Fórum Defesa Brasil

LeandroGCard escreveu:

WalterGaudério escreveu:Ainda sobre a reunião finalizada agora a pouco em Brasília.

Parece que a coisa volta a afunilar entre França e Inglaterra e correndo por fora Alemanha.
Navios de segunda mão atualmente de posse dessas armadas, mas com saída de serviço programada para a partir de 2020, vão ser o fiel da balança, junto com o financiamento externo.

A França parece inclinada a oferecer uma proposta de baixa em 2 unidades classe La Fayette para 2018.
A RN estaria propensa a dar baixa em 2019 a 2 ou 3 T 23(que tb estariam sendo cogitadas pela ACh e pela Marinha da Bulgaria), sendo o fiel da balança para o governo Inglês a encomenda em seus estaleiros de unidades do tipo T 26.
A Bundesmarine estaria tb inclinada a repassar 3 navios classe 124 caso seus estaleiros recebam encomendas de navios Classe 125/ARGE 125 Export.

Todas as outras propostas seguem sob análise.

Para minha surpresa houve uma proposta de fragatas dinamarquesas classe Iver Huitfeldt(stardart Flex 6000t)

Não entendi.

Os alemães estão tentando empurrar as F-125, seus super-OPV's, para nós, ou estão aguardando/contando com encomendas para a marinha deles?

WalterGaudério escreveu:A MB está caindo numa real crua.

Nunca houve "má vontade" "discriminação" ou coisa que o valha.

Mas se depender da dupla ministério do planejamento/Indústria e comércio os estaleiros da Coréia do sul podem começar a "lamber os beiços".

Pragmatismo.
Esse é o nome do jogo.

Dos ministérios do planejamento e indústria da Coréia?


Leandro G. Card

Por parte do estaleiro(Blown und Voss) houve uma proposta informal nas seguintes bases. Havendo uma compra de navios Alemães poderia haver transferência temporária de navios já em uso na Bundesmarine, ou mesmo venda. Deduzo que não se trate da Classe 122 e sim da 123.

Mas veja, se trata de uma consulta informal entre o ESTALEIRO e a MB. Coisa desse tipo só vai em frente em acordos governo-a-governo. Oficialmente não há , no momento uma oferta oficial.


Sua segunda dúvida;

Ministérios Brasileiros.

Walter ha proposta dos EUA e da Inglaterra?

WalterGaudério escreveu:Sua segunda dúvida;

Ministérios Brasileiros.

É, estamos mal mesmo .


Leandro G. Card

Se me perdoam a impertinência, comprar Escolta para escoltar O QUÊ? Escolta é o primeiro passo para a PROJEÇÃO DE PODER (são os navios que eles escoltam), vamos projetar poder sobre onde? Para quê?

Acho que vai render charla, vai dar índio me pagando que escolta vai defender a costa (e eu retrucando que avião faz isso muito melhor). Assim, SMJ, escolta sem NAe nem tem função específica. Claro, sempre SMJ...

Penguin escreveu:

faterra escreveu:Em minha opinião, as FFAA têm que ter o tamanho suficiente para a defesa do País, com os vetores e equipamentos na quantidade e qualidade necessários para a sua execução de tal forma que tenhamos um poder de dissuasão crível e eficaz. Nunca teremos e nem precisaremos de Forças semelhantes aos EUA, ou Rússia, ou China. Isto é uma loucura que existem para serem utilizadas na projeção de poder sobre outros países e impor suas hegemonias. Mas acredito e gostaria de ter Forças no nível da França/Itália/Alemanha no futuro para nossa defesa (hoje uma utopia).

A necessidade é a mãe de todas as mudanças.
Enquanto ela não for o suficientemente necessária, dificilmente mudaremos significativamente ou rapidamente alguma coisa.

Um exemplo...
A pequena Suécia de apenas 8 milhões de habitantes possuíam forças armadas enormes durante a Guerra Fria.
Desde então têm encolhido dramaticamente, pois as necessidades mudaram drasticamente.


Chart showing the size of the Swedish Armed Forces 1965-2010. Yellow = number of air wings; Blue = number of infantry regiments; Red = number of artillery regiments; Green = number of coastal artillery and amphibious regiments

Só que agora está tentando reverter esta situação. A Rússia está apavorando os países europeus.

Túlio escreveu:Se me perdoam a impertinência, comprar Escolta para escoltar O QUÊ? Escolta é o primeiro passo para a PROJEÇÃO DE PODER (são os navios que eles escoltam), vamos projetar poder sobre onde? Para quê?

Acho que vai render charla, vai dar índio me pagando que escolta vai defender a costa (e eu retrucando que avião faz isso muito melhor). Assim, SMJ, escolta sem NAe nem tem função específica. Claro, sempre SMJ...

Escoltas servem também para garantir o direito de passagem de nossos navios (ou navios de nosso interesse) militares ou civis em áreas conflagradas. Em termos de estratégia naval, não estão obrigatoriamente associadas a projetar poder mas atuam também no controle de área marítima.

Só para dar um exemplo básico: Imagine uma guerra estourando na África, no OM ou em qualquer outro lugar, e cidadãos brasileiros precisando ser retirados. Mas uma das facções ameaça estas retirada com suas forças militares. Seria função das escoltas dar cobertura a qualquer navio que fosse buscar nossos cidadãos, mesmo que estes navios de resgate em si fossem apenas cargueiros civis ou mesmo transatlânticos (claro, caso tivéssemos algum). Outro cenário seria um governo rogue em um país que dominasse algum estreito e que decretasse que nossos navios (ou navios transportando cargas nacionais) não podiam passar. Seria novamente função das escoltas garantir a passagem.

Em qualquer dos casos acima não há nenhum interesse em projetar poder sobre território algum, mas escoltas modernas e eficientes seriam necessárias. Ou poderíamos simplesmente ceder e deixar nossos cidadãos como reféns de um governo estrangeiro hostil, ou um eventual parceiro comercial na mão.

Pra dizer a verdade, estas duas últimas possibilidades são bem mais "a cara" do Brasil .


Leandro G. Card

Pior. Mas vale a pena?

Túlio escreveu:Pior. Mas vale a pena?

É claro que não.

Só se o país quiser ser respeitado, até para evitar que algum governo ou grupo radical louco por aí pense em fazer coisas deste tipo. Sabe como é, dissuasão.


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:

Túlio escreveu:Pior. Mas vale a pena?

É claro que não.

Só se o país quiser ser respeitado, até para evitar que algum governo ou grupo radical louco por aí pense em fazer coisas deste tipo. Sabe como é, dissuasão.


Leandro G. Card

Desculpes, cupincha, ia responder mas o FATERRA chegou primeiro.

LeandroGCard escreveu:

Túlio escreveu:Se me perdoam a impertinência, comprar Escolta para escoltar O QUÊ? Escolta é o primeiro passo para a PROJEÇÃO DE PODER (são os navios que eles escoltam), vamos projetar poder sobre onde? Para quê?

Acho que vai render charla, vai dar índio me pagando que escolta vai defender a costa (e eu retrucando que avião faz isso muito melhor). Assim, SMJ, escolta sem NAe nem tem função específica. Claro, sempre SMJ...

Escoltas servem também para garantir o direito de passagem de nossos navios (ou navios de nosso interesse) militares ou civis em áreas conflagradas. Em termos de estratégia naval, não estão obrigatoriamente associadas a projetar poder mas atuam também no controle de área marítima.

Só para dar um exemplo básico: Imagine uma guerra estourando na África, no OM ou em qualquer outro lugar, e cidadãos brasileiros precisando ser retirados. Mas uma das facções ameaça estas retirada com suas forças militares. Seria função das escoltas dar cobertura a qualquer navio que fosse buscar nossos cidadãos, mesmo que estes navios de resgate em si fossem apenas cargueiros civis ou mesmo transatlânticos (claro, caso tivéssemos algum). Outro cenário seria um governo rogue em um país que dominasse algum estreito e que decretasse que nossos navios (ou navios transportando cargas nacionais) não podiam passar. Seria novamente função das escoltas garantir a passagem.

Em qualquer dos casos acima não há nenhum interesse em projetar poder sobre território algum, mas escoltas modernas e eficientes seriam necessárias. Ou poderíamos simplesmente ceder e deixar nossos cidadãos como reféns de um governo estrangeiro hostil, ou um eventual parceiro comercial na mão.

Pra dizer a verdade, estas duas últimas possibilidades são bem mais "a cara" do Brasil .


Leandro G. Card

Que crueldade Leandro!
Mas, com a pindaíba que as FFAA estão passando, vai encarar com o quê?

Vcs estão muito rápido no gatilho!

faterra escreveu:Mas, com a pindaíba que as FFAA estão passando, vai encarar com o quê?

Com as Amazonas, hora .

Agora, falando sério, o Brasil não tem condições hoje de manter uma marinha minimamente condizente não com qualquer status internacional que ele tivesse, porque não temos e nem sabemos o que é isso, mas com uma capacidade mínima de garantir a segurança de nossos cidadãos, ou dentro e nem fora de nosso território.

Mas isso não muda o fato que que qualquer país sério deveria, e que nossos almirantes estejam preocupados com isso. Eu estaria muito preocupado se eles não estivessem.


Leandro G. Card

A principal função é marcar presença e mostrar que aqui não é terra de ninguém. Segundo a Royal navy uma das principais funções das type 45 é evitar conflitos. Isso vale para nós também.

Não vou entrar no mérito da questão mas, olha a africa e o oriente médio, líbia e agora a Síria, qualquer um ta indo la e soltando bomba neles. Porque no Egito quando tava pra cair o mubarak não soltaram bomba como fizeram na líbia e agora na Síria??

Resposta fácil, olhas as FA do Egito. Os cara tem +de1000 abrams, + de 200 F-16, Patriot, hank, bunk, pechora não é só chegar la e solta bomba assim na boa igual a Libia.

Complementando,

Estudaram uma intervenção no egito quando os militares derrubaram o Morsi, a conclusão geral era que as FA do Egito não eram as FA da Libia. Lembro perfeitamente do William Waack comentando isso.

Vocês já devem saber disso, mas vi, se não me engano no FDB, que os EUA estão passeando com suas embarcações nos mares sob o controle da China e já foi arguido por eles o motivo desse turismo. A continuar isso poderá gerar um conflito sem previsão de intensidade. Mas isto é com a China, que já está bem crescidinha no que se refere à sua defesa!
A mesma coisa está acontecendo na região do Pré-Sal brasileiro! Lembremos que os EUA não reconhecem limites além das 12 milhas de qualquer país costeiro!
E agora? Vamos dar uma de avestruz?
O que temos para colocar na mesa de negociações? Amigos desde e para sempre?