merda além do mínimo básico necessário, já que qualquer coisa além disso é considerado tudo menos investimento. Mesmo com tudo indo contra.
No que tange motorização, segundo informe da Revista Asas, três empresas mostraram interesse em equipar o ATL-100, quer sejam a P&W, GE e Honeywell. Na parte aviônica eles estariam conversando também com várias empresas interessadas, inclusive AEL, Collins Aerospace e Honeywell Avionics, dentre outras.
Então, falta de estrutura é que não terá no Brasil uma vez a rede de fornecedores, e apoio técnico como dizes, estando montada. A parte mais difícil é realmente encontrar financiamento para construir os protótipos, fazer a certificação do tipo, e apresentar ao mercado um avião maduro e operacional. Até porque, interessados no modelo já existem como diz a Desaer, mas é aquela coisa, no Brasil interesse não significa compra fechada e muito menos negócios a vista. É só mais uma curiosidade mesmo.
Por fim, penso que os dois aviões tem espaço no mercado civil, e militar também, caso o MD resolva se mexer neste sentido.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 12:00 pm**

Cassio escreveu: Qua Dez 08, 2021 6:39 pm A Desaer é ótima em produzir aviões de para Powerpoint. Porque aviões de verdade ainda não vi nada... e a empresa segue sendo uma salinha dentro de uma incubadora de negócio no DCTA.
Por enquanto não mostraram nada que dê maior credibilidade às suas intenções... tipo protótipo sendo construído, instalações industriais em construção, equipe de engenharia, entre outras coisas.
Tomaram que consigam... mas até agora, passados bons anos, só apresentam imagens digitais. Buscam de todo modo dourar a pílula para tentar atrai investidores, essa é minha opinião. E como se não bastasse agora o avião virtual tem um irmão. Vamos DESAER, nos mostre algo de concreto, por favor... Torço muito por vocês, mas assim fica difícil de acreditar.
Os clientes precisam sentir confiança para enfiar dinheiro em algo assim. Eu não arriscaria com base no que eles possuem até o momento. E pior que acho que só sai do papel com uma encomenda da FAB... Mas torço por eles.

Pelo que leio dos sites especializados em aviação civil sobre a Desaer, e seus aviões, o mercado interno está empolgado com as possibilidades de ambos. Desde o lançamento do ATL-100. Há interesse? Sim há, mas é como bem dissestes, ninguém quer arriscar colocar dinheiro em algo que por enquanto não se mostrou tangível. Isto é típico de uma país como o Brasil onde se crer que investimento de risco é igual a dinheiro perdido naturalmente.
Por outro lado, é como bem dissestes também, o projeto é possível só conseguir sair do papel com uma encomenda da FAB, e diria eu, da Avex e até da aviação naval. O ATL-100, e o agora ATL-300, tem espaço e demanda para tanto nas 3 forças. Mas eu não descartaria de todo uma ou mais encomendas de empresas aéreas, tipo a Azul, que dentre as grandes costuma fazer coisas bem fora da caixinha de receitas marcadas no mercado de aviação interno.
Notar que as 3 grandes nacionais estão se voltando cada vez mais para o mercado regional, e sub-regional, seja através de frota própria, como a Azul, ou através de parcerias, como a Gol. Só falta a LATAM se decidir se vai entrar ou não também nesta briga. A Voepass é uma séria candidata aos aviões da Desaer se eles saírem do papel, além de outras regionais menores e que hoje voam principalmente com os Caravan para destinos pouco ou nada frequentados, seja pela falta de infraestrutura, seja pelo tipo de passageiros que levam.
Vamos ver. A apresentação do novo modelo neste momento na Mostra BID Brasil, em Brasília, não deve ter sido algo simplesmente de oportunidade ou por mera conveniência, mas considero antes uma jogada de marketing dos donos da Desaer, visto que o projeto estava programado para ser apresentado, salvo engano, em agosto ou setembro deste ano segundo o dono da empresa em entrevista ao Base Militar. E como as relações entre Embraer e FAB/Governo andam azedadas.
A ver.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 12:06 pm**

Glauber Prestes escreveu: Qui Dez 09, 2021 10:09 am
Túlio escreveu: Qua Dez 08, 2021 8:05 pm
Queisso, cupincha, pra enfrentar "apenas" a AIRBUS, essa anãzinha, só precisa mesmo de um box numa Incubadora, meia dúzia de Engenheiros e uma versão atualizada do Photoshop...

Ah sim, acho que a DESAER (no momento) vale a mesma coisa que uma casca de banana mofada. Só achei a aeronave com formas e tamanho (propostos) muito semelhantes aos do CN-235.
Espero que a empresa deslanche, mas por enquanto só falo da forma do desenho mesmo.

O problema como sempre é encontrar quem financie a construção do protótipo e a certificação do tipo.
Daqui não sai nada que preste. Então a empresa tem que buscar lá fora quem faça isso.
Investimentos de risco na área de aviação e/ou tecnologia e desenvolvimento são normais e até incentivados mundo afora em países desenvolvidos, mas aqui é pecado investir em coisas que não se pode comer ou usar como suvenir.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 12:19 pm**

Túlio escreveu: Qua Dez 08, 2021 8:05 pm
Glauber Prestes escreveu: Qua Dez 08, 2021 7:24 pm CN-235, é você?

Queisso, cupincha, pra enfrentar "apenas" a AIRBUS, essa anãzinha, só precisa mesmo de um box numa Incubadora, meia dúzia de Engenheiros e uma versão atualizada do Photoshop...

E por falar em CN-325, a lista de operadores atuais. Procurei e não encontrei novas vendas do modelo nos últimos anos. Havia uma linha de produção na Indonésia, já que na Espanha ela foi fechada e só produzem o C-295 agora.
O projeto do CN-235 é de 1983.

Operators

Military Operators

1. Azerbaijan
2. Botswana
3. Brunei
4. Burkina Faso
5. Cameroon
6. Chile
7. Colombia
8. Ecuador
9. France
10. Gabon
11. Indonesia
12. Ireland
13. Malaysia
14. Mauritania
15. Mexico
16. Morocco
17. Nepal
18. Oman
19. Pakistan
20. Papua New Guinea
21. Saudi Arabia
22. Senegal
23. South Korea
24. Spain
25. Thailand
26. Turkey
27. United Arab Emirates
28. United States

Former Military Operators

1. Austria
2. Bophuthatswana
3. Jordan
4. Madagascar
5. Panama
6. South Africa
7. Yemen
8. Mexico
9. Oman
10. Spain
11. Thailand

Civil Operators

1. Argentina
2. Indonesia
3. Madagascar
4. Namibia
5. South Africa
5. Spain
7. United States
8. Venezuela

fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/CASA/IPTN_CN-235

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 12:24 pm**

Brasileiro escreveu: Qui Dez 09, 2021 10:19 am Está mais para o natimorto LET-610. Ao menos chegaram a construir e voar um protótipo...

Penso que o problema maior da empresa seja encontrar quem financie a fase de protótipo e certificação dos aviões. Para o restante, segundo a empresa, está quase tudo bem encaminhado em termos de fornecedores. Falta mesmo é recursos que não podem tirar do próprio bolso. Um parceiro de risco neste momento seria o necessário. Pode ser o MD, pode ser o governo federal, governos estaduais, pode ser uma empresa estrangeira, pode ser qualquer um com dinheiro e tempo para investir e ver a coisa retornar no médio e longo prazo.
A ver se eles conseguem. Em Brasília na Mostra BID Brasil tinha muita gente importante vendo o lançamento de mais este projeto. Tomara alguém tenha se empolgado.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 12:54 pm**

Bisbilhotando por aí, encontrei a quantidade de EMB-120 Brasília operando na FAB: 17 aeronaves divididas entre C-97 e VC-97.
No caso dos EMB-110 Bandeirante/Bandeirulha a frota atual está em torno de 64 aviões.
Os Caravan I/II está por volta de 31 aviões atualmente.
Demanda para substituição no médio/longo prazo: 112 aviões.
Este é o mercado potencial para os dois aviões da Desaer caso haja interesse de parte da FAB.
A Avex continua com o seu projeto de obter 12 aviões de asa fixa de pequeno porte, e que ainda não foi atendido depois daquele imbróglio todo com a FAB.
No caso da Aviação Naval, com a chegada dos KC-2 Trader em algum momento nos próximos anos, é inviável de momento se pensar em novas aeronaves. Mas de antemão, tanto o ATL-100 como o ATL-300 teriam espaço de emprego na aviação naval sem maiores problemas. Seja na função primária de carga como em esclarecimento marítimo.
Mas tudo isso fica para o MD decidir se vale a pena ou não o investimento.
A ver se o ministério consegue, quer ou pode decidir alguma coisa neste aspecto.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 1:36 pm**

Caro @FCarvalho, tive que ler vários posts teus e, como gosto de ler - coisa cada vez mais rara, pelo jeito

- vou tentar comentar de maneira mais sintética, ou poderíamos debater direto via MP, pois pelo jeito ninguém mais ia ler mesmo. Bueno:

ENTREVISTA: gira em torno de expectativas e raramente tem muita coisa verdadeira e/ou tangível envolvida. Se fosses CEO de uma companhia, irias dizer em público o mesmo que dirias numa reunião com o Board?

YOUTUBE: tu achas que alguém faz canal lá para informar ou ensinar alguma coisa que preste? Vejas o que é "monetização", o que a causa e especialmente, repares em quanta gente dá dinheiro (PIX é a alegria do "youtuber", inclusive do que fala mal do PIX

) apenas para ter seu nome mencionado ou conseguir uma resposta idiota para uma pergunta irrelevante.

BRASIL: o "país de merda" que tanto amas odiar é o berço de um troço que hoje lançou IPO na NYSE, o NUBANK, o que "apenas" o tornou o maior banco da AMLAT. Quanto dinheiro do governo eles pegaram? Sequer um centavo, são apenas uns Millennials que tinham uma ideia inovadora de negócio, sabiam vendê-la ao público-alvo e o governo simplesmente não atrapalhou (é a melhor coisa que pode fazer a quem deseja empreender e tem a cabeça neste século) e hoje, apenas oito anos após ter sido fundado no "país de merda" aí está. Nem vou falar em ETF de BITCOIN (QBTC11), que no "país de merda" já está aí faz um tempo e no "país das maravilhas", os EUA, nem a pau, porque é Spot e concorre com o Sagrado Dólar. Para não falar em EMBRAER, AVIBRAS, VALE e outras irrelevâncias como o AGRIBUSINESS.

E A DESAER COM ISSO? Bueno, quem quer prosperar no século XXI tem que entender que já estamos no começo da IV Revolução Industrial e o que isso significa - não tem explicação curta nem fácil - para quem quer produzir coisas hoje e pior ainda, daqui a dez, vinte anos. TU MESMO mostraste, naquele interessante (apesar da fuente) estudo sobre o 235, que ele já saiu de linha e não há nenhum substituto legítimo em produção: o que isso te mostra? Que o conceito não atrai mais ninguém, precisa INOVAR!

COMO EU AGIRIA: escolheria um Millennial como CEO, outro como CFO e estes escolheriam alguns GenZ para o Marketing. Primeira coisa que iam fazer é dizer pra velharada que hoje manda lá algo como "(CEO) tio, ninguém mais quer coisa poluente, olha a EMBRAER, se e quando botarmos esse troço pra voar os caras já vão ter no mínimo um híbrido e possivelmente 100% elétrico à venda na mesma faixa de Mercado, quem vai querer comprar? (CFO) Volta pra prancheta de desenho, faz um troço decente e a garotada do Marketing bota ele pra voar na tela de um bilhão de smartphones pelo mundo todo, vai chover Crowdfunding pra salvar o planeta e libertar as mulheres e os GAYS".

O que nos leva à pergunta:

O QUE A DESAER E O MANSUP TÊM EM COMUM? Ambos nasceram da cabeça de gente que pensa que ainda estamos no século XX, mais precisamente nos anos 80.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 2:12 pm**

Olá Túlio, grato por responder. Quanto ao gosto pela leitura, e dos participantes lerem pouco ou nada, aqui e em outras plataformas da internet, creias, já estou mais que acostumado à falta de flexibilidade literária dessa geração. Paciência.
Quanto as suas colocações, se me permites vou responder na medida do possível aqui mesmo. Penso ser algo incentivador ao menos para alguns. Quem sabe tenhamos companhia.
Amanhã ou no final de semana vou postando o que penso.

Enviado: **Qui Dez 09, 2021 2:52 pm**

Este lance com a Desaer não vai vingar com as forças armadas , EB tem prioridades e a FAB tem o desenvolvimento do Stout , aqui só ganha projeto quando alguma força quer um produto com requisitos próprio e que seja de construção com base nos centros tecnológicos de ambas as forças !
A Novaer tinha o Pilgrim que poderia substituir os T-25 e a FAB não se quer deu um piu ! Desejo boa sorte a esta empresa , mas sem grana , o barco não vai pra frente ,se não tiver o dedo das forças armadas e jogada política Adeus ! Assim foi com diversas empresas nacionais no ramo de defesa ..

Enviado: **Sex Dez 10, 2021 1:51 pm**

gogogas escreveu: Qui Dez 09, 2021 2:52 pm Este lance com a Desaer não vai vingar com as forças armadas , EB tem prioridades e a FAB tem o desenvolvimento do Stout , aqui só ganha projeto quando alguma força quer um produto com requisitos próprio e que seja de construção com base nos centros tecnológicos de ambas as forças !
A Novaer tinha o Pilgrim que poderia substituir os T-25 e a FAB não se quer deu um piu ! Desejo boa sorte a esta empresa , mas sem grana , o barco não vai pra frente ,se não tiver o dedo das forças armadas e jogada política Adeus ! Assim foi com diversas empresas nacionais no ramo de defesa ..

Gogogas, todas as forças tem suas prioridades, e uma delas, no caso da FAB, é encontrar um substituto para os C-95/97/98 nos próximos anos. E isto no curto prazo.
A Avex não abriu mão dos aviões de asa fixa, e eles continuam no planejamento, assim como mais helos de manobra e helos de ataque. Só não se sabe ao certo quando e como a questão será atendida. Provavelmente só na próxima década visto o atual planejamento disposto. Mas planos mudam a toda hora.
O STOUT é um projeto da Embraer, não da FAB. Esta apenas colabora com inputs operacionais e na construção dos requisitos técnicos e de desempenho no projeto. Não existe nenhuma intenção oficial da FAB em relação a aquisições deste projeto junto a Embraer. E com as relações azedadas até o momento entre ambas, melhor esperar mais um pouco para ver o que acontece.
No mais, estes aviões da Desaer também serão oferecidos ao mercado civil, e creio eu, será o foco principal deles, já que depender de incentivos governamentais na área de defesa no Brasil é praticamente uma sentença de morte. E os caras da Desaer sabem muito bem disso. Não acredito que eles esperem de fato algo das forças armadas. Mas, isto não significa que não mantenham contato com elas e o MD. Afinal, a empresa está dentro do CTA. Isto por si só já é um bom sinal.
A FAB com certeza não é estranha ao projeto deles.

Enviado: **Sex Dez 10, 2021 7:44 pm**

FCarvalho escreveu: Sex Dez 10, 2021 1:51 pm
gogogas escreveu: Qui Dez 09, 2021 2:52 pm Este lance com a Desaer não vai vingar com as forças armadas , EB tem prioridades e a FAB tem o desenvolvimento do Stout , aqui só ganha projeto quando alguma força quer um produto com requisitos próprio e que seja de construção com base nos centros tecnológicos de ambas as forças !
A Novaer tinha o Pilgrim que poderia substituir os T-25 e a FAB não se quer deu um piu ! Desejo boa sorte a esta empresa , mas sem grana , o barco não vai pra frente ,se não tiver o dedo das forças armadas e jogada política Adeus ! Assim foi com diversas empresas nacionais no ramo de defesa ..
Gogogas, todas as forças tem suas prioridades, e uma delas, no caso da FAB, é encontrar um substituto para os C-95/97/98 nos próximos anos. E isto no curto prazo.
A Avex não abriu mão dos aviões de asa fixa, e eles continuam no planejamento, assim como mais helos de manobra e helos de ataque. Só não se sabe ao certo quando e como a questão será atendida. Provavelmente só na próxima década visto o atual planejamento disposto. Mas planos mudam a toda hora.
O STOUT é um projeto da Embraer, não da FAB. Esta apenas colabora com inputs operacionais e na construção dos requisitos técnicos e de desempenho no projeto. Não existe nenhuma intenção oficial da FAB em relação a aquisições deste projeto junto a Embraer. E com as relações azedadas até o momento entre ambas, melhor esperar mais um pouco para ver o que acontece.
No mais, estes aviões da Desaer também serão oferecidos ao mercado civil, e creio eu, será o foco principal deles, já que depender de incentivos governamentais na área de defesa no Brasil é praticamente uma sentença de morte. E os caras da Desaer sabem muito bem disso. Não acredito que eles esperem de fato algo das forças armadas. Mas, isto não significa que não mantenham contato com elas e o MD. Afinal, a empresa está dentro do CTA. Isto por si só já é um bom sinal.
A FAB com certeza não é estranha ao projeto deles.

Não tem como dar errado a DESAER botar à venda um produto desenvolvido (se é que vai ser) para o século XX quando a EMBRAER (fora outras pelo mundo, incluindo startups) estiverem lançando os deste século, tipo híbridos/elétricos e outras boiolagens.

Claro que vai dar SERTO...

PS.: sinto muito ter ficado fora quase que o dia todo mas teve (re)inauguração de uma loja de armas e munições daqui (me ligaram pra convidar anteontem), que agora vai passar a ter ESTANDE FECHADO. Dae fiquei por lá a maior parte do dia curtindo, tomando cerveja, charlando com a tigrada (nada de focinheira) e sabendo as novidades (p ex, T4 para alugar aos sócios do novo Clube de Tiro - só não me associei HOJE porque as inscrições só abrem em janeiro - e "sentar o dedo" ).

Ou seja, coisas EXCELENTES!!!

Enviado: **Seg Dez 13, 2021 1:00 am**

Túlio escreveu: Sex Dez 10, 2021 7:44 pm
Não tem como dar errado a DESAER botar à venda um produto desenvolvido (se é que vai ser) para o século XX quando a EMBRAER (fora outras pelo mundo, incluindo startups) estiverem lançando os deste século, tipo híbridos/elétricos e outras boiolagens.
Claro que vai dar SERTO...
PS.: sinto muito ter ficado fora quase que o dia todo mas teve (re)inauguração de uma loja de armas e munições daqui (me ligaram pra convidar anteontem), que agora vai passar a ter ESTANDE FECHADO. Dae fiquei por lá a maior parte do dia curtindo, tomando cerveja, charlando com a tigrada (nada de focinheira) e sabendo as novidades (p ex, T4 para alugar aos sócios do novo Clube de Tiro - só não me associei HOJE porque as inscrições só abrem em janeiro - e "sentar o dedo" ).
Ou seja, coisas EXCELENTES!!!

Eu acompanho revistas e sites de aviação civil há muito tempo. E pelo que tenho visto da reverberação dos projetos da Desaer eles vão na contramão do que tu dizes.
Quanto a questão tecnológica, bem, existem muitas iniciativas em termos de propulsão sendo desenvolvidas agora, mas, como diz o pessoal que milita na área, elas ainda levarão muitos anos até estarem suficientemente maduras para serem seguras o suficiente para uso comercial massivo. Isto é esperado apenas para a próxima década. Se tudo der certo, claro, e não houver maiores contratempos.
No mais, para teres um exemplo, a Airbus anunciou um substituto para a família A320 somente a partir de 2035, à espera de que as pesquisas atuais com propulsão a nitrogênio e/ou outras estejam de fato maduras para serem usadas nas turbinas atuais, por conversão, ou na próxima geração que vier.
A Embraer estuda diversos tipos de propulsores há muito tempo, inclusive com a Boeing, e já testou inúmeros tipos de combustíveis, inclusive etanol, dentre outros, mas até o momento, tudo ainda continua no campo das conjecturas. Isto já tem quase 10 anos, ou mais até, se minha memória não me trai.
No mais, o lançamento do Cessna Sky Courrier é uma prova simples e objetiva que mesmo com todos os avanços tidos nos últimos anos em termos de material de propulsão, turbinas, etc, o mercado ainda confina e reconhece naquele produto o melhor que a indústria pode oferecer em termos de confiabilidade, segurança e operacionalidade.
Se os aviões da Desaer vierem a luz de fato, serão com certeza produtos de referência na área que pretendem atuar. Afinal, e este é um dado interessante pouco notado nos debates sobre o tema, eles são projetos novos, e que agregarão tudo de mais moderno e de avançado em termos de tecnologia, desde sistemas de gestão de voo, passando pelas turbinas/hélices e aerodinâmica. E isto porque faz décadas que não se tem novos lançamentos de aeronaves nestes nichos. Apenas a atualização constante dos modelos que já existem, e que vem atendendo o mercado. Mas isto não quer dizer que não haja espaço para novos investimentos e propostas.
Tecnologia é bom e todo mundo gosta na aviação, mas nem todo mundo tem as mesmas necessidades e interesses por ela.

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