:: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
15 de Julho, 2013 - 13:18 ( Brasília )
Geopolítica
ONU DEVE USAR FORÇA LETAL CONTRA REBELDES NO CONGO
Luis Kawaguti
Há algo diferente nos soldados de capacete azul nas trincheiras e blindados brancos posicionados nos limites da cidade de Goma, na província do Kivu Norte, no extremo leste da República Democrática do Congo - o principal foco do conflito no país.
A presença de tropas das Nações Unidas na região não é novidade para a população. O organismo é visto pelos moradores com uma boa dose de descrédito, principalmente depois que rebeldes do M23 conseguiram invadir a cidade, sem enfrentar resistência da ONU, no fim do ano passado (eles se retiraram logo depois).
Mas hoje também estão presentes atrás das trincheiras tropas diferentes daquelas que observaram passivas a tomada da cidade. Um novo mandato, endurecido, foi autorizado pelo Conselho de Segurança após a invasão.
Ele cria a chamada Brigada de Intervenção, uma unidade fortemente armada e treinada, e dá autorização para que os capacetes azuis usem "todos os meios necessários" para conter as ações dos rebeldes e até atacá-los em ações preventivas – em uma decisão sem precedentes na história das Nações Unidas.
Também mudou o perfil do homem responsável por comandar as tropas. O novo comandante da força é o brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz. Ele estimula seus subordinados a implementar as novas ordens de Nova York e retaliar, se necessário com força letal, uma eventual nova agressão em larga escala por parte dos rebeldes.
Mas não é só isso. Santos Cruz está tentando impor um novo ritmo à missão, mais ativo. Ele quer respostas rápidas de seus comandantes para qualquer agressão de grupos rebeldes contra a ONU ou a população. Também está tentando deslocar para as regiões mais críticas armamentos que estavam em bases mais remotas e não vinham sendo utilizados.
Mas a tarefa é complicada, especialmente devido a dimensão continental do país. Os rebeldes atacam áreas remotas e fogem em seguida para a selva. Mesmo com mais de 20 mil capacetes azuis não é possível estar em todos os lugares. Além disso, mover rapidamente a estrutura colossal e complexa da ONU não é tarefa fácil.
Montanhas Muningi
É difícil a subida da montanha de Muningi, coberta de fuligem e material vulcânico expelido por anos pelo Nyiragongo. Santos Cruz e seus oficiais a escalaram na última sexta-feira para checar as instalações de defesa da cidade.
Logo no início da subida, começam a aparecer entre a vegetação baixa as primeiras trincheiras sinalizadas com a bandeira azul e branca da ONU.
A cadeia montanhosa circunda Goma e foi ocupada recentemente por tropas da Brigada de Intervenção.
"É uma estratégia clássica de defesa, da época da Segunda Guerra", disse o general.
Santos Cruz dá um ritmo rápido a subida na montanha. Os soldados sul-africanos nas fortificações parecem surpresos ao ver o comandante geral em pessoa à frente da marcha.
Em cada trincheira, o brasileiro examina foguetes tipo RPG, metralhadoras pesadas e lançadores de granadas. Ele orienta os homens sobre em que ocasião usar cada tipo de arma.
Oficiais reforçam para seus soldados a determinação decorrente do novo mandato da ONU em relação as regras de combate. Os capacetes azuis devem atirar para o alto, em sinal de advertência, caso indivíduos ou grupos armados se aproximem da montanha. Se o avanço continuar é preciso usar a força letal.
Ou seja, segundo as regras em vigor, se membros da ONU, instalações do organismo ou civis forem ameaçados, é permitido atirar para matar.
Mais acima na montanha, oficiais indianos e sul-africanos responsáveis pela área orientam Santos Cruz sobre pontos para onde ele deve apontar seu binóculo: são as posições no M23 nas montanhas imediatamente vizinhas.
Combate
O nível de tensão vinha aumentando na região desde maio. Na tarde deste domingo o confronto explodiu entre tropas do governo congolês e membros do M23.
Segundo uma fonte na ONU, houve mais de sete horas de combate entre as duas forças, em frente às montanhas Muningi, em área rebelde. Os capacetes azuis não teriam participado do conflito.
Nos últimos dez dias, ao menos duas escaramuças haviam ocorrido na região, mas em menor escala. Indivíduos armados dispararam contra posições da ONU e foram atingidos (ainda não há informações precisas sobre os casos). Nenhum capacete azul foi atingido.
O norte da província também registrou ataques na semana passada, na região de Beni. Um grupo contrário ao governo de Uganda atacou um vilarejo – fazendo com que mais de 30 mil refugiados cruzasse a fronteira do país vizinho.
Diante do clima de tensão crescente, o general Santos Cruz tenta movimentar a máquina militar da ONU. Ações dos capacetes azuis nos próximos dias não estão descartadas.
fonte: http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -no-Congo/
Geopolítica
ONU DEVE USAR FORÇA LETAL CONTRA REBELDES NO CONGO
Luis Kawaguti
Há algo diferente nos soldados de capacete azul nas trincheiras e blindados brancos posicionados nos limites da cidade de Goma, na província do Kivu Norte, no extremo leste da República Democrática do Congo - o principal foco do conflito no país.
A presença de tropas das Nações Unidas na região não é novidade para a população. O organismo é visto pelos moradores com uma boa dose de descrédito, principalmente depois que rebeldes do M23 conseguiram invadir a cidade, sem enfrentar resistência da ONU, no fim do ano passado (eles se retiraram logo depois).
Mas hoje também estão presentes atrás das trincheiras tropas diferentes daquelas que observaram passivas a tomada da cidade. Um novo mandato, endurecido, foi autorizado pelo Conselho de Segurança após a invasão.
Ele cria a chamada Brigada de Intervenção, uma unidade fortemente armada e treinada, e dá autorização para que os capacetes azuis usem "todos os meios necessários" para conter as ações dos rebeldes e até atacá-los em ações preventivas – em uma decisão sem precedentes na história das Nações Unidas.
Também mudou o perfil do homem responsável por comandar as tropas. O novo comandante da força é o brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz. Ele estimula seus subordinados a implementar as novas ordens de Nova York e retaliar, se necessário com força letal, uma eventual nova agressão em larga escala por parte dos rebeldes.
Mas não é só isso. Santos Cruz está tentando impor um novo ritmo à missão, mais ativo. Ele quer respostas rápidas de seus comandantes para qualquer agressão de grupos rebeldes contra a ONU ou a população. Também está tentando deslocar para as regiões mais críticas armamentos que estavam em bases mais remotas e não vinham sendo utilizados.
Mas a tarefa é complicada, especialmente devido a dimensão continental do país. Os rebeldes atacam áreas remotas e fogem em seguida para a selva. Mesmo com mais de 20 mil capacetes azuis não é possível estar em todos os lugares. Além disso, mover rapidamente a estrutura colossal e complexa da ONU não é tarefa fácil.
Montanhas Muningi
É difícil a subida da montanha de Muningi, coberta de fuligem e material vulcânico expelido por anos pelo Nyiragongo. Santos Cruz e seus oficiais a escalaram na última sexta-feira para checar as instalações de defesa da cidade.
Logo no início da subida, começam a aparecer entre a vegetação baixa as primeiras trincheiras sinalizadas com a bandeira azul e branca da ONU.
A cadeia montanhosa circunda Goma e foi ocupada recentemente por tropas da Brigada de Intervenção.
"É uma estratégia clássica de defesa, da época da Segunda Guerra", disse o general.
Santos Cruz dá um ritmo rápido a subida na montanha. Os soldados sul-africanos nas fortificações parecem surpresos ao ver o comandante geral em pessoa à frente da marcha.
Em cada trincheira, o brasileiro examina foguetes tipo RPG, metralhadoras pesadas e lançadores de granadas. Ele orienta os homens sobre em que ocasião usar cada tipo de arma.
Oficiais reforçam para seus soldados a determinação decorrente do novo mandato da ONU em relação as regras de combate. Os capacetes azuis devem atirar para o alto, em sinal de advertência, caso indivíduos ou grupos armados se aproximem da montanha. Se o avanço continuar é preciso usar a força letal.
Ou seja, segundo as regras em vigor, se membros da ONU, instalações do organismo ou civis forem ameaçados, é permitido atirar para matar.
Mais acima na montanha, oficiais indianos e sul-africanos responsáveis pela área orientam Santos Cruz sobre pontos para onde ele deve apontar seu binóculo: são as posições no M23 nas montanhas imediatamente vizinhas.
Combate
O nível de tensão vinha aumentando na região desde maio. Na tarde deste domingo o confronto explodiu entre tropas do governo congolês e membros do M23.
Segundo uma fonte na ONU, houve mais de sete horas de combate entre as duas forças, em frente às montanhas Muningi, em área rebelde. Os capacetes azuis não teriam participado do conflito.
Nos últimos dez dias, ao menos duas escaramuças haviam ocorrido na região, mas em menor escala. Indivíduos armados dispararam contra posições da ONU e foram atingidos (ainda não há informações precisas sobre os casos). Nenhum capacete azul foi atingido.
O norte da província também registrou ataques na semana passada, na região de Beni. Um grupo contrário ao governo de Uganda atacou um vilarejo – fazendo com que mais de 30 mil refugiados cruzasse a fronteira do país vizinho.
Diante do clima de tensão crescente, o general Santos Cruz tenta movimentar a máquina militar da ONU. Ações dos capacetes azuis nos próximos dias não estão descartadas.
fonte: http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -no-Congo/
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- rodrigo
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Escalada de violência cria dificuldade adicional a general brasileiro no Congo
Uma escalada recente no conflito entre forças de segurança e rebeldes da República Democrática do Congo (RDC) e desentendimentos diplomáticos envolvendo a nação e seus vizinhos estão dificultando o trabalho do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz --o novo comandante das forças de paz da ONU no país.
As forças lideradas por Cruz podem ser arrastadas a qualquer momento para a batalha, que vem sendo travada nos limites da maior cidade do leste da RDC, Goma, e já teria deixado mais de uma centena de mortos.
O general comanda não só a maior missão de paz das Nações Unidas, com 20 mil militares, mas também a que possui o mandato mais robusto.
Ele foi o militar escolhido pelo Conselho de Segurança para liderar a ação devido a sua experiência prévia na missão de paz no Haiti. Cruz liderou os capacetes azuis no período final da tomada do último reduto rebelde em Porto Príncipe.
A operação na RDC tem uma unidade militar especial, chamada de Brigada de Intervenção, que estará completa com 3.000 homens e terá características de força de ataque --com contingentes de artilharia, aviação e comandos. Essa força possui suporte legal para não apenas se defender, mas atacar os mais de 50 grupos rebeldes que operam no leste do Congo, especialmente na província do Kivu Norte.
Cruz, que está no país desde o fim de maio, não ordenou ainda nenhuma grande operação ofensiva contra rebeldes.
CONFRONTOS
No último domingo, quando preparava medidas para impedir ações de grupos armados no norte da província, ele foi surpreendido por um conflito de larga escala nas redondezas da principal cidade do leste, Goma, onde estão estacionadas a maior parte das forças da ONU na região.
O confronto ocorre entre o Exército do governo e rebeldes do M23, um grupo formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidade de armamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido financiamento do governo de Ruanda, segundo relatórios da ONU.
Esta é a batalha mais intensa entre as duas forças em meses. O confronto começou por volta das 14h do domingo. Rebeldes do M23 alegaram ter sido atacados pelo Exército do governo. Já as forças de segurança afirmaram que as hostilidades foram provocadas pelo grupo armado.
Tanto os rebeldes como o governo estão se enfrentando com tropas de infantaria armadas com fuzis kalashnikov, lançadores de foguetes RPG-7 e artilharia pesada. Toda a região de Kibati é um reduto do M23.
A batalha perdeu força durante a noite porque os dois lados possuem pouco equipamento para combater no período noturno, mas logo no início da manhã as hostilidades recomeçaram com força e continuaram durante toda a segunda-feira.
Centenas de moradores abandonaram as regiões mais periféricas da cidade, procurando refúgio atrás das montanhas de Muningi, onde Cruz montou a principal linha de defesa da cidade.
Segundo uma fonte da ONU, não houve envolvimento das Nações Unidas na batalha até então porque as forças do governo estavam conseguindo resistir ao ataque e manter a posição de Kibati --uma vila próxima a Goma que fica dentro da área de ação do M23. Há, porém, a possibilidade de que os militares congoleses peçam apoio aos capacetes azuis.
Também não pode ser descartada a hipótese de que a ONU seja arrastada para o confronto se os rebeldes do M23 avançarem em direção a cidade de Goma. O general Santos Cruz já havia deixado claro para seus subordinados que qualquer ataque rebelde contra posições da ONU "deve ser retaliado com força total, sem economia de recursos e armamentos".
DIPLOMACIA
Em paralelo aos enfrentamentos em Goma, conversações de paz entre o M23 e a ONU estão acontecendo em Uganda. Segundo analistas, tanto capacetes azuis como rebeldes vinham evitando hostilidades para não serem acusados de estragar o processo de paz.
Contudo, a escalada da violência afasta ainda mais a esperança da ONU de resolver o confronto na esfera política. No momento em que ocorria a batalha em Goma, no campo diplomático, os esforços do secretario geral Ban Ki-moon --que reuniu no início do ano 11 países da região em um tratado para tentar acabar com a violência local-- também sofreram um revés.
A chancelaria de Ruanda acusou o governo da RDC e a ONU de bombardearem seu território nesta segunda-feira. Uma carta de um diplomata disse ainda que um grupo de rebeldes hutus --o FDLR (Frente Democrática para a Libertação de Ruanda), supostamente ligado ao genocídio de 1994-- estariam recebendo apoio de membros da Brigada de Intervenção.
Já o governo da RDC voltou a acusar Ruanda de financiar o M23, o maior grupo rebelde que opera em seu território.
Até a noite desta segunda-feira, a ONU ainda acompanhava a batalha entre rebeldes e forças de segurança a distância. Não estava claro se a estratégia dos capacetes azuis seria aguardar uma solução política em relação ao M23 ou iniciar uma campanha ofensiva.
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2013/0 ... ongo.shtml
Uma escalada recente no conflito entre forças de segurança e rebeldes da República Democrática do Congo (RDC) e desentendimentos diplomáticos envolvendo a nação e seus vizinhos estão dificultando o trabalho do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz --o novo comandante das forças de paz da ONU no país.
As forças lideradas por Cruz podem ser arrastadas a qualquer momento para a batalha, que vem sendo travada nos limites da maior cidade do leste da RDC, Goma, e já teria deixado mais de uma centena de mortos.
O general comanda não só a maior missão de paz das Nações Unidas, com 20 mil militares, mas também a que possui o mandato mais robusto.
Ele foi o militar escolhido pelo Conselho de Segurança para liderar a ação devido a sua experiência prévia na missão de paz no Haiti. Cruz liderou os capacetes azuis no período final da tomada do último reduto rebelde em Porto Príncipe.
A operação na RDC tem uma unidade militar especial, chamada de Brigada de Intervenção, que estará completa com 3.000 homens e terá características de força de ataque --com contingentes de artilharia, aviação e comandos. Essa força possui suporte legal para não apenas se defender, mas atacar os mais de 50 grupos rebeldes que operam no leste do Congo, especialmente na província do Kivu Norte.
Cruz, que está no país desde o fim de maio, não ordenou ainda nenhuma grande operação ofensiva contra rebeldes.
CONFRONTOS
No último domingo, quando preparava medidas para impedir ações de grupos armados no norte da província, ele foi surpreendido por um conflito de larga escala nas redondezas da principal cidade do leste, Goma, onde estão estacionadas a maior parte das forças da ONU na região.
O confronto ocorre entre o Exército do governo e rebeldes do M23, um grupo formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidade de armamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido financiamento do governo de Ruanda, segundo relatórios da ONU.
Esta é a batalha mais intensa entre as duas forças em meses. O confronto começou por volta das 14h do domingo. Rebeldes do M23 alegaram ter sido atacados pelo Exército do governo. Já as forças de segurança afirmaram que as hostilidades foram provocadas pelo grupo armado.
Tanto os rebeldes como o governo estão se enfrentando com tropas de infantaria armadas com fuzis kalashnikov, lançadores de foguetes RPG-7 e artilharia pesada. Toda a região de Kibati é um reduto do M23.
A batalha perdeu força durante a noite porque os dois lados possuem pouco equipamento para combater no período noturno, mas logo no início da manhã as hostilidades recomeçaram com força e continuaram durante toda a segunda-feira.
Centenas de moradores abandonaram as regiões mais periféricas da cidade, procurando refúgio atrás das montanhas de Muningi, onde Cruz montou a principal linha de defesa da cidade.
Segundo uma fonte da ONU, não houve envolvimento das Nações Unidas na batalha até então porque as forças do governo estavam conseguindo resistir ao ataque e manter a posição de Kibati --uma vila próxima a Goma que fica dentro da área de ação do M23. Há, porém, a possibilidade de que os militares congoleses peçam apoio aos capacetes azuis.
Também não pode ser descartada a hipótese de que a ONU seja arrastada para o confronto se os rebeldes do M23 avançarem em direção a cidade de Goma. O general Santos Cruz já havia deixado claro para seus subordinados que qualquer ataque rebelde contra posições da ONU "deve ser retaliado com força total, sem economia de recursos e armamentos".
DIPLOMACIA
Em paralelo aos enfrentamentos em Goma, conversações de paz entre o M23 e a ONU estão acontecendo em Uganda. Segundo analistas, tanto capacetes azuis como rebeldes vinham evitando hostilidades para não serem acusados de estragar o processo de paz.
Contudo, a escalada da violência afasta ainda mais a esperança da ONU de resolver o confronto na esfera política. No momento em que ocorria a batalha em Goma, no campo diplomático, os esforços do secretario geral Ban Ki-moon --que reuniu no início do ano 11 países da região em um tratado para tentar acabar com a violência local-- também sofreram um revés.
A chancelaria de Ruanda acusou o governo da RDC e a ONU de bombardearem seu território nesta segunda-feira. Uma carta de um diplomata disse ainda que um grupo de rebeldes hutus --o FDLR (Frente Democrática para a Libertação de Ruanda), supostamente ligado ao genocídio de 1994-- estariam recebendo apoio de membros da Brigada de Intervenção.
Já o governo da RDC voltou a acusar Ruanda de financiar o M23, o maior grupo rebelde que opera em seu território.
Até a noite desta segunda-feira, a ONU ainda acompanhava a batalha entre rebeldes e forças de segurança a distância. Não estava claro se a estratégia dos capacetes azuis seria aguardar uma solução política em relação ao M23 ou iniciar uma campanha ofensiva.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Vejam fotos da MONUSCO:
http://www.flickr.com/photos/monusco/with/8229507622/
Reparem que os Uruguaios ainda usam o PARAFAL, ao contrário do que foi citado aqui no Fórum DefesaBrasil....
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Reparem que os Uruguaios ainda usam o PARAFAL, ao contrário do que foi citado aqui no Fórum DefesaBrasil....
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
ONU alerta para maus-tratos a rebeldes detidos pelo Exército da República Democrática do Congo
Forças Armadas e MONUSCO reforçam presença na região de Goma após confrontos com rebeldes do M23. Foto: MONUSCO/Clara Padovan
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou nesta quinta-feira (18) preocupação com os relatos de maus-tratos graves de detentos do grupo rebelde conhecido como M23 pelas Forças Armadas da República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com os relatos, presos do M23 foram vítimas de violações de direitos humanos e alguns cadáveres foram desrespeitados por membros das Forças Armadas.
“O secretário-geral pede que a RDC leve os autores desses atos à justiça e sublinha que os maus-tratos a detidos são uma violação dos direitos humanos e do direito internacional humanitário”, disse o porta-voz de Ban em comunicado.
Recentemente, conflitos eclodiram perto de Goma, capital da província de Kivu do Norte, entre o Exército e o M23 depois de dois meses de trégua.
Desde março, as tensões na região aumentaram, o que levou o Conselho de Segurança da ONU a implementar uma brigada de intervenção dentro da Missão das Nações Unidas de Estabilização na RDC (MONUSCO). Essa brigada pode realizar operações ofensivas direcionadas, junto ou independente das Forças Armadas, contra os grupos armados que ameaçam a paz no leste do país.
Segundo o comunicado, a MONUSCO levantou a questão dos maus-tratos com as Forças Armadas e está revendo seu apoio às unidades do Exército suspeitas de envolvimento nesses incidentes.
http://www.planobrazil.com/onu-alerta-p ... -do-congo/
Forças Armadas e MONUSCO reforçam presença na região de Goma após confrontos com rebeldes do M23. Foto: MONUSCO/Clara Padovan
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou nesta quinta-feira (18) preocupação com os relatos de maus-tratos graves de detentos do grupo rebelde conhecido como M23 pelas Forças Armadas da República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com os relatos, presos do M23 foram vítimas de violações de direitos humanos e alguns cadáveres foram desrespeitados por membros das Forças Armadas.
“O secretário-geral pede que a RDC leve os autores desses atos à justiça e sublinha que os maus-tratos a detidos são uma violação dos direitos humanos e do direito internacional humanitário”, disse o porta-voz de Ban em comunicado.
Recentemente, conflitos eclodiram perto de Goma, capital da província de Kivu do Norte, entre o Exército e o M23 depois de dois meses de trégua.
Desde março, as tensões na região aumentaram, o que levou o Conselho de Segurança da ONU a implementar uma brigada de intervenção dentro da Missão das Nações Unidas de Estabilização na RDC (MONUSCO). Essa brigada pode realizar operações ofensivas direcionadas, junto ou independente das Forças Armadas, contra os grupos armados que ameaçam a paz no leste do país.
Segundo o comunicado, a MONUSCO levantou a questão dos maus-tratos com as Forças Armadas e está revendo seu apoio às unidades do Exército suspeitas de envolvimento nesses incidentes.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
É só mais um dia de sol, nesta terra aprazível e milenar de mama áfrica.
abs.
abs.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
18 de Julho, 2013 - 11:20 ( Brasília )
Terrestre
GENERAL BRASILEIRO TEM ESTRATÉGIA PARA LIDAR COM REBELDES NO CONGO
Mesmo após assumir uma das missões mais complexas e perigosas da ONU, na República Democrática do Congo, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz diz se sentir à vontade.
Embora não detalhe sua estratégia, ele delineia duas frentes de ação claras no país: a não interferência na luta entre o governo e o grupo rebelde M23 - enquanto civis não forem afetados - e a disposição para agir com força total contra grupos rebeldes menores que têm atacado a população civil e tropas das Nações Unidas.
O quartel-general de Santos Cruz fica em Kinshasa, a capital. Mas desde que chegou ao país, há pouco mais de um mês, o militar tem optado por passar a maior parte do seu tempo em Goma, no Kivu Norte. No extremo leste do país, a 1.500 km da capital, a cidade fica em uma área onde operam mais de 50 diferentes grupos armados.
O general já comandou por mais de dois anos a missão de paz das Nações Unidas no Haiti onde, diferente de agora, havia um grande contingente de tropas brasileiras. Mas não é a experiência militar prévia que parece deixá-lo confiante hoje na RDC - pois o cenário no país é bastante diferente do Haiti.
Sua vantagem, diz, é estar acostumado a lidar com a complexa estrutura de uma operação de paz da ONU. Principalmente sob pressão das diversas forças envolvidas, tais como o governo congolês, os rebeldes, os países vizinhos (quase sempre em desentendimento), o Departamento de Missões de Paz da ONU e os membros do Conselho de Segurança.
Contudo, além de fazer a estrutura colossal das Nações Unidas girar, Santos Cruz terá também que ganhar os corações da população local - cujo sentimento em relação as tropas internacionais é por vezes de descrédito.
"Não acredito que os estrangeiros possam fazer alguma coisa. Podem proteger essa cidade, mas não fazer algo grande", afirmou a moradora de Goma, Solange Chabane.
Para Enhese Banjamin, a ONU deve no máximo atuar na retaguarda das Forças Armadas do Congo. "Não temos medo do M23, acreditamos em Deus e no nosso Exército nacional".
Origens do conflito
As origens do conflito no país remontam ao fim do genocídio de Ruanda, em 1994 ? quando milhares de hutus penetraram as fronteiras do Congo. A isso se seguiram tentativas e golpes de Estado, que tiveram a influência de forças de Ruanda e Uganda, e o assassinato do presidente Laurent Kabila, já em 2001.
Só a história das missões de paz na RDC soma mais de uma década. O mais recente episódio é a decisão do Conselho de Segurança de fortalecer o mandato da ONU no país depois de Goma ter sido invadida pelo grupo rebelde M23 em novembro do ano passado. Eles não sofreram grande resistência das tropas da ONU que estavam na região.
Formado por ex-militares do Exército congolês, o M23 é possivelmente o grupo rebelde mais forte operando no país - embora não haja informações públicas claras sobre o tamanho de cada milícia instalada na região.
Ao desertar, esses homens levaram armamentos pesados e mantiveram a hierarquia militar nas linhas rebeldes.
O M23 se retirou de Goma de forma pacífica após negociações. Uma das principais missões de Santos Cruz é evitar que a invasão se repita.
Para isso, o general recebeu uma unidade militar chamada Brigada de Intervenção. Ela tem armamento pesado - como artilharia, aviação e forças especiais - e um subsídio legal que permite ações de perseguição e ataque aos rebeldes, em uma concessão sem precedentes na história das missões de paz.
Até a semana passada tropas do governo e do M23 vinham se enfrentando em apenas pequenas escaramuças e ataques em regiões remotas. Porém, no último sábado, o conflito se transformou em uma batalha de grandes proporções nos arredores de Goma.
Em uma ação que não ocorria há meses, o Exército do país venceu ao menos três dias de batalha quase ininterrupta e empurrou as forças do M23 para longe de Goma.
"Estamos completamente fora da batalha entre as Forças Armadas do Congo e o M23. A ONU não está participando", diz o general brasileiro.
"Nós temos um mandato muito claro para proteger civis e defender Goma."
Porém, dentro da cidade o nível de tensão se elevou ao limite. Santos Cruz, que costuma se hospedar em um hotel (seu alojamento em uma base militar está em construção), onde a segurança era feita apenas por vigilantes do local, passou a ter guarda-costas armados 24 horas por dia. Ele não se distancia um minuto de sua pistola.
Segundo analistas, o cessar-fogo entre os capacetes azuis e o M23 se sustentará enquanto o grupo se mantiver em um processo de negociação de paz que ocorre em Uganda e não atacar civis ou a ONU.
Porém, a erupção do conflito entre os rebeldes e o governo congolês pode colocar em jogo as negociações de paz.
Força total
Embora sua atenção esteja voltada para o desenrolar da crise próxima a Goma, o general Santos Cruz não descarta realizar ações de força contra grupos rebeldes menores que operam na região de Beni, na mesma província, porém mais ao norte.
Na semana passada, as Forças Armadas Democráticas, um grupo armado que luta pela deposição do governo de Uganda a partir da selva congolesa, atacou uma vila próximo à fronteira entre os dois países. A ação fez 70 mil refugiados entrarem em Uganda para escapar do conflito.
Dias depois, em uma região próxima, um comboio formado por cerca de 30 militares da ONU de origem nepalesa foi emboscado na selva por cerca de 100 rebeldes. No tiroteio, dois capacetes azuis foram feridos e diversos rebeldes foram mortos, segundo fontes das Nações Unidas.
Embora não revele seu plano, o general deve determinar em breve alguma ação dos capacetes azuis contra grupos armados que operam nessa região. Se isso acontecer, as tropas da ONU devem seguir seu novo mandato e não economizar armas e equipamentos para atacar os rebeldes.
A ONU suspeita que muitos dos grupos armados operando no leste da RDC obtenham recursos com a venda de minerais para empresas estrangeiras. Muitas das milícias se estabeleceram próximo a jazidas e usam os lucros da venda para comprar armas.
A maioria desses grupos, chamados de Mai Mai, foram formados para autodefesa de determinadas etnias ou vilas contra ameaças estrangeiras ou rivais internos. As várias disputas étnicas presentes na região favoreceram a proliferação descontrolada desses grupos.
Segundo Santos Cruz, a dificuldade de diferenciar esses grupos armados da população civil será um grande desafio da ONU nos próximos meses. De acordo com o general, informações obtidas pela ONU dão conta que muitos desses grupos atuariam como gangues. Ou seja, seus participantes possuiriam outras atividades, mas em certas ocasiões se juntariam para cometer crimes.
Estrutura da ONU
O que Santos Cruz tenta mudar na atual missão na RDC é o próprio ritmo da operação. Eles diz querer respostas rápidas de seus comandantes para cada ação rebelde.
Mas fazer as engrenagens da ONU funcionarem não é tarefa fácil, especialmente em um país de dimensões continentais como a RDC.
Seus críticos afirmam que o general interpreta as relações entre os diversos grupos de forma simplista. Mas ele parece ignorar algumas alianças e relações entre determinados grupos armados de forma intencional. Classifica para seus comandados algumas das ações dos rebeldes não como atos políticos, mas criminosos.
http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... -no-Congo/
Terrestre
GENERAL BRASILEIRO TEM ESTRATÉGIA PARA LIDAR COM REBELDES NO CONGO
Mesmo após assumir uma das missões mais complexas e perigosas da ONU, na República Democrática do Congo, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz diz se sentir à vontade.
Embora não detalhe sua estratégia, ele delineia duas frentes de ação claras no país: a não interferência na luta entre o governo e o grupo rebelde M23 - enquanto civis não forem afetados - e a disposição para agir com força total contra grupos rebeldes menores que têm atacado a população civil e tropas das Nações Unidas.
O quartel-general de Santos Cruz fica em Kinshasa, a capital. Mas desde que chegou ao país, há pouco mais de um mês, o militar tem optado por passar a maior parte do seu tempo em Goma, no Kivu Norte. No extremo leste do país, a 1.500 km da capital, a cidade fica em uma área onde operam mais de 50 diferentes grupos armados.
O general já comandou por mais de dois anos a missão de paz das Nações Unidas no Haiti onde, diferente de agora, havia um grande contingente de tropas brasileiras. Mas não é a experiência militar prévia que parece deixá-lo confiante hoje na RDC - pois o cenário no país é bastante diferente do Haiti.
Sua vantagem, diz, é estar acostumado a lidar com a complexa estrutura de uma operação de paz da ONU. Principalmente sob pressão das diversas forças envolvidas, tais como o governo congolês, os rebeldes, os países vizinhos (quase sempre em desentendimento), o Departamento de Missões de Paz da ONU e os membros do Conselho de Segurança.
Contudo, além de fazer a estrutura colossal das Nações Unidas girar, Santos Cruz terá também que ganhar os corações da população local - cujo sentimento em relação as tropas internacionais é por vezes de descrédito.
"Não acredito que os estrangeiros possam fazer alguma coisa. Podem proteger essa cidade, mas não fazer algo grande", afirmou a moradora de Goma, Solange Chabane.
Para Enhese Banjamin, a ONU deve no máximo atuar na retaguarda das Forças Armadas do Congo. "Não temos medo do M23, acreditamos em Deus e no nosso Exército nacional".
Origens do conflito
As origens do conflito no país remontam ao fim do genocídio de Ruanda, em 1994 ? quando milhares de hutus penetraram as fronteiras do Congo. A isso se seguiram tentativas e golpes de Estado, que tiveram a influência de forças de Ruanda e Uganda, e o assassinato do presidente Laurent Kabila, já em 2001.
Só a história das missões de paz na RDC soma mais de uma década. O mais recente episódio é a decisão do Conselho de Segurança de fortalecer o mandato da ONU no país depois de Goma ter sido invadida pelo grupo rebelde M23 em novembro do ano passado. Eles não sofreram grande resistência das tropas da ONU que estavam na região.
Formado por ex-militares do Exército congolês, o M23 é possivelmente o grupo rebelde mais forte operando no país - embora não haja informações públicas claras sobre o tamanho de cada milícia instalada na região.
Ao desertar, esses homens levaram armamentos pesados e mantiveram a hierarquia militar nas linhas rebeldes.
O M23 se retirou de Goma de forma pacífica após negociações. Uma das principais missões de Santos Cruz é evitar que a invasão se repita.
Para isso, o general recebeu uma unidade militar chamada Brigada de Intervenção. Ela tem armamento pesado - como artilharia, aviação e forças especiais - e um subsídio legal que permite ações de perseguição e ataque aos rebeldes, em uma concessão sem precedentes na história das missões de paz.
Até a semana passada tropas do governo e do M23 vinham se enfrentando em apenas pequenas escaramuças e ataques em regiões remotas. Porém, no último sábado, o conflito se transformou em uma batalha de grandes proporções nos arredores de Goma.
Em uma ação que não ocorria há meses, o Exército do país venceu ao menos três dias de batalha quase ininterrupta e empurrou as forças do M23 para longe de Goma.
"Estamos completamente fora da batalha entre as Forças Armadas do Congo e o M23. A ONU não está participando", diz o general brasileiro.
"Nós temos um mandato muito claro para proteger civis e defender Goma."
Porém, dentro da cidade o nível de tensão se elevou ao limite. Santos Cruz, que costuma se hospedar em um hotel (seu alojamento em uma base militar está em construção), onde a segurança era feita apenas por vigilantes do local, passou a ter guarda-costas armados 24 horas por dia. Ele não se distancia um minuto de sua pistola.
Segundo analistas, o cessar-fogo entre os capacetes azuis e o M23 se sustentará enquanto o grupo se mantiver em um processo de negociação de paz que ocorre em Uganda e não atacar civis ou a ONU.
Porém, a erupção do conflito entre os rebeldes e o governo congolês pode colocar em jogo as negociações de paz.
Força total
Embora sua atenção esteja voltada para o desenrolar da crise próxima a Goma, o general Santos Cruz não descarta realizar ações de força contra grupos rebeldes menores que operam na região de Beni, na mesma província, porém mais ao norte.
Na semana passada, as Forças Armadas Democráticas, um grupo armado que luta pela deposição do governo de Uganda a partir da selva congolesa, atacou uma vila próximo à fronteira entre os dois países. A ação fez 70 mil refugiados entrarem em Uganda para escapar do conflito.
Dias depois, em uma região próxima, um comboio formado por cerca de 30 militares da ONU de origem nepalesa foi emboscado na selva por cerca de 100 rebeldes. No tiroteio, dois capacetes azuis foram feridos e diversos rebeldes foram mortos, segundo fontes das Nações Unidas.
Embora não revele seu plano, o general deve determinar em breve alguma ação dos capacetes azuis contra grupos armados que operam nessa região. Se isso acontecer, as tropas da ONU devem seguir seu novo mandato e não economizar armas e equipamentos para atacar os rebeldes.
A ONU suspeita que muitos dos grupos armados operando no leste da RDC obtenham recursos com a venda de minerais para empresas estrangeiras. Muitas das milícias se estabeleceram próximo a jazidas e usam os lucros da venda para comprar armas.
A maioria desses grupos, chamados de Mai Mai, foram formados para autodefesa de determinadas etnias ou vilas contra ameaças estrangeiras ou rivais internos. As várias disputas étnicas presentes na região favoreceram a proliferação descontrolada desses grupos.
Segundo Santos Cruz, a dificuldade de diferenciar esses grupos armados da população civil será um grande desafio da ONU nos próximos meses. De acordo com o general, informações obtidas pela ONU dão conta que muitos desses grupos atuariam como gangues. Ou seja, seus participantes possuiriam outras atividades, mas em certas ocasiões se juntariam para cometer crimes.
Estrutura da ONU
O que Santos Cruz tenta mudar na atual missão na RDC é o próprio ritmo da operação. Eles diz querer respostas rápidas de seus comandantes para cada ação rebelde.
Mas fazer as engrenagens da ONU funcionarem não é tarefa fácil, especialmente em um país de dimensões continentais como a RDC.
Seus críticos afirmam que o general interpreta as relações entre os diversos grupos de forma simplista. Mas ele parece ignorar algumas alianças e relações entre determinados grupos armados de forma intencional. Classifica para seus comandados algumas das ações dos rebeldes não como atos políticos, mas criminosos.
http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... -no-Congo/
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
22 de Julho, 2013 - 11:55 ( Brasília )
Geopolítica
SOLUÇÃO PARA O CONGO É POLÍTICA, DIZ CHEFE DE MISSÃO DA ONU
General brasileiro à frente da missão de paz na RDC garante que prioridade é proteger Goma, no leste do país, e os campos de refugiados. Problemas, segundo ele, são muitos e vão além das fronteiras.
Ainda não se tem uma solução para o conflito na República Democrática do Congo (RDC). As negociações de paz entre o movimento rebelde M23 e o governo congolês estão num impasse. Além disso, a nível regional, os líderes políticos não conseguem chegar a um consenso.
Enquanto isso, os confrontos continuam. O Exército congolês afirma que quer ganhar terreno. Nesta semana, as tropas do governo travaram intensos combates os rebeldes do M23 perto de Goma, no leste do país. Domingo (14/07) foi o dia mais sangrento dos últimos meses, com a morte de mais de 130 pessoas.
A Monusco, missão de paz da ONU na RDC, diz ter duas prioridades: proteger os campos de refugiados e defender Goma. Em novembro do ano passado, a cidade chegou a ser controlada pelo M23 durante alguns dias.
A força de paz das Nações Unidas foi reforçada em março com uma Brigada de Intervenção. No mandato, a brigada foi autorizada a desarmar os rebeldes no leste do país. À frente de uma das maiores missões da ONU, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz falou com exclusividade à DW sobre os desafios dos capacetes azuis no local.
Deutsche Welle: Até que ponto a ONU está preparada para enfrentar os desafios militares na RDC e proteger a população congolesa do leste, que está se refugiando nos países vizinhos?
Carlos Alberto dos Santos Cruz: Esse é mais um problema na realidade congolesa. As agências humanitárias e as ONGs já estão atuando para o auxílio da população que se refugiou em outros lugares devido à interferência do grupo armado. O problema de segurança vem sendo parcialmente resolvido pelas Forças Armadas congolesas. Espera-se, com isso, que toda essa estrutura consiga atender à população.
O senhor acha então que está conseguindo resgatar o diálogo e o crédito das tropas da ONU, que nos últimos meses têm sido criticadas pela sociedade civil congolesa?
Há uma variedade de problemas. A RDC é um país extenso e com muitos grupos armados, que atuam particularmente no leste do país. Então, é natural que a população queira que todos os problemas sejam resolvidos. Ainda existem problemas estruturais e nas vias de comunicação. Fazemos o que é possível. Neste momento, temos também algumas prioridades, de modo que não é possível acabar com todos os problemas de uma só vez. E a solução não depende unicamente das Nações Unidas.
Na sua opinião, qual é a urgência do uso desta brigada agora?
A brigada neste momento está com dois terços do seu efetivo e da sua capacidade operacional. Ela está sendo empregada com prioridade na defesa de Goma, uma região bastante afetada pelos combates entre o M23 e as Forças Armadas do Congo. Estamos protegendo a cidade, a liberdade de movimento nas estradas e também os grandes campos de refugiados, com mais de 100 mil pessoas. Essa é a nossa prioridade. Especialmente neste momento, a brigada está comprometida com a defesa de Goma e das suas vias de comunicação, ainda que haja, em outras áreas, tropas que têm outras atividades.
Como o senhor acha que é possível melhorar a qualidade das Forças Armadas do país, evitando a repetição das cenas de violações e de pilhagens de soldados congoleses?
Esse é um problema governamental com que as Nações Unidas têm colaborado dentro do mandato do Conselho de Segurança. Tem-se dado apoio, formação e preparação sobre o respeito aos direitos humanos, além de como se comportar em zonas de conflito e como tratar a população civil. Mas, em geral, é uma questão de investimento e de preparação, para que não se tenha necessidade material que levem a ocorrer essas violações.
A situação no leste da RDC afeta também há anos os países vizinhos, como Ruanda e Uganda. Na sua opinião, o que esse países podem fazer para melhorar a situação na região?
O problema no leste do Congo é conhecido. Todos sabem que é algo regional, porque acontece na fronteira. Existem vários mecanismos políticos que já foram colocados em ação para tentar harmonizar os interesses da região dos Grandes Lagos, e para todos poderem colaborar com a sua parcela de responsabilidade. A solução é política, e o componente militar investe em algumas ações para encontrá-la. Mas, se não houver um esforço grande de todos os interessados, será muito difícil uma solução política, que passe pelo entendimento e pela boa vontade de todos os envolvidos.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... o-da-ONU-/
Geopolítica
SOLUÇÃO PARA O CONGO É POLÍTICA, DIZ CHEFE DE MISSÃO DA ONU
General brasileiro à frente da missão de paz na RDC garante que prioridade é proteger Goma, no leste do país, e os campos de refugiados. Problemas, segundo ele, são muitos e vão além das fronteiras.
Ainda não se tem uma solução para o conflito na República Democrática do Congo (RDC). As negociações de paz entre o movimento rebelde M23 e o governo congolês estão num impasse. Além disso, a nível regional, os líderes políticos não conseguem chegar a um consenso.
Enquanto isso, os confrontos continuam. O Exército congolês afirma que quer ganhar terreno. Nesta semana, as tropas do governo travaram intensos combates os rebeldes do M23 perto de Goma, no leste do país. Domingo (14/07) foi o dia mais sangrento dos últimos meses, com a morte de mais de 130 pessoas.
A Monusco, missão de paz da ONU na RDC, diz ter duas prioridades: proteger os campos de refugiados e defender Goma. Em novembro do ano passado, a cidade chegou a ser controlada pelo M23 durante alguns dias.
A força de paz das Nações Unidas foi reforçada em março com uma Brigada de Intervenção. No mandato, a brigada foi autorizada a desarmar os rebeldes no leste do país. À frente de uma das maiores missões da ONU, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz falou com exclusividade à DW sobre os desafios dos capacetes azuis no local.
Deutsche Welle: Até que ponto a ONU está preparada para enfrentar os desafios militares na RDC e proteger a população congolesa do leste, que está se refugiando nos países vizinhos?
Carlos Alberto dos Santos Cruz: Esse é mais um problema na realidade congolesa. As agências humanitárias e as ONGs já estão atuando para o auxílio da população que se refugiou em outros lugares devido à interferência do grupo armado. O problema de segurança vem sendo parcialmente resolvido pelas Forças Armadas congolesas. Espera-se, com isso, que toda essa estrutura consiga atender à população.
O senhor acha então que está conseguindo resgatar o diálogo e o crédito das tropas da ONU, que nos últimos meses têm sido criticadas pela sociedade civil congolesa?
Há uma variedade de problemas. A RDC é um país extenso e com muitos grupos armados, que atuam particularmente no leste do país. Então, é natural que a população queira que todos os problemas sejam resolvidos. Ainda existem problemas estruturais e nas vias de comunicação. Fazemos o que é possível. Neste momento, temos também algumas prioridades, de modo que não é possível acabar com todos os problemas de uma só vez. E a solução não depende unicamente das Nações Unidas.
Na sua opinião, qual é a urgência do uso desta brigada agora?
A brigada neste momento está com dois terços do seu efetivo e da sua capacidade operacional. Ela está sendo empregada com prioridade na defesa de Goma, uma região bastante afetada pelos combates entre o M23 e as Forças Armadas do Congo. Estamos protegendo a cidade, a liberdade de movimento nas estradas e também os grandes campos de refugiados, com mais de 100 mil pessoas. Essa é a nossa prioridade. Especialmente neste momento, a brigada está comprometida com a defesa de Goma e das suas vias de comunicação, ainda que haja, em outras áreas, tropas que têm outras atividades.
Como o senhor acha que é possível melhorar a qualidade das Forças Armadas do país, evitando a repetição das cenas de violações e de pilhagens de soldados congoleses?
Esse é um problema governamental com que as Nações Unidas têm colaborado dentro do mandato do Conselho de Segurança. Tem-se dado apoio, formação e preparação sobre o respeito aos direitos humanos, além de como se comportar em zonas de conflito e como tratar a população civil. Mas, em geral, é uma questão de investimento e de preparação, para que não se tenha necessidade material que levem a ocorrer essas violações.
A situação no leste da RDC afeta também há anos os países vizinhos, como Ruanda e Uganda. Na sua opinião, o que esse países podem fazer para melhorar a situação na região?
O problema no leste do Congo é conhecido. Todos sabem que é algo regional, porque acontece na fronteira. Existem vários mecanismos políticos que já foram colocados em ação para tentar harmonizar os interesses da região dos Grandes Lagos, e para todos poderem colaborar com a sua parcela de responsabilidade. A solução é política, e o componente militar investe em algumas ações para encontrá-la. Mas, se não houver um esforço grande de todos os interessados, será muito difícil uma solução política, que passe pelo entendimento e pela boa vontade de todos os envolvidos.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
ONU dá ultimato a rebeldes no Congo
1 de agosto de 2013, em Conflitos em andamento, Força de Paz da ONU, Guerra Civil, Noticiário Internacional, ONU, por Nicholle Murmel
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA – O Estado de S.Paulo
A Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo (Monusco), liderada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, ameaça usar a força pela primeira vez contra os combatentes do movimento M23. A milícia recebeu a ordem de entregar seu armamento até hoje, às 17 horas de Brasília.
O alerta foi emitido na terça-feira, quando foi dado o prazo de 48 horas para que os rebeldes abandonassem a violência. O grupo atua na região de Goma, no leste do país, na fronteira com Ruanda e Uganda. Caso eles não deponham as armas, a ONU ameaça “usar a força”.
A Monusco ordenou que os rebeldes “deixem suas armas na base” da missão e passem a aderir ao programa de desmobilização. Se isso não for respeitado, eles “serão considerados uma ameaça para os civis” e as medidas necessárias para desarmá-los serão utilizadas.
Em março, o Conselho de Segurança da ONU votou a criação de uma brigada de intervenção com mandato ofensivo. Ou seja, não se trata mais apenas de uma força de manutenção da paz. O grupo deve contar com mais de 3 mil soldados para combater os grupos rebeldes no leste da República Democrática do Congo. O principal foco é o M23, acusado de receber armas do governo de Ruanda, que nega.
Em abril, o general gaúcho foi escolhido para liderar a Monusco, depois de passagem considerada positiva pelo Haiti, entre 2006 e 2009. Sua nomeação já previa a atuação das tropas internacionais na África, que deverão ajudar o Exército da RDC a criar uma zona de segurança em Goma.
Os rebeldes estão na região desde o início de 2012, concentrados na Província de Kivu do Norte. Goma, sua capital e a maior cidade, foi conquistada no fim do ano passado após uma ofensiva relâmpago dos rebeldes.
Pressionado, o M23 abandonou a cidade e aceitou iniciar uma negociação com o governo de Kinshasa. Mas, sem evolução, o grupo lançou há 15 dias uma nova ofensiva contra o Exército nas proximidades de Goma, o que fez a ONU temer uma nova retomada da cidade.
O general brasileiro admite que o Exército congolês está empenhado em impedir a nova invasão, mas justifica a medida da ONU. “Goma e Sake continuam vulneráveis e precisamos dar garantias de que elementos negativos não continuem a colocar em risco os civis nessa área”. Segundo ele, são mais de 1 milhão de civis na região.
FONTE: O Estado de S. Paulo
fonte: http://www.forte.jor.br/
1 de agosto de 2013, em Conflitos em andamento, Força de Paz da ONU, Guerra Civil, Noticiário Internacional, ONU, por Nicholle Murmel
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA – O Estado de S.Paulo
A Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo (Monusco), liderada pelo general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, ameaça usar a força pela primeira vez contra os combatentes do movimento M23. A milícia recebeu a ordem de entregar seu armamento até hoje, às 17 horas de Brasília.
O alerta foi emitido na terça-feira, quando foi dado o prazo de 48 horas para que os rebeldes abandonassem a violência. O grupo atua na região de Goma, no leste do país, na fronteira com Ruanda e Uganda. Caso eles não deponham as armas, a ONU ameaça “usar a força”.
A Monusco ordenou que os rebeldes “deixem suas armas na base” da missão e passem a aderir ao programa de desmobilização. Se isso não for respeitado, eles “serão considerados uma ameaça para os civis” e as medidas necessárias para desarmá-los serão utilizadas.
Em março, o Conselho de Segurança da ONU votou a criação de uma brigada de intervenção com mandato ofensivo. Ou seja, não se trata mais apenas de uma força de manutenção da paz. O grupo deve contar com mais de 3 mil soldados para combater os grupos rebeldes no leste da República Democrática do Congo. O principal foco é o M23, acusado de receber armas do governo de Ruanda, que nega.
Em abril, o general gaúcho foi escolhido para liderar a Monusco, depois de passagem considerada positiva pelo Haiti, entre 2006 e 2009. Sua nomeação já previa a atuação das tropas internacionais na África, que deverão ajudar o Exército da RDC a criar uma zona de segurança em Goma.
Os rebeldes estão na região desde o início de 2012, concentrados na Província de Kivu do Norte. Goma, sua capital e a maior cidade, foi conquistada no fim do ano passado após uma ofensiva relâmpago dos rebeldes.
Pressionado, o M23 abandonou a cidade e aceitou iniciar uma negociação com o governo de Kinshasa. Mas, sem evolução, o grupo lançou há 15 dias uma nova ofensiva contra o Exército nas proximidades de Goma, o que fez a ONU temer uma nova retomada da cidade.
O general brasileiro admite que o Exército congolês está empenhado em impedir a nova invasão, mas justifica a medida da ONU. “Goma e Sake continuam vulneráveis e precisamos dar garantias de que elementos negativos não continuem a colocar em risco os civis nessa área”. Segundo ele, são mais de 1 milhão de civis na região.
FONTE: O Estado de S. Paulo
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Estou ficando cada vez mais convencido, quando vejo este tipo de notícia, que a participação brasileira nesta missão da ONU, se houver o recrudescimento dos combates contras estes grupos rebeldes, agora e nos anos próximos, com participação da ONU, ficará muito difícil para o poder político receber garantias de que nossas próprias tropas - que não seriam poucas ali - não se vejam, cedo ou tarde, envolvidas nestes combates. E isto em pleno ano pré-eleitoral é no mínimo impensável. Acho que vai ficar para depois de 2015 mesmo, quando da saída do Haiti ano que vem, e quando a poeira do planalto por aqui tiver baixado. E quiça até com bem menos gente do que pensávamos.
02 de Agosto, 2013 - 10:41 ( Brasília )
Geopolítica
GENERAL BRASILEIRO PREPARA AÇÃO INÉDITA DE TROPAS DA ONU NO CONGO
O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz está usando tropas da ONU para isolar uma das principais cidades do leste da República Democrática do Congo e defendê-la de grupos armados.
Luis Kawaguti
O brasileiro foi escolhido recentemente pela ONU para combater os mais de 50 grupos armados que atuam no leste do país.
Santos Cruz chefia uma tropa internacional de 20 mil homens, a maioria de países da África e Ásia, além de uma brigada especial elaborada para lutar contra os rebeldes.
A unidade foi criada a partir de um mandato sem precedentes na história das missões de paz. Ele autoriza os capacetes azuis a lançar missões de ataque com armas pesadas e usar todos os meios necessários para neutralizar os grupos armados do país.
"O mandato é bem claro nas prioridades: a proteção de civis, a proteção do pessoal da ONU, isso é fundamental, e nós vamos utilizar no limite todos os recursos, todos os meios, toda a força disponível para responder a qualquer agressão que se tenha aos civis, à população ou às Nações Unidas", disse o general à BBC Brasil. "A nossa tolerância é zero, vamos utilizar nossos recursos no limite, sem dúvida nenhuma."
Até agora, não há tropas brasileiras integrando a missão.
Uma das maiores tarefas de Santos Cruz hoje é defender Goma, um dos principais focos de conflito no país, contra os rebeldes do M23. Para isso, ele instalou um cinturão de trincheiras e fortificações nas montanhas que circundam a cidade.
Os militares que fazem guarda nessas posições têm ordem para disparar caso grupos armados se aproximem.
O M23 é formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidade de armamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido financiamento de Ruanda, segundo relatórios da ONU.
Quilômetros ao norte da cidade, rebeldes e tropas do governo se enfrentam em uma forte campanha militar iniciada no último dia 14. Enquando a luta não atinge populações civis ou estruturas da ONU, os capacetes azuis apenas observam o conflito à distância.
fonte: http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -no-Congo/
02 de Agosto, 2013 - 10:41 ( Brasília )
Geopolítica
GENERAL BRASILEIRO PREPARA AÇÃO INÉDITA DE TROPAS DA ONU NO CONGO
O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz está usando tropas da ONU para isolar uma das principais cidades do leste da República Democrática do Congo e defendê-la de grupos armados.
Luis Kawaguti
O brasileiro foi escolhido recentemente pela ONU para combater os mais de 50 grupos armados que atuam no leste do país.
Santos Cruz chefia uma tropa internacional de 20 mil homens, a maioria de países da África e Ásia, além de uma brigada especial elaborada para lutar contra os rebeldes.
A unidade foi criada a partir de um mandato sem precedentes na história das missões de paz. Ele autoriza os capacetes azuis a lançar missões de ataque com armas pesadas e usar todos os meios necessários para neutralizar os grupos armados do país.
"O mandato é bem claro nas prioridades: a proteção de civis, a proteção do pessoal da ONU, isso é fundamental, e nós vamos utilizar no limite todos os recursos, todos os meios, toda a força disponível para responder a qualquer agressão que se tenha aos civis, à população ou às Nações Unidas", disse o general à BBC Brasil. "A nossa tolerância é zero, vamos utilizar nossos recursos no limite, sem dúvida nenhuma."
Até agora, não há tropas brasileiras integrando a missão.
Uma das maiores tarefas de Santos Cruz hoje é defender Goma, um dos principais focos de conflito no país, contra os rebeldes do M23. Para isso, ele instalou um cinturão de trincheiras e fortificações nas montanhas que circundam a cidade.
Os militares que fazem guarda nessas posições têm ordem para disparar caso grupos armados se aproximem.
O M23 é formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidade de armamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido financiamento de Ruanda, segundo relatórios da ONU.
Quilômetros ao norte da cidade, rebeldes e tropas do governo se enfrentam em uma forte campanha militar iniciada no último dia 14. Enquando a luta não atinge populações civis ou estruturas da ONU, os capacetes azuis apenas observam o conflito à distância.
fonte: http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -no-Congo/
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
eligioep escreveu:Vejam fotos da MONUSCO:
http://www.flickr.com/photos/monusco/with/8229507622/
Reparem que os Uruguaios ainda usam o PARAFAL, ao contrário do que foi citado aqui no Fórum DefesaBrasil....
E lá vem o FAL de novo, parece O HIGHLANDER de tão Imortal...
Notar que as fotos são de 2011.
Notar ainda que não se sabe se as unidades que porventura ainda operem este equipamento OBSOLETO em um TO que a qualquer momento pode se tornar de alta intensidade para as forças da MONUSCO são de primeira linha. Se são, estão pedindo para levar fumo...
Notar, finalmente, que CANSEI! Assim...
VIVA O FAL, A MELHOR ARMA DE TODOS OS TEMPOS!!!
((( E os Israelenses não sabem é NADA de guerra. )))
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Túlio escreveu:eligioep escreveu:Vejam fotos da MONUSCO:
http://www.flickr.com/photos/monusco/with/8229507622/
Reparem que os Uruguaios ainda usam o PARAFAL, ao contrário do que foi citado aqui no Fórum DefesaBrasil....
E lá vem o FAL de novo, parece O HIGHLANDER de tão Imortal...
Notar que as fotos são de 2011.
Notar ainda que não se sabe se as unidades que porventura ainda operem este equipamento OBSOLETO em um TO que a qualquer momento pode se tornar de alta intensidade para as forças da MONUSCO são de primeira linha. Se são, estão pedindo para levar fumo...
Notar, finalmente, que CANSEI! Assim...
VIVA O FAL, A MELHOR ARMA DE TODOS OS TEMPOS!!!
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Não fale em voz alta! Vai que eles resolvem reeditar o M-1 Garand!!!
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Sei não, por décadas preferiram o FO (Mauser 1898) àquele obsoleto semi-auto...
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
A idéia do General Brasileiro para resolver o conflito é equipar toda MONUSCO e Exército do Congo com infinitas quantidades de FAL.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Com o FAL na mão, eles chegam até Moscou.
O General Brasileiro encarna bem a frase "exército de um homem só". Veremos no que dá.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Os COMUNAZZZ estão ferrados, é FAL neles!!!
E nem precisa levar Artilharia, uma bela barragem de granadas de bocal e tá feita a matança!
E nem precisa levar Artilharia, uma bela barragem de granadas de bocal e tá feita a matança!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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