Missilhouse do Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Bender

Re: Mssilhouse do Brasil

#1306 Mensagem por Bender » Ter Mar 29, 2011 12:26 am

Cacique das Minas gerais escreveu:
Tupi escreveu:Excelente notícia essa da aquisição da Mectron pelo Grupo Odebtrech.
O Gigante baiano tem expertise de lobby em Brasília e transita muito bem no mercado internacional.

A participação de grandes empresas e grupos nacionais no mercado de defesa já foi discutida aqui e certamente é uma das mais promissoras alternativas para a mudança de postura do GF em relação às encomendas e investimentos no setor da indústria de defesa.

Será muito difícil qualquer GF cancelar ou paralisar um projeto em que a "nata" do empresariado brasileiro esteja envolvida.

Realmente um grande salto para a consolidação da política de defesa nacional.
Mathias:"O valoroso Bardo" escreveu:
Acho que hoje todos nós concordamos com isso.

Mal ou bem, parece ser realmente a única maneira de ter perenidade nos projetos das FAs, misturar o poder político (o real) com os objetivos.
Pode ser que as FAs tenham que engolir uns EC-725 da vida, mas é melhor que ficar comprando BH a conta gotas e pelado, ou nada, nem isso.

E vai ter de aparecer grana prá operar, porque a boa operação = propaganda, e os caras vão querer vender isso prá geral .
Exemplo?
O Super Tucano.
Só as grandes empresas patrocinadoras das campanhas eleitorais poderão salvar a defesa nacional,agora: se o o financiamento público das campanhas com o nosso dinheiro for aprovado,podem se preparar para guarda costeira,guarda nacional e vantes feitos de bambu e papél de pão forever.

Brisa escreveu:
....pois é.... a Luma deveria entrar também.... .....

....como esta a LLX??????
Sem querer ser chato comandante, mas a Luma deveria ser "entrada",de preferência. 8-]

Grande abraço aos 3.




Carlos Mathias

Re: Mssilhouse do Brasil

#1307 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Mar 29, 2011 12:31 am

vantes feitos de bambu e papél de pão forever.
Vou dormir rindo. :lol: :lol: :lol: :lol:




thelmo rodrigues
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Re: Mssilhouse do Brasil

#1308 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Abr 08, 2011 8:41 am

Defesa ganha mais espaço na Odebrecht Fri, 08 Apr 2011 07:18:59 -0300

Com criação de nova empresa para o setor, grupo mira em aquisições para crescer
Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo


O Grupo Odebrecht anunciou ontem a criação da empresa Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), para atuar na produção e desenvolvimento de sistemas militares de conhecimento avançado. Há dez meses, em junho de 2010, o grupo havia revelado seu plano de atuação no campo militar, então definido como o mais ambicioso dos seus novos negócios e empreendimentos.

Na ocasião, foi formalizado um acordo de joint venture com a EADS - o maior grupo europeu, e segundo do mundo, no mercado de aeronáutica, espaço, serviços e produtos de defesa -, para integração de sistemas militares. A joint venture continuará existindo, mas a Odebrecht, com a nova empresa (da qual a EADS não faz parte), abre seu leque de atuação no setor.

Em nota, o presidente da ODT, Roberto Simões, disse que "a empresa está apta a trabalhar na gestão e implantação de grandes empreendimentos e conta com a experiência da Odebrecht na absorção, desenvolvimento e emprego de altas tecnologias".

A Odebrecht já opera o contrato executivo do ProSub, no valor de 6,7 bilhões, para construção de quatro submarinos de propulsão diesel-elétrica, e mais um, movido a energia nuclear. Além disso, no mesmo pacote, estão um estaleiro, de onde sairão os navios, e uma base naval para abrigar essa frota - tudo no litoral sul do Rio, em Sepetiba.

Essa operação ficará, a partir de agora, dentro da ODT, "mas sem nenhuma mudança no relacionamento com o cliente, a Marinha do Brasil", diz Simões.

A Odebrecht já comprou o controle da Mectron, fabricante de mísseis, radares primários e kits C³ - comunicações, comando e controle. Pequena e eficiente, a empresa, de São José dos Campos (SP), faturou em 2010 cerca de R$ 80,5 milhões. O BNDES detém participação de 27%.

Na mira da ODT estão ao menos duas organizações do setor. Uma delas é a Atech, criadora de sistemas e focada na integração de recursos operacionais estratégicos, também em tratativas com a Embraer Defesa.

De perfil complementar, Mectron e Atech serão fundamentais no atendimento de um requisito do governo apresentado diretamente pela presidente Dilma Rousseff, na semana da visita do presidente americano Barack Obama. Dilma considera prioritário o acesso ao conteúdo da engenharia de satélites, quer construir no País versões de sensoriamento remoto, vigilância e previsão climática. Roberto Simões admite que a ODT está "estudando o assunto, e vai entrar no processo".

Paquistão. A Mectron leva para a Odebrecht uma considerável carteira. Está exportando um lote de 100 sofisticados mísseis antirradiação para a aviação militar do Paquistão - um pedido de 2008 que vale 85 milhões. Inclui o suporte técnico, documentação e treinamento de pessoal. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a operação seguiu o procedimento que o Plano de Defesa pretende para facilitar a venda internacional de equipamentos militares. .

A empresa, cheia de mistério e reserva, não comenta o assunto. A Mectron produz o míssil Piranha, ar-ar de curto alcance, e criou um avançado software de logística. Também está desenvolvendo mísseis terra-ar e terra-terra. É a corporação privada parceira da Denel Aerospace, da África do Sul, no programa binacional de produção de um novo míssil de combate aéreo, o Darter, que já passou por ensaios de lançamento.

A linha de montagem da companhia tinha capacidade para fabricar um míssil completo a cada 30 dias. Com os recursos da venda para o Paquistão, a cadência subiu para cinco unidades. O tipo antirradar da Mectron, chamado MAR-1, foi especificado pela Força aérea para ser lançado pelo caça-bombardeiro AMX, subsônico, e pelo supersônico de combate F-5M, com alcance na faixa dos 25 a 30 km.



PARA ENTENDER
O governo brasileiro está empenhado em resgatar, "de forma planejada e consistente", segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a indústria nacional de material de defesa, que, entre 1974 e 1989, foi um poderoso instrumento da política externa do País. Em 1983, havia 120 empresas envolvidas no setor, em escala variada.

Nesse mesmo período, o faturamento chegava a US$ 1 bilhão por ano. O Departamento da Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores contabilizava como clientes 32 forças armadas de 22 diferentes nações, entre as quais o Iraque, a Colômbia, a Líbia e um surpreendente Zimbábue. A Guerra do Golfo, em 1991, o fim da União Soviética, provocando uma superoferta de produtos no mercado militar, e as mudanças internas no Brasil, acabaram levando o segmento ao colapso. Sob as normas definidas pela Estratégia Nacional de Defesa (END), o complexo industrial nacional está sendo rearticulado. Cerca de 700 corporações já foram cadastradas pelo Ministério da Defesa.

Um processo moderno de reequipamento, associado a um programa grande, rico e de longo prazo - diante do qual as restrições orçamentárias de 2011 são episódicas - tem como objetivo produzir meios para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. O surgimento de corporações dedicadas, como os ramos militares da Odebrecht e da Embraer, integram a primeira linha do plano.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Mssilhouse do Brasil

#1309 Mensagem por WalterGaudério » Sex Abr 08, 2011 9:13 am

thelmo rodrigues escreveu:Defesa ganha mais espaço na Odebrecht Fri, 08 Apr 2011 07:18:59 -0300

Com criação de nova empresa para o setor, grupo mira em aquisições para crescer
Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo


O Grupo Odebrecht anunciou ontem a criação da empresa Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), para atuar na produção e desenvolvimento de sistemas militares de conhecimento avançado. Há dez meses, em junho de 2010, o grupo havia revelado seu plano de atuação no campo militar, então definido como o mais ambicioso dos seus novos negócios e empreendimentos.

Na ocasião, foi formalizado um acordo de joint venture com a EADS - o maior grupo europeu, e segundo do mundo, no mercado de aeronáutica, espaço, serviços e produtos de defesa -, para integração de sistemas militares. A joint venture continuará existindo, mas a Odebrecht, com a nova empresa (da qual a EADS não faz parte), abre seu leque de atuação no setor.

Em nota, o presidente da ODT, Roberto Simões, disse que "a empresa está apta a trabalhar na gestão e implantação de grandes empreendimentos e conta com a experiência da Odebrecht na absorção, desenvolvimento e emprego de altas tecnologias".

A Odebrecht já opera o contrato executivo do ProSub, no valor de 6,7 bilhões, para construção de quatro submarinos de propulsão diesel-elétrica, e mais um, movido a energia nuclear. Além disso, no mesmo pacote, estão um estaleiro, de onde sairão os navios, e uma base naval para abrigar essa frota - tudo no litoral sul do Rio, em Sepetiba.

Essa operação ficará, a partir de agora, dentro da ODT, "mas sem nenhuma mudança no relacionamento com o cliente, a Marinha do Brasil", diz Simões.

A Odebrecht já comprou o controle da Mectron, fabricante de mísseis, radares primários e kits C³ - comunicações, comando e controle. Pequena e eficiente, a empresa, de São José dos Campos (SP), faturou em 2010 cerca de R$ 80,5 milhões. O BNDES detém participação de 27%.

Na mira da ODT estão ao menos duas organizações do setor. Uma delas é a Atech, criadora de sistemas e focada na integração de recursos operacionais estratégicos, também em tratativas com a Embraer Defesa.

De perfil complementar, Mectron e Atech serão fundamentais no atendimento de um requisito do governo apresentado diretamente pela presidente Dilma Rousseff, na semana da visita do presidente americano Barack Obama. Dilma considera prioritário o acesso ao conteúdo da engenharia de satélites, quer construir no País versões de sensoriamento remoto, vigilância e previsão climática. Roberto Simões admite que a ODT está "estudando o assunto, e vai entrar no processo".

Paquistão. A Mectron leva para a Odebrecht uma considerável carteira. Está exportando um lote de 100 sofisticados mísseis antirradiação para a aviação militar do Paquistão - um pedido de 2008 que vale 85 milhões. Inclui o suporte técnico, documentação e treinamento de pessoal. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a operação seguiu o procedimento que o Plano de Defesa pretende para facilitar a venda internacional de equipamentos militares. .

A empresa, cheia de mistério e reserva, não comenta o assunto. A Mectron produz o míssil Piranha, ar-ar de curto alcance, e criou um avançado software de logística. Também está desenvolvendo mísseis terra-ar e terra-terra. É a corporação privada parceira da Denel Aerospace, da África do Sul, no programa binacional de produção de um novo míssil de combate aéreo, o Darter, que já passou por ensaios de lançamento.

A linha de montagem da companhia tinha capacidade para fabricar um míssil completo a cada 30 dias. Com os recursos da venda para o Paquistão, a cadência subiu para cinco unidades. O tipo antirradar da Mectron, chamado MAR-1, foi especificado pela Força aérea para ser lançado pelo caça-bombardeiro AMX, subsônico, e pelo supersônico de combate F-5M, com alcance na faixa dos 25 a 30 km.



PARA ENTENDER
O governo brasileiro está empenhado em resgatar, "de forma planejada e consistente", segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a indústria nacional de material de defesa, que, entre 1974 e 1989, foi um poderoso instrumento da política externa do País. Em 1983, havia 120 empresas envolvidas no setor, em escala variada.

Nesse mesmo período, o faturamento chegava a US$ 1 bilhão por ano. O Departamento da Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores contabilizava como clientes 32 forças armadas de 22 diferentes nações, entre as quais o Iraque, a Colômbia, a Líbia e um surpreendente Zimbábue. A Guerra do Golfo, em 1991, o fim da União Soviética, provocando uma superoferta de produtos no mercado militar, e as mudanças internas no Brasil, acabaram levando o segmento ao colapso. Sob as normas definidas pela Estratégia Nacional de Defesa (END), o complexo industrial nacional está sendo rearticulado. Cerca de 700 corporações já foram cadastradas pelo Ministério da Defesa.

Um processo moderno de reequipamento, associado a um programa grande, rico e de longo prazo - diante do qual as restrições orçamentárias de 2011 são episódicas - tem como objetivo produzir meios para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. O surgimento de corporações dedicadas, como os ramos militares da Odebrecht e da Embraer, integram a primeira linha do plano.
Ok, muito bom, mas qual é a segunda empresa em que a ODT está de olho?




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Mssilhouse do Brasil

#1310 Mensagem por thelmo rodrigues » Sex Abr 08, 2011 9:17 am

Será a Avibras que anda mal das pernas????????




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Mssilhouse do Brasil

#1311 Mensagem por Penguin » Sex Abr 08, 2011 4:48 pm

thelmo rodrigues escreveu:Será a Avibras que anda mal das pernas????????
Teria sinergia com a aquisição da Mectron.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#1312 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Abr 08, 2011 6:46 pm

Tudo a ver mesmo.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#1313 Mensagem por DELTA22 » Sex Abr 08, 2011 8:10 pm

Penguin escreveu:
thelmo rodrigues escreveu:Será a Avibras que anda mal das pernas????????
Teria sinergia com a aquisição da Mectron.
Sem dúvida!

Se o chute é livre, acho que a Atech vai ficar com a Embraer e a Avibras vai acabar indo para a ODT.



[]'s.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#1314 Mensagem por Brasileiro » Sex Abr 08, 2011 8:20 pm

A Avibras já é um buraco mais em baixo.

Ela é uma empresa de grande porte, fabrica desde eletrônicos a produtos químicos, material de comunicação, equipamentos industriais, veículos especiais e TAMBÉM material de defesa. Além de estar endividada.

Pode ser que a ODT se interesse só pela parte relativa a defesa, daí a Avibras de que estamos falando fica bem menor.
O resto poderia se desmembrar, virar empresas independentes ou ser compradas por outras, virando empresas de química, veículos e eletrônicos separadamente.

Mesmo a parte dedicada a defesa é bem maior que a Mectron e Orbisat, por exemplo. "Quanto maior o pulo maior o tombo", e isso põe os acionistas para pensar melhor, principalmente se estamos falando sobre defesa no Brasil...
No mais, pra diminuir a energia potencial desse tombo pode acontecer de a ODT se unir a algum outro gigante (da OTAN ou não) de fora para negociar a Avibras. Aliás, essa hipótese de se unir a alguém de fora já foi admitida pelo próprio presidente (hoje desaparecido) da Avibras há uns anos atrás, lembro muito bem que ele disse "um dia" isso acabaria acontecendo na Avibras.

abraços]




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Re: Mssilhouse do Brasil

#1315 Mensagem por Penguin » Sex Abr 08, 2011 8:40 pm

Brasileiro escreveu:A Avibras já é um buraco mais em baixo.

Ela é uma empresa de grande porte, fabrica desde eletrônicos a produtos químicos, material de comunicação, equipamentos industriais, veículos especiais e TAMBÉM material de defesa. Além de estar endividada.

Pode ser que a ODT se interesse só pela parte relativa a defesa, daí a Avibras de que estamos falando fica bem menor.
O resto poderia se desmembrar, virar empresas independentes ou ser compradas por outras, virando empresas de química, veículos e eletrônicos separadamente.

Mesmo a parte dedicada a defesa é bem maior que a Mectron e Orbisat, por exemplo. "Quanto maior o pulo maior o tombo", e isso põe os acionistas para pensar melhor, principalmente se estamos falando sobre defesa no Brasil...
No mais, pra diminuir a energia potencial desse tombo pode acontecer de a ODT se unir a algum outro gigante (da OTAN ou não) de fora para negociar a Avibras. Aliás, essa hipótese de se unir a alguém de fora já foi admitida pelo próprio presidente (hoje desaparecido) da Avibras há uns anos atrás, lembro muito bem que ele disse "um dia" isso acabaria acontecendo na Avibras.

abraços]
A divisão de químicos da Avibrás não seria problema.
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 31 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.
A Braskem pertence a Odebrecht.




Editado pela última vez por Penguin em Sex Abr 08, 2011 8:41 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#1316 Mensagem por orestespf » Sex Abr 08, 2011 8:41 pm

O problema não está em quem compra quem neste momento, ou seja, o momento que se tem certeza que haverá comprador destes equipamentos/produtos (pelas FFAA brasileiras); o problema está em saber o que acontecerá depois que as FFAA estiverem "abastecidas". Ou ainda vamos cometer os velhos erros do passado imaginando que a indústria bélica brasileira, depois de restabelecida, terá vida longa, como se pensava nos anos 80? Isto pode ser desejo, mas daí se tornar fato...

Estas compras são apenas oportunas, em hipótese alguma algo que sugira garantias de permanência no mercado por longo tempo. Não vejo tais aquisições com bons olhos, acho que é um estrago sem igual, uma perda para o próprio país. Estas pequenas empresas deveriam receber mais incentivos e fortes garantias de compras de seus produtos, não a sua venda para empresas que estão em nichos muito distintos. Tudo isso trata-se, ao meu ver, de mais um "belo" erro crasso.




Editado pela última vez por orestespf em Sex Abr 08, 2011 8:49 pm, em um total de 1 vez.
Hader

Re: Mssilhouse do Brasil

#1317 Mensagem por Hader » Sex Abr 08, 2011 8:42 pm

A Avibrás é alvo sim de conversas e planos. Mas tudo tem seu tempo e, no caso em tela, muitos complicadores. O passivo é muito relevante frente às perspectivas de negócio.

[]'s




Carlos Mathias

Re: Mssilhouse do Brasil

#1318 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Abr 08, 2011 8:52 pm

Sei não mestre, mas do jeito que estão, o destino delas é, ou virarem indústrias de produtos civis, ou morrer por falta de encomendas do próprio país.

Eu penso na GE, na Boeing, Honeywell, Lockheed Martin...

Empresas que atuam tanto no mercado civil como no militar, e que tem um peso enorme na política dos EUA.

Na Europa é o mesmo, as empresas de defesa, acho que todas, tem mercados duplos e muita influência política.

Acho que se não for assim, por esse caminho meio torto, teríamos que esperar uma guerra que afetasse a todos no país para que o povo acordasse para o assunto.

De outra forma, é como a tragédia da escola aqui no Rio, os espertos já estão falando em mais desarmamento de quem já está desarmado, o cidadão honesto.

Espero que tenhas captado o paralelo. :wink:




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Re: Mssilhouse do Brasil

#1319 Mensagem por orestespf » Sex Abr 08, 2011 9:04 pm

Carlos Mathias escreveu:Sei não mestre, mas do jeito que estão, o destino delas é, ou virarem indústrias de produtos civis, ou morrer por falta de encomendas do próprio país.

Eu penso na GE, na Boeing, Honeywell, Lockheed Martin...

Empresas que atuam tanto no mercado civil como no militar, e que tem um peso enorme na política dos EUA.

Na Europa é o mesmo, as empresas de defesa, acho que todas, tem mercados duplos e muita influência política.

Acho que se não for assim, por esse caminho meio torto, teríamos que esperar uma guerra que afetasse a todos no país para que o povo acordasse para o assunto.

De outra forma, é como a tragédia da escola aqui no Rio, os espertos já estão falando em mais desarmamento de quem já está desarmado, o cidadão honesto.

Espero que tenhas captado o paralelo. :wink:
Sim, entendi o paralelo, Carlos. :wink:

Sob a ótica do negócio, compreendo perfeitamente; sob a ótica da restruturação da indústria de defesa, diga-se de passagem, preconizado pela END, o erro é primário, deveria ser proibido (pois contradiz o que está escrito).

Motivo: a empresa é pequena, tem pouco capital, as FFAA querem, mas não têm dinheiro, o MD deseja o caminho/modelo, mas não incentiva... Tá, então é "natural" (não pra mim) que se abra o capital destas empresas (leia-se: venda mesmo). O problema é que, não havendo regulamentação específica, estas empresas podem ser "terceirizadas por capital estrangeiro" (leia-se: conhecimento e desenvolvimento em mãos de gente de fora) -- seja agora, seja no futuro. Isto significa que teremos algo criado e desenvolvido por nós e que no fundo não será nosso. Permitir isto é estratégico? Em hipótese alguma! :wink:


Abração!




Carlos Mathias

Re: Mssilhouse do Brasil

#1320 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Abr 08, 2011 9:10 pm

Nesse sentido de acabar na mãos alheias eu concordo plenamente.

Porém, estas empresas que estão negociando não são pequenas de bobas não tem nada.
Uma ODT na frente da AVIBRÁs pode obrigar o gov a comprar baterias e treinar anualmente, entende?
Assim como toda hora se conserta estrada que já foi consertada, se faz obra que já foi feita e etc.

É o melhor caminho?
Acho óbvio que não, mas parece ser o que restou se quisermos ter alguma indústria e que o gov compre delas.

Enfim mestre, eu acho que é o que resta, o possível e viável de se fazer aqui no nosso país.




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