Re: Novo Fuzil para o EB
Enviado: Qua Set 24, 2014 11:49 am
Fuzil reforça arsenal da polícia contra quadrilhas na RMVale
Unidades de elite das polícias Civil e Militar da RMVale já incorporaram ao seu arsenal fuzis para combater as quadrilhas responsáveis por ataques a caixas eletrônicos na região.
Em São José dos Campos, por exemplo, a equipe do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) atua com o fuzil MD97, calibre 5,56. O modelo empregado pela Força Tática da PM não foi divulgado, mas possivelmente é o 7.62. Em ambos os casos, a quantidade de armas em uso não foi detalhada por questões de segurança.
Na mira das quadrilhas, a região já soma um total de 58 ataques a caixas eletrônicos em 14 meses.
Vantagens. A precisão e o alto poder de fogo das armas são apontadas como principais vantagens. "As quadrilhas hoje usam muito o colete balístico. A submetralhadora 0.40 não atravessa o colete e agora, com a chegada dos novos armamentos, estamos numa situação completamente diferente", disse o investigador-chefe do Garra em São José, Claudio Cesar Santos.
Os fuzis MD97 podem atingir um alvo distante até 1 quilômetro. Embora o disparo perca o poder de fogo no caminho, ainda é capaz de matar. "Por isso o treinamento dos policiais é tão rigoroso e temos que ter o aproveitamento de 100% dos tiros. São os chamados tiros cirúrgicos", disse o investigador-chefe.
Santos afirmou que a munição escolhida para o uso da Polícia Civil, chamada de soft-point, não transfixa (atravessa) os alvos. "Se eu acertar um marginal, a bala vai penetrar o seu corpo e parar. Não tem poder de atravessar, o que seria um risco de bala perdida.”
O treinamento para o uso dos fuzis MD 97 é feito na capital, dura uma semana e, ao final, é feita uma prova que exige 100% de acerto aos alvos. Em média, cada policial realiza entre 500 e 600 disparos.
Para simular situações extremas, cada policial dedica parte de seu treino com sua mão mais fraca. "Se ele é destro, vai treinar uma parte do curso apenas com a mão esquerda e vice-versa. A intenção é prepará-lo para uma situação de ser preciso disparar quando ferido", disse Santos.
PM. Já o treinamento no CPI-1 (Comando de policiamento do Interior) é divido em três fases e três dias. Na primeira etapa, os policiais aprendem a montar e a desmontar a arma e têm noções sobre todas as peças que compõem o equipamento.
Na segunda fase, são efetuados disparos em alvos fixos.
Na terceira e última etapa, os policiais simulam situação real, onde há pessoas e movimentação de alvos.
Precisão e poder de fogo são diferenciais
São José dos Campos
Duas são as diferenças entre o fuzil MD97 e as submetralhadoras 0.40, até então utilizadas pela Polícia Civil em situações extremas: precisão e poder de fogo.
"As submetralhadoras não têm precisão. Podem ser usadas para conter diversos bandidos ao mesmo tempo, mas não contam com mira de qualidade, diferente dos fuzis, com cano forte, que não balançam. Você mira no peito e não tem jeito: acerta", disse o especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho.
Silva Filho reconhece o risco de os fuzis circularem em áreas urbanas.
"O fato é que os criminosos há muito tempo circulam pelas vias em ações usando fuzis e eles não estão preocupados com a vida dos civis. Resta à polícia se preparar adequadamente e equipar seus homens à altura", afirma.
O analista criminal Guaracy Mingard prega cautela. "Fuzil em áreas urbanas é complicado. Pode matar alguém a 1 quilômetro. Os fuzis podem ajudar, mas é preciso cautela."
http://www.ovale.com.br/nossa-regi-o/fu ... e-1.506649
Unidades de elite das polícias Civil e Militar da RMVale já incorporaram ao seu arsenal fuzis para combater as quadrilhas responsáveis por ataques a caixas eletrônicos na região.
Em São José dos Campos, por exemplo, a equipe do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) atua com o fuzil MD97, calibre 5,56. O modelo empregado pela Força Tática da PM não foi divulgado, mas possivelmente é o 7.62. Em ambos os casos, a quantidade de armas em uso não foi detalhada por questões de segurança.
Na mira das quadrilhas, a região já soma um total de 58 ataques a caixas eletrônicos em 14 meses.
Vantagens. A precisão e o alto poder de fogo das armas são apontadas como principais vantagens. "As quadrilhas hoje usam muito o colete balístico. A submetralhadora 0.40 não atravessa o colete e agora, com a chegada dos novos armamentos, estamos numa situação completamente diferente", disse o investigador-chefe do Garra em São José, Claudio Cesar Santos.
Os fuzis MD97 podem atingir um alvo distante até 1 quilômetro. Embora o disparo perca o poder de fogo no caminho, ainda é capaz de matar. "Por isso o treinamento dos policiais é tão rigoroso e temos que ter o aproveitamento de 100% dos tiros. São os chamados tiros cirúrgicos", disse o investigador-chefe.
Santos afirmou que a munição escolhida para o uso da Polícia Civil, chamada de soft-point, não transfixa (atravessa) os alvos. "Se eu acertar um marginal, a bala vai penetrar o seu corpo e parar. Não tem poder de atravessar, o que seria um risco de bala perdida.”
O treinamento para o uso dos fuzis MD 97 é feito na capital, dura uma semana e, ao final, é feita uma prova que exige 100% de acerto aos alvos. Em média, cada policial realiza entre 500 e 600 disparos.
Para simular situações extremas, cada policial dedica parte de seu treino com sua mão mais fraca. "Se ele é destro, vai treinar uma parte do curso apenas com a mão esquerda e vice-versa. A intenção é prepará-lo para uma situação de ser preciso disparar quando ferido", disse Santos.
PM. Já o treinamento no CPI-1 (Comando de policiamento do Interior) é divido em três fases e três dias. Na primeira etapa, os policiais aprendem a montar e a desmontar a arma e têm noções sobre todas as peças que compõem o equipamento.
Na segunda fase, são efetuados disparos em alvos fixos.
Na terceira e última etapa, os policiais simulam situação real, onde há pessoas e movimentação de alvos.
Precisão e poder de fogo são diferenciais
São José dos Campos
Duas são as diferenças entre o fuzil MD97 e as submetralhadoras 0.40, até então utilizadas pela Polícia Civil em situações extremas: precisão e poder de fogo.
"As submetralhadoras não têm precisão. Podem ser usadas para conter diversos bandidos ao mesmo tempo, mas não contam com mira de qualidade, diferente dos fuzis, com cano forte, que não balançam. Você mira no peito e não tem jeito: acerta", disse o especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho.
Silva Filho reconhece o risco de os fuzis circularem em áreas urbanas.
"O fato é que os criminosos há muito tempo circulam pelas vias em ações usando fuzis e eles não estão preocupados com a vida dos civis. Resta à polícia se preparar adequadamente e equipar seus homens à altura", afirma.
O analista criminal Guaracy Mingard prega cautela. "Fuzil em áreas urbanas é complicado. Pode matar alguém a 1 quilômetro. Os fuzis podem ajudar, mas é preciso cautela."
http://www.ovale.com.br/nossa-regi-o/fu ... e-1.506649