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Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Dez 04, 2018 8:16 am
por Marechal-do-ar
GIL escreveu: Ter Dez 04, 2018 2:39 am Essa era já começou, o PT e demais partidos amigos, as feministas e demas grupos chamados minoritarios já implantaram esse sistema de ganhar uma discursão sem ter razão, inclusive eles tem um nome para qualquer pessoa com uma opinião contraria a deles, que é fascista.
E que agora a turpe do Bolsonaro usa o sistema do mesmo jeito, chamando todo mundo com uma opinião contrária de comunista.

O que mais o futuro reserva? De que outras formas o Bolsonaro se mostrará igual ao PT?

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Dez 04, 2018 1:18 pm
por GIL
Marechal-do-ar escreveu: Ter Dez 04, 2018 8:16 am
GIL escreveu: Ter Dez 04, 2018 2:39 am Essa era já começou, o PT e demais partidos amigos, as feministas e demas grupos chamados minoritarios já implantaram esse sistema de ganhar uma discursão sem ter razão, inclusive eles tem um nome para qualquer pessoa com uma opinião contraria a deles, que é fascista.
E que agora a turpe do Bolsonaro usa o sistema do mesmo jeito, chamando todo mundo com uma opinião contrária de comunista.

O que mais o futuro reserva? De que outras formas o Bolsonaro se mostrará igual ao PT?
De momento só vi o Bolsonaro chamando de comunistas a comunistas (gente que milita claramente em partidos ou outras instituições marxistas)
Tambem parece facil que a sua trupe reconheça um marxista a distancia.
Todo mundo pode discrepar de algo dele, porém somente os verme-lhos são contra o seu governo, e vivem tentando desculpar as tragedias nacionais promovidas por essa esquerda infecta.

Que mais o futuro reserva? Espero que muita porrada,
já que a esquerda já disse claramente que vai boicotar, ressistir ao seu governo e isso não estaria mal de ser feito se fosse atraves dos cauces democraticos. Ja se rumoreia que muitos dos professores/militantes de esquerda, estão se organizando para provocar o caos desde escolas e universidades.


De que outras formas o Bolsonaro se mostrará igual ao PT? Creio que não incentivara a ideologia de genero (ante sala da pedofilia), creio que não vai apoiar a minorias histericas ou financiar ONGs inuteis, creio que não vai apoiar ditaduras na região, creio que não vai dar carta branca a criminosos, creio que não vai usar as estatais como cabides de emprego, creio que ele tampouco vai propagar a corrupção como se fosse uma metastase.

Creio que pelo menos nesses aspectos ele não vai se parecer em nada ao PT

Espero ansiosamente que a extrema esquerda não busque provocar problemas (pelo bem do Brasil), ainda que por outro lado, admito que tenho saudades dos bons tempos onde comunista corria diante da policia como cachorro fujão

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Dez 05, 2018 3:42 pm
por silverstone2
Incrível como a corruptela é inconformada!
Não dá a mínima pro país, só enxerga o próprio bolso.
Espero que, como opositores, façam um estrago pequeno, porque é só isso que sabem fazer.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Dez 11, 2018 10:01 am
por Bourne
Escolha entre China ou EUA é falso dilema
Oliver Stuenkel

Na queda de braço entre Washington e Pequim, escolher um lado traz riscos para o Brasil

Todas as vezes em que altos funcionários do governo Trump visitaram a América Latina neste ano, trouxeram praticamente a mesma mensagem. Em fevereiro, Rex Tillerson, então chanceler dos EUA, alertou sobre a ascensão da China e argumentou que a região “não precisava de novas potências imperiais”. Em agosto, James Mattis, secretário de Defesa dos EUA, advertiu o Brasil contra a estratégia econômica "predatória” chinesa. Dois meses depois, o vice-presidente americano, Mike Pence, acusou o gigante asiático de pressionar vários governos centro-americanos a cortar relações diplomáticas com Taiwan e reconhecer Pequim. Ele também apontou a China como um dos responsáveis pela crise na Venezuela, por ter oferecido empréstimos questionáveis, apesar da catástrofe humanitária no país.

Embora algumas dessas críticas se justifiquem, é notável como a estratégia diplomática chinesa na América Latina está, hoje em dia, muito mais sofisticada do que a dos Estados Unidos. Enquanto os chineses falam em aumentar o comércio e o investimento, os EUA se comportam como "um ex-namorado ciumento", declarou, em off, um diplomata centro-americano na semana passada: "Eles só falam da China".

De fato, embora a crescente influência chinesa na região traga riscos — além de oportunidades —, esses constantes alertas dos EUA aos governos latino-americanas são contraproducentes. Enquanto os políticos do governo norte-americano, que visitam a América Latina, soem como um disco de vinil arranhado ("Cuidado com os chineses!"), diplomatas chineses evitam dar conselhos públicos a políticos latino-americanos sobre qual estratégia adotar. “A América Latina pode ter ótimas relações com todos”, me disse um embaixador chinês recentemente. Vários diplomatas americanos admitem que advertências públicas são vistas como arrogantes. A decisão do governo dos EUA de criticar a República Dominicana, El Salvador e o Panamá pelas decisões desses países de não mais reconhecer Taiwan e estabelecer laços formais com Pequim fez com que Washington parecesse uma potência decadente, nostálgica de um mundo que não existe mais. Sua diplomacia erra ao pedir aos latino-americanos que escolham entre Washington e Pequim — um pedido que até Bolsonaro e seu chanceler Ernesto Araújo, admiradores de Trump, se mostrariam sábios ao rejeitar. Seria arriscado e, acima de tudo, desnecessário, escolher lados na rivalidade cada vez mais acirrada entre China e EUA.

Afinal, as advertências dos Estados Unidos não levam em consideração os amplos benefícios que os investimentos chineses podem trazer à América Latina, como modernizar a infraestrutura da região e ajudar a impulsionar o desenvolvimento. Atualmente, bancos chineses emprestam mais para projetos de infraestrutura na América Latina do que todos os outros bancos multilaterais juntos, incluindo o Banco Mundial. Nos últimos cinco anos (2013-2017), o Banco de Desenvolvimento da China (CDB na sigla em inglês) contribuiu com quase 55,8 bilhões de dólares em empréstimos para empresas e governos latino-americanos. Em 2015, o CDB socorreu a Petrobras com um empréstimo de 3,5 bilhões de dólares. O comércio entre a América Latina e a China se multiplicou dezoito vezes desde o ano 2000.

A eleição de Bolsonaro é um teste para a diplomacia chinesa na América Latina. Apesar das manifestações de simpatia a Trump e da frequente retórica anti-China presentes na campanha, o pragmatismo econômico de Mourão e Guedes deverá prevalecer no Governo eleito. Eles sabem que a economia do Brasil nunca foi tão dependente da China quanto hoje. A metade das exportações de matérias primas e mais de um quarto das exportações totais do Brasil têm a China como destino, e a importância do país asiático deve aumentar ainda mais. Por outro lado, o valor total das importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos representa menos da metade do que os chineses importam do Brasil.

Os laços China-Brasil se fortaleceram ainda mais como consequência da guerra comercial de Trump contra a China — um cenário que podemos considerar como “novo normal”. Ao contrário do que alguns dos assessores do presidente eleito, como Eduardo Bolsonaro, acreditam, essa situação não resulta de escolhas ideológicas, mas reflete uma nova realidade global. Mauricio Macri, o presidente da Argentina, já compreendeu isso. Seu desejo de fortalecer relações com Trump não o impediu de assinar, na semana passada, 30 novos acordos de investimento chinês e a expansão do intercâmbio de divisas, conhecidos como swap, por 60 bilhões de iuanes (quase 9 bilhões de dólares).

A América Latina ainda não é oficialmente parte da iniciativa chinesa "Um Cinturão, Uma Rota", enorme programa global de financiamento de infraestrutura de centenas de bilhões de dólares conhecido pelas suas siglas em inglês "BRI", que já está transformando a Ásia e partes da África e do Oriente Médio. É provável que a China convide, em breve, a América Latina a integrar o “Plano Marshall Chinês do século XXI”. Nesse cenário, mesmo um namoro intenso entre Brasília e Washington — como imaginado por Bolsonaro e seu ministro de Relações Exteriores — não pode impedir o Brasil de aproveitar da crescente presença chinesa na América Latina. A melhor saída talvez seja uma relação aberta. Sem ciúmes. Para os chineses, ao que tudo indica, estaria tudo bem.

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/1 ... OZS5QmGPMU

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Dez 11, 2018 2:14 pm
por Túlio
Acho que o Bolsonaro, em casa, deve dar risada a cada vez que lhe lembram de charlas que indiquem sequer o menor distanciamento da China, e a razão é a mais óbvia: não se descarta ou deixa de lado um parceiro certo (e ainda por cima o mais importante) por outro duvidoso. E ele não é CEGO, viu o que os ianques fizeram aos seus parceiros mais próximos, México e Canadá, que tiveram que optar entre um redesenho BEM MENOS favorável a eles do NAFTA ou o simples fim da bagaça toda. Dificilmente vai querer ter o mesmo destino...

Mas claro que posso estar errado. Aí entram as pre$$ões, pois reitero sempre que a maioria vota com o bolso e o Brasil ainda depende e muito de commodities que os EUA não precisam nem vão comprar (em algumas são até rivais). Assim, espero apenas um certo grau de alinhamento ideológico - que não prejudique o comércio - e geopolítico, o que pode até nos resultar favorável, eis que quem está precisando de um apoio consistente para conter a influência Chinesa na América Latina não somos bem NÓS...

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Ter Dez 11, 2018 3:02 pm
por cassiosemasas
Aloysio defende Pacto Global de Migração e lamenta posição de Bolsonaro

Imagem
14.dez.2017 - Ernesto Araújo (de barba) ao lado do atual chanceler, Aloysio Nunes, durante recepção aos Chefes de Missão Diplomática e Representantes de Organizações Internacionais Imagem: Divulgação/Itamaraty



Marcelo Freire

Do UOL, em São Paulo

11/12/2018 08h53

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, disse ver com "desalento" os argumentos do futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL), um dia depois do novo chanceler Ernesto Araújo anunciar na segunda-feira (10) que o país deixará o Pacto Global de Migração.

Araújo, que assumirá o cargo de Aloysio em 1º de janeiro, dia da posse de Bolsonaro, afirmou que o pacto é um "instrumento inadequado para lidar com o problema" e que não deve ser tratado como uma questão global, mas sim, "de acordo com a realidade e soberania de cada país".

Aloysio, no entanto, rebateu os argumentos do futuro governo. "Li com desalento os argumentos que parecem motivar o presidente eleito a querer dissociar-se do Pacto Global sobre Migrações. O Pacto não é incompatível com a realidade brasileira. Somos um país multiétnico, formado por migrantes, de todos os quadrantes", defendeu o ministro em mensagem no Twitter nesta terça (11).

"A questão é sim uma questão global. Todas as regiões do mundo são afetadas pelos fluxos migratórios, ora como pólo emissor, ora como lugar de trânsito, ora como destino. Daí a necessidade de respostas de âmbito global."

Segundo Aloysio, o pacto "tampouco autoriza migração indiscriminada", como disse Araújo em sua mensagem na segunda-feira. "Basta olhar seu título ['global']. Busca apenas servir de referência para o ordenamento dos fluxos migratórios, sem a menor interferência com a definição soberana por cada país de sua política migratória", concluiu o ministro.

"Aloysio Nunes Ferreira
6 hours ago
Li com desalento os argumentos que parecem motivar o presidente eleito a querer dissociar-se do Pacto Global sobre Migrações. O Pacto não é incompatível com a realidade brasileira. Somos um país multiétnico, formado por migrantes, de todos os quadrantes. A questão é sim uma questão global. Todas as regiões do mundo são afetadas pelos fluxos migratórios, ora como pólo emissor, ora como lugar de trânsito, ora como destino. Daí a necessidade de respostas de âmbito global. O Pacto tampouco autoriza migração indiscriminada. Basta olhar seu título. Busca apenas servir de referência para o ordenamento dos fluxos migratórios, sem a menor interferência com a definição soberana por cada país de sua política migratória."


Promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o chamado Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular foi aprovado em julho pelos 192 Estados-membros da Assembleia Geral, com exceção dos Estados Unidos - aos poucos, Chile e outros países, incluindo agora o Brasil, também disseram que não assinariam o acordo.

As nações estão reunidas em Marrakech, no Marrocos, para assinar o documento definitivo. O documento prevê, entre outros pontos, que imigrantes irregulares não podem ser deportados imediatamente de um país. Também garante o direito à justiça, saúde e educação a essas pessoas.

Ao mesmo tempo, o pacto não é de adoção obrigatória pelos países signatários, funcionando como uma diretriz em como as nações devem tratar legalmente os imigrantes e refugiados que chegam ao país.

O Brasil lida hoje com um grande fluxo de imigrantes venezuelanos que chega pela fronteira entre os dois países em Roraima, fugindo da crise político-econômica da Venezuela. Segundo Ernesto Araújo, o Brasil seguirá acolhendo esses imigrantes, mas "o fundamental é trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela".


Visões diferentes

Aloysio Nunes foi o autor do projeto que estabeleceu bases da nova Lei de Migração brasileira, sancionada no ano passado e que substituiu o antigo Estatuto do Estrangeiro, estabelecido ainda na ditadura militar. A lei mudou o tratamento em relação ao imigrante, não mais o considerando uma ameaça à segurança nacional, e tem uma inclinação aos direitos humanos.

A legislação, no entanto, foi criticado por setores da direita, que a consideraram um ataque à soberania nacional. O próprio Bolsonaro disse, em novembro, que a lei "transformou o Brasil em um país sem fronteiras". "Se essa lei continuar em vigor, qualquer um pode entrar [no Brasil] e chega com mais direitos do que nós", disse o presidente eleito.

Apesar das críticas do atual chanceler a seu sucessor, Aloysio elogiou Ernesto Araújo quando o embaixador foi nomeado futuro ministro das Relações Exteriores por Bolsonaro, dizendo que ele foi um "servidor exemplar" do Itamaraty. "Ernesto Araújo está mais do que talhado para bem servir ao Brasil nas elevadas atribuições que lhe são agora confiadas", escreveu Aloysio em publicação do dia 14 de novembro.

Fonte

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Dez 12, 2018 5:17 am
por GIL
Outro passo acertado do futuro governo Bolsonaro.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Dez 12, 2018 4:44 pm
por J.Ricardo
O Brasil tem que para de querer ser o bonzinho do mundo.
Mas tem que pensar muito antes de romper alguns acordos, romper o acordo de Paris mesmo pode trazer impactos negativos para a agricultura.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Dez 12, 2018 5:05 pm
por Bourne
Desistiram da ideia de deixar o Acordo de Paris. Por acaso, anunciado como tendência pelo Ministro que é coladinho do agronegócio. E o Mourão tinha essa posição algumas semanas atrás.
Novo ministro diz que deve manter Acordo de Paris e apoiar produtores rurais
Ricardo Salles afirmou que mundo precisa respeitar autonomia do Brasil e que quer acabar com ineficiência das agências ambientais


https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/ ... ente.shtml

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qua Dez 12, 2018 5:23 pm
por Frederico Vitor
Geopolítica Brasileira... Toda vez que leio o título deste tópico me vem à mente: existe alguma??

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qui Dez 13, 2018 7:09 pm
por Bourne
Os efeitos da loucura da droga. :mrgreen:
A hora e a vez da bomba atômica tupiniquim?

Heitor Scalambrini Costa *

Historicamente a relação entre o uso da energia nuclear para fins energéticos e para fins militares é muito estreita. O Programa Nuclear Brasileiro surgiu durante a ditadura militar e até hoje atende demandas de setores das Forças Armadas fascinados pelo poder que a energia nuclear lhes traz. E com a justificativa da necessidade de proteção e de segurança das nossas fronteiras, e de nossas riquezas.

No governo que tomará posse no próximo ano, o Ministério de Minas e Energia (MME) terá como ministro um almirante da Marinha brasileira, pertencente ao grupo de interesse que vê a energia nuclear sob o aspecto militar. Pela sua biografia, um defensor do uso da energia nuclear.

Em entrevista (Folha de S.Paulo, 7/12/2018), o futuro ministro defendeu a conclusão de Angra III (usina com potência instalada de 1.000 MW), onde já se investiu R$ 10 bilhões e se prevê mais R$ 16 bilhões para concluí-la. Um projeto dos anos de 1970, cuja tecnologia já está completamente ultrapassada, principalmente depois dos desastres de Chernobyl, Three Mile Island e Fukushima.

Caso tal insanidade seja levada a frente, milhares de brasileiros e brasileiras sofrerão sérios riscos de uma grande desgraça. Além de preços finais da energia produzida ser o mais caro das fontes atuais. Em decisão que fere os interesses do povo brasileiro, o Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE), em 9 de outubro, numa tentativa de viabilizar Angra III, dobrou a tarifa que irá remunerar a energia produzida pela usina. Passando dos atuais R$ 240,00/MWh para R$ 480,00/MWh, o que refletirá no aumento das contas de energia para os consumidores de todo o Brasil, que pagarão por uma obra indesejada.

Na mesma entrevista à Folha, o futuro ministro do MME defendeu o projeto do submarino nuclear brasileiro, que completou dez anos em 2018, cuja responsabilidade é da Marinha brasileira e já consumiu R$ 21 bilhões em recursos públicos, valor corrigido pela inflação. O custo estimado total do projeto, que inclui a construção do submarino nuclear, de quatro submarinos convencionais e da base naval responsável pela construção e manutenção das embarcações é, hoje, de R$ 32 bilhões.

"Porque não acreditar que o que está por trás da nomeação do almirante Bento Junior é a construção da bomba atômica?"

Essas cifras mostram os vultuosos recursos dispendidos pela União. Obviamente investimentos não prioritários, quando verificamos as necessidades concretas para o bom viver da população, como obras de saneamento, educação, saúde e moradia, entre outras. Com recursos finitos disponíveis no país, as escolhas de gastos dependem das prioridades definidas pelo governo de plantão. E o governo eleito, a partir das declarações, nomeações e da constituição do ministério “junta militar” (sic), já mostrou suas reais intenções.

Um aspecto a ser ressaltado – e que não é dito publicamente, mas está presente na cabeça dos militares e de muitos civis – é a fabricação da bomba atômica. E, assim, o Brasil entrar no clube fechado dos países detentores dessa arma nuclear.

Não seria a primeira vez dessa tentativa. Lembremos que um dos momentos mais sórdidos de nossa história foi o programa nuclear clandestino/paralelo. Iniciado no governo Ernesto Geisel, tinha o objetivo de garantir ao Brasil a tecnologia necessária para fabricar a bomba atômica (e ogivas para mísseis nucleares). Logo, porque não acreditar que o que está por trás dessa nomeação do almirante Bento Junior é a construção da bomba atômica?

É claro que ninguém confirmará, pois nossa Constituição e os acordos, pactos internacionais assinados pelo país proíbem a construção desse artefato bélico. O próprio Decreto no 9.600, de 5 de dezembro de 2018, consolidando as diretrizes sobre a Política Nuclear Brasileira, somente se refere ao uso pacífico da energia nuclear. Diga-se de passagem que esse decreto, gestado pelo Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, foi promulgado na surdina, às vésperas do término de um governo sem nenhuma credibilidade e atolado em denúncias de corrupção. E sobre um tema no mínimo polêmico, sem nenhuma discussão ampla e democrática.

Dispomos de grandes reservas de urânio. Sabemos enriquecer urânio não somente para produção do combustível das usinas núcleo-elétricas, mas também para atingir os níveis de enriquecimento requeridos para a bomba. Além da aproximação “onde o céu é o limite” com os americanos, isso é fundamental para “autorizar” a construção da bomba. Então o que está faltando? Nada.

O momento é para uma discussão com os diversos setores da sociedade brasileira, sobre o que deseja o povo brasileiro em relação à energia nuclear. Produzir eletricidade a partir das usinas nucleares é ir na contramão do que acontece no mundo, que está se distanciado dessa opção em prol das fontes renováveis de energia (sol, vento, biomassa). E tornar o país detentor de uma bomba atômica não é o que necessitamos e queremos.

* Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco.
https://congressoemfoco.uol.com.br/opin ... upiniquim/

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Qui Dez 13, 2018 8:01 pm
por Bolovo
Bourne escreveu: Qui Dez 13, 2018 7:09 pmO momento é para uma discussão com os diversos setores da sociedade brasileira, sobre o que deseja o povo brasileiro em relação à energia nuclear. Produzir eletricidade a partir das usinas nucleares é ir na contramão do que acontece no mundo, que está se distanciado dessa opção em prol das fontes renováveis de energia (sol, vento, biomassa).
Como? Há nesse exato momento sendo construídos 18 reatores nucleares na China, 6 na Índia e outros 6 na Rússia, 4 nos Emirados Árabes, Egito e Coréia do Sul, 2 na Bielorrússia, Eslováquia, Japão, Paquistão e EUA, e 1 em Finlândia, França, Bangladesh, Turquia, Irã e Argentina. Apenas 58 novos reatores nucleares em construção. Isso só vai em contramão do mundo se esse considerar mundo a Europa ocidental e desconsiderar todo o resto. A China que é o país que mais promove a energia verde tem 18 reatores em construção. Ser contra a energia nuclear é ser contra a lógica. É coisa de vegano. O Brasil precisa sim ter mais usinas nuclares, é essencial para um país como o nosso cheio de demanda energética.
Bourne escreveu: Qui Dez 13, 2018 7:09 pmE tornar o país detentor de uma bomba atômica não é o que necessitamos e queremos.
E tem que ter bomba atômica também. E quem pensa diferente tá errado.

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Sex Dez 14, 2018 12:09 am
por knigh7
Uma entrevista bastante interessante e aprofundada dada por Marcos Troyjo no período eleitoral. Ele foi indicado como Secretário de Comercio Exterior do Governo Bolsonaro.
Ele foi indicado por causa das ideias. O Bolsonaro não aceita indicações políticas.(exceto aqueles 2 das bancadas do Congresso).

É bom alguns pararem de falar bobagens sobre a nossa futura política de comércio exterior:

https://istoe.com.br/marcos-troyjo-o-mu ... ao-brasil/

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Seg Dez 17, 2018 8:56 pm
por knigh7
Imagem

é um artigo escrito pelo Coronel Raul Kleber de Souza Boeno



http://tecnodefesa.com.br/corredor-trip ... as-defesa/

Re: Geopolítica Brasileira

Enviado: Seg Dez 17, 2018 9:46 pm
por EduClau
Agora estamos protegidos:

USS Ramage DDG61:

The crew works diligently during an anchoring evolution followed by a brief stop for fuel in beautiful Salvador, Brazil! Par Excellence!!

https://www.jornal21brasil.com.br/2018/ ... a-por.html

:mrgreen: