A-12
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Re: A-12
Isso tudo aí é o que a MB precisa fazer no navio para torná-lo operacional por mais vinte anos. Não quer dizer que será feito na íntegra ou parcialmente. Ou mesmo que será feito. O custo é simplesmente fora do que hoje se pode, ou se quer, pagar pelo GF.
Diz-se que uma CV-3 vai sair por US 350 milhões. Se for assim, eu aqui acho com os meus botões que esta reforma toda do SP não sai por menos do dobro deste valor. Ou seja, daria para encomendar mais 2 ou 3 CV-3 e substituir as últimas Inhaúma em operação.
Mas é como eu tenho dito, a MB sofre uma questão de prioridade. O que é prioridade para a MB hoje? Ou o que deveria ser? Aliás, quem estabelece o que é prioridade para ela? O governo que paga os salários dos almirantes parece que não é.
abs.
Diz-se que uma CV-3 vai sair por US 350 milhões. Se for assim, eu aqui acho com os meus botões que esta reforma toda do SP não sai por menos do dobro deste valor. Ou seja, daria para encomendar mais 2 ou 3 CV-3 e substituir as últimas Inhaúma em operação.
Mas é como eu tenho dito, a MB sofre uma questão de prioridade. O que é prioridade para a MB hoje? Ou o que deveria ser? Aliás, quem estabelece o que é prioridade para ela? O governo que paga os salários dos almirantes parece que não é.
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- Carlos Lima
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Re: A-12
Acho que 'e um bom plano que em teoria pelo menos pode ser executado em partes.
Algo que pesa muito na eificiencia desse plano 'e a Moderniza'cao do Arsenal. Tirar leite de pedra (o que 'e feito normalmente), funciona, mas sai muito mais caro no fim das contas.
[]s
CB_Lima
Algo que pesa muito na eificiencia desse plano 'e a Moderniza'cao do Arsenal. Tirar leite de pedra (o que 'e feito normalmente), funciona, mas sai muito mais caro no fim das contas.
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Re: A-12
O problema do SP é muito complicado:
1-) Vou chamar de problema interno. Se desativar o SP, o que a MB vai fazer com todos que estão vinculados a este navio?
2-) Se desativar o SP, a marinha vai da um adeus definitivo a suas pretensões de esquadra com núcleo em um Nae, o almirante que o desativar vai levar isto para a história.
3-) Como já disse anteriormente, dá dó desativar o navio, porque ele tem potencial. Digamos que com custo 800 milhões de dólares de para deixar ele operacional. Mas vai custar mais ainda para ele ter valor militar, para poder ter aeronaves e armas.
Ao meu ver existem três empecilhos:
1-) Dinheiro ( atualmente não há)
2-) Que aeronaves e sistemas de armas ele vai operar ( tem sérias limitações para operar aeronaves maiores)
3-) Vida útil ( 20 ou 25 anos é muito pouco para o porte do investimento)
De resto, um navio deste pode ter muito poder militar, superando em muito uma fragata de 6000 toneladas. Por causa das capacidades que uma aviação embarcada fornece. Mas esta ala aérea embarcada custa também horrores e como disse não temos dinheiro.
Deve se considerar também o prestígio político de ter um navio deste. Bem de qualquer forma é muito mais viável alcançar este objetivo que o do sub nuclear. Por que o navio já esta lá no porto.
Por fim expresso minha opinião. Se alguém me convencer ou me explicar o que afinal vai voar neste navio e como a MB vai financiar a empreitada, digo que vale a pena.
Quanto ao que vai voar esclareço que tenho minhas dúvidas quanto a um Sea Gripen, creio que não existe viabilidade financeira em alterar um projeto radicalmente ( trem de pouso novo, estrutura muito modificada, aviônicos que aguentem as quedas controladas no convés).
Outro ponto, particularmente e agora delirando: Penso que para compensar eventuais problemas com aeronaves, pelo porte da embarcação, ele deveria receber um pesado armamento. Sei que a doutrina naval brasileira não pensa assim, deixando todas as armas para as escoltas, que na minha opinião na prática vão ter dificuldade de dar conta. Um navio deste porte pode receber junto com a aviação vários lançadores VLS para mísseis antiaéreos e antinavios, além de muitos sistemas defensivos. Ou seja teria o poder de fogo de um cruzador.
1-) Vou chamar de problema interno. Se desativar o SP, o que a MB vai fazer com todos que estão vinculados a este navio?
2-) Se desativar o SP, a marinha vai da um adeus definitivo a suas pretensões de esquadra com núcleo em um Nae, o almirante que o desativar vai levar isto para a história.
3-) Como já disse anteriormente, dá dó desativar o navio, porque ele tem potencial. Digamos que com custo 800 milhões de dólares de para deixar ele operacional. Mas vai custar mais ainda para ele ter valor militar, para poder ter aeronaves e armas.
Ao meu ver existem três empecilhos:
1-) Dinheiro ( atualmente não há)
2-) Que aeronaves e sistemas de armas ele vai operar ( tem sérias limitações para operar aeronaves maiores)
3-) Vida útil ( 20 ou 25 anos é muito pouco para o porte do investimento)
De resto, um navio deste pode ter muito poder militar, superando em muito uma fragata de 6000 toneladas. Por causa das capacidades que uma aviação embarcada fornece. Mas esta ala aérea embarcada custa também horrores e como disse não temos dinheiro.
Deve se considerar também o prestígio político de ter um navio deste. Bem de qualquer forma é muito mais viável alcançar este objetivo que o do sub nuclear. Por que o navio já esta lá no porto.
Por fim expresso minha opinião. Se alguém me convencer ou me explicar o que afinal vai voar neste navio e como a MB vai financiar a empreitada, digo que vale a pena.
Quanto ao que vai voar esclareço que tenho minhas dúvidas quanto a um Sea Gripen, creio que não existe viabilidade financeira em alterar um projeto radicalmente ( trem de pouso novo, estrutura muito modificada, aviônicos que aguentem as quedas controladas no convés).
Outro ponto, particularmente e agora delirando: Penso que para compensar eventuais problemas com aeronaves, pelo porte da embarcação, ele deveria receber um pesado armamento. Sei que a doutrina naval brasileira não pensa assim, deixando todas as armas para as escoltas, que na minha opinião na prática vão ter dificuldade de dar conta. Um navio deste porte pode receber junto com a aviação vários lançadores VLS para mísseis antiaéreos e antinavios, além de muitos sistemas defensivos. Ou seja teria o poder de fogo de um cruzador.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- alex
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Re: A-12
O problema é que pode ser gasto neste navio um valor de um bilhão de dolares e não agregar poder. É um preço muito alto para um navio-escola na atual situação em que toda frota de superficie estará desativada em poucos anos.
- joaolx
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Re: A-12
E agora falando serio nos dias de hoje a MB quer um porta aviões para quê? Para projetar poder que é para isso que os Nae servem? Para onde?
O A-12 para alem de um sorvedouro de recursos militarmente não passa de um enorme alvo...
O A-12 para alem de um sorvedouro de recursos militarmente não passa de um enorme alvo...
- FCarvalho
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Re: A-12
Se não me engano, na explanação sequer é mencionada a questão da auto-defesa do navio. Ou simplesmente não vai fazer parte da modernização, ou simplesmente foi ignorada, acreditando-se que o que há hoje nele é mais que suficiente. Obvio que se crê que as escoltas façam isso por ele.
Uma alternativa mais simples seria, com a baixa de duas Niterói, adaptar os lançadores Albatroz e os canhões Bofors 40. Seriam 4 undes deste e duas de mísseis. Já seria melhor do que há agora que é praticamente nulo na função de defesa do navio.
A ver mais este problema para resolver.
abs
Uma alternativa mais simples seria, com a baixa de duas Niterói, adaptar os lançadores Albatroz e os canhões Bofors 40. Seriam 4 undes deste e duas de mísseis. Já seria melhor do que há agora que é praticamente nulo na função de defesa do navio.
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Re: A-12
Nao foi ignorada... Vem no futuro.FCarvalho escreveu:Se não me engano, na explanação sequer é mencionada a questão da auto-defesa do navio. Ou simplesmente não vai fazer parte da modernização, ou simplesmente foi ignorada, acreditando-se que o que há hoje nele é mais que suficiente. Obvio que se crê que as escoltas façam isso por ele.
Uma alternativa mais simples seria, com a baixa de duas Niterói, adaptar os lançadores Albatroz e os canhões Bofors 40. Seriam 4 undes deste e duas de mísseis. Já seria melhor do que há agora que é praticamente nulo na função de defesa do navio.
A ver mais este problema para resolver.
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Prioridade e fazer o navio navegar e lancar e receber avioes com seguranca.
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Re: A-12
O problema é todo este Carlos. Fazer as coisas a conta gotas. Sabemos no que isso vai dar.
abs
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Re: A-12
Acredito que a marinha vai demorar um pouco, mas assim que a crise amenizar vai colocar o programa de modernização adiante e existem muitos motivos além do militar. Uma empreitada desta gera muito movimento econômico, trabalho, emprego etc. E eles precisam disto para os seus quadros e empresas vinculadas. Se a marinha vai no exterior e manda construir uma FREM novinha, gasta menos, mas não movimenta nada. Então existem muitos interesses. Veja o pessoal que fez o power point da exposição, já é um exemplo disto. Quantas pessoas vão ser empregadas nesta empreitada, militares e civis.
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Re: A-12
Bom... esse plano ja teve 300 versoes. Agora estao tentando fazer o minimo possivel.FCarvalho escreveu:O problema é todo este Carlos. Fazer as coisas a conta gotas. Sabemos no que isso vai dar.
abs
Se o navio estiver navegando e lancando e recebendo aeronaves com os seus radares e sistemas associados funcionando, nao serei eu quem irei reclamar da falta de missil e canhao no PA.
Nao 'e o ideal... mas
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Re: A-12
Bem, eu não tenho nada contra se conseguirem colocar o A-12 para navegar com um mínimo de segurança e operar sua aviação embarcada. Afinal, ele foi comprado para isso: ser um navio escola para a aviação naval.
Mas por outro lado, como tenho insistido no tópico do reaparelhamento do MB, a questão acaba sendo mesmo de prioridade.
Estão tentando (re)construir a casa começando pelo telhado. De novo.
Não duvido que mais para frente não venhamos a esbarrar, mais uma vez, nos mesmos problemas de sempre.
É isso. O pessoal por aqui tem uma séria mania de grandeza. E em um país que de grande só tem o tamanho mesmo. Porque o resto... sempre foi pequeno, diria medíocre mesmo, desde sempre.
abs
Mas por outro lado, como tenho insistido no tópico do reaparelhamento do MB, a questão acaba sendo mesmo de prioridade.
Estão tentando (re)construir a casa começando pelo telhado. De novo.
Não duvido que mais para frente não venhamos a esbarrar, mais uma vez, nos mesmos problemas de sempre.
É isso. O pessoal por aqui tem uma séria mania de grandeza. E em um país que de grande só tem o tamanho mesmo. Porque o resto... sempre foi pequeno, diria medíocre mesmo, desde sempre.
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Re: A-12
Caro Carlos, acredito que o que o FCarvalho escreveu, foi que deveríamos ter em pleno funcionamento o básico, escoltas, meios anti minagem, submarinos convencionais, patrulhamento etc. Aí poderíamos pensar em algo tão complexo e caro. Mas pelo que temos acesso as condições parecem estar críticas em todos os aspectos do poder naval, então as necessidades são muitas e o cobertor curto. Desta forma é mais ou menos como o cara que mora em uma casa velha, com um banheiro com vazamentos, um telhado cheio de goteiras, esgoto entupido etc. E gasta uma grana para colocar um TV de porte e som especial para uma sala de cinema. Tenho esta opinião. Mas também penso um pouco diferente, apesar do custo enorme, o navio tem muito potencial de combate, principalmente frente as outras armadas aqui da região, basta o SP e duas fragatas meio bocas funcionando, para enfrentar uma força muito maior de outra armada sem aviação embarcada.
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Re: A-12
Saquei!JL escreveu:Caro Carlos, acredito que o que o FCarvalho escreveu, foi que deveríamos ter em pleno funcionamento o básico, escoltas, meios anti minagem, submarinos convencionais, patrulhamento etc. Aí poderíamos pensar em algo tão complexo e caro. Mas pelo que temos acesso as condições parecem estar críticas em todos os aspectos do poder naval, então as necessidades são muitas e o cobertor curto. Desta forma é mais ou menos como o cara que mora em uma casa velha, com um banheiro com vazamentos, um telhado cheio de goteiras, esgoto entupido etc. E gasta uma grana para colocar um TV de porte e som especial para uma sala de cinema. Tenho esta opinião. Mas também penso um pouco diferente, apesar do custo enorme, o navio tem muito potencial de combate, principalmente frente as outras armadas aqui da região, basta o SP e duas fragatas meio bocas funcionando, para enfrentar uma força muito maior de outra armada sem aviação embarcada.
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