Poti escreveu: Ter Fev 15, 2022 3:44 pm
Mas Fcarvalho, pelo que circula por aqui a FAB ficou insatisfeita com algumas questões (Cássio citou a questão da troca dos motores).
Logo, como iria sair do Hind pro Mil Mi-28? Sei là não faria sentido.
Agora, como os colegas comentaram, precisamos de explicações. Não dá para retirar helos relativamente novos, de uma zona onde há escassez de meios de combate, que possui uma capacidade única com os Ataka e não dizer mais nada.
Sem informações acaba que entramos em elucubrações e isso é péssimo para a discussão acerca de defesa no Brasil.
Fora isso, também acho que devemos modernizar nossos A29, eles têm potencial demais. Precisam de bombas guiadas, de foguetes 70mm guiados e mísseis. Também precisa de "bola" flir mais moderna que permita apontar alvos assim como uma modernização de cockpit e outros detalhes mais (linkbr...)
Olá Poti,
Isso de MI-28 foi apenas mero exercício de devaneio meu, só para descontrair. O EB só aceitaria aqueles helos russos da mesma forma que foi na FAB, à revelia de qualquer decisão institucional. Mas, como diz o cito popular, cavalo dado não se olha os dentes. E no que diz respeito as capacidades operacionais do vetor, tanto um como outro são inquestionáveis. O que está pegando, como bem dissestes, são os reais motivos desta ação.
Mas até que uma explicação surja oficialmente, o que temos são apenas meras especulações. Conquanto, as perguntas feitas até agora no tópico mostram que existem muitas explicações a serem dadas pela FAB a fim de justificar o ato. De minha parte ao menos já ficou bem claro que os motivos que levaram a esta aposentadoria precoce não tem nada a ver com as capacidades operacionais e funcionais dos Mi-35, mas com a capacidade (diria interesse e vontade, a falta de) orçamentária da FAB em prover a manutenção/operação pertinente.
Como mostrei acima, os VK2500 tem até 9 mil horas de vida útil. A vida das células deve beirar as 4 mil horas. Sistemas eletrônicos, mecânicos e de armas podem ser trocados de forma mais rápida, mas não induzem por si, afirmar que os custos destes helos são impeditivos ao orçamento da força aérea. Afinal, operam eles há quase 10 anos, e nem sequer são exigidos como por dezenas de clientes, onde os recursos materiais e humanos, além do TO em si, estão com certeza anos luz abaixo da realidade que eles encontram em Porto Velho e arredores. E volta e meia pelas demais bases aéreas sempre que convém.
Aliás, os Mi-28 foram testados pela Avex na versão NE, e eles conhecem bem a máquina. Com certeza devem ter tido acesso também a dados sobre manutenção, operação e custos de aquisição e manutenção, horas de voo, etc. Assim, não se pode dizer que o exército seja neófito em termos de helos russos. A FAB na verdade fez com a AIS exatamente o que o EB faria se por acaso tivesse recebido Mi-17 no lugar dos H225M. Mas por algum motivo nebuloso, e sem maiores explicações, eles simplesmente serão defenestrados da FAB junto com o esquadrão que lhe serviu de ninho nestes últimos 10 anos.
Daqui a alguns anos vai haver com certeza muitas histórias e causos para contar sobre este assunto.