Marechal-do-ar escreveu:Luís Henrique escreveu:Apenas como comparativo, os EUA gastam com pessoal da ATIVA cerca de 25% do total.
25% do total do ministério da defesa, que não inclui pensões.
Luís Henrique escreveu:O Brasil gasta com pessoal da ATIVA cerca de 25% do total.
27% do total do ministério da defesa, que inclui pensões.
Tirando as pensões do ministério da defesa fica 49% gasto com o pessoal na ativa, mostrando a discrepância.
Luís Henrique escreveu:Portanto, o Brasil não tem uma força militar superdimensionada, como alguns dizem.
O Brasil tem um contingente maior do que países que gastam mais.
Luís Henrique escreveu:O problema não é esse.
Colocando de outra forma, os EUA gastam cerca de US$500 mil por militar na ativa, o Brasil gasta cerca de US$100 mil por militar na ativa, quer descontar pensões? Ok, os EUA quase não mudam, o Brasil cai para quase US$50 mil.
Se for para ter militares tão bem treinados e equipados quanto eles existem duas opções, aumentar (muito) os gastos, ou reduzir o efetivo, aumentar o orçamento do ministério da defesa para mais de R$300 bi não me parece viável, estamos enfrentando um terrível déficit fiscal, ninguém vai ser louco de destinar tantos recursos a defesa, o tamanho do efetivo também não me parece viável, é um dos maiores do mundo, e manter soldados porcamente treinados e equipados também não parece uma boa ideia, em conflitos recentes o lado com os militares melhor preparados costuma levar uma vantagem muito maior do que a diferença no valor do investimento por soldado sugere.
Logo...
Luís Henrique escreveu:Os EUA gastam PERCENTUALMENTE o mesmo que nós.
Não...
Luís Henrique escreveu:O GRANDE problema é que os inativos e pensionistas ficam de fora do orçamento militar da maioria dos países e no Brasil eles ficam DENTRO DO ORÇAMENTO e ainda por cima, representam um custo percentual ALTÍSSIMO.
Também não, mover a conta de um lugar para outro não resolve nenhum problema, só move ele de lugar, lembre-se que a previdência é deficitária e ninguém em sã consciência vai aprovar nada que aumente ainda mais o déficit.
1) sim.
2) não existe essa discrepância. A verdadeira discrepância é no percentual de gasto em relação ao PIB. Para você chegar em 49% de gasto com militares da ATIVA você está REDUZINDO o orçamento das forças em 45%. Ai o Brasil estará investindo APENAS 0,77% do PIB nas forças armadas. Ai é claro que 49% do total para ativos é uma discrepância. Mas não porque temos ativos demais e sim porque você cortou o orçamento pela metade.
Com o orçamento PEQUENO que temos, o pessoal da ativa representa 25% do total. Retire o pagamento de inativos e MANTENHA o orçamento intacto, mesmo sendo BAIXO em comparação com a média mundial, teríamos R$ 35 bi A MAIS para investimentos, aquisições, P&D, manutenção, custos, operações, treinamentos, etc.
Não precisamos mexer no tamanho da força que já é pequena em relação à países do mesmo porte que o nosso.
3) Isso se deve à discrepância de INVESTIMENTO.
É o que eu tenho dito, o Brasil investe 0,77% do PIB nas forças armadas enquanto que a média mundial é SUPERIOR A 2% e os demais países do BRIC investem em média 3%.
Esse fato de ter países que investem mais com menos militares na ativa, não significa que estamos com o quantitativo superdimensionado, significa que estamos com o ORÇAMENTO SUBDIMENSIONADO.
4) Posso concordar com você em partes.
Mas vamos reduzir para quanto? Temos 320 mil militares, vamos reduzir para 200 mil???
Com isso conseguimos R$ 7,5 bi.
Atualmente pagamos R$ 20 bi com militares da ativa. Uma redução GIGANTESCA de 320 mil para 200 mil (cortando 120 mil pessoas e aumentando o número de desempregados no país), teremos um gasto com pessoal da ativa de R$ 12,5 bi.
Uma economia de R$ 7,5 bi.
Quantos ANOS levariam para cortarmos 120 mil militares da ativa???
Agora, com UMA lei você retira o pagamento de inativos e pensionistas do orçamento das forças armadas e passa para a previdência social.
De um ano para o outro você corta R$ 35 bi do orçamento das forças armadas.
Se conseguir convencer o poder público a MANTER o orçamento das forças inalterado, explicando o que eu disse, que estamos investindo 1,4% do PIB e que isto já é baixo comparado aos demais países, você consegue R$ 35 bi de um ano para o outro.
E além de tudo não perde PODER MILITAR, porque o QUANTITATIVO também é importante.
Pelo tamanho do nosso país, a extensão de nossas fronteiras, a quantidade de países vizinhos, o tamanho da nossa costa, etc. 320 mil miitares é pouco e eu digo sim, nenhum país com nosso porte possui quantitativo tão pequeno.
5) Sim.
6) Muda TOTALMENTE a situação.
Faça o seguinte, em um PRIMEIRO MOMENTO passamos a conta para a Previdência mas passamos TAMBÉM os recursos.
Ou seja, o pagamento de inativos vai para a previdência e o DINHEIRO também.
Assim o orçamento das forças se livra do pagamento de R$ 35 bi mas também PERDE R$ 35 bi do seu orçamento.
O que vai ocorrer???
O orçamento das forças armadas será reduzido de R$ 78 bi para R$ 43 bi.
O que ganhamos com isso??? ARGUMENTOS para conseguir maior apoio.
Com esta medida, no SIPRI o Brasil deixaria a posição de 11º que mais investe em defesa e passaria para 21º.
No SIPRI, em termos PERCENTUAIS em relação ao PIB, o Brasil deixaria de ser o 71º que mais investe em defesa em relação ao PIB (ótima posição, realmente investimos muito
) e passaria a ocupar a posição de 127º. (que beleza
).
E mais internamente, em comparação com outros ministérios o orçamento para ministério da defesa ficaria bem menor. Uma boa parte da sociedade critica que gastamos em defesa quase o mesmo que gastamos com educação. Que isso é um absurdo.
Com o corte teria uma diferença substancial.
Com esses dados mais CLAROS E VISÍVEIS para a mídia, sociedade e decisores políticos, as forças armadas e demais interessados partiriam para uma conscientização e solicitariam maiores investimentos.
Do jeito que está, fica difícil, pois a sociedade, a mídia, os políticos e até foristas do DB já acham que investimos MUITO nas forças armadas mas que os recursos são mal administrados.
Eu concordo que podemos e devemos melhorar a administração desses recursos, mas não concordo que investimos muito em defesa. Investimos MUITO POUCO. E isso precisa ficar mais CLARO.