Portugal fora do Euro?

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Re: Portugal fora do Euro?

#136 Mensagem por P44 » Sáb Nov 20, 2010 8:23 am

Esses países periféricos não tem as vantagens de baixos juros e longos prazos para sustentar a sua dívida pública.

Se tivesse um título de divida pública bancado pela UE e evitasse que países fossem avaliados individualmente em relação ao risco resolveria esse problema e é necessário para estabilidade de uma moeda unica. Porém não existe e não ter perspectiva que os grandes realmente queiram esse tipo de solução por que leva a renegar a soberania fiscal. O que saiu foi um fundo que está mais para FMI europeu do que símbolo da integração econômica e solidariedade entre os membros do UE. Sem a solução mais profunda a política da UE vai ser continuar apagando incêndios sem resolver de fato os problemas e cada país mais fraco é um chamariz para ataques especulativos.
perfeitamente de acordo.

A vantagem dos países de Leste é que não aderiram ao Euro e têm moeda própria, nesse aspecto foram mais inteligentes.




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Re: Portugal fora do Euro?

#137 Mensagem por P44 » Sáb Nov 20, 2010 10:05 am

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"Banca portuguesa precisa do FMI", diz a "Economist"
por Filipe Paiva Cardoso , Publicado em 19 de Novembro de 2010 | Actualizado há 16 horas
"Precisamos de dezenas de milhares de milhões de euros", assume Banco da Irlanda. FMI começa a trabalhar hoje no país


Os técnicos do Fundo Monetário Internacional começam hoje a estudar as necessidades financeiras da Irlanda para que a estabilidade do país fique assegurada, avançou ontem o porta-voz do FMI. Os técnicos do Fundo chegaram a Dublin na manhã de ontem para "examinar os problemas estruturais da banca irlandesa, no contexto das pressões recentes dos mercados financeiros e avaliar o que deve ser feito", e foram recebidos com um estender de mão. "Precisamos de dezenas de milhares de milhões de euros", comentou Patrick Honohan, governador do Banco da Irlanda, à imprensa. Os técnicos do FMI não comentaram valores, tendo o governo de Cowen - que enfrenta eleições na próxima semana - referido que o cálculo final só poderá ser conhecido... depois da próxima semana.

A chegada do FMI à Irlanda levou a uma quebra dos juros das obrigações a dez anos irlandesas, e por arrasto das portuguesas, que pouco depois da hora de almoço retomaram a subida. No final do dia, os juros portugueses estavam novamente perto dos 7% - nos 6,893%, segundo a Reuters.


A inevitabilidade da chegada do FMI a Portugal, depois da passagem pela Irlanda, continuou ontem a ganhar contornos, com a "Economist", num artigo de análise sobre a crise da dívida europeia publicado no site, a sugerir os moldes em que Portugal irá ser ajudado.

"Os fundos [aplicados na Irlanda] devem ser usados para estabilizar o sistema bancário irlandês, exigindo-se em troca apenas algumas metas orçamentais", aponta o artigo da "Economist", que depois sublinha: "Tal acordo iria ao encontro das pretensões dos parceiros da zona euro, que pedem o fim da incerteza, e do Banco Central Europeu, de quem os bancos irlandeses estão excessivamente dependentes." E a esta análise também não escaparam os cerca de 40 mil milhões de euros metidos pelo BCE nos bancos portugueses: "Também seria sensato oferecer uma ajuda semelhante a Portugal. Os bancos do país também estão dependentes do BCE e o país também está a lidar com juros altos", remata a revista no artigo de ontem. Filipe Paiva Cardoso

http://www.ionline.pt/conteudo/89491-ba ... -economist

“Portugal, Grécia e Irlanda podem não estar no euro daqui a cinco anos"


por Nuno Aguiar, Publicado em 19 de Novembro de 2010

Schroders aponta que com a chegada da moeda única, países deixaram de ter vantagens competitivas

O agudizar da crise da dívida soberana europeia poderá não deixar outro caminho que não uma restruturação da união monetária. “Daqui a cinco anos, podemos ter uma composição diferente da zona euro. Grécia, Portugal e Irlanda poderão não pertencer ao euro”, afirmou ontem Keith Wade, economista-chefe da Schroders, uma das maiores gestoras de activos financeiros do mundo. “A questão não é a Grécia entrar em incumprimento, mas sim Portugal, Espanha e Irlanda. Se a Irlanda pedir ajuda, a seguir será Portugal.”
Segundo o analista, os países periféricos da zona euro estão numa encruzilhada difícil de ultrapassar. Presos ao euro e sem flexibilidade monetária que lhes permita aumentar a competitividade da economia, será muito complicado resolverem os seus desequilíbrios orçamentais e regressarem a crescimentos económicos sólidos. “Com o euro, estes países deixaram de ter vantagens competitivas. Com o fim do boom do consumo, tornou-se difícil crescer”, explicou durante uma conferência internacional da Schroders, em Londres. “Como é que o Reino Unido se aproximou da competitividade alemã? Desvalorizando a libra.” Uma opção que não está disponível para os países da zona euro.
Keith Wade referiu que a tarefa que a Alemanha está a exigir a estes países é praticamente impossível de concretizar sem uma desvalorização monetária. “Mesmo depois dos pacotes de ajuda, o crescimento destes países não será suficiente. Quando a Grécia regressar ao mercado, por exemplo, deverá pagar taxas de juro próximas de 10%. Com uma dívida de 150% do PIB e um crescimento económico muito baixo, é matematicamente impossível pagar esses 10%”. Na prática, e para Wade, existem dois cenários possíveis: ou estas economias continuam a ser altamente apoiadas durante bastante tempo ou têm de sair da zona euro para resolverem os seus problemas.
Outros oradores referiram a rigidez monetária dos países periféricos da zona euro não só como o problema central a abordar daqui para a frente, mas como principal responsável pelo actual impasse. Alan Brown, chief investment officer, também concorda que é provável que se assista a uma alteração dos membros da zona euro, admitindo mesmo o fim da união monetária. “Não é assim tão raro. Desde a Segunda Guerra Mundial já foram extintas 69 uniões monetárias”, diz, embora faça questão de acrescentar que “enquanto continuar a existir vontade política, o euro continuará a existir”. O problema, segundo o economista, é que estão a ser pedidas correcções orçamentais gigantescas aos países com problemas de dívida que, segundo o próprio, poderão durar uma década. Um cenário que poderá enfraquecer a vontade política de manter a união monetária. “Temo que Portugal também tenha de passar por esse processo. Parece-me certo a seguir à Irlanda”, adiantou ao i, no final da sua intervenção.

Lógica de matilha? Nos últimos meses tem sido questionado se existem realmente razões para a subida asfixiante das taxas de juro, tendo sido referido por alguns economistas que se trata de uma onda especulativa de investidores que estão a ganhar muito dinheiro com a crise. Massimo Tosato, vice-presidente da Schroders, admite que alguns investidores têm lucrado, mas não aceita que seja esse o problema. “Fazemos dinheiro onde vemos que é possível. A especulação não é o problema. O problema são os desequilíbrios orçamentais. Simplesmente há quem esteja a aproveitar isso para fazer dinheiro”, afirmou ao i, à margem da conferência.

Recuperação e guerra de divisas Os cortes radicais nas taxas de juro e a inundação do mercado com liquidez podem ter prevenido uma recessão mais profunda, mas não deram origem a uma recuperação sólida como se chegou a esperar. Actualmente, com os estados a cortarem no investimento e as famílias mais avessas a gastar, de onde virá o crescimento? Para Keith Wade, terão de ser as empresas a puxar pela economia. E têm condições para o fazer. O economista-chefe da Schroders referiu que os lucros das empresas têm disparado, principalmente devido a um pico de rentabilidade, sustentado nos ajustes de custos que a crise obrigou a fazer, nomeadamente com pessoal. “Esperamos que as empresas voltem a contratar. É um processo que já está a acontecer.”
Durante a sua intervenção, o economista adiantou que não espera uma subida das taxas de juro nos EUA e na zona euro durante 2011, nem que se confirme um cenário de nova recessão. No entanto, expressou bastantes dúvidas em relação à estratégia do governo norte-americano de injectar uma nova enorme quantidade de liquidez no mercado, que terá como consequência a desvalorização do dólar, beneficiando as exportações dos EUA. Uma intenção que a administração Obama tem negado. “É uma treta quando dizem que não é para o dólar. É para o dólar. Se os EUA desvalorizarem a moeda, será muito difícil para a China manter o yuan subvalorizado. Se não o deixarem valorizar, terão problemas de inflação e criação de bolhas. Parece-me que assistiremos a uma valorização progressiva [da moeda chinesa].”
http://www.ionline.pt/conteudo/89322-po ... cinco-anos




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Re: Portugal fora do Euro?

#138 Mensagem por P44 » Sáb Nov 20, 2010 2:35 pm

Dificuldades de acesso ao crédito vão aumentar
Economia portuguesa está a abrandar há quatro meses consecutivos

19.11.2010 - 13:30 Por Raquel Almeida Correia

Dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal revelam que o indicador que mede a evolução da actividade económica está a cair desde Junho.

O Indicador Coincidente Mensal registou, em Outubro, o quarto mês de abrandamento, com uma queda homóloga para os 0,7 pontos, quando, em Junho, se encontrava em 1,5 pontos, depois de crescimentos iguais em Abril e Maio.

A actividade económica está a ser influenciada por uma diminuição do ritmo de crescimento do consumo privado, que, apesar de ter subido 0,1 por cento em Outubro, de acordo com o Banco de Portugal (BdP), revelou uma quebra face ao mês anterior, altura em que cresceu 0,7 por cento.

Os Indicadores de Conjuntura, divulgados hoje, apontam, ainda, para uma deterioração do acesso ao crédito até ao final do ano.

Os bancos inquiridos pelo BdP “antecipam critérios mais restritivos na concessão de empréstimos a sociedades não financeiras (em menor grau no segmento dos empréstimos a particulares)” para o último trimestre de 2010, refere o relatório.

Também do lado da procura de crédito “é esperada uma ligeira diminuição, tanto nos empréstimos por parte das sociedades não financeiras, como nos empréstimos por parte de particulares (sobretudo nos empréstimos para a aquisição de habitação””, acrescenta.

O BdP, liderado por Carlos Costa, explica que as causas para o aumento das restrições no recurso ao crédito bancário está ligado à “deterioração das condições de acesso a financiamento de mercado e da posição de liquidez dos bancos”, bem como “às expectativas quanto à evolução da actividade económica em geral”.

O relatório conclui, por isso, que é de prever um “aumento generalizado dos spreads aplicados, com especial incidência sobre os empréstimos de maior risco”.
http://economia.publico.pt/noticia/econ ... os_1467094




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Re: Portugal fora do Euro?

#139 Mensagem por FoxTroop » Sáb Nov 20, 2010 8:01 pm

P44 escreveu:
Esses países periféricos não tem as vantagens de baixos juros e longos prazos para sustentar a sua dívida pública.

Se tivesse um título de divida pública bancado pela UE e evitasse que países fossem avaliados individualmente em relação ao risco resolveria esse problema e é necessário para estabilidade de uma moeda unica. Porém não existe e não ter perspectiva que os grandes realmente queiram esse tipo de solução por que leva a renegar a soberania fiscal. O que saiu foi um fundo que está mais para FMI europeu do que símbolo da integração econômica e solidariedade entre os membros do UE. Sem a solução mais profunda a política da UE vai ser continuar apagando incêndios sem resolver de fato os problemas e cada país mais fraco é um chamariz para ataques especulativos.
perfeitamente de acordo.

A vantagem dos países de Leste é que não aderiram ao Euro e têm moeda própria, nesse aspecto foram mais inteligentes.
Bem, é verdade que eles não estão no €, mas também é verdade que estão a fazer tudo para entrarem nele, por isso...... Penso que se não estivessemos entrado na CEE e no € agora estariamos na PEE (Penuria Economica Extrema). Vê a Islandia, a Hungria, os países balticos, etc, etc.....




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Re: Portugal fora do Euro?

#140 Mensagem por P44 » Seg Nov 22, 2010 4:05 pm

coitados dos países de leste :shock: ainda vão chorar pelos tempos em que eram satélites da URSS :twisted:


(eu pelo menos choro por esses tempos...) 8-]




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Re: Portugal fora do Euro?

#141 Mensagem por manuel.liste » Ter Nov 23, 2010 8:59 am

La prensa anglosajona quiere romper el euro, porque eso beneficiará a los EUA y al Reino Unido. A Alemania solo le interesa un euro más débil, y en eso España está de acuerdo

España se va a mantener firmemente dentro del euro, y Portugal debería hacer lo mismo. En septiembre hemos conseguido por primera vez superavit comercial con la Zona Euro, y superavit con Francia, Portugal, Italia, Reino Unido, Suiza, Grecia, Polonia y Turquía. Eso demuestra que nuestra economía es cada vez más competitiva en Europa

Ya pueden decir lo que quieran de España ahí fuera, que peores situaciones hemos superado




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Re: Portugal fora do Euro?

#142 Mensagem por manuel.liste » Ter Nov 23, 2010 9:30 am

Y quiero decir otra cosa: me parece una broma que los inversores desconfíen más de Portugal y de España que de Corea del Sur, cuyo territorio ha sido bombardeado esta madrugada por una potencia nuclear (Corea del Norte)

Si los inversores son idiotas y no saben quién merece confianza, es su problema. Más pronto que tarde descubrirán que nuestra Península finalmente no se hundirá en el Océano. Yo estoy completamente tranquilo y confiado en el futuro de mi país 8-]




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Re: Portugal fora do Euro?

#143 Mensagem por tflash » Ter Nov 23, 2010 11:13 am

Isto vai passar. Mas com esta instabilidade ficam para trás os direitos adquiridos e o aumento de nível de vida que é normal. Aí em Espanha também não ouve aumentos de salários, pois não?




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Re: Portugal fora do Euro?

#144 Mensagem por manuel.liste » Ter Nov 23, 2010 11:56 am

Ouve queda do salário dos funcionários públicos, mas no sector privado a queda foi de empregos, não de salários




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Re: Portugal fora do Euro?

#145 Mensagem por tflash » Ter Nov 23, 2010 12:00 pm

aqui, no privado ouve uns aumentos simbólicos e não foi para todos. Por lei, desde o tempo da ditadura, é proibido baixar o salário a um trabalhador privado. Este governo fala em revogar a lei.

Espero que não dê em nada, já que eles só vão ficar no governo mais um 6 ou 7 meses.




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Re: Portugal fora do Euro?

#146 Mensagem por manuel.liste » Ter Nov 23, 2010 12:50 pm

A oposição do PP em Espanha teria hojem maioría absoluta. Ficam 16 meses para as elecções.




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Re: Portugal fora do Euro?

#147 Mensagem por tflash » Ter Nov 23, 2010 12:58 pm

O PSD também. Por lei, o presidente não pode dissolver o parlamento quando falta pouco para as eleições presidenciais. Agora depois de ele ser reeleito, já pode. E a não ser que o Sócas descubra o segredo da fissão nuclear para fins comerciais ou motores que funcionem a vinho, É uma dupla vitória para o PSD em 2011.




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Re: Portugal fora do Euro?

#148 Mensagem por Bourne » Ter Nov 23, 2010 1:17 pm

P44 escreveu:coitados dos países de leste :shock: ainda vão chorar pelos tempos em que eram satélites da URSS :twisted:


(eu pelo menos choro por esses tempos...) 8-]
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Não antes dos amigos ocidentais. Percebam que a mais o menos um ano estourou a situação na Grécia. Até agora a UE não efetivou mudanças para evitar que os países periféricos entrassem em dificuldade e fossem atacados por especuladores. O que se pede é cortar o déficit público sem considerar que cada membro encontra condições diferentes de financiamento, alguns bem menos convidativos que outros. E criou um FMI europeu que apaga incêndio. Os mesmos problemas que existiam antes da crise grega estão lá, nem a crise grega foi resolvida.




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Re: Portugal fora do Euro?

#149 Mensagem por manuel.liste » Ter Nov 23, 2010 2:19 pm

El Parlamento Europeo pide al Banco Central Europeo que compre deuda de los paises de la UE, imitando la política de QE de la Reserva Federal de los EUA

http://www.eleconomista.es/flash/notici ... -Fed-.html

Me uno a la petición :D




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Re: Portugal fora do Euro?

#150 Mensagem por Bourne » Ter Nov 23, 2010 2:57 pm

Está operando no mercado e impulsionando a especulação. Quem tem agir é a autoridade fiscal e não monetária. Como não tem autoridade fiscal central que banque o problema e use o peso da UE para evitar a especulação não adianta muito.




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