UCRÂNIA
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- talharim
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Re: UCRÂNIA
A Ucrania ja era . A OTAN deveria se preocupar em reforçar defesas no leste da Polonia,Romenia e Bulgaria senao o muro de Berlim sera reconstruido em breve .
A UE deveria parar de cortar gastos em defesa para privilegiar gastos com fraldas geriatricas para seus idosos mimados cheios de viadagem que nao podem ficar sem suas viagens de verao a Ibiza e virar a velha do OTAN dos anos 60/70 senao vao levar porradaria dos Russos até pedirem arrego .
A UE deveria parar de cortar gastos em defesa para privilegiar gastos com fraldas geriatricas para seus idosos mimados cheios de viadagem que nao podem ficar sem suas viagens de verao a Ibiza e virar a velha do OTAN dos anos 60/70 senao vao levar porradaria dos Russos até pedirem arrego .
"I would rather have a German division in front of me than a French
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- EDSON
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Re: UCRÂNIA
Os ucranianos começaram a acumular material em Volnovaha. Se é verifico eu não sei mas se houver movimentações na frente nos próximos dias veremos mais batalhas.
- GIL
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Re: UCRÂNIA
Já começo a entender o porqueEDSON escreveu:
Eu me divirto neste fórum.
Fazendo uma limpeza em Debaltseve
- EDSON
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Re: UCRÂNIA
GIL escreveu:Não vou dizer que teu enesimo post sobre a mesma afirmação nesse tema chega a ser redundante, repito não vou dizer, por ser vc se ofende com isso.denilson escreveu:Olha ai mais um achado do Informante, Nurulin é um coronel do FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa). Veterano da Guerra do Afeganistão, hoje Nurulin comanda tropas no Donbass.
Tem até o perfil dele no Facebook. https://www.facebook.com/nailnurulin
Mas a Russia não tem nada a ver com isso.....
Mas eu te diria que a Russia esta tão ausente nesse tema como estão Poloneses, Lituanos e Norte americanos por citar uns poucos exemplos, qualquer outra novidade sobre essa guerra se agradece.
------------------
Mais voltando ao tema.
Creio que esse mapa é de 2005, aqui fala que a quantidade de munição que a Ucrania tinha guardada era de umas 130.000 T
me pergunto quanto disso eles já gastaram no que vai de guerra???
Ha um problema que boa parte foi vendida para países em conflitos ao redor do globo. África e Oriente Médio principalmente.
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Re: UCRÂNIA
"Nos agradecemos ( poroshenko) por negar o cerco, por ter nos equipado bem, pelo Cessar fogo e por nos enviar como carne para um moedor" 128° brigada ucraniana que estava em debaltseve. http://www.independent.co.uk/news/world ... 58080.html
- EDSON
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Re: UCRÂNIA
O acordo que foi jogado na lata de lixo por golpe ano passado.
"O acordo sobre a resolução da crise na Ucrânia
Preocupado com o trágico caso de perda de vidas na Ucrânia,
Em um esforço para interromper imediatamente o derramamento de sangue,
Determinado a pavimentar o caminho para uma solução política para a crise,
Nós, as partes abaixo concordam com o seguinte:
1. No prazo de 48 horas após a assinatura deste acordo for aprovada, assinada e promulgada uma lei especial que iria restaurar a Constituição da Ucrânia em 2004, conforme alterado até aquele momento. Os signatários declaram a sua intenção de formar uma coalizão e formar um governo de unidade nacional no prazo de 10 dias depois disso.
2. A reforma constitucional que equilibra os poderes do Presidente, Governo e Parlamento começará imediatamente e ser concluída em setembro de 2014.
3. As eleições presidenciais serão realizadas imediatamente após a aprovação da nova Constituição, mas o mais tardar em Dezembro de 2014. Será adotada uma nova lei eleitoral, bem como a formação de uma nova composição da Comissão Eleitoral Central em uma base pro rata, de acordo com as regras da OSCE e da Comissão de Veneza.
4. Inquérito dos recentes atos de violência será realizada sob as autoridades de controlo, a oposição e do Conselho da Europa.
5. A entidade não irá impor um estado de emergência. Governo e da oposição que se abstenham do uso da força.
O Verkhovna Rada da Ucrânia terá a terceira lei de indenização, que será distribuído para o mesmo crime que a lei de 17 de fevereiro de 2014.
Ambos os lados farão grandes esforços para normalizar a vida nas cidades e aldeias através da liberação de prédios administrativos e públicos e desbloquear as ruas, parques e praças.
Armas ilegais deve ser entregue ao Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia dentro de 24 horas a partir do momento da entrada em vigor da lei especial acima mencionado (cláusula 1 do presente Acordo).
Após esse período, todos os casos de transporte ilegal e posse de armas cobertas pela legislação da Ucrânia. Forças de oposição e que o governo vai afastar-se da posição de confronto. A energia elétrica será utilizado exclusivamente para as forças de protecção física dos edifícios governamentais de segurança.
6. Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da França, Alemanha, Polónia e Representante Especial do Presidente da Federação Russa, pediu o fim imediato a todas as formas de violência e confronto.
Kiev, 21 de fevereiro de 2014
Oposição: líder SOPRO Vitali Klitschko, o líder na "Pátria" Yatsenyuk, líder em "Freedom" Oleg Tyagnibok
Testificou:
A partir da União Europeia: Ministro Federal dos Negócios Estrangeiros da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, e Chefe da Europa Continental, Ministério dos Negócios Estrangeiros da República da França Eric Fournier.
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Re: UCRÂNIA
Com recursos materiais ucranianos eu concordo contigo, mas vamos ver até onde vai o fôlego($$$$) do Vladimir e paciência de parte da OTAN.Bolovo escreveu:E com qual Força Aérea farão isso? Esse conflito não tem mais solução militar para os ucranianos. Sempre é bom relembrar:juarez castro escreveu: Bolovo, eu concordo que são TOs muito diferentes, mas parte do abastecimento russo no Afeganistão era por via terrestre e este passeio de equipamentos pela fronteira russa só está acontecendo porque os ucranianos não superioridade aérea no TO, para poder interceptar do ar estes comboios, se isto mudar, muda totalmente a estratégia da guerra.
E isto só aqcontecerá de forma lenta e gradual para tentar estrangular a capacidade logística russa, vamos ver como vai ficar....
Grande abraço
http://www.youtube.com/watch?v=-dBnVh2d4co
Grande abraço
- Clermont
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Re: UCRÂNIA
INTERVENCIONISMO MATA: A UCRÂNIA UM ANO DEPOIS DO GOLPE.
Ron Paul - Antiwar.com, 23 de fevereiro de 2015.
Foi há um ano atrás que um violento golpe derrubou o legalmente eleito governo da Ucrânia. Este golpe não apenas foi apoiado pelos governos dos Estados Unidos e da União Européia - muito dele foi, realmente, planejado por eles. Olhando para trás os eventos que levaram a derrubada fica claro que sem intervenção estrangeira, a Ucrãnia não estaria na situação atual, aparentemente sem esperanças.
Pelo final de 2013, a economia da Ucrânia estava em ruínas. O governo estava desesperado por um resgate econômico e o então presidente Yanukovych primeiro olhou para o ocidente, para os EUA e a UE antes de decidir aceitar uma oferta de auxílio da Rússia. Os residentes do sul e do leste da Ucrânia, que em maioria falam russo e comerciam extensivamente com a Rússia, ficaram contentes com a decisão. Os oeste-ucranianos que se identificam com a Polônia e a Europa começaram a protestar. A Ucrânia é um país profundamente dividido e o presidente era oriundo da região oriental.
Neste ponto, o conflito era apenas outro capítulo da difícil história pós-soviética da Ucrânia. Haveria algum descontentamento com a decisão, mas caso não tivesse ocorrido nenhuma intervenção estrangeira em apoio às manifestações, provavelmente você não estaria lendo esta coluna hoje. O problema poderia muito bem ter sido resolvido por si mesmo, no devido tempo, antes do que escalar para uma guerra civil aberta. Mas os intervencionistas nos EUA e na UE ganharam de novo, e seu projeto intervencionista acabou sendo um desastre.
As manifestações no final de 2013 tornaram-se mais dramáticas e violentas e logo um fluxo constante de políticos americanos e europeus estavam abertamente participando, enquanto os manifestantes pediam pela derrubada do governo ucraniano. O senador John McCain realizou várias visitas à Kiev e até mesmo discursou para as turbas, a fim de encorajá-las.
Imagine só se um líder estrangeiro como Putin ou Assad viesse até Washington para encorajar manifestantes a derrubarem o presidente Obama!
Como logo descobrimos de uma chamada telefônica vazada, o embaixador americano em Kiev e a secretária-assistente de estado, Victoria Nuland, estavam elaborando planos detalhados para um novo governo em Kiev após o governo legal ter sido derrubado com sua assistência.
As manifestações continuaram a crescer mas, finalmente, em 20 de fevereiro do ano passado, uma delegação européia forjou um compromisso que incluía eleições antecipadas e várias outras concessões de Yanukovych. Parecia que o desastre havia sido evitado, mas, subitamente, nesta mesma noite, alguns dos grupos mais violentos, que eram próximos aos Estados Unidos, levaram à cabo o golpe e Yanukovych fugiu do país.
Quando o leste recusou-se a reconhecer a legitimidade do novo governo e realizou um referendo para separar-se do oeste, Kiev mandou os tanques para impor a submissão. Antes do que aceitar a vontade daqueles desejosos de independência do que viam como um governo ilegítimo colocado no poder por estrangeiros, a administração Obama decidiu jogar toda a culpa sobre os russos e deu início à sanções!
Essa guerra deslanchada por Kiev dura até o presente, com um cessar-fogo neste mês forjado pelos alemães e franceses, finalmente oferecendo alguma esperança para um fim à matança. Mais de 5 mil já morreram e muitos destes eram civis bombardeados em suas cidades por Kiev.
E se John McCain tivesse ficado em casa, preocupando-se com seus eleitores no Arizona ao invés dos não-eleitores, 10 mil quilômetros de distância? E se os outros políticos dos EUA e da UE tivessem feito o mesmo? E se Victoria Nuland e o embaixador americano Geoffrey Pyatt tivessem focado em diplomacia real ao invés de mudança de regime?
Se tivessem feito isto, haveria boas chances de que muitos, se não todos, estes que morreram na violência ainda estivessem vivos, hoje.
O intervencionismo mata.
Ron Paul - Antiwar.com, 23 de fevereiro de 2015.
Foi há um ano atrás que um violento golpe derrubou o legalmente eleito governo da Ucrânia. Este golpe não apenas foi apoiado pelos governos dos Estados Unidos e da União Européia - muito dele foi, realmente, planejado por eles. Olhando para trás os eventos que levaram a derrubada fica claro que sem intervenção estrangeira, a Ucrãnia não estaria na situação atual, aparentemente sem esperanças.
Pelo final de 2013, a economia da Ucrânia estava em ruínas. O governo estava desesperado por um resgate econômico e o então presidente Yanukovych primeiro olhou para o ocidente, para os EUA e a UE antes de decidir aceitar uma oferta de auxílio da Rússia. Os residentes do sul e do leste da Ucrânia, que em maioria falam russo e comerciam extensivamente com a Rússia, ficaram contentes com a decisão. Os oeste-ucranianos que se identificam com a Polônia e a Europa começaram a protestar. A Ucrânia é um país profundamente dividido e o presidente era oriundo da região oriental.
Neste ponto, o conflito era apenas outro capítulo da difícil história pós-soviética da Ucrânia. Haveria algum descontentamento com a decisão, mas caso não tivesse ocorrido nenhuma intervenção estrangeira em apoio às manifestações, provavelmente você não estaria lendo esta coluna hoje. O problema poderia muito bem ter sido resolvido por si mesmo, no devido tempo, antes do que escalar para uma guerra civil aberta. Mas os intervencionistas nos EUA e na UE ganharam de novo, e seu projeto intervencionista acabou sendo um desastre.
As manifestações no final de 2013 tornaram-se mais dramáticas e violentas e logo um fluxo constante de políticos americanos e europeus estavam abertamente participando, enquanto os manifestantes pediam pela derrubada do governo ucraniano. O senador John McCain realizou várias visitas à Kiev e até mesmo discursou para as turbas, a fim de encorajá-las.
Imagine só se um líder estrangeiro como Putin ou Assad viesse até Washington para encorajar manifestantes a derrubarem o presidente Obama!
Como logo descobrimos de uma chamada telefônica vazada, o embaixador americano em Kiev e a secretária-assistente de estado, Victoria Nuland, estavam elaborando planos detalhados para um novo governo em Kiev após o governo legal ter sido derrubado com sua assistência.
As manifestações continuaram a crescer mas, finalmente, em 20 de fevereiro do ano passado, uma delegação européia forjou um compromisso que incluía eleições antecipadas e várias outras concessões de Yanukovych. Parecia que o desastre havia sido evitado, mas, subitamente, nesta mesma noite, alguns dos grupos mais violentos, que eram próximos aos Estados Unidos, levaram à cabo o golpe e Yanukovych fugiu do país.
Quando o leste recusou-se a reconhecer a legitimidade do novo governo e realizou um referendo para separar-se do oeste, Kiev mandou os tanques para impor a submissão. Antes do que aceitar a vontade daqueles desejosos de independência do que viam como um governo ilegítimo colocado no poder por estrangeiros, a administração Obama decidiu jogar toda a culpa sobre os russos e deu início à sanções!
Essa guerra deslanchada por Kiev dura até o presente, com um cessar-fogo neste mês forjado pelos alemães e franceses, finalmente oferecendo alguma esperança para um fim à matança. Mais de 5 mil já morreram e muitos destes eram civis bombardeados em suas cidades por Kiev.
E se John McCain tivesse ficado em casa, preocupando-se com seus eleitores no Arizona ao invés dos não-eleitores, 10 mil quilômetros de distância? E se os outros políticos dos EUA e da UE tivessem feito o mesmo? E se Victoria Nuland e o embaixador americano Geoffrey Pyatt tivessem focado em diplomacia real ao invés de mudança de regime?
Se tivessem feito isto, haveria boas chances de que muitos, se não todos, estes que morreram na violência ainda estivessem vivos, hoje.
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Re: UCRÂNIA
Juarez, No que depender dos sócios europeus ocidentais, a Otan vai ter paciência até dizer chega. Ou até terminar este conflito com a metade leste da Ucrânia virando território russo.
Ninguém em sã consciência na Europa ocidental quer um enfrentamento direto com os russos. Seria loucura ou absoluta falta de juízo. A Ucrânia não vale tudo isso para eles. Só para os europeus orientais, que temem ver de novo as tropas vermelhas perto de suas fronteiras novamente. Mas isso não importa para Frnaça e Alemanha. Dos problemas este é o menor.
Putin sabem muito bem até onde os europeus podem estivar a corda. E favorecer uma intervenção aberta russa neste momento, seria na prática pedir para perder Kiev e toda a Ucrânia de vez, seja na forma de um governo títere pró-russo no que sobrar dela, seja por absorvição integral, o que não é o objetivo do Moscou.
O que se quer agora é tentar fazer com que se consiga manter o mais que possível de território ucraniano intacto perante o avanço pró-russo no leste. Aliás, este já está praticamente perdido, como se pode ver nos mapas colocados aqui. Se este conflito não for resolvido agora, a Ucrânia não irá perder somente o leste, mas todo o sul do país também. E isto sem dar-se um único tiro.
A ver se interessa mais a Otan manter as tropas de Moscou o mais longe possível do Danúbio, ou se eles vão pagar para ver, metendo a mão nesta cumbuca que virou o conflito ucraniano. Os americanos já declinaram.
abs.
Ninguém em sã consciência na Europa ocidental quer um enfrentamento direto com os russos. Seria loucura ou absoluta falta de juízo. A Ucrânia não vale tudo isso para eles. Só para os europeus orientais, que temem ver de novo as tropas vermelhas perto de suas fronteiras novamente. Mas isso não importa para Frnaça e Alemanha. Dos problemas este é o menor.
Putin sabem muito bem até onde os europeus podem estivar a corda. E favorecer uma intervenção aberta russa neste momento, seria na prática pedir para perder Kiev e toda a Ucrânia de vez, seja na forma de um governo títere pró-russo no que sobrar dela, seja por absorvição integral, o que não é o objetivo do Moscou.
O que se quer agora é tentar fazer com que se consiga manter o mais que possível de território ucraniano intacto perante o avanço pró-russo no leste. Aliás, este já está praticamente perdido, como se pode ver nos mapas colocados aqui. Se este conflito não for resolvido agora, a Ucrânia não irá perder somente o leste, mas todo o sul do país também. E isto sem dar-se um único tiro.
A ver se interessa mais a Otan manter as tropas de Moscou o mais longe possível do Danúbio, ou se eles vão pagar para ver, metendo a mão nesta cumbuca que virou o conflito ucraniano. Os americanos já declinaram.
abs.
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- denilson
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Re: UCRÂNIA
OPINIÃO: DIPLOMACIA CHEGOU AO LIMITE NA UCRÂNIA
Talvez o Acordo de Minsk ainda não tenha fracassado, mas o caso da batalha por Debaltsevo mostra que, somente com conversas, não será possível chegar à paz, opina Bernd Johann, chefe da redação ucraniana da DW.
Quando uma importante cidade estratégica é conquistada, não se pode falar de uma trégua. E se os agressores avançarem em peso com tanques e lançadores de foguetes, então não se pode falar de uma retirada de artilharia pesada. Não faz nem mesmo uma semana que o Acordo de Minsk foi assinado. Ele deveria servir como cronograma para a paz no leste da Ucrânia. Mas, no campo de batalha em Debaltsevo, ao norte de Donetsk, esse processo foi, provavelmente, bombardeado e torpedeado.
Mesmo em Minsk não havia muita esperança para a distensão do conflito no leste da Ucrânia. Em Debaltsevo, os separatistas já ignoraram completamente os dois primeiros objetivos – cessar-fogo e retirada de armas – do abrangente acordo de 13 pontos. Eles violaram duramente a trégua, criando precedentes militares e reduzindo a pó os esforços diplomáticos.
E isso claramente aconteceu com a anuência da Rússia. De forma quase provocadora, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou isso claro na última terça-feira, em coletiva de imprensa na Hungria, um país, aliás, membro da União Europeia.
Contrariando a opinião generalizada, Putin declarou que a liderança política em Kiev seria a responsável única pelo derramamento de sangue em Debaltsevo. Ele chegou a exigir até a capitulação do Exército ucraniano. Dessa forma, ele não poderia ter formulado mais claramente a sua tomada de partido pelos planos de conquista dos separatistas.
Para o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, o caso Debaltsevo não é somente uma catástrofe militar, mas também política. Na própria Ucrânia, não faltam críticas ao acordo de Minsk, que foi fechado sob duras negociações entre Kiev e os separatistas pró-russos, contando também com a participação dos líderes de Alemanha, França e Rússia.
O documento abrange vários acordos dolorosos para Kiev. Já que, de fato, dele resulta um "conflito congelado" e uma forma de Estado separatista sob influência russa em solo ucraniano.
Mesmo em Minsk, ficou claro que nem os separatistas nem a Rússia aceitariam que Debaltsevo permanecesse ucraniana. Pois, pela cidade, passa uma das principais vias de ligação – tanto rodoviária quanto ferroviária – entre Donetsk e Lugansk. Ela garante a verdadeira ligação de tráfego entre as duas "repúblicas populares". E, a partir dali, a linha férrea leva diretamente à Rússia. O suprimento militar para os separatistas pode agora ser transportado de forma mais fácil.
Sitiado há várias semanas em Debaltsevo, o Exército ucraniano não tem a menor chance contra a superioridade das forças inimigas, equipadas com modernas armas russas. Mas Poroshenko se recusou a ceder, exortando os soldados a resistir. Mas, agora, os militares ucranianos se retiraram de Debaltsevo. Por esse motivo, a derrota também é uma humilhação para Poroshenko, que, internamente, sofre ainda mais pressão política.
Para a maioria dos ucranianos, já está claro que, militarmente, a Ucrânia não pode vencer sozinha a guerra. Portanto, os esforços militares devem continuar. Caso os combatentes separatistas venham a conter o seu avanço, após a conquista de Debaltsevo, ainda existe uma chance de salvar o acordo de Minsk.
Mas há também outros riscos: Debaltsevo não fica muito longe de Carcóvia, outra grande cidade no norte da Ucrânia. E também Mariupol, no sul do país, encontra-se no fogo cruzado dos separatistas. Assim, a guerra poderia se acirrar de maneira ainda mais dramática.
Talvez os separatistas se contentem com as regiões de Lugansk e Donetsk. No entanto, os acontecimentos em Donetsk mostram que somente a diplomacia – mesmo que em nível de primeiro escalão – não é suficiente para conter um agressor sedento por ganhar terreno. Se os combatentes pró-russos realmente avançarem em direção a Carcóvia e Mariupol, então vem à tona a questão do fornecimento de armas à Ucrânia.
Mas, principalmente, devem ser preparadas novas sanções contra os apoiadores dos separatistas na Rússia. Pois, agora, a diplomacia da Europa atingiu os seus limites.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... a-Ucrania/
Talvez o Acordo de Minsk ainda não tenha fracassado, mas o caso da batalha por Debaltsevo mostra que, somente com conversas, não será possível chegar à paz, opina Bernd Johann, chefe da redação ucraniana da DW.
Quando uma importante cidade estratégica é conquistada, não se pode falar de uma trégua. E se os agressores avançarem em peso com tanques e lançadores de foguetes, então não se pode falar de uma retirada de artilharia pesada. Não faz nem mesmo uma semana que o Acordo de Minsk foi assinado. Ele deveria servir como cronograma para a paz no leste da Ucrânia. Mas, no campo de batalha em Debaltsevo, ao norte de Donetsk, esse processo foi, provavelmente, bombardeado e torpedeado.
Mesmo em Minsk não havia muita esperança para a distensão do conflito no leste da Ucrânia. Em Debaltsevo, os separatistas já ignoraram completamente os dois primeiros objetivos – cessar-fogo e retirada de armas – do abrangente acordo de 13 pontos. Eles violaram duramente a trégua, criando precedentes militares e reduzindo a pó os esforços diplomáticos.
E isso claramente aconteceu com a anuência da Rússia. De forma quase provocadora, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou isso claro na última terça-feira, em coletiva de imprensa na Hungria, um país, aliás, membro da União Europeia.
Contrariando a opinião generalizada, Putin declarou que a liderança política em Kiev seria a responsável única pelo derramamento de sangue em Debaltsevo. Ele chegou a exigir até a capitulação do Exército ucraniano. Dessa forma, ele não poderia ter formulado mais claramente a sua tomada de partido pelos planos de conquista dos separatistas.
Para o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, o caso Debaltsevo não é somente uma catástrofe militar, mas também política. Na própria Ucrânia, não faltam críticas ao acordo de Minsk, que foi fechado sob duras negociações entre Kiev e os separatistas pró-russos, contando também com a participação dos líderes de Alemanha, França e Rússia.
O documento abrange vários acordos dolorosos para Kiev. Já que, de fato, dele resulta um "conflito congelado" e uma forma de Estado separatista sob influência russa em solo ucraniano.
Mesmo em Minsk, ficou claro que nem os separatistas nem a Rússia aceitariam que Debaltsevo permanecesse ucraniana. Pois, pela cidade, passa uma das principais vias de ligação – tanto rodoviária quanto ferroviária – entre Donetsk e Lugansk. Ela garante a verdadeira ligação de tráfego entre as duas "repúblicas populares". E, a partir dali, a linha férrea leva diretamente à Rússia. O suprimento militar para os separatistas pode agora ser transportado de forma mais fácil.
Sitiado há várias semanas em Debaltsevo, o Exército ucraniano não tem a menor chance contra a superioridade das forças inimigas, equipadas com modernas armas russas. Mas Poroshenko se recusou a ceder, exortando os soldados a resistir. Mas, agora, os militares ucranianos se retiraram de Debaltsevo. Por esse motivo, a derrota também é uma humilhação para Poroshenko, que, internamente, sofre ainda mais pressão política.
Para a maioria dos ucranianos, já está claro que, militarmente, a Ucrânia não pode vencer sozinha a guerra. Portanto, os esforços militares devem continuar. Caso os combatentes separatistas venham a conter o seu avanço, após a conquista de Debaltsevo, ainda existe uma chance de salvar o acordo de Minsk.
Mas há também outros riscos: Debaltsevo não fica muito longe de Carcóvia, outra grande cidade no norte da Ucrânia. E também Mariupol, no sul do país, encontra-se no fogo cruzado dos separatistas. Assim, a guerra poderia se acirrar de maneira ainda mais dramática.
Talvez os separatistas se contentem com as regiões de Lugansk e Donetsk. No entanto, os acontecimentos em Donetsk mostram que somente a diplomacia – mesmo que em nível de primeiro escalão – não é suficiente para conter um agressor sedento por ganhar terreno. Se os combatentes pró-russos realmente avançarem em direção a Carcóvia e Mariupol, então vem à tona a questão do fornecimento de armas à Ucrânia.
Mas, principalmente, devem ser preparadas novas sanções contra os apoiadores dos separatistas na Rússia. Pois, agora, a diplomacia da Europa atingiu os seus limites.
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Re: UCRÂNIA
É redundância falar dos bons textos do Clermont mas este é muito bom.Clermont escreveu:INTERVENCIONISMO MATA: A UCRÂNIA UM ANO DEPOIS DO GOLPE.
Ron Paul - Antiwar.com, 23 de fevereiro de 2015.
Foi há um ano atrás que um violento golpe derrubou o legalmente eleito governo da Ucrânia. Este golpe não apenas foi apoiado pelos governos dos Estados Unidos e da União Européia - muito dele foi, realmente, planejado por eles. Olhando para trás os eventos que levaram a derrubada fica claro que sem intervenção estrangeira, a Ucrãnia não estaria na situação atual, aparentemente sem esperanças.
Pelo final de 2013, a economia da Ucrânia estava em ruínas. O governo estava desesperado por um resgate econômico e o então presidente Yanukovych primeiro olhou para o ocidente, para os EUA e a UE antes de decidir aceitar uma oferta de auxílio da Rússia. Os residentes do sul e do leste da Ucrânia, que em maioria falam russo e comerciam extensivamente com a Rússia, ficaram contentes com a decisão. Os oeste-ucranianos que se identificam com a Polônia e a Europa começaram a protestar. A Ucrânia é um país profundamente dividido e o presidente era oriundo da região oriental.
Neste ponto, o conflito era apenas outro capítulo da difícil história pós-soviética da Ucrânia. Haveria algum descontentamento com a decisão, mas caso não tivesse ocorrido nenhuma intervenção estrangeira em apoio às manifestações, provavelmente você não estaria lendo esta coluna hoje. O problema poderia muito bem ter sido resolvido por si mesmo, no devido tempo, antes do que escalar para uma guerra civil aberta. Mas os intervencionistas nos EUA e na UE ganharam de novo, e seu projeto intervencionista acabou sendo um desastre.
As manifestações no final de 2013 tornaram-se mais dramáticas e violentas e logo um fluxo constante de políticos americanos e europeus estavam abertamente participando, enquanto os manifestantes pediam pela derrubada do governo ucraniano. O senador John McCain realizou várias visitas à Kiev e até mesmo discursou para as turbas, a fim de encorajá-las.
Imagine só se um líder estrangeiro como Putin ou Assad viesse até Washington para encorajar manifestantes a derrubarem o presidente Obama!
Como logo descobrimos de uma chamada telefônica vazada, o embaixador americano em Kiev e a secretária-assistente de estado, Victoria Nuland, estavam elaborando planos detalhados para um novo governo em Kiev após o governo legal ter sido derrubado com sua assistência.
As manifestações continuaram a crescer mas, finalmente, em 20 de fevereiro do ano passado, uma delegação européia forjou um compromisso que incluía eleições antecipadas e várias outras concessões de Yanukovych. Parecia que o desastre havia sido evitado, mas, subitamente, nesta mesma noite, alguns dos grupos mais violentos, que eram próximos aos Estados Unidos, levaram à cabo o golpe e Yanukovych fugiu do país.
Quando o leste recusou-se a reconhecer a legitimidade do novo governo e realizou um referendo para separar-se do oeste, Kiev mandou os tanques para impor a submissão. Antes do que aceitar a vontade daqueles desejosos de independência do que viam como um governo ilegítimo colocado no poder por estrangeiros, a administração Obama decidiu jogar toda a culpa sobre os russos e deu início à sanções!
Essa guerra deslanchada por Kiev dura até o presente, com um cessar-fogo neste mês forjado pelos alemães e franceses, finalmente oferecendo alguma esperança para um fim à matança. Mais de 5 mil já morreram e muitos destes eram civis bombardeados em suas cidades por Kiev.
E se John McCain tivesse ficado em casa, preocupando-se com seus eleitores no Arizona ao invés dos não-eleitores, 10 mil quilômetros de distância? E se os outros políticos dos EUA e da UE tivessem feito o mesmo? E se Victoria Nuland e o embaixador americano Geoffrey Pyatt tivessem focado em diplomacia real ao invés de mudança de regime?
Se tivessem feito isto, haveria boas chances de que muitos, se não todos, estes que morreram na violência ainda estivessem vivos, hoje.
O intervencionismo mata.
Uma critica minha.- A Ucrânia é uma invenção Soviética que não da certo é um Estado que vai se esfacelar e pelo visto e ninguém mais salva.
- GIL
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Re: UCRÂNIA
Gostei muito dessa montagem com final em plano parodia. (eng)
Sargento Ucraniano capturado pelas milicias (spa)
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Ainda que também é verdade que a Ucrania agora que não tem mais a Crimeia seduz algo menos.
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Sargento Ucraniano capturado pelas milicias (spa)
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Tenho algo de duvidas nisso de que USA a declinado de seguir com sua intervenção, porque a USA le convem uma Europa dividida e até algo arruinada com uma Ucrania na OTAN, para mim USA sobre certos aspectos já ganhou, distanciou Alemanha e França da Russia, deixou feito M a Ucrania, vai reforçar a presença nos paises do leste que estão na OTAN e o orçamento da mesma deve aumentar, a unica coisa que faltou nesse bolo foi a cereja, poder expulsar os russos do mar Negro e por ende do mar MediterraneoFCarvalho escreveu:Juarez, No que depender dos sócios europeus ocidentais, a Otan vai ter paciência até dizer chega. Ou até terminar este conflito com a metade leste da Ucrânia virando território russo.
Ninguém em sã consciência na Europa ocidental quer um enfrentamento direto com os russos. Seria loucura ou absoluta falta de juízo. A Ucrânia não vale tudo isso para eles. Só para os europeus orientais, que temem ver de novo as tropas vermelhas perto de suas fronteiras novamente. Mas isso não importa para Frnaça e Alemanha. Dos problemas este é o menor.
Putin sabem muito bem até onde os europeus podem estivar a corda. E favorecer uma intervenção aberta russa neste momento, seria na prática pedir para perder Kiev e toda a Ucrânia de vez, seja na forma de um governo títere pró-russo no que sobrar dela, seja por absorvição integral, o que não é o objetivo do Moscou.
O que se quer agora é tentar fazer com que se consiga manter o mais que possível de território ucraniano intacto perante o avanço pró-russo no leste. Aliás, este já está praticamente perdido, como se pode ver nos mapas colocados aqui. Se este conflito não for resolvido agora, a Ucrânia não irá perder somente o leste, mas todo o sul do país também. E isto sem dar-se um único tiro.
A ver se interessa mais a Otan manter as tropas de Moscou o mais longe possível do Danúbio, ou se eles vão pagar para ver, metendo a mão nesta cumbuca que virou o conflito ucraniano. Os americanos já declinaram.
abs.
Ainda que também é verdade que a Ucrania agora que não tem mais a Crimeia seduz algo menos.
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- FCarvalho
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Re: UCRÂNIA
O objetivo agora com a queda de Debaltsevo é a conquista do máximo de território possível, tanto ao sul quanto ao norte onde a maioria da população é pró-Rússia.denilson escreveu:OPINIÃO: DIPLOMACIA CHEGOU AO LIMITE NA UCRÂNIA
Talvez o Acordo de Minsk ainda não tenha fracassado, mas o caso da batalha por Debaltsevo mostra que, somente com conversas, não será possível chegar à paz, opina Bernd Johann, chefe da redação ucraniana da DW.
Por baixo dos panos os rebeldes nunca disfarçaram que o objetivo de longo prazo era esse.
Agora, o problema é saber se os ucranianos irão receber algum tipo de ajuda efetiva para tentar salvar o que lhe resta ainda do seu território, mesmo sabendo que não tem capacidade militar e política para isso, e até onde os europeus vão segurar a corda, antes que seus vizinhos no leste resolvam, em um ataque de nervos, por à prova a capacidade russa de apoiar incondicionalmente os rebeldes, mesmo que estes resolvam só parar na fronteira oeste com a Romênia.
Aliás, os romenos devem estar muito preocupados com esta possibilidade agora. Eles tem vizinhos bem incômodos também.
Vamos ver que é que vai piscar primeiro.
abs.
Carpe Diem