Georgia X Rússia
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- cesarw
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Re: Georgia X Rússia
Mas rapaz, vou dizer uma coisa:
Como eu sou fã desse PT rapá!!!!!
Sabe tudo!!!.
Como eu sou fã desse PT rapá!!!!!
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"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
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Re: Georgia X Rússia
Que viagem na maionese!!!!pt escreveu:Eu gostava de saber o que é um acólito, e também o que é que esse texto trás de novo.
O Sr. Halimi, é um autor muito elogiado na área do Partido Comunista Português, o mis pró sovético partido comunista da Europa Ocidental.
Não é de estranhar que alguém que nos últimos 15 anos vomitou textos de um antiamericanismo patológico como o Sr. Halimi, continue a fazer o que sempre fez.
Escrever para justificar tudo e todos os que se opõem à América, mesmo que por via violenta.
Na prática é um francês irritado com a decadência da França.
É evidente que o petróleo do Mar Cáspio é importante para a Europa (muito mais para a Europa que para os Estados Unidos). E é evidente que a Europa tem o direito e o dever de proteger as suas fontes de energia, especialmente quando essas fontes de energia são ameaçadas por ditaduras como a ditadura imperial russa, que pretende chantagear toda a Europa.
Mas a Europa sempre teve este problema. Mesmo no seu seio e no seio de cada um dos países que a constituem, há sempre mentes bem pensantes que são do contra, apenas porque é fino ou porque é cool.
A Rússia não tem o direito de chantagear os países da Europa. A Rússia não é dona do petróleo do Cáucaso. O Império Russo é um império fundado em horrores, morte e genocídios.
E o tempo dos impérios genocidas já terminou. O problema é que o Fuhrer de Moscovo, não aceita isso. E irá até onde for possível para voltar a montar câmaras de gás, para reeducar aqueles que se lhe opuserem.
Temos obrigação de olhar para a História e perceber que já vimos este filme mais que uma vez.
Também Hitler era defendido por muitos na Europa e mesmo na América.
Até que a ditadura hitleriana mostrou a sua verdadeira cara ainda havia gente disposta a escrever artigos a afirmar que a Alemanha não queria uma Democracia. A Alemanha tinha sido injustiçada na I GuerraMundial e apenas pretendia recuperar o que lhe pertencia.
O Reich de Putin, como o Reich de Hitler não pretende manter apenas o que tem. Trata-se de um império que funciona segundo as regras dos impérios.
Um Império só tem futuro se continuar a demonstrar o seu poder. E só pode demonstrar esse poder através da conquista e do genocídio.
A invasão russa da Geórgia, e as mentiras estapafurdias da imprensa russa, as continuadas (e comprovadas)mentiras dos russos, as promessas de retirada dos russos que eles nunca cumpriram ou as promessas de retirada da Geóriga que ainda hoje continuam por cumprir, são apenas demonstrações de que para os líderes genocidas do mundo, como Estalin, Putin ou Hitler, os tratados têm o mesmo valor de uma folha de papel higiénico.
Putin não cumpre, como não cumpriu Hitler como não cumpriu Estaline.
As cartas estão em cima da mesa. Mas as boas almas são livres de continuar a acreditar na magnanimidade do Czar, como até 1939, muitos ainda acreditavam que Hitler era uma boa alma que apenas queria recuperar a dignidade do povo alemão.
Dezenas de milhões pagaram com a vida, a cobardia dos que aplacaram Hitler e justificaram as cedências, acreditando que tudo ficaria por ali.
Nunca fica por alí.
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Re: Georgia X Rússia
Nossa coitado do senhor Halimi, esta demoniado ate o fim dos tempos, essa argumentaçao sua e perfeita , demostra que o texto apresentado nao tem nenhum valor ja que trata-se de mais um Frances decadente.pt escreveu:Eu gostava de saber o que é um acólito, e também o que é que esse texto trás de novo.
O Sr. Halimi, é um autor muito elogiado na área do Partido Comunista Português, o mis pró sovético partido comunista da Europa Ocidental.
Não é de estranhar que alguém que nos últimos 15 anos vomitou textos de um antiamericanismo patológico como o Sr. Halimi, continue a fazer o que sempre fez.
Escrever para justificar tudo e todos os que se opõem à América, mesmo que por via violenta.
Na prática é um francês irritado com a decadência da França.
Otima essa associaçao que voce faz, do III Reich com a Russia, Hitler com Putin, realmente sao identicos, principalmente a parte dos genocidios, essa nao tem como negar. So falta o bigode.pt escreveu: E o tempo dos impérios genocidas já terminou. O problema é que o Fuhrer de Moscovo, não aceita isso. E irá até onde for possível para voltar a montar câmaras de gás, para reeducar aqueles que se lhe opuserem.
O Reich de Putin, como o Reich de Hitler não pretende manter apenas o que tem. Trata-se de um império que funciona segundo as regras dos impérios.
Um Império só tem futuro se continuar a demonstrar o seu poder. E só pode demonstrar esse poder através da conquista e do genocídio.
Como diz meu amigo Tulio, estou aderindo a campanha "Nao alimente os Trolls".
Senhores, sejamos razoáveis.
- soultrain
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Re: Georgia X Rússia
PT,
Realmente a sua resposta é no mínimo deselegante, não ataca as ideias, ataca o mensageiro, e ataca sem saber o que diz e sem a mínima capacidade para o fazer. Serge Halimi é só o presidente da board de directores do Le Monde diplomatique e director e editor do próprio.
Admiro este jornalista e professor universitário pela sua independência e luta para que todo o jornalismo seja independente, podia explicar-lhe quem ele é mais pormenorizadamente, mas segundo o que li seu aqui neste tópico, seria perca de tempo, já que desde há uns tempos anda toldado por umas ideias "absolutistas" estranhas, parece que as discusões com os nossos amigos castelhanos lhe fizeram mal.
Antes que me acuse, como tem sido seu habito neste tópico, tou-me pouco lixando para os Russos, para os Americanos e para o resto da corja, preocupo-me é o que os tolos e burros (teimam em não estudar História) dos seus amigos fazem, que prejudicam e hão de prejudicar a mim e aos meus filhos.
No entanto pergunto-me... porque nunca lhe li nada deste estilo sobre o seu amigo George W. B., esse grande pacificador e amigo das criancinhas. Ouça o Túlio que está correctíssimo, o Putin é da sua côr politica, extrema direita, sem nenhuma dúvida. Ainda teima em não responder às perguntas, são incomodas?
[[]]'as
Realmente a sua resposta é no mínimo deselegante, não ataca as ideias, ataca o mensageiro, e ataca sem saber o que diz e sem a mínima capacidade para o fazer. Serge Halimi é só o presidente da board de directores do Le Monde diplomatique e director e editor do próprio.
Admiro este jornalista e professor universitário pela sua independência e luta para que todo o jornalismo seja independente, podia explicar-lhe quem ele é mais pormenorizadamente, mas segundo o que li seu aqui neste tópico, seria perca de tempo, já que desde há uns tempos anda toldado por umas ideias "absolutistas" estranhas, parece que as discusões com os nossos amigos castelhanos lhe fizeram mal.
Antes que me acuse, como tem sido seu habito neste tópico, tou-me pouco lixando para os Russos, para os Americanos e para o resto da corja, preocupo-me é o que os tolos e burros (teimam em não estudar História) dos seus amigos fazem, que prejudicam e hão de prejudicar a mim e aos meus filhos.
No entanto pergunto-me... porque nunca lhe li nada deste estilo sobre o seu amigo George W. B., esse grande pacificador e amigo das criancinhas. Ouça o Túlio que está correctíssimo, o Putin é da sua côr politica, extrema direita, sem nenhuma dúvida. Ainda teima em não responder às perguntas, são incomodas?
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: Georgia X Rússia
PERFECT, mas nao se zangue com nosso colega PT, ele na verdade nao pode responder a argumentaçao porque nao tem respostas pra tanto, e como numa ditadura, a comunicaçao e unilateral, e assim vamos que vamos.soultrain escreveu:PT,
Realmente a sua resposta é no mínimo deselegante, não ataca as ideias, ataca o mensageiro, e ataca sem saber o que diz e sem a mínima capacidade para o fazer. Serge Halimi é só o presidente da board de directores do Le Monde diplomatique e director e editor do próprio.
No entanto pergunto-me... porque nunca lhe li nada deste estilo sobre o seu amigo George W. B., esse grande pacificador e amigo das criancinhas. Ouça o Túlio que está correctíssimo, o Putin é da sua côr politica, extrema direita, sem nenhuma dúvida. Ainda teima em não responder às perguntas, são incomodas?
Senhores, sejamos razoáveis.
Re: Georgia X Rússia
"Rússia volta a flertar com o stalinismo
Arkady Ostrovsky
"Queridos amigos! O livro que vocês têm em mãos é dedicado à história de nossa terra natal... desde o final da Grande Guerra Patriótica até os nossos dias. Traçaremos a jornada da União Soviética desde o seu maior triunfo histórico até a sua trágica desintegração."
Essa saudação é endereçada a centenas de milhares de crianças das escolas russas que, em setembro, receberão um novo livro de história impresso pela editora Enlightenment e aprovado pelo Ministério da Educação. "A União Soviética", explica o novo livro, "não era uma democracia, mas era um exemplo de uma sociedade melhor e mais justa para milhões de pessoas em todo o mundo". Além disso, durante os últimos 70 anos, a URSS, "uma superpotência gigante que administrou uma revolução social e venceu a mais cruel das guerras", pressionou efetivamente os países ocidentais a prestarem mais atenção aos direitos humanos. Desde o início do século 21, continua o texto, o Ocidente têm sido hostil com a Rússia, adotando uma política de duas medidas.
Se não fosse pelo envolvimento de Vladimir Putin, esse livro provavelmente nunca teria visto a luz do dia. Em 2007, Putin, então presidente russo, reuniu um grupo de professores de história para falar sobre sua visão do passado. "Não podemos permitir que ninguém nos imponha um senso de culpa", foi sua mensagem.
Os anos 90 foram, em grande parte, livres de ideologia na Rússia. O país estava cansado dos grandes planos e muito preocupado com sua sobrevivência econômica. Quando Putin chegou ao poder em 2000, ele disse que a idéia nacional da Rússia era "ser competitiva". Mas então, conforme o preço do petróleo subiu e a Rússia passou a se sentir novamente importante, a necessidade de uma ideologia tornou-se mais urgente. Incapaz de fornecer uma visão ou estratégia para o futuro, o Kremlin voltou-se, inevitavelmente, para o passado.
Numa escolha sugestiva, o livro cobre o período de 1945 a 2006: desde a vitória de Stalin na "grande guerra patriótica" ao "triunfo" do putinismo. Ele celebra todos os que contribuíram para a grandeza da Rússia, e denuncia os responsáveis pela perda do império, independentemente de sua política. O colapso da União Soviética em 1991 é visto não como um divisor de águas a partir do qual uma nova história começa, mas como um desvio desafortunado e trágico que obstruiu o progresso da Rússia.
É fácil demais condenar a manipulação russa da história por motivos ideológicos, ou a restauração do hino soviético por Putin, em 2000.
Mas a verdade é que a maioria dos russos - 77% de acordo com uma pesquisa - acolheu de bom grado a restauração do hino, e pelo menos metade do país vê o papel de Stalin na história como positivo.
Isso leva a outra verdade desconfortável: a versão da história retratada no novo livro é muito mais uma derrota para o liberalismo russo e para os intelectuais liberais - os jornalistas, historiadores e artistas que deveriam se opor à ideologia soviética -, do que uma vitória para Putin. A destruição da União Soviética não gerou uma nova ideologia liberal pós-soviética. A derrota do golpe liderado pela KGB em agosto de 1991, por centenas de milhares de russos que arriscaram suas vidas ao defender o parlamento em Moscou, não se tornou um divisor de águas. Não foi celebrada como o nascimento de uma nova nação, mas meramente como o colapso do velho modelo.
O que aconteceu culturalmente na Rússia nos anos 90 foi um tipo de reação adolescente contra um pai dominador. Ironia e xingamentos inundaram o domínio público. Mas a rejeição elegante da cultura soviética acrescentou pouco à sua compreensão. E ao mesmo tempo em que rejeitaram a cultura soviética, a mídia e a arte popular se engajaram num exercício extraordinário de auto-depreciação. O slogan desses anos parecia ser: "Nós somos os piores."
É fácil perceber como um oficial da KGB ou um aposentado pode sentir que perdeu muito no início dos anos 90. Mas por que os intelectuais e artistas que haviam defendido perestroika e que deveriam ser os mais beneficiados com o colapso da União Soviética também se comportam como perdedores? Um dos motivos é que eles perderam o status especial que tinham durante o regime comunista, e não tinham talento, integridade ou independência suficiente para usufruir de sua nova liberdade. A ironia penetrou em todas as áreas da cultura russa. Os símbolos e slogans soviéticos tornaram-se um campo rico para o pós-modernismo. A história soviética foi estilizada e comercializada antes de ser abordada e estudada apropriadamente. Isso começou no meio dos anos 80 e abrangeu as artes visuais, o teatro e a literatura. Algumas das imagens mais memoráveis vêm de uma série de pinturas de Leonid Sokov, em que Stalin e Marilyn Monroe aparecem em poses amorosas.
Foi divertido, mas nada além disso. Na metade dos anos 90, a cultura russa já estava flertando com a cultura soviética dos anos 30. Um dos destaques da temporada teatral de 1994 foi uma produção estudantil extraordinária de uma comédia de 1934, "A Maravilhosa Fusão", de Vladimir Kirshon. Cheio de sinceridade e energia, a peça era fiel ao período e expressava a ingenuidade e a excitação da juventude soviética antes da Segunda Guerra. Ela não propagava a ideologia soviética, mas estava saturada de nostalgia pelo senso de propósito associado ao idealismo soviético. Ela foi precursora do que se tornou uma onda de nostalgia numa escala muito maior e mais prejudicial.
No mesmo ano do retorno do hino soviético em 2000, o Canal Um reativou um jingle da era soviética para o principal programa de notícias das 9 da noite, o Vremya. Melodias, assim como aromas, podem ser muito evocativos. A melodia assinalou o retorno de uma cobertura noticiosa da era soviética. De fato, era como se o Estado estivesse enviando sinais para o país como um todo - sinais de restauração e revanche. E isso não era mais nenhum jogo ou piada. Os piadistas foram rapidamente removidos. O Kremlim e a KGB - agora chamada FSB e resgatando muito de seu poder perdido - estavam mais sérios do que nunca.
Os ícones da ideologia soviética são revividos não por causa de sua conexão com os ideais bolcheviques, comunistas ou revolucionários - longe disso - mas como símbolos da grandeza imperial russa. A revolução está firmemente fora de moda na Rússia, e o comunismo foi descartado. O mausoléu de Lênin deixou de ser um símbolo nacional há tempos. Durante uma parada militar recente na Praça Vermelha, a pirâmide construtivista projetada por Alexei Shchusev em 1924 para guardar os restos mortais de Lênin foi coberta modestamente com imagens de vitória. Não havia espaço para o bolchevique morto na celebração do renascimento russo. Mas o resgate do hino soviético quebrou um tabu que, para melhor ou pior, existia desde o discurso de Kruschev em 1956 - restabelecendo Stalin como um grande líder nacional. O apelo do ditador não estava no seu passado comunista, mas em seu legado imperial. "O império de Stalin - a esfera de influência da URSS - era maior do que todas as potências da Eurásia no passado, até mesmo do que o império de Genghis Khan", maravilha-se o livro de história.
Stálin ocupa um lugar de honra na história russa moderna, junto com Ivã, o Terrível; Pedro, o Grande; e agora Putin. A Rússia ainda está longe de erigir monumentos para Stalin, mas a aceitação dele como uma figura histórica positiva, ou pelo menos complexa, é um fato estabelecido. Não importa que todas as famílias russas tenham parentes ou amigos próximos que sofreram com o terror de Stálin. O mito é mais forte do que o conhecimento de primeira-mão. A Rússia hoje não é um Estado totalitário, tampouco um Estado socialista. Mas na ausência de uma ideologia liberal própria, o nacionalismo fora de moda, numa roupagem neo-stalinista, tornou-se a força mais poderosa da sociedade russa. Foi essa força que levou os tanques russos para a Geórgia e que amedronta a maioria dos vizinhos do país. No processo de "restauração", a Rússia não voltou ao passado soviético - mas chegou a um novo cruzamento que ameaça seus vizinhos e cidadãos.
Arkady Ostrovsky é chefe de redação da revista The Economist em Moscou".
Esta para mim foi a analise mais sensata até agora não temos uma russia sovietica mas um Russia imperialista conforme a ideologia de direita de Putin.
Arkady Ostrovsky
"Queridos amigos! O livro que vocês têm em mãos é dedicado à história de nossa terra natal... desde o final da Grande Guerra Patriótica até os nossos dias. Traçaremos a jornada da União Soviética desde o seu maior triunfo histórico até a sua trágica desintegração."
Essa saudação é endereçada a centenas de milhares de crianças das escolas russas que, em setembro, receberão um novo livro de história impresso pela editora Enlightenment e aprovado pelo Ministério da Educação. "A União Soviética", explica o novo livro, "não era uma democracia, mas era um exemplo de uma sociedade melhor e mais justa para milhões de pessoas em todo o mundo". Além disso, durante os últimos 70 anos, a URSS, "uma superpotência gigante que administrou uma revolução social e venceu a mais cruel das guerras", pressionou efetivamente os países ocidentais a prestarem mais atenção aos direitos humanos. Desde o início do século 21, continua o texto, o Ocidente têm sido hostil com a Rússia, adotando uma política de duas medidas.
Se não fosse pelo envolvimento de Vladimir Putin, esse livro provavelmente nunca teria visto a luz do dia. Em 2007, Putin, então presidente russo, reuniu um grupo de professores de história para falar sobre sua visão do passado. "Não podemos permitir que ninguém nos imponha um senso de culpa", foi sua mensagem.
Os anos 90 foram, em grande parte, livres de ideologia na Rússia. O país estava cansado dos grandes planos e muito preocupado com sua sobrevivência econômica. Quando Putin chegou ao poder em 2000, ele disse que a idéia nacional da Rússia era "ser competitiva". Mas então, conforme o preço do petróleo subiu e a Rússia passou a se sentir novamente importante, a necessidade de uma ideologia tornou-se mais urgente. Incapaz de fornecer uma visão ou estratégia para o futuro, o Kremlin voltou-se, inevitavelmente, para o passado.
Numa escolha sugestiva, o livro cobre o período de 1945 a 2006: desde a vitória de Stalin na "grande guerra patriótica" ao "triunfo" do putinismo. Ele celebra todos os que contribuíram para a grandeza da Rússia, e denuncia os responsáveis pela perda do império, independentemente de sua política. O colapso da União Soviética em 1991 é visto não como um divisor de águas a partir do qual uma nova história começa, mas como um desvio desafortunado e trágico que obstruiu o progresso da Rússia.
É fácil demais condenar a manipulação russa da história por motivos ideológicos, ou a restauração do hino soviético por Putin, em 2000.
Mas a verdade é que a maioria dos russos - 77% de acordo com uma pesquisa - acolheu de bom grado a restauração do hino, e pelo menos metade do país vê o papel de Stalin na história como positivo.
Isso leva a outra verdade desconfortável: a versão da história retratada no novo livro é muito mais uma derrota para o liberalismo russo e para os intelectuais liberais - os jornalistas, historiadores e artistas que deveriam se opor à ideologia soviética -, do que uma vitória para Putin. A destruição da União Soviética não gerou uma nova ideologia liberal pós-soviética. A derrota do golpe liderado pela KGB em agosto de 1991, por centenas de milhares de russos que arriscaram suas vidas ao defender o parlamento em Moscou, não se tornou um divisor de águas. Não foi celebrada como o nascimento de uma nova nação, mas meramente como o colapso do velho modelo.
O que aconteceu culturalmente na Rússia nos anos 90 foi um tipo de reação adolescente contra um pai dominador. Ironia e xingamentos inundaram o domínio público. Mas a rejeição elegante da cultura soviética acrescentou pouco à sua compreensão. E ao mesmo tempo em que rejeitaram a cultura soviética, a mídia e a arte popular se engajaram num exercício extraordinário de auto-depreciação. O slogan desses anos parecia ser: "Nós somos os piores."
É fácil perceber como um oficial da KGB ou um aposentado pode sentir que perdeu muito no início dos anos 90. Mas por que os intelectuais e artistas que haviam defendido perestroika e que deveriam ser os mais beneficiados com o colapso da União Soviética também se comportam como perdedores? Um dos motivos é que eles perderam o status especial que tinham durante o regime comunista, e não tinham talento, integridade ou independência suficiente para usufruir de sua nova liberdade. A ironia penetrou em todas as áreas da cultura russa. Os símbolos e slogans soviéticos tornaram-se um campo rico para o pós-modernismo. A história soviética foi estilizada e comercializada antes de ser abordada e estudada apropriadamente. Isso começou no meio dos anos 80 e abrangeu as artes visuais, o teatro e a literatura. Algumas das imagens mais memoráveis vêm de uma série de pinturas de Leonid Sokov, em que Stalin e Marilyn Monroe aparecem em poses amorosas.
Foi divertido, mas nada além disso. Na metade dos anos 90, a cultura russa já estava flertando com a cultura soviética dos anos 30. Um dos destaques da temporada teatral de 1994 foi uma produção estudantil extraordinária de uma comédia de 1934, "A Maravilhosa Fusão", de Vladimir Kirshon. Cheio de sinceridade e energia, a peça era fiel ao período e expressava a ingenuidade e a excitação da juventude soviética antes da Segunda Guerra. Ela não propagava a ideologia soviética, mas estava saturada de nostalgia pelo senso de propósito associado ao idealismo soviético. Ela foi precursora do que se tornou uma onda de nostalgia numa escala muito maior e mais prejudicial.
No mesmo ano do retorno do hino soviético em 2000, o Canal Um reativou um jingle da era soviética para o principal programa de notícias das 9 da noite, o Vremya. Melodias, assim como aromas, podem ser muito evocativos. A melodia assinalou o retorno de uma cobertura noticiosa da era soviética. De fato, era como se o Estado estivesse enviando sinais para o país como um todo - sinais de restauração e revanche. E isso não era mais nenhum jogo ou piada. Os piadistas foram rapidamente removidos. O Kremlim e a KGB - agora chamada FSB e resgatando muito de seu poder perdido - estavam mais sérios do que nunca.
Os ícones da ideologia soviética são revividos não por causa de sua conexão com os ideais bolcheviques, comunistas ou revolucionários - longe disso - mas como símbolos da grandeza imperial russa. A revolução está firmemente fora de moda na Rússia, e o comunismo foi descartado. O mausoléu de Lênin deixou de ser um símbolo nacional há tempos. Durante uma parada militar recente na Praça Vermelha, a pirâmide construtivista projetada por Alexei Shchusev em 1924 para guardar os restos mortais de Lênin foi coberta modestamente com imagens de vitória. Não havia espaço para o bolchevique morto na celebração do renascimento russo. Mas o resgate do hino soviético quebrou um tabu que, para melhor ou pior, existia desde o discurso de Kruschev em 1956 - restabelecendo Stalin como um grande líder nacional. O apelo do ditador não estava no seu passado comunista, mas em seu legado imperial. "O império de Stalin - a esfera de influência da URSS - era maior do que todas as potências da Eurásia no passado, até mesmo do que o império de Genghis Khan", maravilha-se o livro de história.
Stálin ocupa um lugar de honra na história russa moderna, junto com Ivã, o Terrível; Pedro, o Grande; e agora Putin. A Rússia ainda está longe de erigir monumentos para Stalin, mas a aceitação dele como uma figura histórica positiva, ou pelo menos complexa, é um fato estabelecido. Não importa que todas as famílias russas tenham parentes ou amigos próximos que sofreram com o terror de Stálin. O mito é mais forte do que o conhecimento de primeira-mão. A Rússia hoje não é um Estado totalitário, tampouco um Estado socialista. Mas na ausência de uma ideologia liberal própria, o nacionalismo fora de moda, numa roupagem neo-stalinista, tornou-se a força mais poderosa da sociedade russa. Foi essa força que levou os tanques russos para a Geórgia e que amedronta a maioria dos vizinhos do país. No processo de "restauração", a Rússia não voltou ao passado soviético - mas chegou a um novo cruzamento que ameaça seus vizinhos e cidadãos.
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Esta para mim foi a analise mais sensata até agora não temos uma russia sovietica mas um Russia imperialista conforme a ideologia de direita de Putin.
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Re: Georgia X Rússia
O que não altera em absolutamente um milimetro o faco de os seus escritos serem objecto de rasgados elogios, nomeadamente do Partido Comunista em Portugal.soultrain escreveu:PT,
Realmente a sua resposta é no mínimo deselegante, não ataca as ideias, ataca o mensageiro, e ataca sem saber o que diz e sem a mínima capacidade para o fazer. Serge Halimi é só o presidente da board de directores do Le Monde diplomatique e director e editor do próprio.
E isso para mim é meio caminho andado. Afinal, de um partido que acha que a Coreia do Norte é uma democracia e que as FARC são um partido revolucionário quye luta pela liberdade...
Não percebo a sua questão relativamente ao presidente americano. Porque sobre o senhor Bush, provavelmente os comentários que você poderá ter lido de minha parte são de imbecil para baixo.soultrain escreveu:No entanto pergunto-me... porque nunca lhe li nada deste estilo sobre o seu amigo George W. B., esse grande pacificador e amigo das criancinhas. Ouça o Túlio que está correctíssimo, o Putin é da sua côr politica, extrema direita, sem nenhuma dúvida. Ainda teima em não responder às perguntas, são incomodas?
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O problema é que eu não confundo Estados Unidos com a actual administração americana.
A analogia de Putin com Hitler é correcta, porque os posicionamentos imperiais são os mesmos.
Eu vi escrito neste fórum, a título de desculpa para os ataques russos, o facto de a Russia ter direito a recuperar o orgulho perdido.
A mesmissima coisa que se dizia de Hitler antes de 1939.
Os mesmos argumentos que eu vi para defender as acções dos russos, podemos encontra-los na História para defender as acções de Hitler na Áustria, na Checoslováquia ou na reocupação da zona desmilitarizada da Renânia.
Em todos os casos, os senhores Halimi da altura, também diziam exactamente a mesma coisa, só que não falavam da Rússia, mas sim do senhor Chanceler Hitler, um homem que apenas procurava recuperar o prestigio perdido em 1918.
O engraçado é que se você vir o que o Halimi escreve, poderá concluir que entra em contradição com ele mesmo. A análise à França de 1936-1940 e à divisão interna entre comunistas e a extrema direita, que preferia os nazistas alemães aos comunistas, explica a fraqueza da França e a sua derrota
O Sr. Halimi faz uma análise que é absurda, quando se faz a comparação entre o Reich alemão e o Reich russo.
Ambos são idênticos em tudo. Ambos perderam a guerra mas não foram destruídos. Ambos perderam territórios que querem reconquistar. Ambos têm minorias étnicas fora das fronteiras que querem «proteger» e acima de tudo, como ficou claro nos últimos dias, ambos consideram que existe uma fronteira próxima de países que devem obedecer sem reservas às ordens dos respectivos governos.
Putin é um homem da Guerra Fria, Hitler era um cabo da I Guerra Mundial.
Putin acha que a destruição da URSS foi a pior catástrofe do século XX. Hitler achava a mesma coisa da destruição e da capitulação do Reich em 1918.
Não há aqui uma questão entre esquerda e direita. Há uma ameaça por parte de uma ditadura às democracias da Europa.
Há chantagem pura e simples. Há coação.
Eu não sou contra comunistas por serem de esquerda. Eu como já disse milhentas vezes não divido o mundo em esquerda e direita, entre comunistas e fascistas. Eu divido o mundo entre gente honesta e gente desonesta.
Putin e a Máfia russa, não estão na miinha lista de gente honesta. Mas o principal problema, é que eu posso esperar que haja um pouco de juízo na américa nas próximas eleições.
No caso americano, temos sempre a esperança dada pela democracia.
No caso da Rússia não há qualquer esperança. A que poderia haver, Putin e o peluche Medvedev, assassinaram-na com a invasão da Geórgia.
Nada podemos esperar da Rússia. O que lá esta é o que sempre esteve. A energia que criou o mais criminoso e assassino império da história da humanidade.
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Re: Georgia X Rússia
Hottentot Morality
30/08/08
"If he steals my cow, that is bad. If I steal his cow, that is good" - this moral rule was attributed by European racists to the Hottentots, an ancient tribe in Southern Africa.
It's hard not to be reminded of this when the United States and the European countries cry out against Russia's recognition of the independence of South Ossetia and Abkhazia, the two provinces which seceded from the Republic of Sakartvelo, known in the West as Georgia.
Not so long ago, the Western countries recognized the Republic of Kosovo, which seceded from Serbia. The West argued that the population of Kosovo is not Serbian, its culture and language is not Serbian, and that therefore it has a right to independence from Serbia. Especially after Serbia had conducted a grievous campaign of oppression against them. I supported this view with all my heart. Unlike many of my friends, I even supported the military operation that helped the Kosovars to free themselves.
But what's sauce for the goose is sauce for the gander, as the saying goes. What's true for Kosovo is no less true for Abkhazia and South Ossetia. The population in these provinces is not Georgian, they have their own languages and ancient civilizations. They were annexed to Georgia almost by whim, and they have no desire to be part of it.
So what is the difference between the two cases? A huge one, indeed: the independence of Kosovo is supported by the Americans and opposed by the Russians. Therefore it's good. The independence of Abkhazia and South Ossetia is supported by the Russians and opposed by the Americans. Therefore it's bad. As the Romans said: Quod licet Iovi, non licet bovi, what's allowed to Jupiter is not allowed to an ox.
I do not accept this moral code. I support the independence of all these regions.
In my view, there is one simple principle, and it applies to everybody: every province that wants to secede from any country has a right to do so. In this respect there is, for me, no difference between Kosovars, Abkhazians, Basques, Scots and Palestinians. One rule for all.
THERE WAS a time when this principle could not be implemented. A state of a few hundred thousand people was not viable economically, and could not defend itself militarily.
That was the era of the "nation state", when a strong people imposed itself, its culture and its language, on weaker peoples, in order to create a state big enough to safeguard security, order and a proper standard of living. France imposed itself on Bretons and Corsicans, Spain on Catalans and Basques, England on Welsh, Scots and Irish, and so forth.
That reality has been superseded. Most of the functions of the "nation state" have moved to super-national structures: large federations like the USA, large partnerships like the EU. In those there is room for small countries like Luxemburg beside larger ones like Germany. If Belgium falls apart and a Flemish state comes into being beside a Walloon state, both will be received into the EU, and nobody will be hurt. Yugoslavia has disintegrated, and each of its parts will eventually belong to the European Union.
That has happened to the former Soviet Union, too. Georgia freed itself from Russia. By the same right and the same logic, Abkhazia can free itself from Georgia.
But then, how can a country avoid disintegration? Very simple: it must convince the smaller peoples which live under its wings that it is worthwhile for them to remain there. If the Scots feel that they enjoy full equality in the United Kingdom, that they have been accorded sufficient autonomy and a fair slice of the common cake, that their culture and traditions are being respected, they may decide to remain there. Such a debate has been going on for decades in the French-speaking Canadian province of Quebec.
The general trend in the world is to enlarge the functions of the big regional organizations, and at the same time allow peoples to secede from their mother countries and establish their own states. That is what happened in the Soviet Union, Yugoslavia, Czechoslovakia, Serbia and Georgia. That is bound to happen in many other countries.
Those who want to go in the opposite direction and establish, for example, a bi-national Israeli-Palestinian state, are going against the Zeitgeist - to say the least.
THIS IS the historical background to the recent spat between Georgia and Russia. There are no Righteous Ones here. It is rather funny to hear Vladimir Putin, whose hands are dripping with the blood of Chechen freedom fighters, extolling the right of South Ossetia to secession. It's no less funny to hear Micheil Saakashvili likening the freedom fight of the two separatist regions to the Soviet invasion of Czechoslovakia.
The fighting reminded me of our own history. In the spring of 1967, I heard a senior Israeli general saying that he prayed every night for the Egyptian leader, Gamal Abd-al-Nasser, to send his troops into the Sinai peninsula. There, he said, we shall annihilate them. Some months later, Nasser marched into the trap. The rest is history.
Now Saakashvili has done precisely the same. The Russians prayed for him to invade South Ossetia. When he walked into this trap, the Russians did to him what we did to the Egyptians. It took the Russians six days, the same as it took us.
Nobody can know what was passing through the mind of Saakashvili. He is an inexperienced person, educated in the United States, a politician who came to power on the strength of his promise to bring the separatist regions back to the homeland. The world is full of such demagogues, who build a career on hatred, super-nationalism and racism. We have more than enough of them here, too.
But even a demagogue does not have to be an idiot. Did he believe that President Bush, who is bankrupt in all fields, would rush to his aid? Did he not know that America has no soldiers to spare? That Bush's warlike speeches are being carried away by the wind? That NATO is a paper tiger? That the Georgian army would melt like butter in the fire of war?
I AM curious about our part in this story.
In the Georgian government there are several ministers who grew up and received their education in Israel. It seems that the Minister of Defense and the Minister for Integration (of the separatist regions) are also Israeli citizens. And most importantly: that the elite units of the Georgian army have been trained by Israeli officers, including the one who was blamed for losing Lebanon War II. The Americans, too, invested much effort in training the Georgians.
I am always amused by the idea that it is possible to train a foreign army. One can, of course, teach technicalities: how to use particular weapons or how to conduct a battalion-scale maneuver. But anyone who has taken part in a real war (as distinct from policing an occupied population) knows that the technical aspects are secondary. What matters is the spirit of the soldiers, their readiness to risk their lives for the cause, their motivation, the human quality of the fighting units and the command echelon.
Such things cannot be imparted by foreigners. Every army is a part of its society, and the quality of the society decides the quality of the army. That is particularly true in a war against an enemy who enjoys a decisive numerical superiority. We experienced that in the 1948 war, when David Ben-Gurion wanted to impose on us officers who were trained in the British army, and we, the combat soldiers, preferred our own commanders, who were trained in our underground army and had never seen a military academy in their lives.
Only professional generals, whose whole outlook is technical, imagine that they could "train" soldiers of another people and another culture - in Afghanistan, Iraq or Georgia.
A well developed trait among our officers is arrogance. In our case, it is generally connected with a reasonable standard of the army. If the Israeli officers infected their Georgian colleagues with this arrogance, convincing them that they could beat the mighty Russian army, they committed a grievous sin against them.
I DO NOT believe that this is the beginning of Cold War II, as has been suggested. But this is certainly a continuation of the Great Game.
This appellation was given to the relentless secret struggle that went on all through the 19th century along Russia's southern border between the two great empires of the time: the British and the Russian. Secret agents and not so secret armies were active in the border regions of India (including today's Pakistan), Afghanistan, Persia and so on. The "North-West Frontier" (of Pakistan), which is starring now in the war against the Taliban, was already legendary then.
Today, the Great Game between the current two great empires - the USA and Russia - is going on all over the place from the Ukraine to Pakistan. It proves that geography is more important than ideology: Communism has come and gone, but the struggle goes on as if nothing has happened.
Georgia is a mere pawn in the chess game. The initiative belongs to the US: it wants to encircle Russia by expanding NATO, an arm of US policy, all along the border. That is a direct threat to the rival empire. Russia, on its part, is trying to extend its control over the resources most vital to the West, oil and gas, as well as their routes of transportation. That can lead to disaster.
WHEN Henry Kissinger was still a wise historian, before he became a foolish statesman, he expounded an important principle: in order to maintain stability in the world, a system has to be formed that includes all the parties. If one party is left outside, stability is in danger.
He cited as an example the "Holy Alliance" of the great powers that came into being after the Napoleonic wars. The wise statesmen of the time, headed by the Austrian Prince Clemens von Metternich, took care not to leave the defeated French outside, but, on the contrary, gave them an important place in the Concert of Europe.
The present American policy, with its attempt to push Russia out, is a danger to the whole world. (And I have not even mentioned the rising power of China.)
A small country which gets involved in the struggle between the big bullies risks being squashed. That has happened in the past to Poland, and it seems that it has not learned from that experience. One should advise Georgia, and also the Ukraine, not to emulate the Poles but rather the Finns, who since world War II have pursued a wise policy: they guard their independence but endeavor to take the interest of their mighty neighbor into account.
We Israelis can, perhaps, also learn something from all of this: that it is not safe to be a vassal of one great Empire and provoke the rival empire. Russia is returning to our region, and every move we make to further American expansion will surely be countered by a Russian move in favor of Syria and Iran.
So let's not adopt the "Hottentot morality". It is not wise, and certainly not moral.
http://zope.gush-shalom.org/home/en/cha ... 220183141/
30/08/08
"If he steals my cow, that is bad. If I steal his cow, that is good" - this moral rule was attributed by European racists to the Hottentots, an ancient tribe in Southern Africa.
It's hard not to be reminded of this when the United States and the European countries cry out against Russia's recognition of the independence of South Ossetia and Abkhazia, the two provinces which seceded from the Republic of Sakartvelo, known in the West as Georgia.
Not so long ago, the Western countries recognized the Republic of Kosovo, which seceded from Serbia. The West argued that the population of Kosovo is not Serbian, its culture and language is not Serbian, and that therefore it has a right to independence from Serbia. Especially after Serbia had conducted a grievous campaign of oppression against them. I supported this view with all my heart. Unlike many of my friends, I even supported the military operation that helped the Kosovars to free themselves.
But what's sauce for the goose is sauce for the gander, as the saying goes. What's true for Kosovo is no less true for Abkhazia and South Ossetia. The population in these provinces is not Georgian, they have their own languages and ancient civilizations. They were annexed to Georgia almost by whim, and they have no desire to be part of it.
So what is the difference between the two cases? A huge one, indeed: the independence of Kosovo is supported by the Americans and opposed by the Russians. Therefore it's good. The independence of Abkhazia and South Ossetia is supported by the Russians and opposed by the Americans. Therefore it's bad. As the Romans said: Quod licet Iovi, non licet bovi, what's allowed to Jupiter is not allowed to an ox.
I do not accept this moral code. I support the independence of all these regions.
In my view, there is one simple principle, and it applies to everybody: every province that wants to secede from any country has a right to do so. In this respect there is, for me, no difference between Kosovars, Abkhazians, Basques, Scots and Palestinians. One rule for all.
THERE WAS a time when this principle could not be implemented. A state of a few hundred thousand people was not viable economically, and could not defend itself militarily.
That was the era of the "nation state", when a strong people imposed itself, its culture and its language, on weaker peoples, in order to create a state big enough to safeguard security, order and a proper standard of living. France imposed itself on Bretons and Corsicans, Spain on Catalans and Basques, England on Welsh, Scots and Irish, and so forth.
That reality has been superseded. Most of the functions of the "nation state" have moved to super-national structures: large federations like the USA, large partnerships like the EU. In those there is room for small countries like Luxemburg beside larger ones like Germany. If Belgium falls apart and a Flemish state comes into being beside a Walloon state, both will be received into the EU, and nobody will be hurt. Yugoslavia has disintegrated, and each of its parts will eventually belong to the European Union.
That has happened to the former Soviet Union, too. Georgia freed itself from Russia. By the same right and the same logic, Abkhazia can free itself from Georgia.
But then, how can a country avoid disintegration? Very simple: it must convince the smaller peoples which live under its wings that it is worthwhile for them to remain there. If the Scots feel that they enjoy full equality in the United Kingdom, that they have been accorded sufficient autonomy and a fair slice of the common cake, that their culture and traditions are being respected, they may decide to remain there. Such a debate has been going on for decades in the French-speaking Canadian province of Quebec.
The general trend in the world is to enlarge the functions of the big regional organizations, and at the same time allow peoples to secede from their mother countries and establish their own states. That is what happened in the Soviet Union, Yugoslavia, Czechoslovakia, Serbia and Georgia. That is bound to happen in many other countries.
Those who want to go in the opposite direction and establish, for example, a bi-national Israeli-Palestinian state, are going against the Zeitgeist - to say the least.
THIS IS the historical background to the recent spat between Georgia and Russia. There are no Righteous Ones here. It is rather funny to hear Vladimir Putin, whose hands are dripping with the blood of Chechen freedom fighters, extolling the right of South Ossetia to secession. It's no less funny to hear Micheil Saakashvili likening the freedom fight of the two separatist regions to the Soviet invasion of Czechoslovakia.
The fighting reminded me of our own history. In the spring of 1967, I heard a senior Israeli general saying that he prayed every night for the Egyptian leader, Gamal Abd-al-Nasser, to send his troops into the Sinai peninsula. There, he said, we shall annihilate them. Some months later, Nasser marched into the trap. The rest is history.
Now Saakashvili has done precisely the same. The Russians prayed for him to invade South Ossetia. When he walked into this trap, the Russians did to him what we did to the Egyptians. It took the Russians six days, the same as it took us.
Nobody can know what was passing through the mind of Saakashvili. He is an inexperienced person, educated in the United States, a politician who came to power on the strength of his promise to bring the separatist regions back to the homeland. The world is full of such demagogues, who build a career on hatred, super-nationalism and racism. We have more than enough of them here, too.
But even a demagogue does not have to be an idiot. Did he believe that President Bush, who is bankrupt in all fields, would rush to his aid? Did he not know that America has no soldiers to spare? That Bush's warlike speeches are being carried away by the wind? That NATO is a paper tiger? That the Georgian army would melt like butter in the fire of war?
I AM curious about our part in this story.
In the Georgian government there are several ministers who grew up and received their education in Israel. It seems that the Minister of Defense and the Minister for Integration (of the separatist regions) are also Israeli citizens. And most importantly: that the elite units of the Georgian army have been trained by Israeli officers, including the one who was blamed for losing Lebanon War II. The Americans, too, invested much effort in training the Georgians.
I am always amused by the idea that it is possible to train a foreign army. One can, of course, teach technicalities: how to use particular weapons or how to conduct a battalion-scale maneuver. But anyone who has taken part in a real war (as distinct from policing an occupied population) knows that the technical aspects are secondary. What matters is the spirit of the soldiers, their readiness to risk their lives for the cause, their motivation, the human quality of the fighting units and the command echelon.
Such things cannot be imparted by foreigners. Every army is a part of its society, and the quality of the society decides the quality of the army. That is particularly true in a war against an enemy who enjoys a decisive numerical superiority. We experienced that in the 1948 war, when David Ben-Gurion wanted to impose on us officers who were trained in the British army, and we, the combat soldiers, preferred our own commanders, who were trained in our underground army and had never seen a military academy in their lives.
Only professional generals, whose whole outlook is technical, imagine that they could "train" soldiers of another people and another culture - in Afghanistan, Iraq or Georgia.
A well developed trait among our officers is arrogance. In our case, it is generally connected with a reasonable standard of the army. If the Israeli officers infected their Georgian colleagues with this arrogance, convincing them that they could beat the mighty Russian army, they committed a grievous sin against them.
I DO NOT believe that this is the beginning of Cold War II, as has been suggested. But this is certainly a continuation of the Great Game.
This appellation was given to the relentless secret struggle that went on all through the 19th century along Russia's southern border between the two great empires of the time: the British and the Russian. Secret agents and not so secret armies were active in the border regions of India (including today's Pakistan), Afghanistan, Persia and so on. The "North-West Frontier" (of Pakistan), which is starring now in the war against the Taliban, was already legendary then.
Today, the Great Game between the current two great empires - the USA and Russia - is going on all over the place from the Ukraine to Pakistan. It proves that geography is more important than ideology: Communism has come and gone, but the struggle goes on as if nothing has happened.
Georgia is a mere pawn in the chess game. The initiative belongs to the US: it wants to encircle Russia by expanding NATO, an arm of US policy, all along the border. That is a direct threat to the rival empire. Russia, on its part, is trying to extend its control over the resources most vital to the West, oil and gas, as well as their routes of transportation. That can lead to disaster.
WHEN Henry Kissinger was still a wise historian, before he became a foolish statesman, he expounded an important principle: in order to maintain stability in the world, a system has to be formed that includes all the parties. If one party is left outside, stability is in danger.
He cited as an example the "Holy Alliance" of the great powers that came into being after the Napoleonic wars. The wise statesmen of the time, headed by the Austrian Prince Clemens von Metternich, took care not to leave the defeated French outside, but, on the contrary, gave them an important place in the Concert of Europe.
The present American policy, with its attempt to push Russia out, is a danger to the whole world. (And I have not even mentioned the rising power of China.)
A small country which gets involved in the struggle between the big bullies risks being squashed. That has happened in the past to Poland, and it seems that it has not learned from that experience. One should advise Georgia, and also the Ukraine, not to emulate the Poles but rather the Finns, who since world War II have pursued a wise policy: they guard their independence but endeavor to take the interest of their mighty neighbor into account.
We Israelis can, perhaps, also learn something from all of this: that it is not safe to be a vassal of one great Empire and provoke the rival empire. Russia is returning to our region, and every move we make to further American expansion will surely be countered by a Russian move in favor of Syria and Iran.
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Triste sina ter nascido português
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Re: Georgia X Rússia
Concordo consigo na maioria deste post e só lhe faço uma singela pergunta:pt escreveu:Não percebo a sua questão relativamente ao presidente americano. Porque sobre o senhor Bush, provavelmente os comentários que você poderá ter lido de minha parte são de imbecil para baixo.soultrain escreveu:No entanto pergunto-me... porque nunca lhe li nada deste estilo sobre o seu amigo George W. B., esse grande pacificador e amigo das criancinhas. Ouça o Túlio que está correctíssimo, o Putin é da sua côr politica, extrema direita, sem nenhuma dúvida. Ainda teima em não responder às perguntas, são incomodas?
[[]]'as
O problema é que eu não confundo Estados Unidos com a actual administração americana.
A analogia de Putin com Hitler é correcta, porque os posicionamentos imperiais são os mesmos.
Eu vi escrito neste fórum, a título de desculpa para os ataques russos, o facto de a Russia ter direito a recuperar o orgulho perdido.
A mesmissima coisa que se dizia de Hitler antes de 1939.
Os mesmos argumentos que eu vi para defender as acções dos russos, podemos encontra-los na História para defender as acções de Hitler na Áustria, na Checoslováquia ou na reocupação da zona desmilitarizada da Renânia.
Em todos os casos, os senhores Halimi da altura, também diziam exactamente a mesma coisa, só que não falavam da Rússia, mas sim do senhor Chanceler Hitler, um homem que apenas procurava recuperar o prestigio perdido em 1918.
O engraçado é que se você vir o que o Halimi escreve, poderá concluir que entra em contradição com ele mesmo. A análise à França de 1936-1940 e à divisão interna entre comunistas e a extrema direita, que preferia os nazistas alemães aos comunistas, explica a fraqueza da França e a sua derrota
O Sr. Halimi faz uma análise que é absurda, quando se faz a comparação entre o Reich alemão e o Reich russo.
Ambos são idênticos em tudo. Ambos perderam a guerra mas não foram destruídos. Ambos perderam territórios que querem reconquistar. Ambos têm minorias étnicas fora das fronteiras que querem «proteger» e acima de tudo, como ficou claro nos últimos dias, ambos consideram que existe uma fronteira próxima de países que devem obedecer sem reservas às ordens dos respectivos governos.
Putin é um homem da Guerra Fria, Hitler era um cabo da I Guerra Mundial.
Putin acha que a destruição da URSS foi a pior catástrofe do século XX. Hitler achava a mesma coisa da destruição e da capitulação do Reich em 1918.
Não há aqui uma questão entre esquerda e direita. Há uma ameaça por parte de uma ditadura às democracias da Europa.
Há chantagem pura e simples. Há coação.
Eu não sou contra comunistas por serem de esquerda. Eu como já disse milhentas vezes não divido o mundo em esquerda e direita, entre comunistas e fascistas. Eu divido o mundo entre gente honesta e gente desonesta.
Putin e a Máfia russa, não estão na miinha lista de gente honesta. Mas o principal problema, é que eu posso esperar que haja um pouco de juízo na américa nas próximas eleições.
No caso americano, temos sempre a esperança dada pela democracia.
No caso da Rússia não há qualquer esperança. A que poderia haver, Putin e o peluche Medvedev, assassinaram-na com a invasão da Geórgia.
Nada podemos esperar da Rússia. O que lá esta é o que sempre esteve. A energia que criou o mais criminoso e assassino império da história da humanidade.
Se nós conseguimos ver o óbvio, porque a Administração Americana insiste em cutucar o Urso, porque insiste no Escudo Anti-misseis e no alargamento da NATO a países governados por fantoches de Washinton? No lugar de Putin alguém faria diferente?
Isto tudo vai acabar por cair no colo da Europa, nós é que vamos pagar a factura.
[[]]'s
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: Georgia X Rússia
Porque a administração americana é constituída em grande medida por um grupo de pessoas que têm uma visão limitada das realidades do mundo. Vêm o mundo numa paleta de cores relativamente reduzida.Concordo consigo na maioria deste post e só lhe faço uma singela pergunta:
Se nós conseguimos ver o óbvio, porque a Administração Americana insiste em cutucar o Urso, porque insiste no Escudo Anti-misseis e no alargamento da NATO a países governados por fantoches de Washinton? No lugar de Putin alguém faria diferente?
Isto tudo vai acabar por cair no colo da Europa, nós é que vamos pagar a factura.
Mas acima de tudo, as pessoas responsáveis pela actual administração americana, estão convencidas de que representam o Bem e que é seu dever lutar contra o Mal. Os americanos são pessoas muito simples e muito pouco sofisticadas do ponto de vista intelectual.
Eles não são estúpidos, apenas são normalmente especialistas em um tema e depois recorrem aos especialistas dos outros temas para tentar concluir alguma coisa.
Isso funciona quando se trata de por de pé uma empresa ou quando se trata de desenvolver uma tecnologia nova, mas não funciona em política internacional.
Devemos entender a Rússia como aquilo que ela nunca deixou de ser. Um império e não um país.
Além disso, o que os americanos fizeram desde 1991, foi o que está escrito nos manuais de Mestre Sun Tzu «A Arte da Guerra». que de memória e se bem me lembro diz qualquer coisa como...
Quando o inimigo ataca, foge
Quando o inimigo para, assedia-o
Quando o inimigo retira, ocupa terreno abandonado.
Também acusamos os americanos de não entenderem a Rússia, mas o que acontece é que os americanos entendem a Rússia melhor que os europeus. Não confiaram nunca nos russos.
Mesmo o Bush dizendo que olhou nos olhos do Putin e viu um homem com quem se podia dialogar.
Provavelmente o Putin lançou-lhe um feitiço do estilo do Rasputin, e o Bush, que não é conhecido pelas suas grandes capacidades intelectuais ,,,
enfim...
De qualquer forma, o Establishment Norte-americano, os militares no Pentágono, nunca baixaram a guarda relativamente à Rússia, e acho que fizeram muito bem.
Um dos exemplos é a recusa da aquisição de equipamentos militares russos por paises da NATO.
A influência americana sempre se fez sentir neste aspecto, tentando evitar a aquisição de materiais militares russos, porque eles não são fornecedores de confiança.
Embora houvesse países que compraram equipamentos russos por razões mais culturais que outras (caso da Grécia), a verdade é que a visão da Rússia que os americanos preservaram, acabou por ser vantajosa.
Aquilo que vimos na Geórgia não é apenas nada mais que a confirmação disso.
Lembro que há alguns anos atrás, houve negociações em que se considerava a possibilidade de a própria Rússia fazer parte da NATO.
Mas para a Rússia fazer parte da NATO, a Rússia tinha que entrar como um país normal e não como uma espécie de império com a sua própria esfera de influência.
Era como se a Alemanha estivesse na NATO e ao mesmo tempo tivesse capacidade para determinar os posicionamentos dos governos dos países da sua área de influência (Polónia, Dinamarca, Finlândia, Hungria, Eslováquia, República Checa, Eslovenia e Croácia).
A ideia do «pátio das traseiras» e das áreas de influência, é uma ideia absolutamente inaceitável na Europa do século XXI.
A Rússia não percebeu isso. Não percebeu e não perceberá, porque o país do ponto de vista da maturidade democrática ainda está no século XIX.
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Re: Georgia X Rússia
No lugar de Putin alguém faria diferente?
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Re: Georgia X Rússia
soultrain escreveu:No lugar de Putin alguém faria diferente?
têm saudades do Yeltsin, quando podiam fazer tudo o que lhes dava na real gana...
Engraçado que toda a gente defende que a sua "pátria" tenha Lideres que defendam os interesses do seu país e não sejam uns vendidos...mas quando chega a vez da Rússia, faz o que eu digo não faças o que eu faço
e acerca dos Tratados de redução de armas , quebrados em 2000 pelo sr. bush, nem uma palavra..ah, espera, esses são os bons, podem fazer o que lhes dá na real gana...
se a hipócrisia matasse....
wake up and smell the coffee!!!
Zbigniew Brzezinski
The Grand Chessboard
American Primacy And It's Geostrategic Imperatives
Key Quotes From Zbigniew Brzezinksi's Seminal Book
"Ever since the continents started interacting politically, some five hundred years ago, Eurasia has been the center of world power."- (p. xiii)
"... But in the meantime, it is imperative that no Eurasian challenger emerges, capable of dominating Eurasia and thus of also challenging America. The formulation of a comprehensive and integrated Eurasian geostrategy is therefore the purpose of this book.” (p. xiv)
"In that context, how America 'manages' Eurasia is critical. A power that dominates Eurasia would control two of the world's three most advanced and economically productive regions. A mere glance at the map also suggests that control over Eurasia would almost automatically entail Africa's subordination, rendering the Western Hemisphere and Oceania geopolitically peripheral to the world's central continent. About 75 per cent of the world's people live in Eurasia, and most of the world's physical wealth is there as well, both in its enterprises and underneath its soil. Eurasia accounts for about three-fourths of the world's known energy resources." (p.31)
“Never before has a populist democracy attained international supremacy. But the pursuit of power is not a goal that commands popular passion, except in conditions of a sudden threat or challenge to the public's sense of domestic well-being. The economic self-denial (that is, defense spending) and the human sacrifice (casualties, even among professional soldiers) required in the effort are uncongenial to democratic instincts. Democracy is inimical to imperial mobilization." (p.35)
“The momentum of Asia's economic development is already generating massive pressures for the exploration and exploitation of new sources of energy and the Central Asian region and the Caspian Sea basin are known to contain reserves of natural gas and oil that dwarf those of Kuwait, the Gulf of Mexico, or the North Sea." (p.125)
"In the long run, global politics are bound to become increasingly uncongenial to the concentration of hegemonic power in the hands of a single state. Hence, America is not only the first, as well as the only, truly global superpower, but it is also likely to be the very last." (p.209)
"Moreover, as America becomes an increasingly multi-cultural society, it may find it more difficult to fashion a consensus on foreign policy issues, except in the circumstance of a truly massive and widely perceived direct external threat." (p. 211)
"For America, the chief geopolitical prize is Eurasia... Now a non-Eurasian power is preeminent in Eurasia - and America's global primacy is directly dependent on how long and how effectively its preponderance on the Eurasian continent is sustained.” (p.30)
Two basic steps are thus required: first, to identify the geostrategically dynamic Eurasian states that have the power to cause a potentially important shift in the international distribution of power and to decipher the central external goals of their respective political elites and the likely consequences of their seeking to attain them;... second, to formulate specific U.S. policies to offset, co-opt, and/or control the above..." (p. 40)
"...To put it in a terminology that harkens back to the more brutal age of ancient empires, the three grand imperatives of imperial geostrategy are to prevent collusion and maintain security dependence among the vassals, to keep tributaries pliant and protected, and to keep the barbarians from coming together." (p.40)
"Henceforth, the United States may have to determine how to cope with regional coalitions that seek to push America out of Eurasia, thereby threatening America's status as a global power." (p.55)
"Uzbekistan, nationally the most vital and the most populous of the central Asian states, represents the major obstacle to any renewed Russian control over the region. Its independence is critical to the survival of the other Central Asian states, and it is the least vulnerable to Russian pressures." (p. 121)
http://www.wanttoknow.info/brzezinskigrandchessboard
2+2=..................................??????????
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Re: Georgia X Rússia
Também podemos perguntar...soultrain escreveu:No lugar de Putin alguém faria diferente?
Se Hitler não tivesse chegado ao poder no inicio dos anos 30, as coisas seriam diferentes ?
Se criticamos os chamados neocons na américa, não poderemos também criticar a chusma soviética do Kremlin, que apenas luta por restabelecer o reinado da corrupção do PCUS ?
Com que direito esquecemos que a Rússia também tem os seus «neocons ao contrário», que sonham com o Império Russo e até têm os seus próprios ideólogos e filosofos ?
Mas os «neocons» americanos, poderão eventualmente ser retirados do poder através de eleições.
Já os «neo sovieticos» quem os retira do poder ?
É aí que aparece a ligação com a Alemanha hitleriana, porque os que chegaram ao poder na Rússia não podem de lá ser retirados, como os que chegaram ao poder no III Reich também não podiam ser removidos.
E quanto ao Boris Yeltsin, seria provavelmente interessante perguntar às virgens ofendidas com o grande Satã americano, quem foi que colocou Putin no poder ?
A américa, não pode ser utilizada como desculpa para tudo.
Essa aproximação ao problema é intelectualmente desonesta, porque se vamos à procura da História, o Império Russo tem a ficha muito, muito, muito mais suja que qualquer outro país da Europa.
Os restantes países da Europa, têm feito de tudo para limpar a imagem do passado e mudar as coisas.
O império dos Kzares, nas últimas semanas apenas tem dito que não adianta o que façam, nós continuamos como sempre.
E se continuam como sempre foram, os Kzares não entenderão nunca o discurso da lógica, da Paz e da reconciliação.
É o Império e os seus privilégios que eles defendem.
Os Kzares estão-se marimbando para os povos russos que sempre desprezaram.
Eles estão a pensar neles próprios, e na melhor forma de aparecerem perante esses mesmos povos, como líderes justos, mesmo que a justeza das suas posições seja escorada em mentiras e numa imprensa absoluta e totalmente censurada, ou auto-censurada, pois os jornalistas que se atravem a criticar o Kzar, têm tendência a adoecer com material radioativo no corpo.
Os jornalistas russos também costumam (como aconteceu na semana passada) ter o hábito de cometer suicídio com dois tiros na nuca.
Eu apenas acho que defender e justificar os crimes de um regime preverso como o regime facinora e corrupto da Rússia, e compara-lo com a américa (mesmo com todas as suas contradições e defeitos) não é só intelectualmente desonesto.
Ou é uma imbecilidade típica de criança imberbe que acha que entende o mundo aos 12 anos de idade, ou então é resultado da devoção religiosa e cega a quem quer que seja que se oponha aos Estados Unidos, porque os derrotados da Guerra Fria, nunca aceitaram que a perderam e continuam agarrados a dogmas e a mentiras que a História se encarregou de deitar para o caixote do lixo.
E além de tudo isto, nunca devemos esquecer. Não é aos Estados Unidos que a Russia está a apontar a Kalashnikov.
É a cabeça de cada um dos cidadãos da Europa.
- Túlio
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Re: Georgia X Rússia
Senhores, tenho lido constantemente este tópico e muito aprecio a argumentação proposta pelos dois lados, com algo concordo, de algo discordo, repito, de ambos os lados. Peço que prossigam mas, por favor, tenhamos clara a diferença entre contrapor-se argumentos a argumentos e colegas a colegas, certo?
Ademais, não vi trolagem alguma, apenas concordâncias e discordâncias, ambas baseadas em textos e argumentos, tudo muito instrutivo, partindo-se do princípio que quem quiser adotar uma posição terá de se decidir a favor ou contra algo que leu.
Ademais, não vi trolagem alguma, apenas concordâncias e discordâncias, ambas baseadas em textos e argumentos, tudo muito instrutivo, partindo-se do princípio que quem quiser adotar uma posição terá de se decidir a favor ou contra algo que leu.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- soultrain
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Re: Georgia X Rússia
Para mim é tudo farinha do mesmo saco, a comparação que faz é válida se inverter os papeis, podia aqui discorrer sobre a falta de liberdade nos EUA, o controlo dos meios de comunicação, a censura velada, as ameaças, o lobby, a corrupção corporativa, a exploração dos emigrantes e das classes mais baixas, criando desequilíbrios inaceitáveis na sociedade, mas a verdade é que em ambos os mecanismos do poder são muito parecidos, ambos acham que o imperialismo é a solução, mas nenhum se lembra que não houve nenhum império com final feliz e foram a causa de muitas desgraças da Humanidade. Eleições há em ambos os lados, mas aguardo ansioso pelas próximas e espero que tomem um rumo que dignifique os Americanos e de seguida ajudem o resto do mundo, mas de maneira diametralmente oposta à actual.pt escreveu:Também podemos perguntar...soultrain escreveu:No lugar de Putin alguém faria diferente?
Se Hitler não tivesse chegado ao poder no inicio dos anos 30, as coisas seriam diferentes ?
Se criticamos os chamados neocons na américa, não poderemos também criticar a chusma soviética do Kremlin, que apenas luta por restabelecer o reinado da corrupção do PCUS ?
Com que direito esquecemos que a Rússia também tem os seus «neocons ao contrário», que sonham com o Império Russo e até têm os seus próprios ideólogos e filosofos ?
Mas os «neocons» americanos, poderão eventualmente ser retirados do poder através de eleições.
Já os «neo sovieticos» quem os retira do poder ?
É aí que aparece a ligação com a Alemanha hitleriana, porque os que chegaram ao poder na Rússia não podem de lá ser retirados, como os que chegaram ao poder no III Reich também não podiam ser removidos.
E quanto ao Boris Yeltsin, seria provavelmente interessante perguntar às virgens ofendidas com o grande Satã americano, quem foi que colocou Putin no poder ?
A américa, não pode ser utilizada como desculpa para tudo.
Essa aproximação ao problema é intelectualmente desonesta, porque se vamos à procura da História, o Império Russo tem a ficha muito, muito, muito mais suja que qualquer outro país da Europa.
Os restantes países da Europa, têm feito de tudo para limpar a imagem do passado e mudar as coisas.
O império dos Kzares, nas últimas semanas apenas tem dito que não adianta o que façam, nós continuamos como sempre.
E se continuam como sempre foram, os Kzares não entenderão nunca o discurso da lógica, da Paz e da reconciliação.
É o Império e os seus privilégios que eles defendem.
Os Kzares estão-se marimbando para os povos russos que sempre desprezaram.
Eles estão a pensar neles próprios, e na melhor forma de aparecerem perante esses mesmos povos, como líderes justos, mesmo que a justeza das suas posições seja escorada em mentiras e numa imprensa absoluta e totalmente censurada, ou auto-censurada, pois os jornalistas que se atravem a criticar o Kzar, têm tendência a adoecer com material radioativo no corpo.
Os jornalistas russos também costumam (como aconteceu na semana passada) ter o hábito de cometer suicídio com dois tiros na nuca.
Eu apenas acho que defender e justificar os crimes de um regime preverso como o regime facinora e corrupto da Rússia, e compara-lo com a américa (mesmo com todas as suas contradições e defeitos) não é só intelectualmente desonesto.
Ou é uma imbecilidade típica de criança imberbe que acha que entende o mundo aos 12 anos de idade, ou então é resultado da devoção religiosa e cega a quem quer que seja que se oponha aos Estados Unidos, porque os derrotados da Guerra Fria, nunca aceitaram que a perderam e continuam agarrados a dogmas e a mentiras que a História se encarregou de deitar para o caixote do lixo.
E além de tudo isto, nunca devemos esquecer. Não é aos Estados Unidos que a Russia está a apontar a Kalashnikov.
É a cabeça de cada um dos cidadãos da Europa.
As diferenças, por muito que lhe custe estão cada vez mais esbatidas e ambos os modelos não são o futuro, são decadentes. Não podemos aceitar que em pleno sec XXI aconteça o que aconteceu nos últimos anos, os dias de regimes fantoche, ingerência em assuntos internos de outrem, menosprezo pela vida e decência humana, já deviam ter acabado. A oportunidade que existiu após a queda do muro de Berlim, foi desperdiçada exactamente pelo lado que sempre defendeu a liberdade e auto determinação, nós ocidente, desiludimos o mundo.
Há-de chegar o dia em que ambas as partes verão que os extremos não funcionam, mas tem de haver um mix de ambos, como na Europa e na América do Sul, tem de haver um equilíbrio. As empresas têm de perceber como salvaguardar os consumidores, já que se os sugarem acabam elas próprias por deixar de existir. Isso é muito difícil, quando só parte do mundo pensa assim e só os mais avidos sobrevivem, não os mais conscientes, é altura de uma nova ordem mundial, como muita gente já defende.
Quanto ao caso em questão, parece a parábola do sapo que vai atravessar o rio: um escorpião pede-lhe boleia para a outra margem, mas o sapo não cede, dizendo-lhe que ele o matará com o seu veneno. O escorpião faz o seu charme e convence o bicho com o argumento mais óbvio: "Se a meio da travessia eu te matar, morro também. E não tenho interesse nisso." O sapo acredita no escorpião e deixa-o ir nas suas costas. A meio da travessia o escorpião crava o seu espigão venenoso no sapo - e ele, na hora da morte, pergunta: "Porque me matas, se morres também?" O escorpião apenas responde: "Porque eu sou um escorpião e é a minha natureza, querido sapo. Não contaste com ela..."
Isto para dizer que todos sabiam o que saia dali, era a sua natureza, porque quiseram atravessar o rio? Porque deram a desculpa perfeita para o escorpião picar?
O que faria no lugar do Putin, é a pergunta que já fiz uma dezena de vezes, mas parece que tem muita resistência em responder...
[[]]'s
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ