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Re: USAF T-X

Enviado: Sáb Fev 22, 2020 8:04 pm
por FCarvalho
Túlio escreveu: Sáb Fev 22, 2020 7:41 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Fev 22, 2020 7:29 pm Vá lá, me dá um desconto aí. Escrevia sem os óculos e durante a cesta. Só troquei um M por H.
Quanto a demora nas entregas, eu espero que até 2022 possa realmente sair um segundo lote. Acho que isso deve estar claro para FAB devido a situação dos caças atuais. E para previnir qualquer virada política que coloque os projetos da defesa mais ainda para escanteio.
Por mim, recuperar os cronogramas originais de KC-390 e Gripen E deveria ser um norte até o fim do atual mandato. É possível fazer isso se todas as ditas reformas forem aprovadas antes das próximas eleições.
Quanto aos sonhos da MB com a aviação naval, até prova ou ordem em contrário, os almirantes seguem com seus planos para um novo Nae lá por 2035 ou 2040. Se sair, vai dar tempo de arrumar os problemas da FAB com os seus 3 lotes e sobrar mais um tempinho para arrumar os 48 navais. Claro, se a MB fizer o dever de casa como bem dissestes.
Porém, suponho que fatores externos - comerciais e políticos - tem de entrar também nestas contas.
O Gripen E concorre em dois programas indianos para mais de 150 caças, entre força aérea e marinha. Se ganhar...
Os nossos parceiros tugas andaram por lá, e parece obtiveram algumas iniciativas. O PR também esteve por lá.
Vai que...
abs
Nem esquentes, cupincha véio, tava zoando mas sei com quem posso fazer isso, é coisa de Amigo, ainda que virtual. Detalhe: notei que pareces não levar em conta que a Colômbia está com os Kfir na unha e não é mais tão amiguinha dos EUA quanto há uma década atrás (até gente do DEA já botaram pra correr - aguardar a volta de NARCOS à versão Colombiana :twisted: ), ou seja, não tá tão assim no papo pro Viper. É bobear e papamos essa (uns dois lotes de umas doze aeronaves).
Tranquilo meu amigo. Estava com preguiça de colocar as carinhas ali quando escrevi. :mrgreen:
Tenho você em grande conta como um dos que pode-se ter grandes charlas como dizes, sejam com grandes ou pequenos textos.
A FAC tem interesse nos Gripen E sim, mas o candidato a ser batido de verdade não é o F-16 mas o lobby americano na Colombia, ainda fortíssimo. Principalmente dentro da FAC. O Typhoon entrou na brincadeira por lá agora, com a entrega da oferta pela Airbus. Ainda vou dar uma olhada. Os colombianos tem boas relações com a Espanha.
Sobre este possível negócio, se quisermos vencer, terá de ser de Estado para Estado. E superar muito mais do que uma simples venda. Para isso nossos interesses comuns podem ajudar e muito a oferecer aos vizinhos soluções e serviços, que os americanos normalmente não asseguram, ou quando o fazem, é sob condições restritivas.
Enfim, eu tenho cá comigo que olhando a BID deles e a nossa, e os programas de ambas as ffaa's, só não ganhamos este certame se alguém no MRE quiser entregar ele de bandeja para os americanos ou europeus.

abs.

Re: USAF T-X

Enviado: Sáb Fev 22, 2020 8:08 pm
por FCarvalho
Nada a ver com o tópico, mas, lembra do projeto recém lançado de um cargo leve/médio entre FAB e Embraer?
Bem, a FAC tem uma coleção monstruosa de tipos e variedades de aviões que vão precisar ser trocados em alguns anos.
O mesmo vale para o suposto novo turbohélice comercial da Embraer.
Se soubermos juntar 2 + 2...

abs

Re: USAF T-X

Enviado: Qua Jul 15, 2020 8:15 pm
por arcanjo
Boeing vê o T-7 como substituto do Northrop F-5 e Alpha Jet

https://1.bp.blogspot.com/-CYPUsa0Il9U/Xw-JXL29r2I/AAAAAAAAJSQ/4ihHZaixd3IugxzwNJ5auR3BLZ6LQcbFgCLcBGAsYHQ/s960/Boeing-T-7-3.jpg
T-7A Red Hawk

Segundo matéria do site FlightGlobal, a Boeing acredita que uma variante de ataque leve do seu treinador a jato T-7 poderia substituir as frotas mais antigas do mundo das aeronaves de combate Northrop F-5 e Dassault/Dornier Alpha Jet.

A Boeing há muito elogia o “potencial de crescimento” do T-7, observando que o treinador pode ser equipado com armas, como mísseis ou bombas, para servir como um avião de combate. A empresa disse que acredita que existe um mercado global para 2.600 jatos T-7, como aviões de treinamento, ataque leve ou agressor.

A fabricante de Chicago não diz quais países são prováveis ​​compradores do T-7. No entanto, a empresa observa em resposta a uma pergunta do FlightGlobal que jatos leves de combate como o F-5 e o Alpha Jet seriam bons candidatos a serem substituídos pelo T-7. Ambas as aeronaves também desempenham funções de treinador em várias forças aéreas.

Existem 435 exemplos do F-5 ainda em serviço no mundo, de acordo com o banco de dados de frotas Cirium. O jato leve foi entregue pela primeira vez em 1964 e cessou a produção em 1989, segundo a Northrop. Da frota mundial ainda em operação, os jatos têm idade média de 41,4 anos. O F-5 é operado por 17 países diferentes, incluindo as forças aéreas do Brasil, Quênia, Marrocos e Tailândia.

https://1.bp.blogspot.com/-PAbprGrGs_Y/Xw-JodRSS_I/AAAAAAAAJSs/X4stfqF0xA4ecV2_X1TtK31-hKkl7wLygCLcBGAsYHQ/s1024/F-5E-4510-Mexican-Air-Force-1-Arnold-ten-Pas-1024x683.jpg
F-5E da Força Aérea Mexicana

https://1.bp.blogspot.com/-Y4izkEbRV6c/Xw-J1bDcBTI/AAAAAAAAJS4/Jx5HNyABPuAC1VpGLXoKubhQ6F7zgZ0RwCLcBGAsYHQ/s1024/For%25C3%25A7a-A%25C3%25A9rea-da-Nig%25C3%25A9ria-no-Senegal-1.jpg
Alpha Jet da Nigéria

Existem 174 exemplos do Alpha Jet ainda em serviço em todo o mundo, mostram os dados do Cirium. O jato leve fabricado na França e na Alemanha decolou pela primeira vez em 1973, segundo a Dassault. Da frota ativa mundial, os jatos têm idade média de 38 anos. A aeronave é operada por 11 países, incluindo Egito, França e Marrocos.

A Boeing observa que muitas oportunidades de vendas em potencial para o T-7, como treinador ou avião de combate, provavelmente virão da região da Ásia-Pacífico. “Temos um forte interesse nessa região”, diz Thomas Breckenridge, vice-presidente de vendas internacionais da unidade de negócios de ataque, vigilância e mobilidade da Boeing.

https://1.bp.blogspot.com/-IOH8kMwpR30/Xw-KBypMdhI/AAAAAAAAJTA/v2TQjrBIOk8l_15IpPm4o4abPqePmpfygCLcBGAsYHQ/s1024/T-X-e-T-38-1024x576.jpg
O T-7 vai substituir o T-38 na USAF

A Boeing está contratada para construir até 351 exemplares para a Força Aérea dos EUA (USAF), com a primeira aeronave programada para entrega em 2023. A variante da USAF do treinador é chamada de T-7A Red Hawk. O jato está programado para atingir a capacidade operacional inicial até 2024 e a capacidade operacional total até 2034.

O teste de dois protótipos do T-7A está em andamento, com mais de 200 voos na aeronave concluídos até o momento. A Boeing começou a construir sua primeira variante de engenharia, fabricação e desenvolvimento da aeronave para a USAF, mas não diz quando essa aeronave voará pela primeira vez.

https://1.bp.blogspot.com/-zYYE8fqkZfM/Xw-KRd76uPI/AAAAAAAAJTI/BE7GTEZTf8waMETLqJ1k0M-Ky8_scUbxwCLcBGAsYHQ/s1024/Boeing-T-X-cockpit-1024x686.jpg
Cockpit do Boeing T-7

FONTE: Poder Aéreo

:arrow: https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... to-do.html

abs.

arcanjo

Re: USAF T-X

Enviado: Qua Jul 15, 2020 11:15 pm
por FCarvalho
Dependendo do preço, e das condições de oferta, pode ser tão bom quanto o F-5 no mercado mundial.

abs

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 2:28 am
por Glauber Prestes
Espero que o MinDef olhe para o lado até assinarem o contrato de mais 72 Gripen. Depois, pode mandar 144 pra cá e tá tudo bem.

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 12:51 pm
por FCarvalho
Até prova em contrário, eu não vejo nenhum futuro do T-7 na FAB ou na MB. Pelas expectativas que existem quanto à aquisição de mais lotes do Gripen, acho improvável qualquer modificação no status quo do treinamento e formação atuais.
Como caça se segunda linha ele não encontrará espaço aqui, visto que a intenção de padronizar o Gripen E/F na posição de único vetor de combate de alto rendimento. O caça de segunda linha por aqui vai continuar a ser o Super Tucano. Até que arranjem outra coisa para substituí-lo ou alguém no alto comando arrume a desculpa perfeita para voltar com os jatos em Natal.

abs

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 1:13 pm
por J.Ricardo
Eu preferiria manter os Gripens (no mínimo os 72) e investir em drones de combate e vigilância e quem sabe em uma parceira internacional, em algo com o Wingman.

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 3:06 pm
por Túlio
J.Ricardo escreveu: Qui Jul 16, 2020 1:13 pm Eu preferiria manter os Gripens (no mínimo os 72) e investir em drones de combate e vigilância e quem sabe em uma parceira internacional, em algo com o Wingman.
Totalmente de acordo, e não é a primeira vez que digo isso nem que proponho um Sistema assim, ou sequer o primeiro ano ou mesmo DÉCADA que menciono o tema, mesmo como exercício teórico sem prazo. Ontem falei sobre a dupla F-15EX + F-35; o Loyal Wingman seria um passo além, pois o sistema que vai à frente não é tripulado e, sendo menor, é ainda mais difícil de a oposição detectar. E mesmo que o faça, não haverá ser humano a ser resgatado (C-SAR).

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 4:05 pm
por Penguin
Túlio escreveu: Qui Jul 16, 2020 3:06 pm
J.Ricardo escreveu: Qui Jul 16, 2020 1:13 pm Eu preferiria manter os Gripens (no mínimo os 72) e investir em drones de combate e vigilância e quem sabe em uma parceira internacional, em algo com o Wingman.
Totalmente de acordo, e não é a primeira vez que digo isso nem que proponho um Sistema assim, ou sequer o primeiro ano ou mesmo DÉCADA que menciono o tema, mesmo como exercício teórico sem prazo. Ontem falei sobre a dupla F-15EX + F-35; o Loyal Wingman seria um passo além, pois o sistema que vai à frente não é tripulado e, sendo menor, é ainda mais difícil de a oposição detectar. E mesmo que o faça, não haverá ser humano a ser resgatado (C-SAR).
https://www.youtube.com/watch?v=W3xaGNiI-D0
Desenvolvido pela Boeing Australia.

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 5:35 pm
por Túlio
Penguin escreveu: Qui Jul 16, 2020 4:05 pm
Desenvolvido pela Boeing Australia.

So what, patentearam o próprio conceito? 😂 :lol: 😂 :lol: 😂

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 5:55 pm
por Penguin
Túlio escreveu: Qui Jul 16, 2020 5:35 pm
Penguin escreveu: Qui Jul 16, 2020 4:05 pm
Desenvolvido pela Boeing Australia.

So what, patentearam o próprio conceito? 😂 :lol: 😂 :lol: 😂
É apenas curioso.
Era a antiga de Havilland Australia criada em 1927 (https://en.wikipedia.org/wiki/De_Havilland_Australia)

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 6:12 pm
por Túlio
Penguin escreveu: Qui Jul 16, 2020 5:55 pm
É apenas curioso.
Era a antiga de Havilland Australia criada em 1927 (https://en.wikipedia.org/wiki/De_Havilland_Australia)
Ata. E me adescurpes a zoação, não estava querendo TE TROLAR nem nada, apenas não entendi mesmo o que diabos querias dizer. Aliás, valeria um tópico este tema de "Empresas que foram Engolfadas por Outras", no caso que citaste uma parte de um conglomerado do UK sendo "engolida" por outro dos EUA, do mesmo modo que grande parte de Império Britânico o foi no pós-guerra...

Re: USAF T-X

Enviado: Qui Jul 16, 2020 7:58 pm
por FCarvalho
Se eu entendi direito o conceito desse Loyal Wingman, vamos precisar de mais caças bipostos e AEW/ISR, do contrário ele corre o risco de se tornar um sistema muito bom, mas subutilizado.
E quanto mais drones, maior a necessidade de vetores que garantam a nossa NCW.
Até o momento, não vejo alguma solução para isso antes de 2040.
Até lá, vamos estar focados em receber Gripen, KC-390 e operar os 8 E-99 modernizados.
Temos que repensar essa capacidade da FAB também se quisermos realmente conseguir operar este tipo de sistema.

abs

Re: USAF T-X

Enviado: Sáb Jul 18, 2020 9:55 pm
por Túlio
BOEING-SAAB T-7A RED HAWK: A NÊMESIS DO KAI T-50?


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Em um Fórum especializado em Defesa como o DB não é necessário alongar-se em explicações sobre o que é cada avião e do que é (ou pode ser) capaz, pois o que não falta são posts com tabelas, imagens e detalhes técnicos de cada um. Assim, passemos logo ao que interessa:

Até que ponto a família baseada no KAI T-50 Golden Eagle se manterá competitiva em relação à muito provável família baseada no Boeing-SAAB T-7A Red Hawk?

Do ponto de vista comercial, as coisas não parecem nada boas para a aeronave da Coréia do Sul: em operação desde 2005, até hoje vendeu pouco mais de duzentas unidades (estimativa) no total, sendo quase dois terços em seu próprio país e o restante distribuído entre alguns da Ásia e um do Oriente Médio (Iraque). Em comparação, o avião dos Estados Unidos, mesmo ainda faltando cerca de três anos para entrar em serviço operacional (IOC), já conta com mais de trezentas e cinquenta encomendas firmes apenas no País de origem e apenas para a função de substituir o venerando T-38 Talon na função LIFT, e já se fala abertamente nele também para operar em esquadrões do tipo Aggressor, o que já irá exigir características não presentes no modelo original, tanto físicas quanto eletrônicas. É quase impossível imaginar que, só nos EUA, este avião não venda (bem) mais do que o dobro que seu rival coreano já vendeu no mundo todo. A Boeing trabalha com uma expectativa de vender pelo menos dez vezes mais aeronaves do mesmo tipo que o T-50 (ou seja, 2.000+), entre os EUA e clientes estrangeiros, em diferentes versões.

Sobre o acima, interessante notar que, no Show Aéreo Dubai 2019, em fins do ano passado, o Vice-Presidente para Vendas Internacionais da Boeing, Thom Breckenridge, referiu-se a várias sondagens feitas por Países da região (Oriente Médio) sobre a aeronave, e não apenas para treinamento mas também para funções de combate (possivelmente ataque/CAS, caça leve e/ou complementar); outro dado de interesse é que, do mesmo modo que o T-50 original, o Red Hawk não tem armamento interno ou externo mas, também do mesmo modo, nada impede que, em versões posteriores, este seja implementado (o TA-50 e seguintes empregam o Vulcan M-197, versão de três canos do M-61, no mesmo calibre de 20 x 102 mm).

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A MODERNIDADE IMPORTA E MUITO

O T-50 foi, em linhas gerais, essencialmente baseado na tecnologia do F-16D, provavelmente block 50 (tendo possivelmente alguns ou mesmo muitos inputs da versão alternativa produzida em e empregada por Taiwan, o AIDC F-CK-1 Ching-Kuo, quase um F-16 bimotor; muitos engenheiros de lá trabalhavam na KAI quando do desenvolvimento do T-50), com ênfase na fácil interoperabilidade, especialmente com os F-16 da Força Aérea Coreana mas também com os F-15, eis que deveria ser (e é) o LIFT cuja função é facilitar e baratear a preparação final dos pilotos destinados a voar aquelas aeronaves; já o mais recente T-7 também necessitava deste tipo de capacidade, mas especialmente para com caças 5G, o que já começamos a ver no interior do cockpit:

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Na imagem, podemos ver a grande similaridade - como os pequenos MFDs laterais - do cockpit do T-50 em relação aos teen fighters (4G) da ROKAF

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Já aqui o cockpit desenvolvido pela Elbit para o T-7A, dominado pelo LAD: comunalidade com caças 5G que recém está chegando aos 4,5G.


A MANUTENÇÃO É A CHAVE

A combinação da Boeing com a SAAB parece ter gerado uma simbiose esplêndida: a primeira adicionou características que agilizam, simplificam e barateiam a fabricação e manutenção, com base na experiência adquirida com sua longeva linha de aeronaves comerciais, enquanto a outra trouxe seu conhecido apreço pela simplicidade, sempre perseguindo o baixo custo e a rapidez do turnaround. Por exemplo, bastou fazer com que a abertura do canopy fosse basculante para o lado (como a da família Gripen) para se poder economizar muito em homens-hora que, para os suecos, é fator crítico. Assim, e apenas como um exemplo, se for necessário remover/substituir os assentos ejetáveis do T-50, antes será necessário remover o canopy, tarefa demorada e complexa, por ser peça muito delicada e fácil de danificar; já no T-7 basta abrir o citado canopy e remover os assentos. A diferença é de horas contra minutos, e com riscos muito menores de causar danos.

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Não consegui encontrar uma imagem que demonstrasse esta simplicidade com o T-7 mas, em compensação, eis uma do Super Tucano da Força Aérea do Afeganistão, quando o assento é removido; vê-se claramente que o canopy está apenas aberto, sem necessidade de ser retirado (notem a quantidade de peças e partes metálicas nas bordas do Martin-Baker, bastaria um toque/arranhão mais forte de qualquer uma delas para danificar ou mesmo inutilizar a bolha transparente):

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Não é nenhuma tecnologia ultrassecreta ou mesmo alienígena, trata-se apenas de bom senso: se é mais seguro, simples e rápido de fazer, a disponibilidade das aeronaves da frota tende a aumentar, e na mesma proporção em que os custos de manutenção tendem a diminuir. Além disso, outra técnica reconhecida da SAAB é colocar painéis de acesso no lado inferior da fuselagem, sem necessidade de acessórios como escadas para alcançá-los, e foi adicionada ao T-7A, além do uso de ferramentas comuns, resistentes e baratas para a maior parte da faina de manutenção.


CURIOSIDADES SOBRE O GOLDEN EAGLE E O RED HAWK

1 - O T-50 leva combustível nas asas (wet wing); já o T-7 leva apenas na fuselagem (dry wing).

2 - O dois empregam o mesmo motor e têm mais ou menos o mesmo desempenho. Curiosamente, o Gripen das versões A/B/C/D também o emprega (em variante feita na Suécia, chamada RM-12) mas, enquanto é capaz de alcançar velocidades superiores a Mach 2 mesmo sendo um avião maior e armado desde o primeiro desenho, os LIFTs em tela mal alcançam Mach 1.5.

3 - Isso nos leva àquele curioso switch no cockpit do Gripen E, de cuja existência e função ficamos sabendo só ali pelo ano passado: WAR significa a liberação plena de todas as potencialidades do caça para o piloto, enquanto PEACE implica em várias limitações, incluindo provavelmente o desempenho do motor. Serão os F-404 empregados nos dois LIFTs acima já entregues apenas no modo PEACE, reduzindo de propósito o desempenho em troca de mais economia e durabilidade?

4 - Sendo um LIFT direcionado a caças 5G e aos melhores 4,5G, não se sabe mas é provável que o T-7A irá dispor de algum tipo de integração com HMD e, mesmo que de modo simulado (versão de treinamento), AAM WVR HI-OFF-BORESIGHT como o Sidewinder AIM-9X "de fábrica"; já o Golden Eagle precisará que tudo isso seja integrado em uma célula não desenvolvida com este escopo. Quem pagará a conta?

Engenheiro-Chefe Paul Niewald: "a aeronave tem espaço, potência elétrica e capacidade de refrigeração para mais sistemas; a capacidade REVO foi prevista; (...) só incluímos capacidades extras que não implicassem em aumento de custo, peso ou volume em relação ao que a USAF nos solicitou".

Gerente do Programa T-X Steve Parker: "(...) dispondo de bastante volume, peso e potência extras, nós temos um caminho bem claro para o crescimento da aeronave ao longo do tempo".

Re: USAF T-X

Enviado: Dom Jul 19, 2020 8:08 pm
por FCarvalho
Posso estar enganado, mas os primeiros clientes de exportação do T-7A tendem a ser os próprios suecos, que apesar de estarem vislumbrando no momento a substituição parcial dos Sk-60, estes seriam relativos ao treinamento básico, onde o A-29 está sendo analisado, junto a outros treinadores turbohélice. Notar que este avião atua do básico ao avançado no modelo de formação atual naquele país.

Por outro lado, o avião da Boeing/Saab como expressado acima tem capacidades de sobra para crescer, mostrando que pode ser um bom substituto para os ainda muitos F-5 ainda voando pelo mundo, e uma opção low para países sem muitas exigências ou condições de optar por caças mais empoderados.

Talvez ele possa ser considerado até mesmo uma companhia natural ao Gripen E/F no futuro. Eu bem que gostaria de saber qual o valor atual do T-7A, que para cumprir a função LIFT supostamente deve estar na faixa de preço dos demais concorrentes mundo afora, ou seja, algo entre US$ 15 a 20 milhões a unidade. Para a USAF isso é troco de pinga não precisa lembrar, mas para muita gente por aí ainda é um preço muito caro.

Se o preço do caça estiver por volta desses valores, colocar nele sistemas adicionais que o elevem a um patamar acima de avião de treinamento pode ser uma conta difícil de engolir para muitos países da Africa, América Latina e/ou Ásia. E aqui notar uma questão interessante. Ele passaria a concorrer com caças chineses exportáveis, e de certa forma com a série M-29 e derivados, que operam nessa faixa de preço também. E também com os próprios treinadores atuais que também vem sendo oferecidos para as funções CAS/ataque, e em alguns casos até mesmo como caças de baixa performace.

E nada indica que no futuro uma versão "caça" para exportação não possa lançar mão da versão GE F414-400 utilizada pela SAAB no Gripen E/F, o que intui acrescer nele múltiplas capacidades além das que já possui com o motor atual.

Acho que até mesmo a FAB se veria tentada a olhar para ele com mais carinho.

Vai ser uma briga interessante de se ver.

abs