Túlio escreveu: Sáb Fev 22, 2025 4:17 pm
De cima para baixo:
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Os únicos caças que vi foram os F-16, e para receberem F-35, além de MiGs e Sukhoys que nem eram mais usados mesmo, tava tudo encostado a apanhar ferrugem;
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De novo, os helis que vi eram todos da era soviética e fora de uso, até Portugal tentou empurrar uns Mi que estavam tão deteriorados que os caras parece que recusaram;
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Nos MBT despiora um pouco, alguns Challenger, várias versões de Leo2 e nem todos eram excedentes, até Portugal conseguiu botar
TRÊS da sua frota (que estava parada porque o António esqueceu de comprar peças
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) a andar e mandou; mas o grosso, outra vez, foi composto por carros da era soviética, sendo que grande parte estava parada e sem manutenção havia muitos anos;
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IFV, junto com um número de carros da segunda linha como as versões antigas do Marder, tambem foi coisa boa que queriam testar, como o CV90: testaram mesmo
O resto (maior parte), como de costume, era ex-URSS;
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Artilharia AR, além dos 105 que logo viraram fumaça e peças soviéticas encostadas por décadas, o que eu nunca vou esquecer é da cara do cheirenski quanto o António tentou empurrar-lhe os M114...
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Artilharia AP sim, a
URSSE mandou, além de muita coisa ex-URSS, uns bichinhos endiabrados como o Caesar, claro que pelo cobiçado status de
Combat Proven, e fizeram bonito, mesmo com as perdas que tiveram, que não foram culpa das peças nem das guarnições;
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Não sei de um só modelo europeu ocidental de MLRS que tenha andado na Ucrânia, o grosso, só pra variar, foi ex-URSS, com alguma coisa americana junto pra variar;
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Na DA discordo dos números, os russos destruíram mais do que isto e a Ucrânia continua tendo o bastante para forçar a aviação russa a só atirar a partir de seu próprio território.
Por esta trabalheira que me deste, manda-me dois garrafões disto que andas a tomar; se for
DE FUMAR ![[089]](./images/smilies/089.gif)
eu dispenso, que agora eu sou puliça e não posso mais cometer crimes, pior ainda se TRANSNACIONAIS!
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Eles gostam de se convencer de que ajudaram mais a Ucrânia do que os americanos.
Aliás, a lista está errada. Os EUA forneceram 3 baterias Patriot e outras coisas a mais nessa lista.
https://www.state.gov/bureau-of-politic ... th-ukraine
Está mais do que claro que, em quase todas as métricas, os EUA foram o país que mais contribuiu individualmente, então, perder seu maior contribuidor, não fará a Ucrânia conseguir aguentar a mesma intensidade da guerra que conseguiu até aqui, ainda mais por motivos de que a maior ajuda da Europa para a Ucrânia até o ano passado, foram de sistemas soviéticos que estavam se acumulando nos estoques e armazenamentos dos países europeus. O que a Europa conseguir daqui para a frente enviar para a Ucrânia será realmente a sua capacidade industrial de permitir a Ucrânia continuar na resistência, quanto a isso, a cadência industrial da Europa é muito menor do que os EUA.
https://www.ifw-kiel.de/topics/war-agai ... t-tracker/
https://www.ukraineoversight.gov/Funding/
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_m ... ainian_War
Os exércitos europeus mal conseguem se sustentar.
Para executar implantações estendidas, normalmente é necessária uma proporção de unidade de 1:3. Para cada unidade implantada, são necessárias três no total. Uma implantada e fazendo o trabalho, uma se preparando para implantar em breve o suficiente para substituir a que está atualmente implantada, e uma que acabou de ser substituída e não vai a lugar nenhum tão cedo.
Para colocar esse número em perspectiva, o Exército ativo dos EUA tem 31x brigadas de manobra no total. Toda a OTAN junta, sem reservas ativas, provavelmente nem tem 75x brigadas de manobra.
É por isso que os números reais mencionados para enviar para a Ucrânia são apenas ~40-50.000, muito menos, pois isso exigiria que os países participantes precisassem de apenas ~9 brigadas de manobra mobilizadas por vez, o que exigiria 27x no total.
O que significa que os militares da UE não estão fazendo nada no futuro previsível, além de se deslocarem em força para a Ucrânia, deslocamento após deslocamento após deslocamento. O que também é extremamente caro e desmoralizante para as tropas, então isso provavelmente significa grandes aumentos no recrutamento.
Esse problema também é o motivo pelo qual os EUA não contribuem para a manutenção da paz na Ucrânia e até querem sair dos assuntos europeus da OTAN o máximo possível, seria impossível dissuadir efetivamente a China, enquanto também estão comprometidos com a Europa. No momento, os americanos fornecem 5 brigadas envolvidas com a Europa, 2 estão permanentemente estacionadas lá, que enviam parte de seus batalhões para a Europa Oriental, e outras 3 brigadas de manobra são rotacionadas do CONUS e são enviadas para a Europa Oriental.
Além disso, o Exército dos EUA tem compromissos de implantação de brigadas de manobra para a Síria, Iraque-Kuwait, Coreia do Sul, bem como compromissos de nível de batalhão em todo o mundo. Os compromissos de implantação são tão onerosos que, apesar da Guerra ao Terror ter acabado há anos, a Guarda Nacional ainda está ativada e regularmente implantando no exterior, porque o serviço ativo não pode fazer dar conta disso tudo sozinho.
Isso ainda nem conta no assunto dos cortes que o Exército pode sofrer que afetaria ainda mais o deployment:
https://www.stripes.com/theaters/europe ... 66249.html
The strategy targets both the Army’s active-duty cohort and the National Guard and calls for deactivation of four Stryker brigades, six infantry brigades and two aviation brigades.
E a Europa está em muito - muito pior do que os EUA em termos de força. A Alemanha mal consegue sustentar um único batalhão na Europa Oriental, o prazo para conseguir implantar uma brigada é só em 2027. A única "divisão" blindada britânica é, na verdade, apenas uma única brigada blindada. Os franceses se quebraram apenas fazendo sua operação expedicionária no Mali e tiveram que ser logisticamente socorridos pelos EUA.