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Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sex Set 03, 2010 1:16 am
por Francoorp
Bourne escreveu:
Francoorp escreveu:pode até ser Bourne, mas o PDF ali é um documento interno, talvez estejam querendo parar os Yankees de uma vez por todas... sei não!
Não. Ao contrário. Só interessa mudar o sistema quando se perde o controle para outros. Porém os outros podem ter uma visão bem diferentes e novos planos. :roll:

Então podem estar perdendo terreno para os Chinas... estão perdendo terreno sim mas não creio fim a este ponto.Mas como o senhor disse antes, quando o poder passar para os chinas serão eles que não vão aceitar uma moeda internacional... novos patrões, so isso. :cry:

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Sex Set 03, 2010 10:35 am
por Bourne
Se pensar bem não há por que os emergentes aceitarem. Olhe o esforço que o Brasil faz para o real ser uma moeda aceita internacionalmente. Na teoria o discurso é um. Na prática é outro.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 11:54 am
por rodrigo
Dois anos de crise "neoliberal"

"Tudo o que você vê, ouve, e lê na mídia esquerdosa ainda são acusações à insana desregulação liberal dos mercados e lamurientos relatos da ganância republicana. Está mais que na hora de você endireitar, desculpe, corrigir essa visão"

Dois anos desde o começo da crise econômico-financeira mundial com epicentro na farra imobiliária dos Estados Unidos, e tudo o que você vê, ouve, e lê na mídia esquerdosa ainda são acusações à insana desregulação liberal dos mercados e lamurientos relatos da ganância republicana.

Está mais que na hora de você endireitar, desculpe, corrigir essa visão. Aos fatos históricos! Na origem de todos eles, você encontrará rastros da demagogia populista dos democratas, capazes de matar de inveja o paternalismo lulista e o 'maternalismo' dilmista.

Tudo começa nos anos 70 com o presidente Jimmy Carter sancionando a Lei de Reinvestimento Comunitário, que força os bancos a afrouxarem suas exigências e multiplicarem seus empréstimos imobiliários a clientes cuja capacidade de pagamento é, no mínimo duvidosa.

Cerca de 20 anos depois, Bill Clinton acha pouco e dobra essas benesses com chapéu alheio admitindo à festa um número ainda maior de prováveis inadimplentes. Sua attorney-general (ministra da Justiça), Janet Reno, ameaça processar os bancos que ousem negar empréstimos a mutuários cuja renda claramente os impossibilita de honrar seus compromissos.

Tampouco dá para esquecer outros três personagens dessa farsa financeira, todos, é claro, democratas de carteirinha. O vigarista Franlin Raines, a quem Clinton entrega o comando da agência federal de refinanciamento hipotecário Fannie Mae, assume uma montanha de empréstimos bancários podres e falsifica os relatórios da agência, o que lhe permite embolsar mais de US$ 90 milhões a título de bonificações por desempenho (Erenice, poor thing, você é primária!...)

O senador Chris Dodd, de Connecticut, e o deputado Barney Frank, de Massachusetts, poderosos presidentes, respectivamente, da Comissão de Finanças do Senado e da Comissão de Bancos da Câmara dos Representantes, desautorizam as medidas do presidente e bode expiatório de estimação das esquerdas mundiais George W. Bush e as iniciativas da bancada republicana no sentido de estancar a hemorragia da Fannie Mae e da sua agência-irmã Freddie Mac e punir seus dirigentes corruptos. Também, pudera: Dodd ganha de mão beijada um suculento empréstimo de banco associado a ambas. Desnecessário, também, é dizer que ele e Frank têm seus fundos de campanha generosamente irrigados com contribuições de Freddie & Fannie.

Por último, mas não em último, o companheiro Barack Obama não poderia faltar à lambança: primeiro, na qualidade de advogado da ONG picareta Acorn, ele entope os tribunais com ações contra os bancos temerosos de continuar hipotecando à clientela caloteira. Depois, já senador por Illinois, Obama engrossa a operação-abafa de Dodd-Frank para neutralizar investigações do Congresso e da Casa Branca destinadas a responsabilizar os chefões da Fannie e do Freddie.

O leitor-ouvinte-telespectador-internauta disposto a saber mais sobre a verdadeira origem dos males passados, presentes e, fatalmente, futuros (veja-se como o pânico antecipado do contribuinte pelos trilhões do US Treasure gastos nos dois últimos anos com terapias neokeynesianas dificulta a recriação de empregos e a saída da recessão) causados pela irresponsabilidade fiscal Democrata à economia americana - e, em razão do peso internacional desta, ao mundo inteiro - precisa reciclar seus hábitos midiáticos, permitindo-se ao menos conhecer publicações inteligentes como a revista quinzenal National Review, fundada em 1955 pelo patriarca do conservadorismo na América do século 20, William F. Buckley Jr., falecido em 2008; seu movimentado sítio National Review On Line (NRO); e organizações cívico-educacionais não-conformistas como a http://www.uscitizensassociation.com, de onde retirei as informações para este artigo.

Ao leitor sem medo, boa leitura, boa reflexão e adeus, preguiça intelectual!



Paulo Kramer é cientista político, com doutorado pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), e professor licenciado do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (Ipol/UnB). Mantém conta no Twitter em homenagem aos pensadores liberais Alexis de Tocqueville e Max Weber.

http://congressoemfoco.uol.com.br/notic ... blicacao=6

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 11:57 am
por P44
logo vi que a culpa era dos comunazzzz, os ultra-liberais (tadinhos!) são uns santos.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 2:18 pm
por suntsé
Este provavelmente será o meu unico post nesse topico,

Quando alguem me fala que os EUA esta em decadencia, eu fico com vontade de dar risada, não porque eu seja simpatico aos EUA, porque eu não gosto deles. Mas porque eu acho que estas pessoas não estão inteiradas da realidade.

Os EUAtem uma economia de 14 TRILÔES DE DOLARES. E A SEGUNDA ECONOMIA DO MUNDO TEM UM PIB DE 5 TRILHÕES EM MEDIA, Isto é tudo.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 2:20 pm
por Dorfus
suntsé escreveu:Este provavelmente será o meu unico post nesse topico,

Quando alguem me fala que os EUA esta em decadencia, eu fico com vontade de dar risada, não porque eu seja simpatico aos EUA, porque eu não gosto deles. Mas porque eu acho que estas pessoas não estão inteiradas da realidade.

Os EUAtem uma economia de 14 TRILÔES DE DOLARES. E A SEGUNDA ECONOMIA DO MUNDO TEM UM PIB DE 5 TRILHÕES EM MEDIA, Isto é tudo.
Agora ve a taxa de crescimento anual de ambas e faça uma conta simples.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 2:32 pm
por PRick
rodrigo escreveu:Dois anos de crise "neoliberal"

"Tudo o que você vê, ouve, e lê na mídia esquerdosa ainda são acusações à insana desregulação liberal dos mercados e lamurientos relatos da ganância republicana. Está mais que na hora de você endireitar, desculpe, corrigir essa visão"

Dois anos desde o começo da crise econômico-financeira mundial com epicentro na farra imobiliária dos Estados Unidos, e tudo o que você vê, ouve, e lê na mídia esquerdosa ainda são acusações à insana desregulação liberal dos mercados e lamurientos relatos da ganância republicana.

Está mais que na hora de você endireitar, desculpe, corrigir essa visão. Aos fatos históricos! Na origem de todos eles, você encontrará rastros da demagogia populista dos democratas, capazes de matar de inveja o paternalismo lulista e o 'maternalismo' dilmista.

Tudo começa nos anos 70 com o presidente Jimmy Carter sancionando a Lei de Reinvestimento Comunitário, que força os bancos a afrouxarem suas exigências e multiplicarem seus empréstimos imobiliários a clientes cuja capacidade de pagamento é, no mínimo duvidosa.

Cerca de 20 anos depois, Bill Clinton acha pouco e dobra essas benesses com chapéu alheio admitindo à festa um número ainda maior de prováveis inadimplentes. Sua attorney-general (ministra da Justiça), Janet Reno, ameaça processar os bancos que ousem negar empréstimos a mutuários cuja renda claramente os impossibilita de honrar seus compromissos.


http://congressoemfoco.uol.com.br/notic ... blicacao=6

Esses bobalhões quando começam a fazer política, acabam com esse tipo de texto vagabundo, que ofende a inteligência alheia.

Primeiro, a crise não é só dos EUA, mas de todos os países desenvolvidos, então não dá para culpar somente um governo.

Segundo, a crise não é só imobiliária ou financeira, mas nos EUA em muito foi agravada por um fato que, isoladamente, é o que desencadeiou ou pelo menos serviu como catalizador dela nos EUA, a Invasão do Iraque.

Depois é interessante tentar culpar governos antes de George W Bush, porque, se eles tomaram medidas erradas, o Bush Filho poderia ter consertado, porém, nada fez.

Outra falácia boba é achar que a falta de regulamentação do setor financeiro fosse apenas uma bandeira dos partidos políticos dos EUA, quer democrata, quer republicanos, isso é algo que habita o imaginário médio do cidadão norte-americano, a ideologia do mundo livre, da livre iniciativa, do empreendedorismo, etc..

Livre mercado não é sinômimo de falta de regulamentação ou ausência de controle. Isso é coisa de gente acéfala. É por isso que a crise pode ser considerada fruto do neoliberalismo, não por conta de um governo, mas pela idéia de que o mercado não deve ser regulado ou controlado.

[ ]´s

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 2:40 pm
por suntsé
Dorfus escreveu:
suntsé escreveu:Este provavelmente será o meu unico post nesse topico,

Quando alguem me fala que os EUA esta em decadencia, eu fico com vontade de dar risada, não porque eu seja simpatico aos EUA, porque eu não gosto deles. Mas porque eu acho que estas pessoas não estão inteiradas da realidade.

Os EUAtem uma economia de 14 TRILÔES DE DOLARES. E A SEGUNDA ECONOMIA DO MUNDO TEM UM PIB DE 5 TRILHÕES EM MEDIA, Isto é tudo.
Agora ve a taxa de crescimento anual de ambas e faça uma conta simples.
Independente da taxa de crescimento, a segunda aconomia do mundo vai prescizar de decadas para alcançar aquele PIB mostruoso.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Ter Set 21, 2010 3:37 pm
por P44
viu-se o bem que a "auto-regulação" do mercado fez.

qto a comparação EUA-China encontrei isto:

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interessantes gráficos de
http://translate.google.pt/translate?hl ... omparison/

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qua Set 22, 2010 3:11 pm
por Francoorp
Uau que massa!! Bravo!! :wink: 8-]

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qua Set 22, 2010 3:12 pm
por Francoorp
Projeto de usar moedas próprias entre os Brics vai ser retomado

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Proposta, que nunca saiu do papel, pode dar maior estabilidade às moedas dos países emergentes no comércio entre si

Jamil Chade


Diante da ameaça de uma guerra de moedas, o Brasil vai retomar o projeto de usar moedas nacionais para operações de comércio exterior com os países do Bric, grupo que reúne Rússia, China e Índia, além do próprio Brasil. A primeira tentativa será com a Rússia, e pode servir para dar maior estabilidade aos valores das moedas dos países emergentes no comércio entre si.

Para garantir a competitividade de cada economia, governos vêm dando sinais de que não hesitarão em manipular suas moedas e evitar uma sobrevalorização de algumas delas diante do dólar. O problema é que esses sinais têm afetado o setor privado diante da volatilidade do dólar. No caso do uso da moeda local, a estimativa do Brasil é de que pelo menos uma dimensão dessa volatilidade – o uso do dólar – seria superada.

Segundo o embaixador do Brasil em Moscou, Carlos Paranhos, o tema será tratado numa negociação entre os bancos centrais dos dois países no início de outubro, no Rio. “Vamos recolocar o assunto na agenda e tentar um relançamento da ideia.”

Apesar do anúncio pomposo feito há um ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos demais presidentes dos Bric sobre a utilização de moedas nacionais nas exportações, o projeto sofreu atrasos e nunca saiu do papel. Agora, a ideia é retirar o projeto da gaveta.

No caso de Moscou, a resistência veio do próprio governo, que não aceitou a proposta brasileira de que os bancos centrais atuariam como casas de compensação entre as economias. Os BCs agora vão tentar estudar outras formas de garantir a transação.

A princípio, o sistema funcionaria com exportadores russos recebendo em rublos do BC russo por bens vendidos no Brasil. O dinheiro ao BC de Moscou chegaria pelo BC brasileiro, que por sua vez receberia o dinheiro em real de um importador brasileiro. O mesmo ocorreria do lado oposto, permitindo que os BCs atuassem como caixas de compensação. Para Moscou, o uso do BC como intermediário de todas as operações não funcionaria nem seria desejável.

Impacto positivo. Para o governo brasileiro, a medida poderia ter impacto positivo para as exportações. Segundo Paranhos, 60% das exportações de carne do Brasil vão para a Rússia. Em 2008, o comércio bilateral havia atingido US$ 8 bilhões, mas caiu para pouco mais de US$ 4,5 bilhões em 2009 com a crise e com a contração da economia russa. Para 2010, Paranhos acredita que o volume de comércio volte a US$ 6 bilhões.

O uso de moedas nacionais poderia dar nova confiança ao setor privado, segundo o governo. Mas o projeto do uso da moeda nacional enfrenta problemas também com outros parceiros emergentes. Um deles é a competitividade. Setores industriais no Brasil temem que os chineses possam se aproveitar do acordo de comércio na moeda local para aumentar ainda mais suas vendas ao mercado nacional. Nos últimos anos, o Brasil vem adotando várias medidas de restrição às importações chinesas.

Outro problema é o impacto que acordos de substituição do dólar teriam para o próprio valor da moeda. Os quatro países do Bric contam com reservas de US$ 2,7 trilhões, e uma perda de credibilidade do dólar afetaria as próprias reservas.

Fonte: Estadão via CCOMSEX via Plano Brasil.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qua Set 22, 2010 6:53 pm
por Bourne
Esperado. 8-]

Se é possível pagar as contas externas (importação e empréstimos) com a própria moeda. Manter grandes reservas em moedas de países centrais (no caso os EUA) perde sentido.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qua Set 22, 2010 7:05 pm
por Francoorp
Bourne escreveu:Esperado. 8-]

Se é possível pagar as contas externas (importação e empréstimos) com a própria moeda. Manter grandes reservas em moedas de países centrais (no caso os EUA) perde sentido.
Viu a noticia sobre as reservas nacionais em moeda estrangeira... dollar pra ser preciso, 270 BI... acho pouco, pra mim estávamos a uns 400-500BI...

http://pbrasil.wordpress.com/2010/09/22 ... us-270-bi/

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qui Set 23, 2010 12:38 am
por Bourne
Essa montanha de reservas é uma aberração para fazer frente a outra relacionada a excesso de dólares na economia mundial. Em si manter reservas é caro. Quando o país tem acesso a própria moeda pode se livrar ou minimizar esse entrave e, ainda, ter vantagens. Isso que o Brasil e outros como a China querem fazer. Nesse caso, ajudar a destruir a credibilidade e valor do dólar é interessante e o custo é mais que compensado pelos benefícios futuros.

Outra coisa é que observem que se o acordo sai para os BRIC acaba tendo efeitos indiretos, especialmente dois. Um que as moedas desses países começam a circular ao redor do mundo traduzido em confiança e credibilidade. O outro países menores podem se interessar em começar a usar ienes, rublos e reais para suas operações internacionais. Assim, poder negociar com moedas que não o dólar/euro não é apenas uma acordo jurídico, mas uma vantagem de fato para uma empresa produtiva ou financeira que vai optar pelas operações por que são interessantes.

Por exemplo, imaginem que o acordo para a compra de energia elétrica de Itaipú seja feita em reais e não em dólares corrigido por um índice de preços nacional. Simplesmente, a insegurança em relação ao câmbio acaba junto com a variação do custo da energia. Além do mais os reais passam a circular na economia paraguaia e as transações internacionais paraguaias podem começar a serem feitas em reais e não em dólares/euros. Assim, o Brasil trouxe um país para a sua área de influência monetária.

Re: O fim do Dollar e da Hegemonia U.S.A.

Enviado: Qui Set 23, 2010 12:53 am
por Túlio
Posso até estar errado mas li que uma das grandes reclamações paraguaias é justamente as transações todas que envolvem Itaipu serem feitas em REAIS, parece que está até no contrato ou algo assim... 8-]