FCarvalho escreveu:Corveta ou fragata, destróier ou cruzador, encouraçado, etc, etc...
Tudo nomenclatura. Alguém aqui acha mesmo que o pessoal que assina o cheque se importa mesmo com isso?
O negócio é o seguinte: custos.
A MB tem duas prioridades neste projeto:
1. Ter navios e uma esquadra pra chamar de sua.
2. Ter uma fonte de financiamento de longuíssimo prazo e que não dependa do seu minguado e sempre contingenciado orçamento para conseguir a quantidade necessária de navio.
O que vier depois disso estamos no lucro.
Essa é a ideia. Goste ou não esse ou aquele governo. Afinal, a dívida é do tesouro nacional e não das siglas.
Abs
Carvalho, ignore as nomenclaturas, pense apenas nas CAPACIDADES.
Existe uma diferença de CAPACIDADES entre o que foi projetado para as CV-03 e o que possuem as Fragatas de 3.500 a 4.000 toneladas.
Para mim é isso o que conta.
A ideia ORIGINAL da CV-03, era um projeto mais SIMPLES de modo que a indústria nacional pudesse tocar SOZINHA.
E mais barato, de modo que a MB pudesse pagar.
O índice de nacionalização seria superior a 60%, pois vários sensores e armamentos seriam importados por falta de similares nacionais.
Eu gostava MUITO disso. E sonhava com melhorias após alguns anos, aumentando ainda mais o índice de nacionalização e partindo para navios maiores, FRAGATAS após os aprendizados.
Acontece que o novo comando da MB, acredito que após uma boa análise, CONCLUIU que as indústrias nacionais e institutos da marinha NÃO TERIAM CONDIÇÕES de tocar esse projeto SOZINHOS.
Nem mesmo para uma CORVETA baseada na barroso.
E abriu uma licitação internacional pedindo AJUDA.
O índice de nacionalização caiu para 40%, sendo aceitável 30% no primeiro navio.
JÁ QUE TEREMOS AJUDA EXTERNA porque não aumentar as capacidades do navio???
A única resposta que acredito ser sensata seja CUSTO.
Pois se falar em complexidade, risco, etc não precisamos nos preocupar, afinal teremos o amparo e a ajuda de uma empresa COM MUITA EXPERIÊNCIA.
Sobre a questão CUSTO, ai vem uma segunda pergunta:
E se uma ou mais empresas oferecerem FRAGATAS de maior complexidade, deslocamento e poder militar pelo MESMO VALOR ESTIPULADO NA CONCORRÊNCIA???
Ai, para mim, não consigo enxergar motivos para não aceitar.
Oras, se teremos os mesmos níveis de participação industrial, índices de nacionalização, praticamente os mesmos CUSTOS e um produto melhor, maior, mais capaz, porque não???
Esta possibilidade no RFP foi uma sacada GENIAL da MB.
E eu acho que devemos aproveitar isso.
Novamente, repito, não é uma questão de nomenclatura, se é corveta ou fragata.
É uma questão de CAPACIDADES, afinal analise algumas Fragatas produzidas pelas empresas participantes do processo e verá as diferenças de capacidades.