Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Enviado: Sex Out 23, 2015 11:02 pm
A discrepância é no valor investido em cada soldado, e de 25% para 49% significa que lá para cada militar existe um investimento 3 vezes maior que seu salário/benefícios em equipamento/treinamento/etc, aqui só um valor apenas igual ao do salário, e isso sem nem considerar que o salário aqui é menor.Luís Henrique escreveu: 2) não existe essa discrepância. A verdadeira discrepância é no percentual de gasto em relação ao PIB. Para você chegar em 49% de gasto com militares da ATIVA você está REDUZINDO o orçamento das forças em 45%. Ai o Brasil estará investindo APENAS 0,77% do PIB nas forças armadas. Ai é claro que 49% do total para ativos é uma discrepância. Mas não porque temos ativos demais e sim porque você cortou o orçamento pela metade.
A previdência é um outro problema que é, proporcionalmente, muito mais cara aqui do que lá.
E vocês estão constantemente ignorando o valor investido em cada soldado na hora de fazer as comparações, com o valor ridículo investido aqui o soldado brasileiro não equivale a 1/3, nem a 1/4 e nem a 1/10 do soldado americano, para elevar o nível do soldado brasileiro a algo próximo com o contingente atual iríamos a um patamar de gastos insustentável.
Devem fazer no mínimo uns 100 anos que as forças brasileiras estão defasadas em tecnologia, doutrina, treinamento e em poder militar pelo seu tamanho, se uma reforma (que é, principalmente, uma reforma CULTURAL) demora alguns anos, mas RESOLVE o problema, não me incomodo que demore 30 anos.Luís Henrique escreveu:4) Posso concordar com você em partes.
Mas vamos reduzir para quanto? Temos 320 mil militares, vamos reduzir para 200 mil???
Com isso conseguimos R$ 7,5 bi.
Atualmente pagamos R$ 20 bi com militares da ativa. Uma redução GIGANTESCA de 320 mil para 200 mil (cortando 120 mil pessoas e aumentando o número de desempregados no país), teremos um gasto com pessoal da ativa de R$ 12,5 bi.
Uma economia de R$ 7,5 bi.
Quantos ANOS levariam para cortarmos 120 mil militares da ativa???
E não resolve absolutamente nada, a previdência continua deficitária, a defesa continua sem verbas, a educação continua sem verbas, a saúde, etc, e o governo continua com déficit fiscal procurando algum ministério não loteado para cortar despesas.Luís Henrique escreveu:Agora, com UMA lei você retira o pagamento de inativos e pensionistas do orçamento das forças armadas e passa para a previdência social.
Eu já acho que é completamente impossível quantificar muito ou pouco quando a eficiência é abismal, é como determinar se um tanque de combustível é ou não suficiente sendo que tem um furo nele.Luís Henrique escreveu:Eu concordo que podemos e devemos melhorar a administração desses recursos, mas não concordo que investimos muito em defesa. Investimos MUITO POUCO. E isso precisa ficar mais CLARO.
Sou completamente contra aumento de verbas da defesa ou de efetivo enquanto todas as unidades não tiverem um poder militar crível, ou ao menos que exista um plano realista para se chegar a isso, gastar mais antes disso seria só jogar dinheiro fora, e claro, propor um aumento arbitrário de verbas não é um plano realista.
Não, você pediu exemplos de países continentais, entreguei o que foi pedido.Luís Henrique escreveu:Austrália e Canadá???
Ai você apelou....
E esses dois países, apesar de tamanhos muito diferentes dos países do norte da Europa possuem algumas coisas parecidas: investimento por militar, gasto por PIB, a quantidade de militares por habitante e pib per capita.
São parecidos com os EUA em investimento por militar, pib per capita.
O Brasil, possui tamanho semelhante, pib per capita bem menor e investimento por militar muitíssimo menor.
Não me parece que igualar o número de militares por habitante ou número de militares por área seja o caminho mais correto, não é isso que os exércitos mais avançados tem em comum.
A paz na Austrália se deve a uma razão parecida com a paz no Brasil, política de não intervenção e um monte de vizinhos nanicos que não são loucos de se meterem com um gigante, em certos aspectos (por exemplo, a marinha deles) acho que temos muito o que aprender com eles.Luís Henrique escreveu:A Austrália é uma ILHA e o Canadá é QUASE uma ilha. Faz fronteira apenas com os EUA e possuem a proteção deste.
A Austrália sendo uma ilha não possui fronteira com nenhum país.
Na teoria...Luís Henrique escreveu:No Brasil nossas forças em tempos de paz guarnecem as fronteiras, nos protegem do narcotráfico, temos fronteira com 11 países.
Um guardinha sentado em um banquinho na fronteira?Luís Henrique escreveu:Não adianta ter somente a mobilidade, temos que ter PRESENÇA.
Por favor... Isso não existe em nenhum lugar do mundo, se é para vigiar uma grande área o jeito mais barato de se fazer isso é com câmeras (e sim, é viável cobrir os milhares de quilômetros de fronteiras com câmeras, mas não acho que alguém vá se dar ao trabalho de fazer isso), se for preciso enfrentar uma ameaça na fronteira o que conta é quanto poder militar consegue deslocar até o local no menor tempo possível.
A Itália não é aquele país falido no sul da Europa? Que ótimo exemplo hein?Luís Henrique escreveu:A Itália possui praticamente o mesmo número de militares na ativa que o Brasil.
E um PIB muitíssimo maior.Luís Henrique escreveu: Japão é uma ILHA e pela constituição não pode agredir ninguém, é uma força de AUTODEFESA e mesmo assim possui cerca de 250.000 militares.
Além de terem PIBs maiores ainda tem cadeiras no conselho de segurança, e ambos tem efetivos menores que os nossos.Luís Henrique escreveu: França é muitíssimo menor que o Brasil e possui cerca de 200.000 militares.
A Inglaterra é uma ILHA e possui 150.000 militares.
Só país rico hein?Luís Henrique escreveu: China: 2,3 mi
EUA: 1,4 mi
India: 1,3 mi
Russia: 766.000
Coreia do Norte: 690.000
Coreia do Sul: 624.000
Paquistão: 617.000
Irã: 545.000
Argélia: 512.000
Indonesia: 476.000
Egito: 468.000
Colômbia: 444.000 (olha ai um vizinho, BEM menor que nós)
Vietnã: 412.000
Turquia: 410.000
Mianmar: 406.000
Bangladesh: 400.000
17º - Brasil: 327.000
Dessa lista ai se for servir de modelo de 4 países seria possível agregar alguma coisa, em todos eles seria preciso reduzir o exemplo para se adequar a Brasil, considerar que eles estão em guerra e nós não, considerar que 3 deles estão passando por sérios problemas, considerar que os 4(?) estão em um processo de redução do efetivo, considerar que 2 deles chegaram a esse tamanho por razões históricas que não se aplicam mais e no fim, o exemplo de forças ideias, vai ficar mais perto de Austrália e Canada do que qualquer um dessa lista.
A Austrália não é esse tipo de membro da OTAN.gabriel219 escreveu:Só se você estiver falando em orçamento. Fora isso, ambos são membros da OTAN, com a cobertura aérea e até terrestre de tropas Americanas e um delesfaz fronteira com o EUA.
Nós temos um país de tamanho maior, biomas diferentes e não fazemos parte da OTAN.
Pra que ter forças numerosas se você tem cobertura de vários aliados e do EUA.
Nosso caso é bem diferente.
A questão é PODER MILITAR, quantidade de militares na ativa conta, mas, em excesso, faz com que não sobre verbas para outros itens importantíssimos.Luís Henrique escreveu:Mas a questão aqui é QUANTIDADE DE MILITARES NA ATIVA.
Lembrando que, na guerra do golfo tanto a coalizão quanto o Iraque tinham um número semelhante de militares na ativa, mas o resultado foi...