A melhor tática não pode suprir uma estratégia ruim. Infelizmente o modelo era construir uma aviação para a década de 70, não podia dar certo.
Informação oficial da MB.
Podem encerrar o tópico.
Após diversas tentativas de recuperar a capacidade operativa do NAe “São Paulo”, o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização exigiria alto investimento financeiro, conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão e decidiu pela desmobilização do meio, a ser conduzida ao longo dos próximos três anos.
Um programa de obtenção de um novo conjunto Navio Aeródromo x aeronaves, ocupará a terceira prioridade de aquisições da Marinha, logo após o PROSUB/Programa Nuclear e o Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré. O custo de aquisição desse novo binômio será substancialmente menor que o de modernização do NAe “São Paulo” e de obtenção de novas aeronaves compatíveis com o NAe, já que as aeronaves AF1 deverão estar no final de sua vida quando o “São Paulo” terminasse sua modernização.
O “São Paulo” foi incorporado à Marinha em 2000, a partir de uma compra de oportunidade da Marinha Nacional da França, com os propósitos precípuos de substituir o antigo NavioAeródromo Ligeiro “Minas Gerais”, em término de vida útil, e proporcionar a evolução das operações aéreas embarcadas com o emprego dos aviões de asa fixa e propulsão a jato A4 Skyhawk.
Apesar de já contar com 37 anos de serviço ativo no momento da aquisição, o Navio cumpriu bem sua missão nos primeiros anos em atividade pela Esquadra brasileira, possibilitando à Marinha adquirir a capacitação para operar aeronaves de alta performance embarcadas.
Lamentavelmente, os estudos de exequibilidade do referido Programa indicam um longo período para sua conclusão, aproximadamente dez anos, além de incertezas técnicas e elevados custos.
Até que a Marinha receba um novo Navio Aeródromo, a capacidade de conduzir operações de guerra naval com emprego de aviação de asa fixa, obtida às custas de grandes investimentos e intensos treinamentos dos nossos pilotos no país e no exterior, será mantida a partir da Base Aérea Naval e de outras instalações de terra, e também por meio de treinamentos com marinhas amigas.
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 8:01 pm
por Lord Nauta
Eu, sempre expliquei que não bastava ter o São Paulo. Junto do mesmo e necessário navios escolta capazes de acompanha-lo, navios de apoio logístico, além claro de aeronaves no estado da arte.Para manter estes meios; operação (vários dias de mar por ano) , manutenção, modernização ...etc e preciso ter R$ em quantidades robustas e de forma perene. Venceu a logica e o bom senso.
A saída deste meio da Força Naval com certeza vai permitir a MB buscar um NPM para controle de área marítima adequado a operação de suas asas rotativas e ao orçamento imediato e futuro.
Sds
Lord Nauta
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 8:04 pm
por mmatuso
Lord Nauta escreveu:Eu, sempre expliquei que não bastava ter o São Paulo. Junto do mesmo e necessário navios escolta capazes de acompanha-lo, navios de apoio logístico, além claro de aeronaves no estado da arte.Para manter estes meios; operação (vários dias de mar por ano) , manutenção, modernização ...etc e preciso ter R$ em quantidades robustas e de forma perene. Venceu a logica e o bom senso.
A saída deste meio da Força Naval com certeza vai permitir a MB buscar um NPM para controle de área marítima adequado a operação de suas asas rotativas e ao orçamento imediato e futuro.
Sds
Lord Nauta
Existe algum plano futuro traçado?
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 10:16 pm
por JL
Não sou nenhum estrategista naval, pode ser até um conceito ultrapassado, creio que já deveríamos o ter, mas sempre ficamos fincados no conceito do Nae, que agora esta morto e não vai ser fácil ele ressuscitar.
Este navio pode lembrar um pouco os antigos Vitório Venetto italianos ou algo parecido, uma espécie de porta helicópteros cruzador. Algo que juntasse a capacidade de operar pelo menos 04 helicópteros Sea Hawk com hangar adequado, com paiol para armas, bem como com as acomodações para abrigar todo o estado maior, combinado com sistemas de comunicação.
O navio deveria ter o armamento típico de uma fragata mas com grande ênfase na defesa anti míssil. Creio que o custo deste navio não seria muito mais que custaria uma fragata de 6000 toneladas, o mas caro nestes barcos é o sistema de defesa anti aéreo, no entanto face as necessidades de sempre ter recursos parcos, melhor deixar de ter esta capacidade e poder operar os helis.
Hoje, quem vai fazer esta função queiram ou não é o Bahia, que recentemente abrigou 03 helis, mas que tem um eco de radar imenso e um armamento mínimo. 02 Simbad e 03 canhões de 20 mm. O que pensam?
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 10:21 pm
por EduClau
E os aviadores navais qualificados em PA nos EUA, a peso de ouro, os C-1 que estão naquela modernização eterna, os A1M 'já pagos' como eu lí por aí esses dias, as reformas que foram feitas nesses anos docados...
Tudo jogado fora?
Parabéns!
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 10:25 pm
por general-lee
mmatuso escreveu:
Lord Nauta escreveu:Eu, sempre expliquei que não bastava ter o São Paulo. Junto do mesmo e necessário navios escolta capazes de acompanha-lo, navios de apoio logístico, além claro de aeronaves no estado da arte.Para manter estes meios; operação (vários dias de mar por ano) , manutenção, modernização ...etc e preciso ter R$ em quantidades robustas e de forma perene. Venceu a logica e o bom senso.
A saída deste meio da Força Naval com certeza vai permitir a MB buscar um NPM para controle de área marítima adequado a operação de suas asas rotativas e ao orçamento imediato e futuro.
Sds
Lord Nauta
Existe algum plano futuro traçado?
Claro amigo.....! tem sim.... A marinha do Brasil tem planos sim....mas só planos...sds
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 10:30 pm
por Sterrius
Concordando com a maioria.
Ja vai tarde.
Eu era bem entusiasta do A-12. Mas quanto mais tempo passava mais via que a realidade batia e que era apenas um sonho impossivel enquanto o país não tiver um programa de financiamento das forças armadas fixo e continuo.
Logo enquanto não tivermos orçamento que se sustente mesmo sob crises econômicas não a como pensar em termos metade dos planos grandiosos da marinha. (Que são bons planos mas muito além do que a MB pode bancar e o governo não vai comprar tais planos).
Hoje eu preferiria que a marinha "voa-se baixo" e fize-se um foco maior em detecção e presença policial. Ao menos dessa força saberia com maior capacidade o que acontece em nossas águas. Para então começar a montar aos poucos grupos de batalha com alta tecnologia em estaleiros nacionais com pedidos frequentes.
Pq a verdade que nossos maiores eventuais oponentes continentais não tem marinha que vença o que já temos. E eventuais oponentes não continentais tem equipamentos que nossa marinha nem pode sonhar em sobrepujar. Logo se a ideia é o primeiro só precisamos de detecção. E se a ideia é vencer o segundo antes termos detecção pra saber seus planos e rotas pra ajudar a força aérea/exercito do que fingir que podemos vence-los em auto-mar.
Pq tb não adianta encomendar navios caríssimos como os submarinos nucleares (Que apoio por motivos secundários que vão além dos subs) e assim que o pedido acabar fechar toda a produção. E jogar décadas de projeto fora.
Quanto aos aviões e aviadores. Manter o conhecimento é um bom investimento. Apesar que pra isso manter a carcaça do A-12 tb serviria . Um PA ancorado em um local propicio pra isso com certeza gastaria um minimo de recursos e pessoal.
Outra é dar os aviões pra FAB. Liberando recursos pra mais navios.
Lord Nauta escreveu:Eu, sempre expliquei que não bastava ter o São Paulo. Junto do mesmo e necessário navios escolta capazes de acompanha-lo, navios de apoio logístico, além claro de aeronaves no estado da arte.Para manter estes meios; operação (vários dias de mar por ano) , manutenção, modernização ...etc e preciso ter R$ em quantidades robustas e de forma perene. Venceu a logica e o bom senso.
A saída deste meio da Força Naval com certeza vai permitir a MB buscar um NPM para controle de área marítima adequado a operação de suas asas rotativas e ao orçamento imediato e futuro.
Sds
Lord Nauta
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 10:51 pm
por MasterCaiafa
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 10:58 pm
por ninjanki
Acho que não tinha mais oque fazer. A marinha precisa do pré-sal rendendo para justificar dinheiro extra recebido do governo. O A-12 nunca foi a prioridade, e ainda que gostássemos da idéia, o fato é que não há dinheiro suficiente para a força. Então tem de cortar o porta-aviões, que está dando problema demais...
Agora entendo o porque da FAB escolher o gripen, e mesmo assim, há riscos do dinheiro sumir... As FAs estão na lama do orçamento....
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 11:05 pm
por knigh7
Caiafa, tem de tirar o "s" do https
E obrigado por ter compartilhado essas informações.
Re: A-12
Enviado: Ter Fev 14, 2017 11:22 pm
por osolamaalua
kkkkk parafraseando uns e outros... o tempo é o senhor da razao.
O SP estava com sua catapulta da esquerda com rachaduras no sistema de compressão, o radar não funcionava, etc. Decisão acertada. Como disse no tópico antiaérea a alguns dias atrás, a marinha está racionalizando seus meios para voltar a crescer. Não é demerito nenhum. Parabéns ao Comandante pela coragem de tomar tal decisão.
Re: A-12
Enviado: Qua Fev 15, 2017 1:30 am
por Lord Nauta
osolamaalua escreveu:kkkkk parafraseando uns e outros... o tempo é o senhor da razao.
O SP estava com sua catapulta da esquerda com rachaduras no sistema de compressão, o radar não funcionava, etc. Decisão acertada. Como disse no tópico antiaérea a alguns dias atrás, a marinha está racionalizando seus meios para voltar a crescer. Não é demerito nenhum. Parabéns ao Comandante pela coragem de tomar tal decisão.
Concordo!
BZ ao CM.
Re: A-12
Enviado: Qua Fev 15, 2017 8:28 am
por alex
Decisão sensata.
Re: A-12
Enviado: Qua Fev 15, 2017 9:38 am
por Ricardo Rosa
Bom dia à todos!
Prevaleceu o bom senso. O São Paulo tornou-se um problema em todos os aspectos.