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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Crimes de ódio no Reino Unido atingiram “nível recorde” após referendo ao Brexit
Entre julho e setembro houve mais de 15 mil denúncias, um aumento de quase 25% em relação ao mesmo período em 2015
Joana Azevedo Viana
Os crimes de ódio no Reino Unido atingiram níveis recorde após o referendo de junho no qual 52% da população britânica que foi às urnas votou a favor da saída da União Europeia. De acordo com dados compilados pela agência noticiosa do Reino Unido, a Press Association, com base em números da polícia, entre julho e setembro de 2016 foram denunciadas 14295 instâncias de crimes de ódio às autoridades em comparação com os 10973 crimes de ódio registados no mesmo período do ano anterior — um aumento de 24,5%.
A agência avança que 33 das 44 unidades da polícia britânica testemunharam nesses três meses números recorde deste tipo de crimes. Em três áreas específicas as autoridades britânicas dizem ter recebido denúncias de mais de mil incidentes cada durante esse período. No caso da Grande Manchester e de West Yorkshire, as forças policiais lidaram cada uma com pouco mais de mil casos cada, um número que é exponencialmente superior na área metropolitana de Londres, onde foram registados 3356 casos.
"Os crimes motivados pela hostilidade e pelo preconceito em relação a qualquer grupo da sociedade não têm lugar numa Grã-Bretanha que trabalha para toda a gente", disse um porta-voz do Ministério do Interior quando confrontado com a investigação da Press Association. "O que estamos a fazer [para combater os crimes de ódio] está a funcionar e cada vez mais vítimas estão a encontrar a confiança para avançarem com denúncias deste tipo de crimes", garantiu a fonte.
O estudo demonstra que os migrantes da Europa de Leste foram particularmente afetados no rescaldo da votação que deu a vitória ao Brexit a 23 de junho e que acabou por ser também uma consulta às políticas de imigração seguidas no Reino Unido. Em poucos dias a seguir à ida às urnas, as comunidades polacas no Reino Unido foram particularmente atingidas por uma série de ataques e incidentes, entre eles a distribuição de panfletos onde estes imigrantes eram descritos como "vermes".
Apenas três dias depois da votação, as paredes de um centro cultural polaco fundado em 1964 em Hammersmith, na parte ocidental da capital londrina, foram pintadas com graffiti racistas. Em setembro, um homem polaco que reside na cidade de Leeds, no norte de Inglaterra, teve de ser internado e receber tratamento médico após ter sido atacado por um grupo de 20 jovens. Num outro ataque na cidade de Harlow, perto de Londres, em dezembro, um outro homem de nacionalidade polaca foi esfaqueado e espancado até à morte perto de um centro comercial, segundo a sua família por ter falado polaco.
"Temos de denunciar aqueles que instigam tal ódio, quer seja no espectro político quer seja dentro de grupos de extrema-direita", defende um porta-voz do grupo anti-racismo Hope not Hate. "É igualmente imperativo que se discutam questões como a imigração de forma sensível, longe de hipérboles e injúrias."
A campanha a favor da saída da UE foi duramente criticada antes e depois da consulta popular pela sua forte retórica anti-imigração, uma questão que desempenhou um importante papel na vitória dos que defendiam o abandono do bloco, aponta a Al-Jazeera. A poucos dias da votação — no mesmo dia em que a deputada Jo Cox foi morta a tiro alegadamente por defender a integração de imigrantes e refugiados — Nigel Farage, na altura líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), foi duramente criticado após apresentar um cartaz onde se viam centenas de refugiados a entrarem na Europa sob a legenda "Ponto de rutura".
A imagem e respetivo texto foram condenados pela classe política britânica, incluindo por membros do UKIP, e por ativistas nas redes sociais, que rapidamente compararam o cartaz às imagens de propaganda usadas pelos nazis. Reagindo à investigação da Press Association na quarta-feira, Paul Nuttall, o atual líder do partido anti-imigração e anti-UE, disse que os dados recolhidos pelas forças policiais e analisados pela agência são "fabricados". "Estão a ser exagerados com o intuito específico de falar mal do Brexit", disse ao jornal "The Independent".
http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... -ao-Brexit
Entre julho e setembro houve mais de 15 mil denúncias, um aumento de quase 25% em relação ao mesmo período em 2015
Joana Azevedo Viana
Os crimes de ódio no Reino Unido atingiram níveis recorde após o referendo de junho no qual 52% da população britânica que foi às urnas votou a favor da saída da União Europeia. De acordo com dados compilados pela agência noticiosa do Reino Unido, a Press Association, com base em números da polícia, entre julho e setembro de 2016 foram denunciadas 14295 instâncias de crimes de ódio às autoridades em comparação com os 10973 crimes de ódio registados no mesmo período do ano anterior — um aumento de 24,5%.
A agência avança que 33 das 44 unidades da polícia britânica testemunharam nesses três meses números recorde deste tipo de crimes. Em três áreas específicas as autoridades britânicas dizem ter recebido denúncias de mais de mil incidentes cada durante esse período. No caso da Grande Manchester e de West Yorkshire, as forças policiais lidaram cada uma com pouco mais de mil casos cada, um número que é exponencialmente superior na área metropolitana de Londres, onde foram registados 3356 casos.
"Os crimes motivados pela hostilidade e pelo preconceito em relação a qualquer grupo da sociedade não têm lugar numa Grã-Bretanha que trabalha para toda a gente", disse um porta-voz do Ministério do Interior quando confrontado com a investigação da Press Association. "O que estamos a fazer [para combater os crimes de ódio] está a funcionar e cada vez mais vítimas estão a encontrar a confiança para avançarem com denúncias deste tipo de crimes", garantiu a fonte.
O estudo demonstra que os migrantes da Europa de Leste foram particularmente afetados no rescaldo da votação que deu a vitória ao Brexit a 23 de junho e que acabou por ser também uma consulta às políticas de imigração seguidas no Reino Unido. Em poucos dias a seguir à ida às urnas, as comunidades polacas no Reino Unido foram particularmente atingidas por uma série de ataques e incidentes, entre eles a distribuição de panfletos onde estes imigrantes eram descritos como "vermes".
Apenas três dias depois da votação, as paredes de um centro cultural polaco fundado em 1964 em Hammersmith, na parte ocidental da capital londrina, foram pintadas com graffiti racistas. Em setembro, um homem polaco que reside na cidade de Leeds, no norte de Inglaterra, teve de ser internado e receber tratamento médico após ter sido atacado por um grupo de 20 jovens. Num outro ataque na cidade de Harlow, perto de Londres, em dezembro, um outro homem de nacionalidade polaca foi esfaqueado e espancado até à morte perto de um centro comercial, segundo a sua família por ter falado polaco.
"Temos de denunciar aqueles que instigam tal ódio, quer seja no espectro político quer seja dentro de grupos de extrema-direita", defende um porta-voz do grupo anti-racismo Hope not Hate. "É igualmente imperativo que se discutam questões como a imigração de forma sensível, longe de hipérboles e injúrias."
A campanha a favor da saída da UE foi duramente criticada antes e depois da consulta popular pela sua forte retórica anti-imigração, uma questão que desempenhou um importante papel na vitória dos que defendiam o abandono do bloco, aponta a Al-Jazeera. A poucos dias da votação — no mesmo dia em que a deputada Jo Cox foi morta a tiro alegadamente por defender a integração de imigrantes e refugiados — Nigel Farage, na altura líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), foi duramente criticado após apresentar um cartaz onde se viam centenas de refugiados a entrarem na Europa sob a legenda "Ponto de rutura".
A imagem e respetivo texto foram condenados pela classe política britânica, incluindo por membros do UKIP, e por ativistas nas redes sociais, que rapidamente compararam o cartaz às imagens de propaganda usadas pelos nazis. Reagindo à investigação da Press Association na quarta-feira, Paul Nuttall, o atual líder do partido anti-imigração e anti-UE, disse que os dados recolhidos pelas forças policiais e analisados pela agência são "fabricados". "Estão a ser exagerados com o intuito específico de falar mal do Brexit", disse ao jornal "The Independent".
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
De fato, sinuca de bico: por um lado, se deixa o UK a Escócia vai sofrer uma barbaridade. Os argumentos elencados pelo Bourne são exatamente os mesmos dos independentistas de 2014, que estavam na frente nas pesquisas até que o principal banco da Escócia declarou oficialmente que, em caso de independência, mudaria a sua sede para Londres, alegando "incertezas sobre o futuro da economia Escocesa" (notar que seu PIB é umas 15 vezes menor que o Inglês). Bastou isso para que um número suficiente de pessoas mais cautelosas mudasse seu voto e deu no que deu.Sterrius escreveu:a questão da escocia é que o BREXIT botou a escocia na parede.
A escocia não quer sair do reino unido, como ja apontado vai doer tanto nos ingleses como nos escoceses.
Mas sair da UE também.
Logo entre a cruz e a espada. Mas a inglaterra não pode escolher não fazer comercio com a escocia, logo é uma relação que rapidamente seria reestabelecida.
Nem tanto com a UE. Uma vez fora voltar seria um estrada bem tortuosa.
Por outro lado, sair da UE junto com a Inglaterra (a verdadeira força motriz do UK) fecharia várias portas no continente, o que poderia ou não abrir outras nos EUA, China, Rússia, etc. Incerteza, em suma. Fora o fato de que seria esquisito sair do UK e continuar a usar sua moeda. Alternativa? ZE! Vale a pena? Acho brabo, sair da tutela dos Ingleses para cair nas garras dos Alemães é como pular do punho da frigideira (é quente mas dá para viver lá) e cair de bunda em cima do fogo. Ademais, Escoceses também não são exatamente famosos por sua amabilidade para com imigrantes...
Assim, creio que a Escócia, país com metade da população do RS (embora com poder aquisitivo muito maior e IDH quase 0,1 ponto acima), vai acabar aceitando o risco e continuar como membro do UK, já que sua economia é extremamente interligada com a da Inglaterra e sempre poderia contar mais com a benevolência dos EUA do que com aquilo que todo mundo sabe e espera da Alemanha, a dona da UE/ZE.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
O mundo não é só economia. fazer terrorismo economicista no caso Grã-Bretanha vs UE não deu certo. E, como era de esperar, nunca foi e não é o apocalipse que se pintava.
Ao contrário. Ser pequeno e ter o alto nível de desenvolvimento que a escócia tem vira uma enorme vantagem para ser independente e se beneficiar da UE. Além de poder virar uma praça financeira segura e barata de operar ao se transformar em paraíso fiscal. Ou seja, se olhar do ponto de vista econômico, a implodir o reino unido é uma boa ideia. A Suíça, Dinamarca, Holanda, Bélgica que são países similares e até em situação pior do que da Escócia. Na América Latina, o Uruguai é pequeno e tem dois vizinhos gigantes. Hoje anda muito bem e está bem melhor que a maioria dos vizinhos. Algo similar para o Chile.
Só que tem outras questões no casamento Escócia vs Inglaterra. Eles estão juntos há uns 500 anos ou mais. E convivem bem em termos institucionais seguindo a regra de falarem de igual para igual. Isso tem que pesar. isso creio que pese muito mais do que a economia. Ou até incentivar negociar um meio termo que seja interessante para escócia e aceitável para Inglaterra. Por exemplo, uma relação aberta mas em que o relacionamento se mantém.
Ao contrário. Ser pequeno e ter o alto nível de desenvolvimento que a escócia tem vira uma enorme vantagem para ser independente e se beneficiar da UE. Além de poder virar uma praça financeira segura e barata de operar ao se transformar em paraíso fiscal. Ou seja, se olhar do ponto de vista econômico, a implodir o reino unido é uma boa ideia. A Suíça, Dinamarca, Holanda, Bélgica que são países similares e até em situação pior do que da Escócia. Na América Latina, o Uruguai é pequeno e tem dois vizinhos gigantes. Hoje anda muito bem e está bem melhor que a maioria dos vizinhos. Algo similar para o Chile.
Só que tem outras questões no casamento Escócia vs Inglaterra. Eles estão juntos há uns 500 anos ou mais. E convivem bem em termos institucionais seguindo a regra de falarem de igual para igual. Isso tem que pesar. isso creio que pese muito mais do que a economia. Ou até incentivar negociar um meio termo que seja interessante para escócia e aceitável para Inglaterra. Por exemplo, uma relação aberta mas em que o relacionamento se mantém.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Bourne escreveu:O mundo não é só economia. fazer terrorismo economicista no caso Grã-Bretanha vs UE não deu certo. E, como era de esperar, nunca foi e não é o apocalipse que se pintava.
Ao contrário. Ser pequeno e ter o alto nível de desenvolvimento que a escócia tem vira uma enorme vantagem para ser independente e se beneficiar da UE. Além de poder virar uma praça financeira segura e barata de operar ao se transformar em paraíso fiscal. Ou seja, se olhar do ponto de vista econômico, a implodir o reino unido é uma boa ideia. A Suíça, Dinamarca, Holanda, Bélgica que são países similares e até em situação pior do que da Escócia. Na América Latina, o Uruguai é pequeno e tem dois vizinhos gigantes. Hoje anda muito bem e está bem melhor que a maioria dos vizinhos. Algo similar para o Chile.
Só que tem outras questões no casamento Escócia vs Inglaterra. Eles estão juntos há uns 500 anos ou mais. E convivem bem em termos institucionais seguindo a regra de falarem de igual para igual. Isso tem que pesar. isso creio que pese muito mais do que a economia. Ou até incentivar negociar um meio termo que seja interessante para escócia e aceitável para Inglaterra. Por exemplo, uma relação aberta mas em que o relacionamento se mantém.
NUSSS, mas hoje é mesmo o dia das surpresas: primeiro aparece o Grep descendo a lenha no PT, agora tu minimizando a importância da economia. A ele eu zoei, a ti vou propor um silogismo:
PM - Se a economia vai bem, todo o resto vai bem (Lulla-lau se reelegeu com Mensalão e tudo, na onda do boom das commodities);
pm - Se a economia vai mal, todo o resto vai mal (nem com reza braba - e supondo-se que quisesse - o Drácula consegue fazer algo que preste);
Ergo..........?
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Escócia pode avançar com referendo para independência em 2018
Mariana Bandeira
Depois de várias intervenções em que mostrou o interesse em avançar com a segunda votação, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, garante que a votação pode acontecer em outono de 2018, uma data que, na sua perspetiva, é aceitável para a ida às urnas.
O governo escocês tem mostrado constante interesse em avançar com o segundo referendo sobre a independência e, esta quinta-feira, adiantou uma possível data: outubro de 2018. À BBC, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, assegurou que essa é uma altura aceitável para realizar a votação.
“Neste prisma, de quando o esboço de um acordo britânico se torna claro e com a saída do Reino Unido da União Europeia, considero que seja uma altura aceitável para que a Escócia tome esta decisão, se é essa a estrada que escolhemos seguir”, defendeu a líder do executivo escocês ao canal britânico.
Em declarações à BBC, Nicola Sturgeon frisou que, no entanto, ainda não foi tomada a decisão sobre a data oficial para o referendo sobre a independência da Escócia. Segundo a Constituição do país, esta segunda ida às urnas requer aprovação do Governo do Reino Unido, em Londres.
Segundo uma sondagem do instituto BMG, realizada junto de 1.067 eleitores escoceses, o apoio à independência da Escócia, excluindo os indecisos, aumentou 3% desde dezembro, com 49% de apoio, embora 51% continuem a dizer-se contrários. Para 56% dos inquiridos, um referendo só deve realizar-se após a conclusão das negociações do Brexit, o que não deve ocorrer antes de meados de 2019.
Desde o referendo de 23 de junho em que foi aprovada a saída do Reino Unido da União Europeia que a primeira-ministra escocesa refere a eventualidade de um segundo referendo sobre a independência. Em outubro, a first minister anunciou oficialmente que iria apresentar uma proposta de lei para um referendo sobre a independência.
A opinião da ministra em relação à necessidade de proteger os interesses da Escócia já era pública mas agora a governante concretizou esta intenção: “Estou determinada que a Escócia possa reconsiderar a questão da sua independência e isso antes de o Reino Unido sair da União Europeia”, reiterou.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... 018-131244
Mariana Bandeira
Depois de várias intervenções em que mostrou o interesse em avançar com a segunda votação, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, garante que a votação pode acontecer em outono de 2018, uma data que, na sua perspetiva, é aceitável para a ida às urnas.
O governo escocês tem mostrado constante interesse em avançar com o segundo referendo sobre a independência e, esta quinta-feira, adiantou uma possível data: outubro de 2018. À BBC, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, assegurou que essa é uma altura aceitável para realizar a votação.
“Neste prisma, de quando o esboço de um acordo britânico se torna claro e com a saída do Reino Unido da União Europeia, considero que seja uma altura aceitável para que a Escócia tome esta decisão, se é essa a estrada que escolhemos seguir”, defendeu a líder do executivo escocês ao canal britânico.
Em declarações à BBC, Nicola Sturgeon frisou que, no entanto, ainda não foi tomada a decisão sobre a data oficial para o referendo sobre a independência da Escócia. Segundo a Constituição do país, esta segunda ida às urnas requer aprovação do Governo do Reino Unido, em Londres.
Segundo uma sondagem do instituto BMG, realizada junto de 1.067 eleitores escoceses, o apoio à independência da Escócia, excluindo os indecisos, aumentou 3% desde dezembro, com 49% de apoio, embora 51% continuem a dizer-se contrários. Para 56% dos inquiridos, um referendo só deve realizar-se após a conclusão das negociações do Brexit, o que não deve ocorrer antes de meados de 2019.
Desde o referendo de 23 de junho em que foi aprovada a saída do Reino Unido da União Europeia que a primeira-ministra escocesa refere a eventualidade de um segundo referendo sobre a independência. Em outubro, a first minister anunciou oficialmente que iria apresentar uma proposta de lei para um referendo sobre a independência.
A opinião da ministra em relação à necessidade de proteger os interesses da Escócia já era pública mas agora a governante concretizou esta intenção: “Estou determinada que a Escócia possa reconsiderar a questão da sua independência e isso antes de o Reino Unido sair da União Europeia”, reiterou.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
O Fim do Reino Unido.
Tempos interessantes estes que vivemos.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Continuo a achar brabo isso: a Escócia tem sua economia tão atrelada à da Inglaterra (PIB muito maior, aliás) que não vai faltar gente achando perigoso sair do UK. Da última vez bastou uma ameaça de seu principal banco se mudar para a City e dançou o plebiscito. Desta bastaria mostrar como é ser pequeno e depender das "bondades" de Frau Hitler. Bad business...
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Uma terceira via seria a solução da Gronelândia. Apesar da dita região ter deixado a UE, a Dinamarca continua a fazer parte da dita organização. Ou seja, um país com duas soluções na integração na Europa. Para quem não sabe a Gronelândia é uma Região Autónoma da Dinamarca.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Dinamarca
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Será que esse banco vai preferir manter o acesso livre a EU ou a Inglaterra? Pode chegar nisso dependendo das condições do Brexit.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Três anos atrás nem piscou em optar pelo UK. Irá ano que vem mudar de posição em favor de uma UE/ZE à beira da implosão? Acho brabo. Pior, e se França, Itália, Espanha ou algum outro País também pular do barco, como é que fica?Grep escreveu:Será que esse banco vai preferir manter o acesso livre a EU ou a Inglaterra? Pode chegar nisso dependendo das condições do Brexit.
Eu penso assim: acho que a Escócia deveria se tornar Independente de vez, pois praticamente já o é. Mas pelas razões certas, não por causa de algo tão potencialmente perigoso como esta APOSTA de alto risco!
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
O importante não é o tamanho da varinha, mas a mágica que ela faz.Túlio escreveu:Continuo a achar brabo isso: a Escócia tem sua economia tão atrelada à da Inglaterra (PIB muito maior, aliás) que não vai faltar gente achando perigoso sair do UK. Da última vez bastou uma ameaça de seu principal banco se mudar para a City e dançou o plebiscito. Desta bastaria mostrar como é ser pequeno e depender das "bondades" de Frau Hitler. Bad business...
A parte da escócia ser de longe a região mais dinâmica e desenvolvida da Grã-Bretanha pesa muito. E está em uma posição privilegiada.
Essa versão é da imprensa golpista vendida aos interesses do grande capital. Só não passou por detalhes. Falou um pequeno percentual de votos. E, se passasse, mudaria pouca coisa na vida do escoceses médio.
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
A Escócia que se divirta, quando estas merdas começarem lá a acontecer:
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/po ... m-roterdao
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Sei não, já falei antes, os Escoceses não são muito chegados no tale de "multiculturalismo" nem em imigrantes, principalmente os "exóticos". Acho brabo de algo assim acontecer por lá. Idem a independência, ao menos no que refere a uma união mais "carnal" com a UE/ZE: o cidadão médio de lá, bem melhor informado do que o do Brasil, sabe muito bem o que esperar de uma estultície dessas...
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
Depende do que acontecerá numa hipotética adesao de uma Escócia independente à UE...aderirá ao Espaço Schengen (coisa que o UK nunca fez) ?Túlio escreveu:Sei não, já falei antes, os Escoceses não são muito chegados no tale de "multiculturalismo" nem em imigrantes, principalmente os "exóticos". Acho brabo de algo assim acontecer por lá. Idem a independência, ao menos no que refere a uma união mais "carnal" com a UE/ZE: o cidadão médio de lá, bem melhor informado do que o do Brasil, sabe muito bem o que esperar de uma estultície dessas...
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia
O UK tem seu próprio "Espaço Schengen" e mesmo assim tem treta, quando Escocês imigra pra Irlanda, p ex. Legalmente é barbada mas aquela tigrada é muito ciosa de sua cultura e costumes locais, brabo de levarem livre essas estroinices "multiculturalistas" feitas na maior parte da UE, que inclusive deram espaço para as maluquices atuais do Endorgan. Irá a Escócia aceitar que, em virtude de minorias Turcas (para ficar neste exemplo atual) afetem a vida do País como um todo, graças a alterações na Turquia? Repito, acho BEM brabo!
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